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Crime é “coisa de mulher”: Identidades de gênero e identificações com a prática de crimes em posição de liderança entre mulheres jovens na cidade de Recife/PE.Oliveira, Luciana Maria Ribeiro de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Marcelo Andrade Silva (marcelo.andradesilva@ufpe.br) on 2015-03-03T19:26:29Z
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Previous issue date: 2012 / FACEPE / Este estudo se constitui em uma análise antropológica interpretativa das interrelações entre as construções das identidades de gênero e as identificações com a prática de crimes entre mulheres jovens praticantes de atividades ilícitas em posição de liderança. Acredita-se que a prática de crimes em posições de destaque pode ser realizada por mulheres e que estas apresentam um fazer criminal específico edificado a partir de construções identitárias de sentidos de gênero que dão significados próprios ao ser bandida. A pesquisa de campo empreendida foi conduzida pela alternância de entrevistas individuais e em grupo, conversas informais e momentos de convívio junto a treze mulheres jovens praticantes de crimes com idades entre 17 e 29 anos de idade e que se encontravam presas aguardando julgamento ou em liberdade no cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida na cidade de Recife/PE, focando nas suas compreensões, escolhas e significações sobre o ser mulher e o ser bandida, na busca por identificações de gênero na prática de crimes. O uso do método interpretativo antropológico permitiu a atenção científica aos aspectos simbólicos e performáticos presentes nas falas e nos comportamentos das interlocutoras. Os referenciais teóricos se alternam principalmente entre os estudos feministas de Henrietta Moore (2000; 2004) para a compreensão das relações de poder que circundam as práticas criminosas femininas a partir da análise entre as identidades de gênero e os discursos de gênero; as teorias da performance e da manipulação identitária de Ervin Goffman (1988; 2008) para analisar os desempenhos e as identidades encenadas e visualizadas nos relatos das mulheres a respeito de suas operações criminosas; as teorias interacionistas do desvio de Howard Becker (1977; 2008) com ênfase no estudo do desenvolvimento das carreiras criminosas das praticantes de crimes a partir do processo de interação social; e os estudos dos ―modelos de sociabilidade identificados socialmente como violentos‖ de Theophilos Rifiotis (1997; 2006; 2008) partindo de uma visão positivada da violência com ênfase na capacidade estruturante e produtiva dos conflitos. Os resultados alcançados com o fim da pesquisa e a escrita da tese posicionam as mulheres praticantes de crimes aqui pesquisadas se alternando em relatos performáticos e manipulatórios que, a todo tempo, positivam suas habilidades ilícitas, dando novos contornos às suas identidades femininas. Nas análises ficou claro que não é a busca, nem mesmo, a incorporação de um ethos masculino que está em jogo para essas mulheres, mas sim, a busca de uma forma de ser feminina em um espaço social por elas composto, ao qual demonstram atribuir uma significação própria. As jovens reafirmam suas identidades a partir do cenário da criminalidade com um universo de ideias que considerem suas práticas ilícitas, muitas vezes violentas, como formas femininas próprias de atuar na criminalidade a partir de qualidades e de habilidades específicas elencadas por elas como necessárias para se constituírem como mulheres criminosas. São questionadas também, as práticas de intervenção dentro dos espaços institucionais do poder punitivo, baseadas no exercício de um poder disciplinar ineficaz a produzir condutas técnicas que se utilizam de uma maquinaria pedagógica de funcionamento institucional movida através de estratégias punitivas disciplinadoras que não se apresentam como experiências significativas provocadoras de mudanças que levem as mulheres pesquisadas a uma saída permanente da criminalidade. Esses resultados possibilitam uma compreensão mais ampla do fenômeno da criminalidade feminina em posição de liderança atenta às suas significações e pluralidades.
