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Seasonal and intraseasonal variability of the western boundary regime off the Eastern Brazilian CoastRegina Aires Veleda, Dóris 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A circulação da fronteira oeste do Oceano Atlântico Sul tropical exerce um
importante papel no controle climático através da troca inter-hemisférica de
massa e calor. Nesta região, o ramo sul da Corrente Sul Equatorial (sCSE) se
bifurca dando origem a Sub-corrente Norte do Brasil (SCNB), para o norte, e
a Corrente do Brasil (CB), para o sul. Nesta tese, foi investigada a
variabilidade desta parte do oceano utilizando-se medidas de correntes
oriundas de uma seção normal à costa brasileira em 11°S, composta de 5
fundeios (K1-K5). Os fundeios foram instalados durante os cruzeiros (2000-
2004) realizados no âmbito da contribuição alemã ao Programa CLIVAR
(Climate Variability and Predictability Program). A seção a 11°S abrange a
estrutura da SCNB e o núcleo da Corrente de Contorno Oeste Profunda
(CCP), que fazem parte dos ramos superior e inferior da Célula Meridional
Termohalina do Oceano Atlântico, respectivamente. Aplicando a técnica de
decomposição em Funções Ortogonais Empíricas (FOE) e de análise
espectral, identificaram-se tanto modos de variabilidade sazonal como intrasazonal
nos dados de corrente. A dinâmica da sCSE, bem como as principais
estruturas tri-dimensionais na fronteira oeste foram também investigadas
utilizando um modelo regional climatológico com 1/12° de resolução
horizontal (ROMS – Regional Ocean Model System). Os resultados da
simulação confirmaram a variabilidade sazonal na estrutura de correntes a
11°S. Médias mensais de 47 anos de re-análise da base SODA (Simple Ocean
Data Assimilation) confirmaram a variabilidade sazonal encontrada nos
resultados numéricos. A simulação da divergência da sCSE mostra que esta
desloca-se para sul conforme aumenta a profundidade do oceano, variando
de 8°S em 100 m de profundidade até 20°S em 500 m. Nas simulações do
modelo ROMS a bifurcação da sCSE atinge sua posição mais ao norte no
verão austral e sua posição mais ao sul no inverno austral. Isto corresponde
a um mais fraco e a um mais intenso transporte da SCNB, respectivamente.
Em 200 m de profundidade a sCSE bifurca-se a 13°S no verão austral e a
19°S no inverno austral. A 500 m de profundidade a bifurcação da sCSE é
em torno de 20°S, durante todo o ano com fraca variabilidade meridional. A
bifurcação das sCSE nos resultados da base SODA são sincronizados com a
linha zero do rotacional do cisalhamento eólico, assim como com os
resultados da simulação do ROMS. Nos resultados SODA, em 200 m, a sCSE
bifurca-se em 15°S no verão austral e em 18°S no inverno austral. A Análise
de Componentes Principais dos dados medidos a 11°S mostra que a
temperatura é fortemente acoplada à velocidade das correntes no núcleo da
CCP, com uma periodicidade de dois meses. A intensidade de acoplamento
entre as velocidades tangenciais à costa e a temperatura é de 60%,
indicando que as correntes no núcleo da Água Profunda do Atlântico Norte
(APAN) são responsáveis, nesta proporção, pela troca de calor interhemisf
érico. A simulação do modelo ROMS indica que a CCP reproduz
estruturas anticiclônicas da mesma ordem de magnitude das escalas dos
vórtices encontrados nos dados dos fundeios (K1-K5) a 11°S. Os resultados
numéricos indicaram ainda a presença de uma contracorrente na borda leste
da SCNB, que reduz o transporte de água para o norte. Em escala intrasazonal,
sinais energéticos em alta freqüência foram detectados como um modo de variabilidade dominante na extremidade oeste da SCNB, os quais
decaem com a distância da costa. Todavia, não foram encontrados
mecanismos locais que expliquem estas variabilidades. De fato, os valores de
corrente a 11°S são bem correlacionados com dados remotos de
cisalhamento eólico meridional, próximos à costa brasileira entre 22°S- 36°S.
Os mais altos valores de correlação foram verificados no inverno e primavera
austral, com defasagens em torno de 8 a 10 dias. Estes sinais propagam-se
para o equador com velocidade de 285±63 km.dia-1, típica de uma onda
costeira, forçada remotamente por influências meteorológicas. Estes últimos
resultados apóiam a existência de Coastally Trapped Waves (CTW) como um
mecanismo apropriado para explicar a nítida correlação entre a componente
meridional do cisalhamento eólico e a componente da corrente tangencial à
costa. Sugere-se, como futuro trabalho, um estudo mais abrangente deste
fenômeno através da análise de ondeletas e de técnicas de modelagem
numérica para confirmar as hipóteses aqui evidenciadas
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