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Os sabores do nome: um estudo sobre a seleção de argumentos e as nominalizações do hebraico / The flavors of the noun: a study of Hebrew argument selection and nominalizationsRafael Dias Minussi 22 August 2012 (has links)
O objetivo maior deste trabalho é argumentar em favor de que a informação sobre a estrutura argumental das nominalizações está codificada em núcleos funcionais, os quais podem possuir sabores diferentes, isto é, propriedades diversas como causatividade, eventividade, reflexividade etc., em vez de tal informação estar codificada nas raízes abstratas como assumem autores como: Marantz (1997), Embick (2004), Harley (2008), entre outros. O objetivo específico deste trabalho, por sua vez, é analisar como é formado um grupo de padrões do hebraico, o qual forma nomes de ações (cf. GLINERT, 1989), e mostrar que nem todas as nominalizações são formadas por uma camada verbal, contra Hazout (1995) e Shlonsky (2004). Utilizamos como arcabouço teórico do presente trabalho a Morfologia Distribuída (cf. HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997; SIDDIQI, 2009), uma teoria não-lexicalista, a qual propõe que tanto palavras, quanto sentenças são formadas pelas mesmas operações durante a derivação sintática. De modo especial, utilizamos a noção de fase dentro de palavras (cf. MARANTZ, 2001 e ARAD, 2003), para explicar que alguns nominais possuem padrões vocálicos que não são atômicos (contra ARAD, 2005), mas são formados em duas fases: uma fase verbal e outra nominal, enquanto outros nominais são formados em apenas uma fase: a nominal. Em nossa análise, privilegiamos quatro padrões vocálicos formadores de nominais de ação: CCiCa, CiCuC, haCCaCa, hitCCaCut, de modo que encontramos restrições diferentes para cada um dos padrões. Tais restrições dizem respeito a: (i) modificação por adjetivos e advérbios; (ii) possibilidade de alçamento dentro de DPs; (iii) obrigatoriedade de interpretação de um argumento agente e (iv) obrigatoriedade de interpretação reflexiva. Além disso, analisamos os possíveis contextos sintáticos em que são encontrados esse nominais, isto é, analisamos quais são as possibilidades de interação desses nominais com o Construct State, o Free State, a Marca Diferencial de Objeto et e com a presença de uma by phrase. Como resultado da análise, defendemos que o padrão CCiCa seja um padrão formado por apenas uma fase nominal, o que explica a sua impossibilidade de modificação por advérbios genuínos, isto é, advérbios que possuem uma morfologia típica de advérbio. Por sua vez, o padrão CiCuC é formado por duas fases: uma fase verbal, que aceita a modificação por advérbios genuínos; e uma fase nominal, que permite a modificação por adjetivos. Já o padrão haCCaCa foi analisado como formado por apenas uma fase nominal, tanto por causa da sua morfologia, que não apresenta resquícios de uma morfologia verbal, quanto pela sua semântica obrigatoriamente agentiva, que o diferencia do padrão verbal ao qual ele está relacionado. Por fim, consideramos que o padrão hitCCaCut é formado por duas fases, o que está de acordo com a presença de uma morfologia verbal que compõe o padrão e com o tipo de argumento interno que é licenciado. / The main goal of this work is to argue that information over argument structure of nominalizations is coded in functional heads, which can have distinct flavors, that is, distinct properties, such as causativity, eventivity, reflexivity, etc., instead of that information being coded in the abstract roots, as assumed by Marantz (1997), Embick (2004), Harley (2008), among others. The specific object of this work, on the other hand, is to analyze how a certain group of patterns that generates action nouns in Hebrew is formed, and to show that not all nominalizations are formed by a verbal layer, contra Hazout (1995) and Shlonsky (2004). We use, in this work, the theoretical framework of Distributed Morphology (cf. HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997; SIDDIQI, 2009), a non-lexicalist theory which claims that both words and sentences are formed by the same operations, within the syntactic derivation. In a special way, we use the notion of phases within words (cf. MARANTZ, 2001 e ARAD, 2003) in order to explain that some nouns possess vocal patterns that are not atomic (contra ARAD, 2005), but are formed in two separate phases: a verbal one, and a nominal one, while other nouns are formed only by the nominal phase. In our analysis, we privilege four noun formation vocal patterns: CCiCa, CiCuC, haCCaCa, hitCCaCut, each one of them bearing a distinct set of restrictions. Such restrictions concern: (i) modification by adjectives and adverbs; (ii) possibility of raising within DPs; (iii) mandatory interpretation of an agentive argument and (iv) mandatory reflexive interpretation. Furthermore, we analyzed the possible syntactic contexts in which these nouns are found, that is, we analyzed which are the possibilities of interaction between these nouns and the Construct State, the Free State, the Differential Object Marker et a the presence of a by phrase. As a result of the analysis, we defend that the pattern CCiCa is formed by only a nominal phase, which explains its impossibility of being modified by genuine adverbs, that is, adverbs that possess adverbial morphology. On the other hand, the pattern CiCuC is formed by two phases: a verbal phase, which accounts for the modification by genuine adverbs; and a nominal phase, which allows for the modification by adjectives. The pattern haCCaCa, in its turn, was analyzes as formed by a nominal phase alone, both because its morphology, which does not present traces of verbal morphology, as for its obligatory agentive semantics, which differentiates it from the verbal pattern to which it is related to. Last, we considered that the pattern hitCCaCut is formed by two phases, which is compatible to the presence of verbal morphology, that composes the pattern, and to the type of argument that is licensed by it.