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Crime é “coisa de mulher”: identidades de gênero e identificações com a prática de crimes em posição de liderança entre mulheres jovens na cidade de Recife/PEOLIVEIRA, Luciana Maria Ribeiro de 29 May 2012 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2017-06-19T16:15:01Z
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Previous issue date: 2012-05-29 / Este estudo se constitui em uma análise antropológica interpretativa das interrelações entre as construções das identidades de gênero e as identificações com a prática de crimes entre mulheres jovens praticantes de atividades ilícitas em posição de liderança. Acredita-se que a prática de crimes em posições de destaque pode ser realizada por mulheres e que estas apresentam um fazer criminal específico edificado a partir de construções identitárias de sentidos de gênero que dão significados próprios ao ser bandida. A pesquisa de campo empreendida foi conduzidapela alternância de entrevistas individuais e em grupo, conversas informais e momentos de convívio junto a treze mulheres jovens praticantes de crimes com idades entre 17 e 29 anos de idade e que se encontravam presasaguardandojulgamento ou em liberdadeno cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida na cidade de Recife/PE, focando nas suas compreensões, escolhas e significações sobre o ser mulher e o ser bandida, na busca por identificações de gênero na prática de crimes. O uso do métodointerpretativo antropológico permitiu a atenção científica aos aspectos simbólicos e performáticos presentes nas falas e nos comportamentos das interlocutoras. Os referenciais teóricos se alternam principalmente entre os estudos feministas de Henrietta Moore (2000; 2004) para a compreensão das relações de poder que circundam as práticas criminosas femininas a partir da análise entre as identidades de gênero e os discursos de gênero; as teorias da performance e da manipulação identitária de Ervin Goffman (1988; 2008) para analisar os desempenhos e as identidades encenadas e visualizadas nos relatos das mulheres a respeito de suas operações criminosas; as teorias interacionistas do desvio de Howard Becker (1977; 2008) com ênfase no estudo do desenvolvimento das carreiras criminosas das praticantes de crimes a partir do processo de interação social; e os estudos dos ―modelos de sociabilidade identificados socialmente como violentos‖ de Theophilos Rifiotis (1997; 2006; 2008) partindo de uma visão positivada da violência com ênfase na capacidade estruturante e produtiva dos conflitos. Os resultados alcançados com o fim da pesquisa e a escrita da tese posicionam as mulheres praticantes de crimes aqui pesquisadas se alternando em relatos performáticos e manipulatórios que, a todo tempo, positivam suas habilidades ilícitas, dando novos contornos às suas identidades femininas. Nas análises ficou claro que não é a busca, nem mesmo, a incorporação de um ethosmasculino que está em jogo para essas mulheres, mas sim, a busca de uma forma de ser feminina em um espaço social por elas composto, ao qual demonstram atribuir uma significação própria. As jovens reafirmam suas identidades a partir do cenário da criminalidade com um universo deideiasque considerem suas práticas ilícitas, muitas vezes violentas, como formas femininas próprias de atuar na criminalidade a partir de qualidades e de habilidades específicas elencadas por elas como necessárias para se constituírem como mulheres criminosas. São questionadas também, as práticas de intervenção dentro dos espaços institucionais do poder punitivo, baseadas no exercício de um poder disciplinar ineficaz a produzir condutas técnicas que se utilizam de uma maquinaria pedagógica de funcionamento institucional movida através de estratégias punitivas disciplinadoras que não se apresentam como experiências significativas provocadoras de mudanças que levem as mulheres pesquisadas a uma saída permanente da criminalidade. Esses resultados possibilitam uma compreensão mais ampla do fenômeno da criminalidade feminina em posição de liderança atenta às suas significações e pluralidades. / This study consists of an anthropological analysis of the interrelationships between the constructions of gender identities and identifications with criminal activities among young women in a leadership position. It is believed that the crimes in prominent positions can be performed by women and that do have an specific criminal ability built on a constructed identity of meanings and discourses of gender that they themselves give meaning to what being a bandit signifies. The field research was carried out by the alternation of individual and group interviews, informal conversations and moments of conviviality among the thirteen young women offenders aged from 17 to 29 years who had been found already convicted and some awaiting freedom under socio-assisted liberty in Recife/PE, focusing on their understanding, meaning and choices about being a woman and being an outlaw in the search for gender identification in the world of crime. The use of anthropological interpretive method aimed at scientific attention to the symbolic and performative aspects present in the speeches and behaviors of the interlocutors. The theoretical foundation alternated mainly between the feminist studies of Henrietta Moore (2000, 2004) for the understanding of the power relations that surround the female criminal practices from the analysis of gender identities and gender discourse, theories of performance and manipulation of identity by Ervin Goffman (1988, 2008) to analyze the performances and identities showed through what these women said concerning their criminal operations; interactionist theories of deviance by Howard Becker (1977, 2008) with emphasis on the study of the development of criminal careers of these offenders based on the process of social interaction, and studies of "models of sociability identified as violent according to the rules of society " by Theophilos Rifiotis (1997, 2006, 2008) starting from a positively valued vision of violence with emphasis on the structuring and productive conflicts. The research ended up with results that show the target women in a position that alternates performative and manipulative speech in an attempt to legitimate their criminal practice, giving new shape to their feminine identities. Throughout the analysis it became clear that it is not their intention to search, not even the incorporation of a male ethos that is at stake for these women, but the search for a way to be feminine in a social space developed by where they may gain recognition, assigning then a proper meaning.These young women reaffirm their identities based on a criminal scenario with a myriad of specific thoughts with the intention to legitimate their illegal practices, often violent, as ways of committing crimes in women's own world with specific features and skills listedby them as necessary to constitute criminal women. Some practices of intervention that take place within the correctional institutional, based on the exercise of disciplinary power were found inefficient to produce tangible appropriate results. They make use of controversial pedagogical machinery of institutional functioning through punitive disciplinary strategies that do not seem to experience significant changes that could lead these women to stop committing crimes. These results do allow a broaderunderstanding of the phenomenon of a feminine leadership criminality attentive to their meanings and pluralities.
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