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Patologia comparada de Brachyteles arachnoides e Brachyteles hypoxantus (E. Geoffroy, 1806, Atelidae - Primates) / Pathology compared to Brachyteles arachnoides e Brachyteles hypoxantus (E. Geoffroy, 1806, Atelidae - Primates)

Santos, Stéfanie Vanessa 16 May 2011 (has links)
O gênero Brachyteles, endêmico do Brasil, é constituído por duas espécies, B. arachnoides e B. hypoxantus, e estudos recentes demonstraram que suas populações selvagens podem estar seriamente reduzidas. Na tentativa de reverter a situação atual, esforços têm sito realizados visando a conservação dos muriquis, no entanto, dados relativos à condição sanitária de Brachyteles são extremamente escassos. Sabe-se, que o estabelecimento de protocolos adequados de manejo é condição necessária para a manutenção das espécies em cativeiro, sobretudo as ameaçadas e/ou criticamente ameaçadas, como é o caso dos atelídeos em questão. Desse modo, o presente trabalho de pesquisa almejou investigar as principais alterações anátomo-patológicas e correspondentes causas de morte de 18 (10M:8F) espécimens de B. arachnoides, B .hypoxantus e híbridos mantidos em cativeiro junto ao Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). Os animais foram necropsiados entre os anos de 1988 e 2010 sendo utilizados fragmentos de órgãos e tecidos colhidos e fixados em solução de formalina a 10%, sendo 9 exemplares de B. arachnoides, 3 B hypoxantus e 4 híbridos, totalizando 16 indivíduos pertencentes ao acervo do CPRJ/FEEMA, e 2 B. arachnoides pertencentes ao Parque Municipal Quinzinho de Barros (FZQB). Destes, 2 (11,1 %) eram neonatos, 2 (11,1%) jovens, 13 (72,2%) adultos e 1 (5,6%) idosos. O peso dos B. arachnoides, B. hypoxantus e B. híbridos adultos, jovens e neonatos variou de 0,5 Kg até 14 Kg. O peso médio dos adultos foi 5,6 Kg. O peso médio dos adultos foi de 2,8 Kg para os caquéticos, 5,9 Kg para os magros, 8,25 Kg para os bem nutridos. Dados de histórico clínico, reprodutivo, comportamentais e análises clínicas foram avaliados visando auxílio na obtenção da causa de morte (CM). A diarréia foi a alteração clínica mais consistente observada no grupo pesquisado sendo que cinco mortes (27,8%) foram causadas por quadros de sepses, quatro por infecção viral (22,2%), três (17%) por pneumonias, dois (11%) por parasitismo. Distúrbio metabólico, peritonite e eutanásia decorrente de retrovirose foram responsáveis por 1 óbito cada (5,5%). Não foi possível determinar a CM de um (5,5%) neonato em avançado estado de putrefação. Destes 18 casos de óbito, três (17%) foram decorrentes das conseqüências da infecção por um agente viral da família Retroviridae. A análise histomorfométrica mostrou que a taxa de hemossiderose hepática (THH) variou entre 0.2% e 41.7%, não havendo diferenças significantes entre as THHs quando comparados os parâmetros sexo, idade, tempo de cativeiro, espécies e peso. A análise estatística revelou correlação entre as áreas de hemossideorse e reticulina pelo teste de Sperman com (P=0,0326, r= -0,5048) No entanto, não observou-se correlação ao avaliar a morfometria da reticulina e as graduações histopatológicas de necrose (P=0,1009, Sperman, r= 0,3991). O mesmo padrão foi observado ao avaliar a correlação entre as áreas de reticulina e os casos sépticos e não sépticos com (P= 0,6126, Mann-Whitney test). Os agentes etiológicos diagnosticados através de imuno-histoquímica, análise ultra-estrutural e/ou molecular foram: Herpes simplex, Vírus respiratório sincicial (RSV), vírus compatíveis com a família Retroviridae, Toxoplasma gondii, Entamoeba spp., Strongyloides spp., Candida spp. e Helicobacter pylori. O potencial zoonótico dos agentes infecciosos identificados reflete a importância da implantação de medidas preventivas rigorosas com o objetivo de preservar a saúde da comunidade humana e dos muriquis. Uma monitoração sanitária através de exame clínico e colheita de material biológico também foram realizadas em 10 espécimes cativos de muriquis. Pretende-se, de forma pioneira representar a sistematização de processos patológicos envolvendo espécimes do gênero Brachyteles cativos, contribuindo para a manutenção destes espécimens em cativeiro, assim como indiretamente na conservação destes em vida livre, sugerindo protocolos sanitários preventivos e favorecendo a reprodução e manutenção das populações. / The Brachyteles