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Os sabores do nome: um estudo sobre a seleção de argumentos e as nominalizações do hebraico / The flavors of the noun: a study of Hebrew argument selection and nominalizationsMinussi, Rafael Dias 22 August 2012 (has links)
O objetivo maior deste trabalho é argumentar em favor de que a informação sobre a estrutura argumental das nominalizações está codificada em núcleos funcionais, os quais podem possuir sabores diferentes, isto é, propriedades diversas como causatividade, eventividade, reflexividade etc., em vez de tal informação estar codificada nas raízes abstratas como assumem autores como: Marantz (1997), Embick (2004), Harley (2008), entre outros. O objetivo específico deste trabalho, por sua vez, é analisar como é formado um grupo de padrões do hebraico, o qual forma nomes de ações (cf. GLINERT, 1989), e mostrar que nem todas as nominalizações são formadas por uma camada verbal, contra Hazout (1995) e Shlonsky (2004). Utilizamos como arcabouço teórico do presente trabalho a Morfologia Distribuída (cf. HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997; SIDDIQI, 2009), uma teoria não-lexicalista, a qual propõe que tanto palavras, quanto sentenças são formadas pelas mesmas operações durante a derivação sintática. De modo especial, utilizamos a noção de fase dentro de palavras (cf. MARANTZ, 2001 e ARAD, 2003), para explicar que alguns nominais possuem padrões vocálicos que não são atômicos (contra ARAD, 2005), mas são formados em duas fases: uma fase verbal e outra nominal, enquanto outros nominais são formados em apenas uma fase: a nominal. Em nossa análise, privilegiamos quatro padrões vocálicos formadores de nominais de ação: CCiCa, CiCuC, haCCaCa, hitCCaCut, de modo que encontramos restrições diferentes para cada um dos padrões. Tais restrições dizem respeito a: (i) modificação por adjetivos e advérbios; (ii) possibilidade de alçamento dentro de DPs; (iii) obrigatoriedade de interpretação de um argumento agente e (iv) obrigatoriedade de interpretação reflexiva. Além disso, analisamos os possíveis contextos sintáticos em que são encontrados esse nominais, isto é, analisamos quais são as possibilidades de interação desses nominais com o Construct State, o Free State, a Marca Diferencial de Objeto et e com a presença de uma by phrase. Como resultado da análise, defendemos que o padrão CCiCa seja um padrão formado por apenas uma fase nominal, o que explica a sua impossibilidade de modificação por advérbios genuínos, isto é, advérbios que possuem uma morfologia típica de advérbio. Por sua vez, o padrão CiCuC é formado por duas fases: uma fase verbal, que aceita a modificação por advérbios genuínos; e uma fase nominal, que permite a modificação por adjetivos. Já o padrão haCCaCa foi analisado como formado por apenas uma fase nominal, tanto por causa da sua morfologia, que não apresenta resquícios de uma morfologia verbal, quanto pela sua semântica obrigatoriamente agentiva, que o diferencia do padrão verbal ao qual ele está relacionado. Por fim, consideramos que o padrão hitCCaCut é formado por duas fases, o que está de acordo com a presença de uma morfologia verbal que compõe o padrão e com o tipo de argumento interno que é licenciado. / The main goal of this work is to argue that information over argument structure of nominalizations is coded in functional heads, which can have distinct flavors, that is, distinct properties, such as causativity, eventivity, reflexivity, etc., instead of that information being coded in the abstract roots, as assumed by Marantz (1997), Embick (2004), Harley (2008), among others. The specific object of this work, on the other hand, is to analyze how a certain group of patterns that generates action nouns in Hebrew is formed, and to show that not all nominalizations are formed by a verbal layer, contra Hazout (1995) and Shlonsky (2004). We use, in this work, the theoretical framework of Distributed Morphology (cf. HALLE; MARANTZ, 1993; MARANTZ, 1997; SIDDIQI, 2009), a non-lexicalist theory which claims that both words and sentences are formed by the same operations, within the syntactic derivation. In a special way, we use the notion of phases within words (cf. MARANTZ, 2001 e ARAD, 2003) in order to explain that some nouns possess vocal patterns that are not atomic (contra ARAD, 2005), but are formed in two separate phases: a verbal one, and a nominal one, while other nouns are formed only by the nominal phase. In our analysis, we privilege four noun formation vocal patterns: CCiCa, CiCuC, haCCaCa, hitCCaCut, each one of them bearing a distinct set of restrictions. Such restrictions concern: (i) modification by adjectives and adverbs; (ii) possibility of raising within DPs; (iii) mandatory interpretation of an agentive argument and (iv) mandatory reflexive interpretation. Furthermore, we analyzed the possible syntactic contexts in which these nouns are found, that is, we analyzed which are the possibilities of interaction between these nouns and the Construct State, the Free State, the Differential Object Marker et a the presence of a by phrase. As a result of the analysis, we defend that the pattern CCiCa is formed by only a nominal phase, which explains its impossibility of being modified by genuine adverbs, that is, adverbs that possess adverbial morphology. On the other hand, the pattern CiCuC is formed by two phases: a verbal phase, which accounts for the modification by genuine adverbs; and a nominal phase, which allows for the modification by adjectives. The pattern haCCaCa, in its turn, was analyzes as formed by a nominal phase alone, both because its morphology, which does not present traces of verbal morphology, as for its obligatory agentive semantics, which differentiates it from the verbal pattern to which it is related to. Last, we considered that the pattern hitCCaCut is formed by two phases, which is compatible to the presence of verbal morphology, that composes the pattern, and to the type of argument that is licensed by it.
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