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Tafoflora interglacial neocarbonífera do Sítio Volpe, município de Monte Mor (SP), Subgrupo Itararé, Nordeste da Bacia do Paraná: revisão e complementação / Not available.Mune, Sandra Eiko 28 March 2005 (has links)
Sob a influência da glaciação permo-carbonífera gondvânica, depositaram-se complexas associações de fácies que originaram o Subgrupo Itararé (Grupo Tubarão), na bacia do Paraná. Numa das fases interglaciais por que passou o Estado de São Paulo, desenvolveu-se a vegetação que originou a tafoflora do sítio Volpe (ex-sítio da Mina) em Monte Mor (SP). Trata-se de assembléia fitofossilífera ocorrente na porção mediano-basal do Subgrupo, constituída predominantemente de Brasilodendron, Paranocladus, Ginkgophyllum, e subordinadamente de outros gêneros licofíticos tais como Bumbudendron, Leptophloeum e cf. Cyclodendron, bem como gêneros esfenofíticos como Trizygia, Koretrophyllites e Paracalamites, além dos morfogêneros gimnospérmicos Botrychiopsis, Nothorhacopteris, Noeggerathiopsis e Buriadia. Com base em novas amostras e estudos cuticulares, foi possível melhor relacionar neste conteúdo fitofossilífero a presença de Paranocladus dusenii com sementes platispérmicas de Paranospermum cambuiense e registrar formas inéditas para a assembléia, como por exemplo, Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii e Samaropsis cf. S. cuerdai. O estudo de megásporos demonstrou ser a espécie Sublagenicula brasiliensis a mais abundante. Registra-se ainda, a ocorrência de duas formas inéditas para a localidade: Banksisporites tenuis e B. vulgatus. A análise palinológica revelou um conteúdo diversificado, predominantemente esporofítico, com significativa abundância dos gêneros Lundbladispora e Vallatisporites e de tipos subsidiários como Horriditriletes, e Calamospora, entre outros, além de grãos de pólen dos gêneros Plicatipollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites, e Scheuringipollenites. A flora interglacial do sítio Volpe se desenvolveu numa latitude ao redor de 60° Sul, em condições paleoclimáticas frias. A retração da geleira e a proximidade com o mar, provavelmente, tornaram o clima mais ameno, propiciando o desenvolvimento de comunidades hidro-higrófilas (licófitas e esfenófitas), higro-mesófilas (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesófilas (cordaitales) e meso-xerófilas (Ginkgophyllum, Paranocladus e Buriadia). As comunidades registradas na lapa do carvão, provavelmente, estariam instaladas em áreas de planície de maré (com licófitas formando associações praticamente puras). As comunidades registradas na capa do carvão, estariam instaladas em planícies de inundação (associações de licófitas, progimnospermas) ou em áreas mais altas (coníferas e ? ginkgoales). Num contexto geral, haveria certo autoctonismo/parautoctonismo, no caso de licófitas e esfenófitas, e aloctonismo para as ginkgoales (?) e voltziales. O clima frio corroboraria para a ocorrência de formas de porte herbáceo a arbustivo. Contudo, esse clima, provavelmente, não foi tão rigoroso, pois possibilitaria a formação de camada de carvão, ainda que de pequena espessura. A presença de algas do tipo Botryococcus denotaria ambientes de água doce e a presença de conchostráceos reforçaria esta hipótese. Um melhor posicionamento bioestratigráfico desta tafoflora é aventado dentro da palinozona Intervalo Crucisaccites monoletus e da III associação megaflorística \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" do Estado de São Paulo. A mais provável correlação, na Argentina, seria com a Zona Intervalo, ainda que estejam presentes elementos da Zona NBG. Embora não se possa ainda ssegurar uma idade estefaniana para a tafoflora, esta atribuição apresenta-se como a mais provável. O trabalho de revisão e complementação do conteúdo da tafoflora interglacial neocarbonífera do sítio Volpe (ex-Sítio da Mina), Monte Mor (SP) foi desenvolvido como parte integrante do Projeto Temático Fapesp 97/3639-8: \"Levantamento da composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". / Under the Gondwanan Permo-Carboniferous glaciation influence, complex associations of facies were deposited, originating the Itararé Subgroup (Tubarão Group), in the Paraná Basin. In one of the interglacial phases that the São Paulo State has been through it was developed the vegetation which originated the taphoflora of the Volpe ranch (ex-Mine ranch) in Monte Mor Municipality (SP). It is composed by a phytofossiliferous assembly, which occurs in the mid-basal portion of the Subgroup, constituted mainly by Brasilodendrom, Paranocladus, Ginkgophyllum, and subordinately by other sphenophytic genera such as Trizygia, Koretrophyllites and Paracalamites, and gymnospermous morphogenera Bothryopsis, Nothoehacopteris, Noeggerathiopsis and Buriadia. Based on new samples and on cuticular studies, it was possible to relate better in this fossiliferous content, the association on Paranocladus dusenii with platyspermic seeds of Paranospermum cambuiense, and register not yet recognized forms for the assembly, as Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii and Samaropsis cf. S. cuerdae. The megaspores study, has demonstrated the species Sublagenicula brasiliensis, to be the most abundant. Two forms not yet registered for the locality were detected: Banksisporites