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Patogênese da leptospirose: estudo sobre os fatores envolvidos na virulência e disseminação do agente durante a infecção no modelo animal de hamster / Patogênese da leptospirose: estudo sobre os fatores envolvidos na virulência e disseminação do agente durante a infecção no modelo animal de hamsterWunder Júnior, Elsio Augusto January 2010 (has links)
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Elsio Augusto Wunder Júnior Patogênese da leptospirose...pdf: 2609622 bytes, checksum: aa34c959355bc105a6e849e74258cf78 (MD5)
Previous issue date: 2010 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / A leptospirose é uma zoonose de importância global e um importante problema de
saúde pública principalmente em países em desenvolvimento. É causada por bactérias do
gênero Leptospira, uma espiroqueta móvel e de alta morbidade capaz de se disseminar nos
tecidos e causar doença crônica em animais hospedeiros. Uma barreira importante para o
controle e prevenção da doença tem sido o pouco conhecimento da patogênese do agente, em
parte pela falta de ferramentas disponíveis e eficazes de manipulação genética. Um dos
objetivos desse estudo foi caracterizar duas cepas mutantes de Leptospira interrogans. A
interrupção do gene lipl32, que codifica para a proteína LipL32, a mais abundante proteína no
gênero Leptospira e expressa somente na superfície das leptospiras patogênicas, foi realizada
através da inserção do transposon Himar1 no sorovar Manilae. A cepa mutante não
apresentou nenhuma diferença de crescimento ou de aderência em componentes da matriz
celular, comparada com a cepa parental. O mutante foi capaz de produzir doença aguda no
modelo animal de hamster e causar colonização crônica no modelo animal de rato, mostrando
que LipL32 não possui um papel nestes modelos de infecção. A interrupção do gene ligB foi
realizada com a utilização, pela primeira vez em leptospiras patogênicas, da técnica de
recombinação homóloga por mutagênese dirigida, onde o gene que codifica para a proteína
LigB teve uma parte substituída por um cassete de resistência de espectinomicina (Spcr). Essa
proteína, identificada como um possível fator de virulência, reconhecida pelo soro de
pacientes infectados e importante para a aderência em componentes da matriz celular,
mostrou não ser importante para a infecção aguda ou crônica, quando testada frente aos
modelos animais, além de não ser necessária para a aderência em cultura de células. Outro
objetivo desse trabalho foi estudar a cinética de disseminação da Leptospira interrogans no
modelo animal de hamster, utilizando uma dose alta (108 leptospiras) e baixa (250 leptospiras)
de inóculo, além de diferentes rotas de infecção. Nossos resultados demonstraram que
leptospiras se disseminam rapidamente em todos os tecidos 01 hora após a infecção com uma
alta dose de inóculo e que possivelmente a carga do agente nos tecidos é mais importante para
a patogênese do que a sua habilidade para a disseminação. Também demonstramos que a
motilidade não é essencial para disseminação, mas pode ser essencial para a carga nos tecidos
e letalidade. / Leptospirosis is a worldwide zoonosis and a major public health problem especially
important in developing countries. Caused by bacteria of Leptospira genus, a motile lifethreatening
spirochete which is able to disseminate to tissues and causes chronic carriage in
animal hosts. A significant barrier to the control and prevention of leptospirosis has been the
limited understanding of its pathogenesis, due in part to the lack of tools available for the
genetic manipulation of this pathogen. One of the purposes of this study was to characterize
two mutant strains of Leptospira interrogans. Interruption of lipL32 gene, encoding LipL32,
the most abundant protein of pathogenic leptospires and its major outermembrane lipoprotein,
was achieved in serovar Manilae using transposon mutagenesis with Himar1. The mutant had
normal morphology and growth rate compared to the wild type and was equally adherent to
extracellular matrix. The mutant was able to cause acute severe disease manifestations in the
hamster model and chronic colonization in the rat model, showing that LipL32 doesn’t play a
role in neither of those models of infection. Interruption of ligB gene was achieved using the
homologous recombination by target mutagenesis for the first time in pathogenic leptospires
and a spectinomycin resistance (Spcr) gene replaced a portion of the ligB coding sequence.
This Lig protein, previously identified as a putative virulence factor, recognized by the sera of
infected patients and important for the adherence in extracellular matrix components, showed
not to be important for acute or chronic infection when tested with animal models and it’s not
required to mediate bacterial adherence to cultured cells. Another purpose of this study was to
determine and analyze the kinetics of dissemination of Leptospira interrogans in the hamster
model, using a high (108 leptospires) and low (250 leptospires) dose of inoculum and different
routes of infection. Our results demonstrated that leptospires can rapidly disseminate through
all tissues after 1 hour post-challenge with a high inoculum dose and that perhaps the load of
the agent in target tissues is more important for pathogenesis than its ability for dissemination.
We also demonstrate that motility is not essential for dissemination but can be essential for
tissue load and lethality.
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