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Formação (in)comum e caminhos de sua produção: cenas da residência multiprofissional em saúde / (In)Common training and paths of their production: scenes of multi-professional residencies in health

Romcy, Georgia Silva 11 June 2018 (has links)
Este estudo discute a formação em saúde, utilizando como cena os programas de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), modalidade de pós-graduação lato sensu, com duração de 2 anos e caracterizada pela multiplicidade de arranjos de seus processos formativos. Entendemos a RMS como uma invenção, e por isso a discutimos a partir de uma exercício genealógico, reconhecendo as forças que se apropriam de determinados conceitos, as disputas produzidas e os valores construídos em diferentes contextos. Além disso, discutir outros modos de formação significa pensar em novas apostas, de forma que dialogamos neste estudo sobre o que estamos chamando de Formação (In) Comum, utilizando conceitos-ferramentas: transversalidade, trabalho vivo em ato e produção do comum. Assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender como o processo formativo de residência multiprofissional em saúde, está sendo construído e vivenciado, na perspectiva da produção do comum, tendo como campo de pesquisa os Programas de Residência em Rede de Atenção Psicossocial da Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista e de Residência em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina. A abordagem utilizada foi a cartografia, enquanto uma estratégia de encontro com o(s) outros(s), ao experienciando, construindo percursos acompanhados dos efeitos que eram causados na pesquisadora, nos sujeitos, no campo e na própria produção da pesquisa. O principal sujeito de pesquisa foi a \"equipe-guia\", em cada um dos programas que se constituem como campo de pesquisa, no qual o processo formativo das residências multiprofissionais em saúde será investigado sob o olhar desses sujeitos, das suas histórias, suas relações, suas escolhas e caminhos. Foram realizadas conversas com residentes, preceptores, tutores e coordenadores, da observação participante, acompanhando o cotidiano desses atores nesse processo formativo, em seus mais diversos espaços e da análise de documentos. Construímos três analisadores, a partir da vivências e do diário de campo, para discutir a produção do comum nos programas de RMS: os cenários de prática em que as residências acontecem, incluindo aqui a preceptoria; os próprios programas em si e seus instituídos e instituinte; e os dispositivos de produção do comum produzidos em cada programa. Por entendermos que não somente cada programa se configura de forma distinta, mas que a Saúde Mental e a Saúde da Família se configuram de formas singulares, os serviços e seus arranjos também se apresentam assim, bem como as apostas dos programas e a própria vivência formativa. Entendemos que as cenas de produção do comum nos programas de RMS são fortemente marcado pelos cenários de prática, sendo essa produção de subjetividade da equipe-guia da RMRAPS/UNIFESP marcada pela desinstitucionalização, a luta antimanicomial, a construção de equipe e o usuários e a da equipe-guia da RMSF/UEL pelo território, as ações programáticas, a criticidade dos processos e a comunidade. Além disso, outras forças presentes em ambos os processos formativos, cada uma a sua forma, são a necessidade de saúde dos usuários/comunidade, a produção do cuidado e a defesa pelo processo formativo. Neste sentido, os processos de formação da residências multiprofissional em saúde podem potencializar produção de subjetivação não somente atravessada pelos princípios do SUS e pelos saberes dos núcleos profissionais, mas também pelos campos de atuação. / This study discusses health education, using as a scene the Multi-professional Health Residency (MHR) Programs, a two-year post-graduation program, characterized by the multiplicity of arrangements of its training processes.We understand MHR as an invention, and so we discuss it from a genealogical exercise, recognizing the forces appropriating certain concepts, the disputes produced, and the values constructed in different contexts. In addition, discussing other modes of formation means thinking about new bets, so that we dialogue in this study about what we are calling (In)Common Training, using tool concepts: transversality, live work in action and production of the common. Thus, this research aims to understand how the residency training process multi-profession in health, is being constructed and experienced in the perspective of production of the common, having as research field the Programs of Residency in Psychosocial Care Network of the Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista and Residence in Family Health of the Universidade Estadual de Londrina. The approach used was cartography, as a strategy of meeting with the other(s), experiencing, building paths accompanied by the effects that were caused on the researcher, the subjects, the field and the production of the research itself. The main subject of research was the \"guide team\", in each of the programs that constitute a field of research, in which the training process of multi-professional residencies in health will be investigated under the eyes of these subjects, their histories, their relationships, your choices and your ways. Talks were held with residents, preceptors, tutors and coordinators, participant observation, accompanying the daily life of these actors in this training process, in their various spaces and document analysis. We constructed three analyzers, from the experiences and the field diary, to discuss the production of the common in the MHR programs: the practice scenarios in which the residencies happen, including here the preceptory; the programs themselves and their institutions and institutions; and the production of the commom devices produced in each program. Because we understand that not only are each program configured in a different way, but that Mental Health and Family Health are configured in unique ways, services and their arrangements are presented as well, as well as the bets of the programs and the formative experience itself . We understand that the scenes of production of the common in the MHR programs are strongly marked by the scenarios of practice, and this production of subjectivity of the RMRAPS/UNIFESP \"guid team\" marked by deinstitutionalization, the antimanicomial fight, the team building and the users and the of the RMSF/UEL \"guide team\" by the territory, the programmatic actions, the criticality of the processes and the community. In addition, other forces present in both formative processes, each in its form, are the health needs of the users/community, the production of care and the defense by the formative process. In this sense, the processes of formation of multi-professional residencies in health can enhance the production of subjectivity not only crossed by the principles of the SUS and the knowledge of the professional nuclei, but also by the fields of action.
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Formação (in)comum e caminhos de sua produção: cenas da residência multiprofissional em saúde / (In)Common training and paths of their production: scenes of multi-professional residencies in health

