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A "solteirice" em Salvador: desvelando práticas e sentidos entre adultos/as de classes médiasAndrade, Darlane Silva Vieira 06 September 2012 (has links)
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Tese Darlane Andrade_A solteirice em Salvador.pdf: 2560737 bytes, checksum: ef48a38548098d2e0caf03f802955208 (MD5) / CAPES / Esta tese buscou compreender o fenômeno da “solteirice” na contemporaneidade,
especificamente na capital baiana, a partir de experiências e construções de
sentidos atribuídos a esta condição para homens e mulheres adultos/as, de classe
média, solteiros/as e que moram sozinhos/as em Salvador. Partindo de discussões
interdisciplinares sobre as mudanças na vida pessoal, nas relações de gênero, nos
relacionamentos e nos estilos de vida em contexto urbano, que colaboram para
pensar os novos sentidos e práticas em torno da “solteirice”, a pesquisa fez uso da
epistemologia feminista, tendo o gênero como categoria principal utilizada para a
análise dos dados; adotou métodos mistos com o uso de instrumentos quantitativos
e qualitativos: realizou grupos focais, dos quais participaram quatro mulheres e três
homens; aplicou questionário estruturado respondido por 76 pessoas; realizou
observações de campo em espaços de lazer na cidade, entrevistas biográficas
guiadas pela “linha da vida” e diários, estes realizados com uma subamostra de seis
participantes. Todos/asos/as participantes tinham idade variando entre 30 e 60 anos,
formação universitária, eram residentes em bairros de status médio/alto em Salvador
e foram classificados/as como pertencentes à classe A/B pelo Critério de
Classificação Econômica Brasil. A construção dos dados e o diálogo com a literatura
sobre o tema permitiu, primeiramente, a reconstrução do conceito de “solteirice” a
partir das dimensões estado civil, estilo de vida e solidão, sendo a liberdade, a
principal dimensão, ao mesmo tempo o elemento que interliga as outras dimensões
e o mais importante significado da “solteirice”. O estudo permitiu a construção do
perfil de um grupo específico de solteiros/as que moram sozinhos/as no que se
refere a características socioeconômicas, vivências em torno da “solteirice” no
campo relacional e sexual, nas rotinas de lazer e trabalho, e suas expectativas para
o futuro, além de mapear os territórios na cidade por onde transitam especialmente
no lazer, apontando que a condição de “solteirice” é vivenciada tanto dentro como
fora do lar tendo a liberdade como centralidade. Por fim, permitiu observar algumas
diferenças de gênero na forma com que a solteirice é experienciada, visto que a
liberdade que é tão cara à vida de solteiro/a, tem pesos diferentes para homens e
mulheres, principalmente no campo da sexualidade, haja vista a maior
permissividade social para os homens exercerem o sexo fora do casamento do que
para as mulheres: apesar de muitas participantes terem uma vida sexual ativa,
outras se mantêm celibatárias até se engajarem em uma relação estável, mostrando
que a solteirice expressa as mudanças e permanências na vida pessoal.
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