genus is endemic in Brazil, comprises two species, B. arachnoides and B. hypoxantus, and recent studies have shown that their wild populations can be seriously reduced. In an attempt to reverse the current scenario, efforts have been made to promote the conservation of muriquis, however, data on the sanitary condition of Brachyteles are extremely scarce. It is known that the establishment of appropriate management protocols is a prerequisite for the maintenance of the captive species, especially threatened and / or critically endangered, as is the case in question, atelids. Thus, the present research aimed to investigate the main anatomic-pathological and related causes of death in 18 (10M:8F) specimens of B. arachnoides, B. hypoxantus and hybrids in captivity at the Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). The animals were autopsied between 1988 and 2010, being used fragments of organs and tissues removed and stained in formalin solution 10%, and 9 individuals of B. arachnoides, 3 B. hypoxantus and 4 hybrids, a total of 16 individuals belonging to the collection of CPRJ / FEEMA, and 2 B. arachnoides belonging to the Parque Municipal Quinzinho de Barros (FZQB). Of these, 2 (11.1%) were neonates, 2 (11.1%) youth, 13 (72.2%) adults and 1 (5.6%) elderly. The weight of adults, newborns and young B. arachnoides, B. hypoxantus and B. hybrid ranged from 0.5 kg to 14 kg average weight of adults was 5.6 kg average weight of adults was 2.8 kg for cachectic 5.9 kg for lean, 8.25 kg for well-nourished. Data from clinical history, reproductive, behavioral and medical tests were assessed for assistance in obtaining the cause of death (CD). Diarrhoea was the most consistent disease observed in this group and five deaths (27.8%) were caused by sepsis boards, four viral infection (22.2%), three (17%) for pneumonia, two ( 11%) of parasitism. Metabolic disorder, euthanasia and peritonitis resulting from a retrovirus were responsible for one each death (5.5%). We were unable to determine the CD of one (5.5%) neonate in an advanced state of putrefaction. Of these 18 deaths, three (17%) resulted from the consequences of infection by a viral agent of the family Retroviridae. Histomorphometric analysis showed that the hepatic hemosiderosis rate (HHR) ranged between 0.2% and 41.7%, with no significant differences between the HHR compared the parameters sex, age, time in captivity, species and weight. Statistical analysis revealed a correlation between areas of reticulin hemossideorse and with the Spearman test (P = 0.0326, r = -0.5048). However, no correlation was seen when evaluating the morphometry of reticulin and histopathological grades of necrosis (P = 0.1009, Spearman r = 0.3991). The same pattern was observed to evaluate the correlation between areas of reticulin and cases with septic and non septic (P = 0.6126, Mann-Whitney test). The etiologic agents diagnosed by immunohistochemistry, ultrastructural analysis and molecular were: Herpes simplex, Respiratory Syncytial Virus (RSV), consistent with the virus family Retroviridae, Toxoplasma gondii, Entamoeba spp., Strongyloides spp., Candida spp. and Helicobacter pylori. The zoonotic potential of the infectious agents identified reflects the importance of strict implementation of preventive measures in order to preserve the health of human communities in contact with the muriquis. A health monitoring by clinical examination and collection of biological material were also performed in 10 specimens of captive muriquis. We aim, in a pioneering way, represent the systemization of processes involving pathological specimens of the genus Brachyteles captives, contributing to the maintenance of these specimens in captivity, as well as indirectly on the conservation of these in the wild, suggesting preventive health protocols and encouraging the breeding and maintenance of populations
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Patologia comparada de Brachyteles arachnoides e Brachyteles hypoxantus (E. Geoffroy, 1806, Atelidae - Primates) / Pathology compared to Brachyteles arachnoides e Brachyteles hypoxantus (E. Geoffroy, 1806, Atelidae - Primates)

Stéfanie Vanessa Santos 16 May 2011 (has links)
