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Nefrotoxicidade associada à anfotericina B em pacientes de baixo risco / Amphotericin B-related nephrotoxicity in low-risk patients

Berdichevski, Roberto Herz January 2003 (has links)
Introdução: A anfotericina B é a droga de escolha para o tratamento de doenças fúngicas severas, estando associada, no entanto, a alta incidência de nefrotoxicidade. O uso de anfotericinas modificadas está associado a elevado custo. Em grupos de baixo risco o uso de sobrecarga hidrossalina pode ser suficiente para evitar perda severa de função renal. Métodos: Foram estudados prospectivamente pacientes internados em hospital universitário, com idade superior a 12 anos, e que estavam dentro das primeiras 24 horas de uso de anfotericina B. Foram excluídos pacientes em centros de terapia intensiva e que estivessem em uso de drogas vasoativas. Solução salina 0,9% (500 ml) foi infundida antes e após a anfotericina B. Foram coletados exames na inclusão e no término do tratamento. A dosagem de creatinina sérica foi repetida após 30 dias do término do tratamento. Resultados: Foram estudados 48 pacientes. A média de elevação da creatinina sérica foi de 0,3 (0,18-0,41) mg/dl., representando um decréscimo médio de 25 (12,8-36,9) ml/min na depuração de creatinina endógena (DCE). Insuficiência renal aguda (IRA), definida pela elevação maior do que 50% da creatinina basal, ocorreu em 15 pacientes (31,3%). Pacientes que utilizaram antibióticos e aqueles em status pós-quimioterapia ou submetidos a transplante de medula óssea foram os que apresentaram maior risco de desenvolverem IRA. A creatinina e a DCE após 30 dias do término do tratamento não diferiram de seus valores basais. Conclusão: Em pacientes de baixo risco, o uso de anfotericina B com adminstração profilática de solução fisiológica foi associado à alteração pequena e reversível da função renal. Devido ao alto custo, o uso de métodos mais dispendiosos nestes pacientes não parece justificado no momento. Ensaios clínicos randomizados são necessários nesta população. / Background: Amphotericin B is the drug of choice for treatment of severe fungal illnesses. It is, however, associated with a high incidence of nephrotoxicity. The use of modified amphotericins has a high economic cost. It is possible that in low-risk patients, saline loading is enough to prevent significant loss of renal function induced by the use of amphotericin B. Methods: Patients were prospectively enrolled in the study. They were older then 12 years, were within the first 24 hours of treatment with amphotericin B and had normal renal function. Patients at intensive care units or using vasoactive drugs were excluded. Sodium chloride 0.9% (500 ml) was infused before and after the amphotericin B. Blood and urine analysis were done for the evaluation of the renal function in the beginning and in the end of the treatment. Serum creatinine was repeated 30 days after the end of the amphotericin B treatment. Results: Forty-eight patients were studied. The mean rise of the serum creatinine was of 0.3 (0.18- 0.41) mg/dl, representing a mean decrease of 25 (12.8-36.9) ml/min of the creatinine clearance (CrCl). Acute renal failure (ARF), defined as a rise higher than 50% of the baseline creatinine, occurred in 15 patients (31.3%). Patients that were on antibiotics, in post-chemotherapy status or those submitted to bone marrow transplantation had the higher risk of developing ARF. Mean serum creatinine and the CrCl were no different from baseline values after 30 days. Conclusion: In low-risk patients, the use of amphotericin B with prophylactic sodium chloride loading was associated with a small and reversible decrease of the renal function. Due to its high cost the use of more expensive therapies in this group of patients does not seem to be justified at the moment. Prospective randomized trials are necessary in the low-risk population.
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Nefrotoxicidade associada à anfotericina B em pacientes de baixo risco / Amphotericin B-related nephrotoxicity in low-risk patients