Georgia Silva Romcy 11 June 2018 (has links)
Este estudo discute a formação em saúde, utilizando como cena os programas de Residência Multiprofissional em Saúde (RMS), modalidade de pós-graduação lato sensu, com duração de 2 anos e caracterizada pela multiplicidade de arranjos de seus processos formativos. Entendemos a RMS como uma invenção, e por isso a discutimos a partir de uma exercício genealógico, reconhecendo as forças que se apropriam de determinados conceitos, as disputas produzidas e os valores construídos em diferentes contextos. Além disso, discutir outros modos de formação significa pensar em novas apostas, de forma que dialogamos neste estudo sobre o que estamos chamando de Formação (In) Comum, utilizando conceitos-ferramentas: transversalidade, trabalho vivo em ato e produção do comum. Assim, esta pesquisa tem por objetivo compreender como o processo formativo de residência multiprofissional em saúde, está sendo construído e vivenciado, na perspectiva da produção do comum, tendo como campo de pesquisa os Programas de Residência em Rede de Atenção Psicossocial da Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista e de Residência em Saúde da Família da Universidade Estadual de Londrina. A abordagem utilizada foi a cartografia, enquanto uma estratégia de encontro com o(s) outros(s), ao experienciando, construindo percursos acompanhados dos efeitos que eram causados na pesquisadora, nos sujeitos, no campo e na própria produção da pesquisa. O principal sujeito de pesquisa foi a \"equipe-guia\", em cada um dos programas que se constituem como campo de pesquisa, no qual o processo formativo das residências multiprofissionais em saúde será investigado sob o olhar desses sujeitos, das suas histórias, suas relações, suas escolhas e caminhos. Foram realizadas conversas com residentes, preceptores, tutores e coordenadores, da observação participante, acompanhando o cotidiano desses atores nesse processo formativo, em seus mais diversos espaços e da análise de documentos. Construímos três analisadores, a partir da vivências e do diário de campo, para discutir a produção do comum nos programas de RMS: os cenários de prática em que as residências acontecem, incluindo aqui a preceptoria; os próprios programas em si e seus instituídos e instituinte; e os dispositivos de produção do comum produzidos em cada programa. Por entendermos que não somente cada programa se configura de forma distinta, mas que a Saúde Mental e a Saúde da Família se configuram de formas singulares, os serviços e seus arranjos também se apresentam assim, bem como as apostas dos programas e a própria vivência formativa. Entendemos que as cenas de produção do comum nos programas de RMS são fortemente marcado pelos cenários de prática, sendo essa produção de subjetividade da equipe-guia da RMRAPS/UNIFESP marcada pela desinstitucionalização, a luta antimanicomial, a construção de equipe e o usuários e a da equipe-guia da RMSF/UEL pelo território, as ações programáticas, a criticidade dos processos e a comunidade. Além disso, outras forças presentes em ambos os processos formativos, cada uma a sua forma, são a necessidade de saúde dos usuários/comunidade, a produção do cuidado e a defesa pelo processo formativo. Neste sentido, os processos de formação da residências multiprofissional em saúde podem potencializar produção de subjetivação não somente atravessada pelos princípios do SUS e pelos saberes dos núcleos profissionais, mas também pelos campos de atuação. / This study discusses health education, using as a scene the Multi-professional Health Residency (MHR) Programs, a two-year post-graduation program, characterized by the multiplicity of arrangements of its training processes.We understand MHR as an invention, and so we discuss it from a genealogical exercise, recognizing the forces appropriating certain concepts, the disputes produced, and the values constructed in different contexts. In addition, discussing other modes of formation means thinking about new bets, so that we dialogue in this study about what we are calling (In)Common Training, using tool concepts: transversality, live work in action and production of the common. Thus, this research aims to understand how the residency training process multi-profession in health, is being constructed and experienced in the perspective of production of the common, having as research field the Programs of Residency in Psychosocial Care Network of the Universidade Federal de São Paulo campus Baixada Santista and Residence in Family Health of the Universidade Estadual de Londrina. The approach used was cartography, as a strategy of meeting with the other(s), experiencing, building paths accompanied by the effects that were caused on the researcher, the subjects, the field and the production of the research itself. The main subject of research was the \"guide team\", in each of the programs that constitute a field of research, in which the training process of multi-professional residencies in health will be investigated under the eyes of these subjects, their histories, their relationships, your choices and your ways. Talks were held with residents, preceptors, tutors and coordinators, participant observation, accompanying the daily life of these actors in this training process, in their various spaces and document analysis. We constructed three analyzers, from the experiences and the field diary, to discuss the production of the common in the MHR programs: the practice scenarios in which the residencies happen, including here the preceptory; the programs themselves and their institutions and institutions; and the production of the commom devices produced in each program. Because we understand that not only are each program configured in a different way, but that Mental Health and Family Health are configured in unique ways, services and their arrangements are presented as well, as well as the bets of the programs and the formative experience itself . We understand that the scenes of production of the common in the MHR programs are strongly marked by the scenarios of practice, and this production of subjectivity of the RMRAPS/UNIFESP \"guid team\" marked by deinstitutionalization, the antimanicomial fight, the team building and the users and the of the RMSF/UEL \"guide team\" by the territory, the programmatic actions, the criticality of the processes and the community. In addition, other forces present in both formative processes, each in its form, are the health needs of the users/community, the production of care and the defense by the formative process. In this sense, the processes of formation of multi-professional residencies in health can enhance the production of subjectivity not only crossed by the principles of the SUS and the knowledge of the professional nuclei, but also by the fields of action.

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