O gênero Brachyteles, endêmico do Brasil, é constituído por duas espécies, B. arachnoides e B. hypoxantus, e estudos recentes demonstraram que suas populações selvagens podem estar seriamente reduzidas. Na tentativa de reverter a situação atual, esforços têm sito realizados visando a conservação dos muriquis, no entanto, dados relativos à condição sanitária de Brachyteles são extremamente escassos. Sabe-se, que o estabelecimento de protocolos adequados de manejo é condição necessária para a manutenção das espécies em cativeiro, sobretudo as ameaçadas e/ou criticamente ameaçadas, como é o caso dos atelídeos em questão. Desse modo, o presente trabalho de pesquisa almejou investigar as principais alterações anátomo-patológicas e correspondentes causas de morte de 18 (10M:8F) espécimens de B. arachnoides, B .hypoxantus e híbridos mantidos em cativeiro junto ao Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). Os animais foram necropsiados entre os anos de 1988 e 2010 sendo utilizados fragmentos de órgãos e tecidos colhidos e fixados em solução de formalina a 10%, sendo 9 exemplares de B. arachnoides, 3 B hypoxantus e 4 híbridos, totalizando 16 indivíduos pertencentes ao acervo do CPRJ/FEEMA, e 2 B. arachnoides pertencentes ao Parque Municipal Quinzinho de Barros (FZQB). Destes, 2 (11,1 %) eram neonatos, 2 (11,1%) jovens, 13 (72,2%) adultos e 1 (5,6%) idosos. O peso dos B. arachnoides, B. hypoxantus e B. híbridos adultos, jovens e neonatos variou de 0,5 Kg até 14 Kg. O peso médio dos adultos foi 5,6 Kg. O peso médio dos adultos foi de 2,8 Kg para os caquéticos, 5,9 Kg para os magros, 8,25 Kg para os bem nutridos. Dados de histórico clínico, reprodutivo, comportamentais e análises clínicas foram avaliados visando auxílio na obtenção da causa de morte (CM). A diarréia foi a alteração clínica mais consistente observada no grupo pesquisado sendo que cinco mortes (27,8%) foram causadas por quadros de sepses, quatro por infecção viral (22,2%), três (17%) por pneumonias, dois (11%) por parasitismo. Distúrbio metabólico, peritonite e eutanásia decorrente de retrovirose foram responsáveis por 1 óbito cada (5,5%). Não foi possível determinar a CM de um (5,5%) neonato em avançado estado de putrefação. Destes 18 casos de óbito, três (17%) foram decorrentes das conseqüências da infecção por um agente viral da família Retroviridae. A análise histomorfométrica mostrou que a taxa de hemossiderose hepática (THH) variou entre 0.2% e 41.7%, não havendo diferenças significantes entre as THHs quando comparados os parâmetros sexo, idade, tempo de cativeiro, espécies e peso. A análise estatística revelou correlação entre as áreas de hemossideorse e reticulina pelo teste de Sperman com (P=0,0326, r= -0,5048) No entanto, não observou-se correlação ao avaliar a morfometria da reticulina e as graduações histopatológicas de necrose (P=0,1009, Sperman, r= 0,3991). O mesmo padrão foi observado ao avaliar a correlação entre as áreas de reticulina e os casos sépticos e não sépticos com (P= 0,6126, Mann-Whitney test). Os agentes etiológicos diagnosticados através de imuno-histoquímica, análise ultra-estrutural e/ou molecular foram: Herpes simplex, Vírus respiratório sincicial (RSV), vírus compatíveis com a família Retroviridae, Toxoplasma gondii, Entamoeba spp., Strongyloides spp., Candida spp. e Helicobacter pylori. O potencial zoonótico dos agentes infecciosos identificados reflete a importância da implantação de medidas preventivas rigorosas com o objetivo de preservar a saúde da comunidade humana e dos muriquis. Uma monitoração sanitária através de exame clínico e colheita de material biológico também foram realizadas em 10 espécimes cativos de muriquis. Pretende-se, de forma pioneira representar a sistematização de processos patológicos envolvendo espécimes do gênero Brachyteles cativos, contribuindo para a manutenção destes espécimens em cativeiro, assim como indiretamente na conservação destes em vida livre, sugerindo protocolos sanitários preventivos e favorecendo a reprodução e manutenção das populações. / The Brachyteles genus is endemic in Brazil, comprises two species, B. arachnoides and B. hypoxantus, and recent studies have shown that their wild populations can be seriously reduced. In an attempt to reverse the current scenario, efforts have been made to promote the conservation of muriquis, however, data on the sanitary condition of Brachyteles are extremely scarce. It is known that the establishment of appropriate management protocols is a prerequisite for the maintenance of the captive species, especially