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Entre a batina e a aliança : das mulheres de padres ao movimento de padres casados no BrasilSilva, Edlene Oliveira 08 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Departamento de História, 2008. / Submitted by Jaqueline Oliveira (jaqueoliveiram@gmail.com) on 2008-11-12T16:57:38Z
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TESE_2008_EdleneOliveiraSilva.pdf: 2800356 bytes, checksum: 276f40b6e0cb1e6c837b8a56bb2b506b (MD5) / O presente trabalho objetiva compreender o processo de formação do Movimento de Padres Casados – MPC, institucionalizado no Brasil na década de 1980. Para tal, a investigação debruçou-se sobre a construção histórica do celibato clerical desde a sua instituição no baixo medievo, durante o período da chamada Reforma Gregoriana (1050-1226), até o século XX, quando o movimento em tela se constituiu. Consolidado no princípio da Idade Moderna pelos cânones do Concílio de Trento (1537-1563), o celibato eclesiástico tornou-se o principal símbolo identitário do clero latino ao santificar e fortalecer a hierarquia eclesiástica, justificando sua superioridade em relação aos leigos e aos demais sacerdotes de outras denominações religiosas. Em Trento os sacramentos do matrimônio e da ordenação sacerdotal católica passam a ser consagrados como caminhos excludentes. O concubinato e o casamento de padres serão penalizados pelo direito canônico e pela legislação monárquica portuguesa até meados do século XIX, fato que não impediu que a lei do celibato fosse constantemente transgredida em segredo. Questionado publicamente pela primeira vez durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), o celibato clerical foi mantido e assegurado pela Encíclica Sacerdotalis Caelibatus (1967), gerando um considerável fluxo migratório de sacerdotes que resolvem abandonar o ministério eclesiástico para casar-se. Ocupando um “entre-lugar”, entre a batina e aliança, padres egressos casados de todo o mundo se organizaram na tentativa de preservar os vínculos sacramentais que os uniam e lutar por objetivos comuns. No Brasil, o MPC congregou os anseios de milhares de padres casados, criando um espaço de diálogo entre os egressos, a sociedade e a Igreja. Por meio de uma extensa análise dos principais meios de divulgação do movimento e de entrevistas com os líderes do MPC esta pesquisa procurou entrever de que forma os egressos brasileiros construíram suas representações, articuladas por várias vertentes, mas sempre interpeladas pela força simbólica do imaginário religioso. Na trama de discursos forjados pelo MPC e pela Igreja, tradição e modernidade se intercalam na defesa ou crítica ao celibato.
__________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The study presented herein is aimed at comprehending the formation process of the Married Priests Movement – MPC (Movimento de Padres Casados), institutionalised in Brazil during the eighties. For such, the survey was based on the historical consolidation of the clerical celibacy since its establishment in the early medieval period, during the times of the Gregorian Reform (1050-1226), until the 20th Century, when the movement in analysis has begun. Strengthened in the beginning of the Modern Age by the canons of the Council of Trent (1537-1563), ecclesiastic celibacy became the main identifying symbol of the Latin clergy as it sanctified and consolidated the ecclesiastic hierarchy, while justifying its superiority in relation to laity and priests of other religions. From Trent, the sacraments of marriage and of the catholic sacerdotal ordaining started to be consecrated as excluding paths. Concubinage and the marriage of priests were outlawed by the canonical law and the legislation of the Portuguese monarchy until mid-19th Century, this, nevertheless, would not prevent the celibacy law from being constantly violated in secret. When it was first publicly questioned during the Second Vatican Council (1962-1965), clerical celibacy was maintained and enforced by the Encyclica
Sacerdotalis Caelibatus (1967). This has generated a considerable migratory flow of priests who decided to abandon the ecclesiastic ministry to contract matrimony. Laying in the nowhere between priesthood and marriage, married former priests from all over the world started to join efforts in the attempt to preserve the sacramental bonds between them and to fight for shared objectives. In Brazil, the MPC brought together the wishes of thousand of married priests, creating a place for dialogue with Church and society. Through a comprehensive analysis of the main means used to publicise the movement and of interviews with the leaders of MPC, this research endeavoured to comprehend how have the Brazilian former priests established their organisations, which are articulated in many different fronts but always maintain the constant intervention of a strong symbolism associated to the religious imagery. In between the lines of the discussion between MPC and the Catholic Church, tradition and modernity are interpolated either in the defence or in the criticism of celibacy.
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