tenuis and B. vulgatus. The palynological analysis revealed a diversified content, mainly sporophytic, with significant presence of the genera Lundbladispora and Vallatisporites, and subsidiary types as Horriditriletes and Calamospora. Among the pollen grains there were those of the genera Plicatiopollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites and Scheuringipollenites. The interglacial flora of the Volpe Ranch was developed in latitude near 60° S, under cold paleoclimatic condjítions. The retraction of the glaciers and the proximity to the sea, are likely reasons for a cooler climate, which proportionate the development of hidro-higrophilic communities (Lycophytes and Sphenophytes), higro-mesophilic communities (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesophilic communities (Cordaitales) and meso-xerophilici communities (Ginkgophyllum, Paranocladus and Buriadia). The recorded communities in the coal footwall probably were apparently installed in the tide plain areas (forming almost exclusive associations of Lycophytes). On the other hand, the communities recorded in the coal hanging-wall, would be placed in flooding plains (Lycophytes and Progymnosperms associations), or in higher areas (Conifers and ?Ginkgoales). From a general perspective, there would be a sort of autochthonism/para-authochthonism for the Lycophytes, as an allochthonism for the Ginkgoales (?) and Voltziales. A cold climate would corroborate the occurrence of herbaceous to arbustive forms. However, that climate probably was not so rigorous, as it would allow the formation of coal layers even though of small thickness. The presence of Botryococcus-type algae would detonate fresh water environments. This hypothesis would be reinforced by the presence of conchostraceans. A better biostratigraphic positioning for this tafoflora is suggested, into the interval palynozone Crusisaccites monoletus and into the megafloristic association III \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" of the São Paulo State. The most probable correlation in Argentina would be with the \"Interval Zone\", even if there are elements of the NBG Zone among them. Altough a Stephanian age for the taphoflora can not be assured, this attribution seems to be the most likely. The revision and complementing work of the content of the Late Carboniferous Interglacial Taphoflora from the Volpe Ranch (ex-Mine Ranch), Municipality of Monte Mor (SP), was carried out as a part of the FAPESP Thematic Project 97/3639-8: \"Survey of the paleofloristic composition and succession of Late Carboniferous- Early Permian (Tubarão Group) in the São Paulo State\".
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Tafoflora interglacial neocarbonífera do Sítio Volpe, município de Monte Mor (SP), Subgrupo Itararé, Nordeste da Bacia do Paraná: revisão e complementação / Not available.Sandra Eiko Mune 28 March 2005 (has links)
Sob a influência da glaciação permo-carbonífera gondvânica, depositaram-se complexas associações de fácies que originaram o Subgrupo Itararé (Grupo Tubarão), na bacia do Paraná. Numa das fases interglaciais por que passou o Estado de São Paulo, desenvolveu-se a vegetação que originou a tafoflora do sítio Volpe (ex-sítio da Mina) em Monte Mor (SP). Trata-se de assembléia fitofossilífera ocorrente na porção mediano-basal do Subgrupo, constituída predominantemente de Brasilodendron, Paranocladus, Ginkgophyllum, e subordinadamente de outros gêneros licofíticos tais como Bumbudendron, Leptophloeum e cf. Cyclodendron, bem como gêneros esfenofíticos como Trizygia, Koretrophyllites e Paracalamites, além dos morfogêneros gimnospérmicos Botrychiopsis, Nothorhacopteris, Noeggerathiopsis e Buriadia. Com base em novas amostras e estudos cuticulares, foi possível melhor relacionar neste conteúdo fitofossilífero a presença de Paranocladus dusenii com sementes platispérmicas de Paranospermum cambuiense e registrar formas inéditas para a assembléia, como por exemplo, Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii e Samaropsis cf. S. cuerdai. O estudo de megásporos demonstrou ser a espécie Sublagenicula brasiliensis a mais abundante. Registra-se ainda, a ocorrência de duas formas inéditas para a localidade: Banksisporites tenuis e B. vulgatus. A análise palinológica revelou um conteúdo diversificado, predominantemente esporofítico, com significativa abundância dos gêneros Lundbladispora e Vallatisporites e de tipos subsidiários como Horriditriletes, e Calamospora, entre outros, além de grãos de pólen dos gêneros Plicatipollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites, e Scheuringipollenites. A flora interglacial do sítio Volpe se desenvolveu numa latitude ao redor de 60° Sul, em condições paleoclimáticas frias. A retração da geleira e a proximidade com o mar, provavelmente, tornaram o clima mais ameno, propiciando o desenvolvimento de comunidades hidro-higrófilas (licófitas e esfenófitas), higro-mesófilas (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesófilas (cordaitales) e meso-xerófilas (Ginkgophyllum, Paranocladus e Buriadia). As comunidades registradas na lapa do carvão, provavelmente, estariam instaladas em áreas de planície de maré (com licófitas formando associações praticamente puras). As comunidades registradas na capa do carvão, estariam instaladas em planícies de inundação (associações