threatened and / or critically endangered, as is the case in question, atelids. Thus, the present research aimed to investigate the main anatomic-pathological and related causes of death in 18 (10M:8F) specimens of B. arachnoides, B. hypoxantus and hybrids in captivity at the Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ). The animals were autopsied between 1988 and 2010, being used fragments of organs and tissues removed and stained in formalin solution 10%, and 9 individuals of B. arachnoides, 3 B. hypoxantus and 4 hybrids, a total of 16 individuals belonging to the collection of CPRJ / FEEMA, and 2 B. arachnoides belonging to the Parque Municipal Quinzinho de Barros (FZQB). Of these, 2 (11.1%) were neonates, 2 (11.1%) youth, 13 (72.2%) adults and 1 (5.6%) elderly. The weight of adults, newborns and young B. arachnoides, B. hypoxantus and B. hybrid ranged from 0.5 kg to 14 kg average weight of adults was 5.6 kg average weight of adults was 2.8 kg for cachectic 5.9 kg for lean, 8.25 kg for well-nourished. Data from clinical history, reproductive, behavioral and medical tests were assessed for assistance in obtaining the cause of death (CD). Diarrhoea was the most consistent disease observed in this group and five deaths (27.8%) were caused by sepsis boards, four viral infection (22.2%), three (17%) for pneumonia, two ( 11%) of parasitism. Metabolic disorder, euthanasia and peritonitis resulting from a retrovirus were responsible for one each death (5.5%). We were unable to determine the CD of one (5.5%) neonate in an advanced state of putrefaction. Of these 18 deaths, three (17%) resulted from the consequences of infection by a viral agent of the family Retroviridae. Histomorphometric analysis showed that the hepatic hemosiderosis rate (HHR) ranged between 0.2% and 41.7%, with no significant differences between the HHR compared the parameters sex, age, time in captivity, species and weight. Statistical analysis revealed a correlation between areas of reticulin hemossideorse and with the Spearman test (P = 0.0326, r = -0.5048). However, no correlation was seen when evaluating the morphometry of reticulin and histopathological grades of necrosis (P = 0.1009, Spearman r = 0.3991). The same pattern was observed to evaluate the correlation between areas of reticulin and cases with septic and non septic (P = 0.6126, Mann-Whitney test). The etiologic agents diagnosed by immunohistochemistry, ultrastructural analysis and molecular were: Herpes simplex, Respiratory Syncytial Virus (RSV), consistent with the virus family Retroviridae, Toxoplasma gondii, Entamoeba spp., Strongyloides spp., Candida spp. and Helicobacter pylori. The zoonotic potential of the infectious agents identified reflects the importance of strict implementation of preventive measures in order to preserve the health of human communities in contact with the muriquis. A health monitoring by clinical examination and collection of biological material were also performed in 10 specimens of captive muriquis. We aim, in a pioneering way, represent the systemization of processes involving pathological specimens of the genus Brachyteles captives, contributing to the maintenance of these specimens in captivity, as well as indirectly on the conservation of these in the wild, suggesting preventive health protocols and encouraging the breeding and maintenance of populations
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Lateralidade no uso das m?os durante a alimenta??o por Brachyteles hypoxanthus em ambientes natural

Slomp, Daniel Vilasboas 27 October 2016 (has links)
Submitted by Caroline Xavier (caroline.xavier@pucrs.br) on 2017-08-18T13:35:42Z No. of bitstreams: 1 DIS_DANIEL_VILASBOAS_SLOMP_COMPLETO.pdf: 736191 bytes, checksum: d0d07d849cfee2553ff0702d7d9ea72a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-18T13:35:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DIS_DANIEL_VILASBOAS_SLOMP_COMPLETO.pdf: 736191 bytes, checksum: d0d07d849cfee2553ff0702d7d9ea72a (MD5) Previous issue date: 2016-10-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / Over the last decades, it has become clear that behavioral lateralization is not restricted to humans. The most evident manifestation of laterality in humans is the prevalence of handedness, the dominant use of the right hand, which is related to the development of the left cerebral hemisphere. Nonhuman