Berdichevski, Roberto Herz January 2003 (has links)
Introdução: A anfotericina B é a droga de escolha para o tratamento de doenças fúngicas severas, estando associada, no entanto, a alta incidência de nefrotoxicidade. O uso de anfotericinas modificadas está associado a elevado custo. Em grupos de baixo risco o uso de sobrecarga hidrossalina pode ser suficiente para evitar perda severa de função renal. Métodos: Foram estudados prospectivamente pacientes internados em hospital universitário, com idade superior a 12 anos, e que estavam dentro das primeiras 24 horas de uso de anfotericina B. Foram excluídos pacientes em centros de terapia intensiva e que estivessem em uso de drogas vasoativas. Solução salina 0,9% (500 ml) foi infundida antes e após a anfotericina B. Foram coletados exames na inclusão e no término do tratamento. A dosagem de creatinina sérica foi repetida após 30 dias do término do tratamento. Resultados: Foram estudados 48 pacientes. A média de elevação da creatinina sérica foi de 0,3 (0,18-0,41) mg/dl., representando um decréscimo médio de 25 (12,8-36,9) ml/min na depuração de creatinina endógena (DCE). Insuficiência renal aguda (IRA), definida pela elevação maior do que 50% da creatinina basal, ocorreu em 15 pacientes (31,3%). Pacientes que utilizaram antibióticos e aqueles em status pós-quimioterapia ou submetidos a transplante de medula óssea foram os que apresentaram maior risco de desenvolverem IRA. A creatinina e a DCE após 30 dias do término do tratamento não diferiram de seus valores basais. Conclusão: Em pacientes de baixo risco, o uso de anfotericina B com adminstração profilática de solução fisiológica foi associado à alteração pequena e reversível da função renal. Devido ao alto custo, o uso de métodos mais dispendiosos nestes pacientes não parece justificado no momento. Ensaios clínicos randomizados são necessários nesta população. / Background: Amphotericin B is the drug of choice for treatment of severe fungal illnesses. It is, however, associated with a high incidence of nephrotoxicity. The use of modified amphotericins has a high economic cost. It is possible that in low-risk patients, saline loading is enough to prevent significant loss of renal function induced by the use of amphotericin B. Methods: Patients were prospectively enrolled in the study. They were older then 12 years, were within the first 24 hours of treatment with amphotericin B and had normal renal function. Patients at intensive care units or using vasoactive drugs were excluded. Sodium chloride 0.9% (500 ml) was infused before and after the amphotericin B. Blood and urine analysis were done for the evaluation of the renal function in the beginning and in the end of the treatment. Serum creatinine was repeated 30 days after the end of the amphotericin B treatment. Results: Forty-eight patients were studied. The mean rise of the serum creatinine was of 0.3 (0.18- 0.41) mg/dl, representing a mean decrease of 25 (12.8-36.9) ml/min of the creatinine clearance (CrCl). Acute renal failure (ARF), defined as a rise higher than 50% of the baseline creatinine, occurred in 15 patients (31.3%). Patients that were on antibiotics, in post-chemotherapy status or those submitted to bone marrow transplantation had the higher risk of developing ARF. Mean serum creatinine and the CrCl were no different from baseline values after 30 days. Conclusion: In low-risk patients, the use of amphotericin B with prophylactic sodium chloride loading was associated with a small and reversible decrease of the renal function. Due to its high cost the use of more expensive therapies in this group of patients does not seem to be justified at the moment. Prospective randomized trials are necessary in the low-risk population.
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Nefrotoxicidade associada à anfotericina B em pacientes de baixo risco / Amphotericin B-related nephrotoxicity in low-risk patients

Berdichevski, Roberto Herz January 2003 (has links)
Introdução: A anfotericina B é a droga de escolha para o tratamento de doenças fúngicas severas, estando associada, no entanto, a alta incidência de nefrotoxicidade. O uso de anfotericinas modificadas está associado a elevado custo. Em grupos de baixo risco o uso de sobrecarga hidrossalina pode ser suficiente para evitar perda severa de função renal. Métodos: Foram estudados prospectivamente pacientes internados em hospital universitário, com idade superior a 12 anos, e que estavam dentro das primeiras 24 horas de uso de anfotericina B. Foram excluídos pacientes em centros de terapia intensiva e que estivessem em uso de drogas vasoativas. Solução salina 0,9% (500 ml) foi infundida antes e após a anfotericina B. Foram coletados exames na inclusão e no término do tratamento. A dosagem de creatinina sérica foi repetida após 30 dias do término do tratamento. Resultados: Foram estudados 48 pacientes. A média de elevação da creatinina sérica foi de 0,3 (0,18-0,41) mg/dl., representando um decréscimo médio de 25 (12,8-36,9) ml/min na depuração de creatinina endógena (DCE). Insuficiência renal aguda (IRA), definida pela elevação maior do que 50% da creatinina basal, ocorreu em 15 pacientes (31,3%). Pacientes que utilizaram antibióticos e aqueles em status pós-quimioterapia ou submetidos a transplante de medula óssea foram os que apresentaram maior risco de desenvolverem IRA. A creatinina e a DCE após 30 dias do término do tratamento não diferiram de seus valores basais. Conclusão: Em pacientes de baixo risco, o uso de anfotericina B com adminstração profilática de solução fisiológica foi associado à alteração pequena e reversível da função renal. Devido ao alto custo, o uso de métodos mais dispendiosos nestes pacientes não parece justificado no momento. Ensaios clínicos randomizados são necessários nesta população. / Background: Amphotericin B is the drug of choice for treatment of severe fungal illnesses. It is, however, associated with a high incidence of nephrotoxicity. The use of modified amphotericins has a high economic cost. It is possible that in low-risk patients, saline loading is enough to prevent significant loss of renal function induced by the use of amphotericin B. Methods: Patients were prospectively enrolled in the study. They were older then 12 years, were within the first 24 hours of treatment with amphotericin B and had normal renal function. Patients at intensive care units or using vasoactive drugs were excluded. Sodium chloride 0.9% (500 ml) was infused before and after the amphotericin B. Blood and urine analysis were done for the evaluation of the renal function in the beginning and in the end of the treatment. Serum creatinine was repeated 30 days after the end of the amphotericin B treatment. Results: Forty-eight patients were studied. The mean rise of the serum creatinine was of 0.3 (0.18- 0.41) mg/dl, representing a mean decrease of 25 (12.8-36.9) ml/min of the creatinine clearance (CrCl). Acute renal failure (ARF), defined as a rise higher than 50% of the baseline creatinine, occurred in 15 patients (31.3%). Patients that were on antibiotics, in post-chemotherapy status or those submitted to bone marrow transplantation had the higher risk of developing ARF. Mean serum creatinine and the CrCl were no different from baseline values after 30 days. Conclusion: In low-risk patients, the use of amphotericin B with prophylactic sodium chloride loading was associated with a small and reversible decrease of the renal function. Due to its high cost the use of more expensive therapies in this group of patients does not seem to be justified at the moment. Prospective randomized trials are necessary in the low-risk population.

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