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Liberdade e Capital em Karl Marx / Liberty and Capital in Karl MarxPrado, Carlos Batista 13 August 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-08-13 / Fundação Araucária / The main objective of this dissertation is to analyze the issues surrounding liberty from The Capital by Karl Marx. This study aims to understand how the philosophical issue of liberty is challenged by exposition dialectic of The Capital . With reference to the interpretation of Benoit, understand that the exposition method of The Capital can only be understood in light of the philosophy of Hegel and the dialectical tradition. The exposition moves from abstract to concrete. The concepts presented are developed from their simplest form and apparent, and continue advancing through a negative movement to more complex forms and concrete. The exposition route developed in The Capital is a path of ascent, which is part of abstract shapes to overcome them, deny them and reach the reality which hides behind the mystifying ways, unveiling the myths of bourgeois society and bringing to the surface the contradictions immanent in capital. This exposition is the dialectic methodological tool that enables Marx to try to overcome the form merely analytical and empirical research, reconstructing the totality of the tangible real and alive, from the negative force of dialectics. Marx build a unity between the logical and history form of representation, a synchronic and diachronic structure, a contradictory unity between being and becoming. A unit that includes a concrete representation of reality, able to overcome the abstract forms by the motion of denial from an adversarial logos. The exposition seeks to unveil the dialectical contradictions within each category of capitalist society. The negative movement of the exposition puts the categories on the move, becoming permanent. The categories are transformed, are denied and yet still preserve a truth value. This means that categories put to negative dialectics of exposition, and may be non-being at the same time and in the same relation. Based on these principles, this research develops the thesis that the concept of liberty in The Capital Marx's theory is thought of as a positive-negative liberty. The exposition method reveals that under the capitalist mode of production liberty is contradictory, the man appears as free and non-free at the same time. In a society dominated by capital, Marx speaks of liberty and unliberty. The positivity liberty in capital is revealed by analyzing the market and the movement of goods that require relationship between men formally free and equal. Moreover, the negativity liberty is expressed in the capital area under the relations of production, fetishism, the autocracy of capital under Labour. Liberty and unliberty coexist in capitalist relations, appears as a prerequisite for another. Marx shows that the process of capitalist exploitation is mediated by the principles of liberty which govern and regulate the market. That means it is Liberty itself that appears as a legal prerequisite for unliberty and domain of capital under men. / O objetivo central dessa dissertação é analisar a problemática em torno da liberdade, em O Capital de Karl Marx. O presente trabalho busca compreender como a questão filosófica da liberdade é posta pela exposição dialética de O Capital . Tendo como referência a interpretação de Benoit, compreendemos que o modo de exposição de O Capital só pode ser compreendido a luz da filosofia de Hegel e da tradição dialética. A exposição caminha do abstrato ao concreto. Os conceitos apresentados são desenvolvidos a partir de suas formas mais simples e aparentes, e seguem avançando por meio de um movimento negativo para formas mais complexas e concretas. O percurso expositivo desenvolvido em O Capital é um caminho de ascensão, no qual se parte das formas abstratas para ultrapassá-las, negá-las e alcançar a realidade que se esconde por trás das formas mistificadoras, desvelando os mitos da sociedade burguesa e trazendo para a superfície as contradições imanentes ao capital. Tal dialética expositiva é o instrumento metodológico que possibilita a Marx tentar superar a forma meramente analítica e empírica da pesquisa, reconstruindo a totalidade concreta e viva do real, a partir da força negativa da dialética. Marx constrói uma unidade entre a forma de representação lógica e histórica, uma estrutura sincrônica e diacrônica, uma unidade contraditória entre o ser e o devir. Uma unidade que compreende uma representação concreta do real, capaz de ultrapassar as formas abstratas mediante o movimento de negação, a partir de um logos contraditório. A exposição dialética busca desvelar as contradições presentes no interior de cada categoria da sociedade capitalista. O movimento negativo da exposição coloca as categorias em movimento, em devir permanente. As categorias se transformam, são negadas e ainda assim, preservam um valor de verdade. Isso quer dizer que as categorias postas ao movimento dialético negativo da exposição, podem ser e não-ser ao mesmo tempo e na mesma relação. Partindo desses princípios, a presente pesquisa desenvolve a tese de que o conceito de liberdade em O Capital de Marx é pensado como uma teoria positivo-negativa da liberdade. O movimento expositivo nos revela que sob o modo de produção capitalista a liberdade é contraditória, ou seja, o homem aparece como livre e não-livre ao mesmo tempo. Na sociedade dominada pelo capital, Marx fala em liberdade e não-liberdade. A positividade da liberdade do capital se revela mediante a análise do mercado e a circulação de mercadoria que exigem relações entre homens formalmente livres e iguais. Por outro lado, a negatividade da liberdade se expressa no domínio do capital sob as relações de produção, no fetichismo, na autocracia do capital sob o trabalho. Liberdade e não-liberdade coexistem no interior das relações capitalistas, uma aparece como pressuposto da outra. Marx revela que o processo de exploração do capital ocorre mediado pelos princípios de liberdade que regem e regulam o mercado. Isso significa que é a própria liberdade jurídica que aparece como pressuposto para a não-liberdade e domínio do capital sob os homens.
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