primates express varying degrees of laterality, but exhibit a population-level handedness less intense than humans. There is a strong debate about the origin and evolution of primate handedness. This debate focuses on two main hypothesis. The Postural Origins Theory (POT) states that arboreal primates exhibit a left hand preference, whereas terrestrial primates exhibit a right hand preference. The Task Complexity Theory (TCT) states that the complexity of the task modulates hand preference in primates. While low-level tasks do not require hand specialization, high-level tasks elicit hand preference. We studied the handedness of members of a wild population of northern muriquis during a simple unimanual and bimanual low-level task ? the simple reach of food items ? in their three-dimensional arboreal habitat. The aim of the study was to evaluate whether northern muriquis exhibit a left hand preference, as predicted by the POT for arboreal primates, or a lack of hand preference, as predicted by the TCT for low-level tasks. The muriquis showed a population-level left hand bias when performing the low complexity task. There were no sex differences in handedness. The muriquis exhibited stronger handedness when engaged in bimanual than in unimanual feeding activity. We suggest that the release of the hands from the postural demands when individuals are hanging from their tails and feet favors the expression of laterality in muriquis. Therefore, postural stability in the arboreal environment seems to modulate the degree of handedness in northern muriquis. We compare these results with the pattern observed in other nonhuman primates and discuss them in light of the factors associated with handedness in humans. We suggest that studies in both arboreal and terrestrial environments are necessary to assess the implications of these environmental differences for the origin of handedness in the first hominids. / Ao longo das ?ltimas d?cadas, tornou-se claro que a lateralidade comportamental n?o estava restrita aos seres humanos. Em humanos, a manifesta??o mais evidente de lateralidade ? a prefer?ncia manual desviada para a direita, a qual est? relacionada ao desenvolvimento do hemisf?rio cerebral esquerdo. Os primatas n?o-humanos expressam variados graus de lateralidade, mas apresentam uma prefer?ncia manual populacional em menor intensidade do que a humana. A discuss?o sobre a origem e a evolu??o da lateralidade em primatas ? extensa, mas convergiu em torno de duas teorias principais. A Teoria da Origem Postural (TOP) postula que os primatas arbor?colas exibem uma prefer?ncia pelo uso da m?o esquerda, enquanto que os primatas de h?bito terrestre apresentam uma prefer?ncia pela m?o direita. A Teoria da Complexidade da Tarefa (TCT) postula que os primatas n?o apresentariam prefer?ncia manual ao realizarem tarefas de baixa complexidade. Por?m, a prefer?ncia manual se manifestaria durante a execu??o de tarefas de alta complexidade. Estudamos a lateralidade dos indiv?duos de uma popula??o selvagem de muriqui-do-norte executando tarefa unimanual ou bimanual de baixa complexidade ? alcance simples do alimento - em seu habitat arb?reo tridimensional. O objetivo do estudo foi avaliar se os muriquis apresentam prefer?ncia manual desviada para a esquerda, conforme previsto pela TOP para primatas arbor?colas ou a aus?ncia de prefer?ncia manual, conforme previsto pela TCT em tarefas de baixa complexidade. Os muriquis-do-norte apresentaram uma prefer?ncia manual populacional desviada para a esquerda na atividade de alcance simples do alimento. N?o houve diferen?as sexuais na lateralidade. Os muriquis exibiram lateralidade mais forte quando engajados em atividade alimentar bimanual do que em atividade unimanual. Sugerimos que a libera??o das m?os das demandas posturais em eventos de alimenta??o nos quais o indiv?duo fica suspenso pela cauda e p?s pode favorecer a express?o da lateralidade nos muriquis. Portanto, a estabilidade postural no ambiente arb?reo parece modelar a lateralidade nos muriquis-do-norte. Estes resultados s?o discutidos em compara??o com outros primatas n?o-humanos e em rela??o aos fatores associados ? lateralidade em seres humanos. Sugerimos a necessidade de estudos adicionais nos ambientes arb?reo e terrestre para avaliar as implica??es dessas diferen?as ambientais para a origem da lateralidade nos primeiros homin?deos.
