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Trajetórias de mulheres com deficiência: do ensino superior ao mercado de trabalho sob o olhar do gêneroVitório, Janaína Damásio January 2017 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico. / Este estudo se refere a uma dissertação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, que tem como objetivo analisar o processo de inserção e permanência das mulheres com deficiência no ensino superior e no mercado de trabalho, egressas dos cursos de Graduação da UNESC no período de 2006 a 2014, na perspectiva de gênero. Por muitas décadas a educação foi marcada por um processo de exclusão, desrespeitando o indivíduo na sua singularidade tendo como um dos principais alvos a pessoa com deficiência compreendida dentro do modelo biomédico, que buscava possibilitar a inserção desses sujeitos com vistas a sua funcionalidade. No caso das mulheres deficientes o problema se agrava, pois, são duplamente marginalizadas em função da sobreposição de dois marcadores sociais: gênero e deficiência. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, analisou a trajetória destas mulheres, por meio de entrevistas semiestruturadas, tendo como critério de escolha os cursos por áreas do CNPq e os tipos de deficiência. As entrevistas foram analisadas à luz de autores/as que discutem gênero, divisão sexual do trabalho, mulheres com deficiência, educação feminina e acesso da mulher à educação. Em relação a questão de gênero foram privilegiadas as reflexões apresentadas por Beauvoir (1980), Butter (2003), Pedro (2005), Saffioti (2013). Já no que se refere à divisão sexual do trabalho. Yannoulas (2013), Hirata e Kergoat (2007), Saffioti (2013) e Lobo (1991). Sobre a educação feminina tendo como autoras Almeida (1998), Barroso e Mello (1975) e Louro (2004). Para mostrar o acesso da mulher à educação trouxe o cenário com base nas reflexões de Rago (1997), Ribeiro (2001) e Veiga (2000). E para apresentar o contexto das mulheres com deficiência Dantas (2013), Perrot (1988), Mello e Nuernberg (2012), Pérez (2004). No tocante às características das deficiências, é aparente como elas, em muitos casos, se apresentam determinantes no modo como as mulheres foram tratadas durante a graduação e no cotidiano do seu trabalho. Como o acesso ao mercado de trabalho formal chegou apenas recentemente às pessoas com deficiência, as mulheres, ainda que com ensino superior, têm que lidar com dificuldades diversas, ligadas as suas deficiências e associadas à área na qual buscam trabalhar.
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