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A multiplicidade da doença: atuação da dor crônica na acupuntura e no bloqueio local

Caitité, Amanda Muniz Logeto January 2011 (has links)
109f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-06-27T13:56:22Z No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-06-27T15:04:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-27T15:04:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação de Mestrado - Amanda Muniz Logeto Caitité.pdf: 1390967 bytes, checksum: 841072a24a5cd6a5fdd9dc925cd30ecc (MD5) Previous issue date: 2011 / FAPESB / Este trabalho tem como tema principal a dor crônica e o modo como ela acontece em dois tratamentos diferentes: a anestesia local e a acupuntura. Cada tratamento comporta agrupamentos específicos de atores humanos e não-humanos que promovem interações de tal modo distintas que a dor se multiplica, ou seja, é atuada de forma diversa em cada uma das práticas. O objetivo dessa dissertação é descrever como acontece essa multiplicação, adotando como referência a ontologia múltipla de Annemarie Mol. Esse conceito filosófico visa superar a concepção de que a realidade é uma só. Estudar as práticas médicas a partir dele implica em admitir a ausência de um substrato orgânico que garanta ao corpo uma unidade frente aos múltiplos significados culturais. A doença é socialmente atuada em todas as suas dimensões. Dizer isso não significa, contudo, que a dor não existe e é meramente uma “construção” ou um conjunto fragmentado de sentidos sem qualquer relação um com outro. Assim como há práticas que atuam diferentes realidades, existem práticas que atuam a unidade da dor. A dor é mais que uma e menos que várias. A pesquisa foi realizada num ambulatório situado em um hospital escola de Salvador. O ambulatório funciona todas as terças-feiras à tarde e reúne uma quantidade variada de profissionais de diversas áreas como fisioterapia, psicologia e fonoaudiologia. De todas as práticas pelas quais circulam os pacientes, observei a quiropraxia, o bloqueio anestésico venoso, a acupuntura e o bloqueio anestésico local. Foi nas duas últimas que me detive por mais tempo, acompanhando as atividades dos médicos a partir de uma observação atenta. Do ponto de vista metodológico, este estudo teve um enfoque qualitativo. A partir da observação etnográfica e da gravação dos atendimentos, foi possível presenciar o contexto de prática sem interrupções diretas. A observação foi realizada de março de 2009 a abril de 2011, não envolveu entrevistas propriamente, mas cada profissional foi ocasionalmente solicitado a falar sobre o que estava fazendo. Os resultados reiteram o caráter múltiplo da realidade. Em face de arranjos específicos entre humanos e não humanos a dor acontece de formas distintas. Enquanto na acupuntura a doença é atuada como uma experiência pessoal em meio a outras da vida cotidiana, no bloqueio local ela é atuada como sensação isolada, localizada no corpo. Essa multiplicação não leva, no entanto, à fragmentação da doença. A unidade da dor também é atuada através de estratégias que vinculam uma prática à outra. Foram encontradas no ambulatório as seguintes formas de coordenação: o estabelecimento de um requisito único de seleção dos pacientes; a adoção do pressuposto de que a legitimidade da queixa é inquestionável, que a dor crônica é verdadeira; a tentativa de não isolar cada uma das práticas em si mesma, mas fazer com que elas sejam mutuamente referenciadas. Diante dessas formas de coordenação pôde-se concluir que a da unidade da doença não existe em si mesma. É atuada através de um conjunto de práticas de tal modo que a doença não se desintegra mesmo frente à multiplicidade de práticas. Palavras-chave: dor crônica, acupuntura, bloqueio anestésico local, ontologia múltipla. The main theme of this work is chronic pain and the way in which it is enacted through two different medical treatments: local anesthesia and acupuncture. In each medical practice different elements, humans and non-humans, engage and interact with each other in specific ways. As a result, two distinct realities take place and pain is multiplied. This work attempts to describe this multiplication and is based on the concept of multiple ontology developed by Annemarie Mol. This concept denies the existence of a solid organic basis underneath the body that would unify it. Therefore, disease is socially enacted in all its dimensions. The fieldwork for this text is situated in a university hospital at Salvador. The pain center opens every Tuesday’s afternoon and provides management of chronic pain by employing various techniques including psychology, fonoaudiology and physiotherapy. After observing quiropraxy, venous anesthesia, acupuncture and regional anesthesia, I decided that the primary focus of the dissertation would be the multiplication of pain in acupuncture and regional anesthesia. The methodology used was qualitative. It included an ethnographic observation and the recording of clinical encounters collected from March 2009 to April 2011. While attentively observing what happened at the consulting room, I avoided interrupting the practices with direct interviews, but occasionally asked the doctors to describe what they were doing. The results of this study confirm that reality is multiple and pain is made in distinct ways. The observations made show that in acupuncture chronic pain is enacted as a personal experience among others from everyday life, while in local anesthesia it is enacted as an isolated sensation, situated at a specific place of the body. However, this multiplication does not lead to a fragmentation of disease. Pain’s unity is also enacted, this time by strategies that bring together the different practices taking place at the pain center. The following forms of coordination were found: establishment of a single admission criterion; assumption that patient’s complaint is always legitimate and must be unconditionally accepted; effort to make the practices relate to one another through common techniques. Therefore, the unity of chronic pain, and of reality itself, depends on practices, it is enacted, not given underneath the body. / Salvador
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Människan i montern : Om museipublikens inställning till mänskliga kvarlevor / Death on display : Museum goers’ attitudes to human remains

Aspeborg, Alma January 2020 (has links)
This study focuses on the attitudes of museumgoers toward the exhibition of human remains in modern Swedish museums. More specifically, it deals with how their attitudes toward remains are shaped and informed by museums’ materiality and institutionalized authority, whether they think of remains as humans or objects, as well as how these dead bodies ultimately become culturally meaningful to us who are still alive. Through the use of ethnographic field methods including go-along interviews and participant observation, the behaviors and opinions of museumgoers are recorded. With the help of Emmanuel Levinas’ ethical phenomenology and Annemarie Mol’s theory of multiple ontology, the cultural background against which these attitudes have taken shape is examined. The study shows that museumgoers are generally positive toward the exhibition of human remains in museums—an attitude which is influenced by the history, scientific authority, and carefully designed materiality of the museum. Among the perceived benefits of exhibiting human remains, visitors cite the ability of the remains to arouse their curiosity and serve as links to the past, as well as provide material proof that validates the museum’s claims to knowledge. However, this positive attitude is dependent on whether the remains are treated and displayed with respect. This call to treat the dead respectfully can be seen as a universal reaction to the ”face-to-face encounter” as described by Emmanuel Levinas, but at the same time, museumgoers’ interpretation of respect is culturally contingent and heavily influenced by contemporary values such as individuality, scientific objectivity, and equality. Furthermore, the perceived need to treat remains respectfully is directly tied to the perceived humanity of the remains. This is in turn dependent on how close the remains are to us in terms of appearance and temporal distance. By focusing on museumgoers instead of professionals, and through using ethnographic fieldwork to note opinions and their cultural backgrounds, this study attempts to add a fresh perspective and new knowledge to what is currently one of the hottest debates in museology: whether remains even belong in museums. Further, by recognizing that no opinion is formed in a vacuum, the narrow question of displaying death can tell us something bigger about the norms and values of Sweden today.

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