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Modelos de Dispersão Populacional do muriqui-do-norte, Brachyteles hypoxanthus (Primates, Atelidae)

Santos, Bruna Silva 30 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T13:47:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bruna Silva Santos.pdf: 5871044 bytes, checksum: 8016eb0743e309a31eaf599cc9f82166 (MD5) Previous issue date: 2012-03-30 / The northern muriqui, Brachyteles hypoxanthus (Primates: Atelidae) is endemic to the Brazilian Atlantic Forest and lives in groups of several males and females, in which males are filopatrics and females disperse from their natal groups before becoming active sexually. The original vegetation of the study area, in the municipality of Santa Maria de Jetibá (SMJ), has been replaced for different types of land use and land cover causing the fragmentation and loss of habitats. This research aimed to simulate the dispersion of five groups of northern muriqui, estimate the number of individuals and the area occupied in the future, identify key areas for dispersion and propose ecological corridors to enable the formation of metapopulation. We used data collected during the years 2002 to 2011. In 2011 there were 75 northern muriqui living in the fragments studied. The five groups showed positive population growth, and the average rate of population growth of the five groups was 4.97% per year and the average population density of 0.11 ind./ha. We created models of population growth, demand of area, and muriqui dispersion, considering the need to increase the area to support the growing number of animals, assuming that the muriquis will need to migrate to new forest fragments when they reach the carrying capacity of the fragment. We generated maps using the best paths for dispersion and also the fragments that are more likely for them to disperse first. Using the path in the map for dispersal of muriquis we formulated a map of ecological corridors linking patches of medium and advanced secondary forest among the five forest fragments containing muriquis. The results showed it is required 1.432 meters of forest corridors with a total area of 7.2 ha.The fragmentation and isolation of forest fragments hampers muriquis migration and dispersal of females during the breeding season, thus causing decreasing in population growth. The population growth of the species is also limited by the availability of suitable areas for occupation and the landscape matrix transpose. Knowing which fragments have higher probability of occupation by muriquis and which can be connected are important for formation of metapopulation, dispersal of females at reproductive age and colonization of new fragments. Thus, modeling the dispersal of muriquis, its population growth, and area is important since it is a new tool to support decisions about species conservation and restoration of forests / O muriqui-do-norte, Brachyteleshypoxanthus (Primates: Atelidae) é endêmico da Mata Atlântica brasileira e vive em grupos compostos por vários machos e fêmeas, no qual os machos são filopátricos e as fêmeas dispersam de seus grupos natais antes de se tornarem ativas sexualmente. A área de estudo, o município de Santa Maria de Jetibá (SMJ), sofreu substituição da vegetação original por tipos diferentes de uso e ocupação do solo causando a fragmentação e a perda de habitats.Esta pesquisa objetivou simular a dispersão de cinco grupos populacionais de muriquis, estimar o número de indivíduos futuramente e a área ocupada por eles, identificar áreas chaves para possibilitar sua dispersão e propor formação de corredores ecológicos para viabilizar a formação de metapopulação. Os dados empregados neste estudo foram coletados durante os anos de 2002 a 2011, sendo que em 2011 havia um total de 75 muriquis vivendo nos fragmentos estudados. Os cinco grupos estudados apresentaram crescimento populacional positivo, sendo que a taxa média de crescimento populacional dos cinco grupos foi de 4,97% ao ano e a média de densidade populacional igual a 0,11 ind./ha. Foram criados modelos de crescimento populacional, demanda de área e dispersão do muriqui, considerando a necessidade de incremento de área para suportar a quantidade crescente de animais. Partindo do pressuposto de que os muriquis necessitarão migrar para novos fragmentos de mata quando a capacidade de suporte do fragmento de origem for atingida. Foram gerados mapas determinando os melhores caminhos para a dispersão e qual fragmento tem maior probabilidade de recebê-los primeiro. Utilizando-se o mapa de caminho para dispersão dos muriquis foi formulado o mapa de corredores ecológicos, que ligam manchas de matas média e avançada para conexão entre os cinco fragmentos de mata que contém muriquis. Para interligá-los serão necessários 1.432 metros de corredores de mata com uma área total de 7,2 ha. A fragmentação e isolamento dos fragmentos de mata dificultam a migração de muriquis e a dispersão de fêmeas na época reprodutiva, consequentemente acarretando menor crescimento da população. O crescimento populacional da espécie também é limitado pela disponibilidade de áreas adequadas para ocupação e dificuldade de transpor a matriz da paisagem. Saber quais fragmentos tem probabilidade maior de ocupação pelos muriquis e quais podem ser conectados são importantes para formação de metapopulação, dispersão de fêmeas em idade reprodutiva e colonização de novos fragmentos. Assim, modelar a dispersão do muriqui, seu crescimento populacional e de área, é importante uma vez que consiste em uma nova ferramenta para embasar decisões sobre conservação da espécie e restauração de matas

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