de licófitas, progimnospermas) ou em áreas mais altas (coníferas e ? ginkgoales). Num contexto geral, haveria certo autoctonismo/parautoctonismo, no caso de licófitas e esfenófitas, e aloctonismo para as ginkgoales (?) e voltziales. O clima frio corroboraria para a ocorrência de formas de porte herbáceo a arbustivo. Contudo, esse clima, provavelmente, não foi tão rigoroso, pois possibilitaria a formação de camada de carvão, ainda que de pequena espessura. A presença de algas do tipo Botryococcus denotaria ambientes de água doce e a presença de conchostráceos reforçaria esta hipótese. Um melhor posicionamento bioestratigráfico desta tafoflora é aventado dentro da palinozona Intervalo Crucisaccites monoletus e da III associação megaflorística \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" do Estado de São Paulo. A mais provável correlação, na Argentina, seria com a Zona Intervalo, ainda que estejam presentes elementos da Zona NBG. Embora não se possa ainda ssegurar uma idade estefaniana para a tafoflora, esta atribuição apresenta-se como a mais provável. O trabalho de revisão e complementação do conteúdo da tafoflora interglacial neocarbonífera do sítio Volpe (ex-Sítio da Mina), Monte Mor (SP) foi desenvolvido como parte integrante do Projeto Temático Fapesp 97/3639-8: \"Levantamento da composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". / Under the Gondwanan Permo-Carboniferous glaciation influence, complex associations of facies were deposited, originating the Itararé Subgroup (Tubarão Group), in the Paraná Basin. In one of the interglacial phases that the São Paulo State has been through it was developed the vegetation which originated the taphoflora of the Volpe ranch (ex-Mine ranch) in Monte Mor Municipality (SP). It is composed by a phytofossiliferous assembly, which occurs in the mid-basal portion of the Subgroup, constituted mainly by Brasilodendrom, Paranocladus, Ginkgophyllum, and subordinately by other sphenophytic genera such as Trizygia, Koretrophyllites and Paracalamites, and gymnospermous morphogenera Bothryopsis, Nothoehacopteris, Noeggerathiopsis and Buriadia. Based on new samples and on cuticular studies, it was possible to relate better in this fossiliferous content, the association on Paranocladus dusenii with platyspermic seeds of Paranospermum cambuiense, and register not yet recognized forms for the assembly, as Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii and Samaropsis cf. S. cuerdae. The megaspores study, has demonstrated the species Sublagenicula brasiliensis, to be the most abundant. Two forms not yet registered for the locality were detected: Banksisporites tenuis and B. vulgatus. The palynological analysis revealed a diversified content, mainly sporophytic, with significant presence of the genera Lundbladispora and Vallatisporites, and subsidiary types as Horriditriletes and Calamospora. Among the pollen grains there were those of the genera Plicatiopollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites and Scheuringipollenites. The interglacial flora of the Volpe Ranch was developed in latitude near 60° S, under cold paleoclimatic condjítions. The retraction of the glaciers and the proximity to the sea, are likely reasons for a cooler climate, which proportionate the development of hidro-higrophilic communities (Lycophytes and Sphenophytes), higro-mesophilic communities (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesophilic communities (Cordaitales) and meso-xerophilici communities (Ginkgophyllum, Paranocladus and Buriadia). The recorded communities in the coal footwall probably were apparently installed in the tide plain areas (forming almost exclusive associations of Lycophytes). On the other hand, the communities recorded in the coal hanging-wall, would be placed in flooding plains (Lycophytes and Progymnosperms associations), or in higher areas (Conifers and ?Ginkgoales). From a general perspective, there would be a sort of autochthonism/para-authochthonism for the Lycophytes, as an allochthonism for the Ginkgoales (?) and Voltziales. A cold climate would corroborate the occurrence of herbaceous to arbustive forms. However, that climate probably was not so rigorous, as it would allow the formation of coal layers even though of small thickness. The presence of Botryococcus-type algae would detonate fresh water environments. This hypothesis would be reinforced by the presence of conchostraceans. A better biostratigraphic positioning for this tafoflora is suggested, into the interval palynozone Crusisaccites monoletus and into the megafloristic association III \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" of the São Paulo State. The most probable correlation in Argentina would be with the \"Interval Zone\", even if there are elements of the NBG Zone among them. Altough a Stephanian age for the taphoflora can not be assured, this attribution seems to be the most likely. The revision and complementing work of the content of the Late Carboniferous Interglacial Taphoflora from the Volpe Ranch (ex-Mine Ranch), Municipality of Monte Mor (SP), was carried out as a part of the FAPESP Thematic Project 97/3639-8: \"Survey of the paleofloristic composition and succession of Late Carboniferous- Early Permian (Tubarão Group) in the São Paulo State\".
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