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Raça e história: a metamorfose do negro no contraponto do mito da democracia racial / Race and history: the metamorphosis of the black contrast the myth of racial democracyBastos, Rachel Benta Messias 29 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-29 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This thesis posits that the interplay of social forces of modernity engendered transformations
constitutive of black interwoven plots by socio-political creation and recreation of the myth of
racial democracy. The research involved the insights of race as universality inherent human
relationship with equals and different. Thus, it was decided, as a research methodology, the
study of bibliographic nature. And, from the understanding of intellectual fecundity of mothers
who formulated the Brazilian social thought, defined as the main theoretical framework of this
thesis works of Octavio Ianni and Florestan Fernandes, given the pioneering studies on race
relations in Brazil, specifically on the black race. The research allowed theoretically the
establishment of the following categories: race, history, class and politics. Such categories
legitimize certain contradictions and call the mediation of race as constitutive of unfolding
nexus of social relations conditioned by historical factors, and class policies. It is understood
that the race is a logical-historical category, a social construction. Accordingly, the pair of
singularities constitutive of the racial issue, so the three races, we chose to specifically study
the black race, the black Brazilian constitution, transformation, dilution and historical
recreation of the social forces at play. How to study and research this problem, three chapters
were proposed from the split of interracial relationships and the prospect of black Brazil:
"discovery / consolidation", "national identity / modernization" and "note history / founding
myth". The first aims to reveal and elaborate the meaning of the past of the black race in the
formation of the Brazilian people. The second chapter exposes the contradiction as race-class
transition and rupture of the colonial and monarchical to the process of constitution of modern
Brazil, from the metamorphosis of the nation, the social type, sociability, culture and condition
of the social fabric in black . The third attempts to grasp the challenges of race-class
contradiction in contemporary, through the specific term from the kaleidoscope of
miscegenation with the ideology of the lack of inter-racial conflict until the contemporary state
policies with positive discrimination. We conclude that the insights of the metamorphosis of
black reconfigured by the myth of racial democracy is to reveal the relationships race-class.
Historically, race, race condition, was set by the identity and legitimized by social mark that is
the color. The class condition - belonging to a social class - was subsumed to the proclamation
of democracy, citizenship, diversity. What is in question is a past-present the contradictions
arising from the capital. So proclaim themselves ideals of equality in the name of ideals of a
"racial identity" that affirms and resolves in appearance. The socioeconomic status became
positive element insertion, social inclusion policy, which moved from place to become global
determination. / Esta tese postula que o jogo das forças sociais da modernidade engendrou as transformações
constitutivas do negro imbricadas pelas tramas político-sociais de criação e recriação do mito
da democracia racial. A investigação envolveu o descortino da questão racial, como
universalidade inerente à condição humana de relação com o outro igual e diferente. Assim,
optou-se, como metodologia de pesquisa, pelo estudo de natureza bibliográfica. E, a partir da
compreensão da fecundidade intelectual das matrizes que formularam o pensamento social
brasileiro, definiram-se como principais referenciais teóricos desta tese as obras de Octavio
Ianni e Florestan Fernandes, haja vista os estudos pioneiros sobre as relações raciais no
Brasil, especificamente sobre a raça negra. A realização da pesquisa teórica permitiu, assim,
estabelecer as seguintes categorias: raça, história, classe e política. Tais categorias legitimame conclamam as contradições determinadas pela mediação da raça como nexo constitutivo
dos desdobramentos das relações sociais condicionadas pelas determinações históricas, de
classe e das políticas. Compreende-se que a raça é uma categoria lógico-histórica, uma
construção social. Nesse sentido, a par das singularidades constitutivas da questão racial,
portanto, das três raças, optou-se por estudar especificamente a raça negra, o negro
brasileiro em constituição, transformação, diluição e recriação histórica no jogo das forças
sociais. Como estudo e investigação dessa problemática, três capítulos foram propostos a
partir do desdobramento das relações inter-raciais e da perspectiva do Brasil negro:
“descobrimento/consolidação”, “identidade nacional/modernização” e “reparo histórico/mito
fundador”. O primeiro tem como propósito desvelar e elaborar o significado do passado da
raça negra na formação do povo brasileiro. O segundo capítulo expõe a contradição raça-
classe como transição e ruptura da época colonial e monárquica para o processo de
constituição do Brasil moderno, proveniente da metamorfose da nação, do tipo social, da
sociabilidade, da cultura e da condição do negro na trama social. O terceiro busca apreender
os desafios da contradição raça-classe na contemporaneidade, por meio das especificidades
conjunturais, desde o caleidoscópio da miscigenação com a ideologia da inexistência do
conflito inter-racial até a contemporaneidade das políticas de Estado com a discriminação
positiva. Conclui-se que o descortino da metamorfose do negro reconfigurada pelo mito da
democracia racial é o desvelamento da relação raça-classe. Historicamente, a raça, a condição
de raça, foi configurada e legitimada pela identidade, pela marca social que é a cor. A
condição de classe – a pertença a uma classe social – ficou subsumida à proclamação da
democracia, cidadania, diversidades. O que está em questão é um passado presentificado
pelas contradições oriundas do capital. Assim, proclamam-se ideais de igualdade em nome de
ideais de uma “identidade racial” que se afirma e se resolve na aparência. A condição
socioeconômica tornou-se elemento positivo de inserção, ou seja, de inclusão social, na
política, que se deslocou de lugar, tornando-se determinação mundial.
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