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Tecendo fios entre o discurso e a prática: o significado de ONG para seus profissionais / Talking about speeches and practice: the meaning of NGO according to the professionalsNogueira, Maria Silvia Gomes 25 November 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-11-25 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research firstly introduced problems associated with social interventions that concerned the street children. The situation of exclusion this population undergoes took us to consider the different social actors that interfere into this reality. As a second step, we focused on the practices held by Non-Governamental Organizations (NGOs) founded during the 1990s, as we heard their professionals. Therefore we unveiled the meanings suggested by the term NGO, considering both the speeches and proposals which regarded the children and the Young. Nowadays the term NGO doens t reveal much about these organizations. It sounds confusing and ambiguous. There are many institutions which call themselves non-governamental. Not only do they hold different proposals, but they also sound controversial. As the NGOs settle themselves as legal institutions, they maintain partnership policies with the Estate and/or private enterprises. Some NGOs focus their work on counselling popular movements; some others enact the profile of business philanthropy, as they join the social context aligned with the neoliberal project under the logic of capitalism to the detriment of a political background. As we attempt for the consistency between the speeches and practices held by the NGOs conjoined to enterprises, we notice the unveiling of a self-centered model of knowledge management. There is a need for controlling knowledge and it forbides the flowing of ideas, the freedom of thought in its creative and dialectic flux. The attempt for controlling knowledge imposes a limit for understanding the contradictions and complexities upraised from social relations. As a result, the professionals suffer, the projects drawn for the benefit of the Young keep them further and further from the institutions. As some enterprises and NGOs incorporate the socialist speech, they disregard history and delimit the speech into a franchise of concepts. Hence, critics are expressed into a homogeneous shape and loses conherence between the institutional practices and its proposals / Esta pesquisa apresentou como ponto de partida questões concernentes às intervenções sociais realizadas com meninos e meninas que vivem em situação de rua. A situação de exclusão vivenciada por esta população, levou-nos a refletir sobre os diferentes atores sociais que interferem nesta dinâmica. Dentre eles, atentamo-nos às práticas das Organizações Não Governamentais (ONGs) fundadas a partir de 1990. Transitamos pelo significado de ONG, seu discurso e propostas junto às crianças e jovens, a partir do olhar de seus profissionais. Atualmente a sigla ONG pouco revela, recheia-se de ambigüidade. São inúmeras as instituições que se auto-intitulam não governamentais, apresentado propostas muito diversas e, inclusive, antagônicas. Ao se instituírem como personalidade jurídica, as ONGs adotam uma política de parcerias com o Estado e/ou empresas do setor privado lucrativo. Algumas delas procuram desenvolver um trabalho de assessoria junto aos movimentos populares; outras desenvolvem um perfil de filantropia empresarial e se integram no bojo das relações sociais alinhadas com a proposta neoliberal de reestruturação do capitalismo, em detrimento da formação política. Ao procurarmos compreender a consistência entre o discurso e a prática destas ONGs - aqui chamadas de ONGs empresariais - percebemos seu entretecimento a partir de um modelo fechado de gestão do conhecimento. Procura-se controlar e gerir o conhecimento, impedindo-se o livre fluxo das idéias, a razão livre, o pensamento criador e dialético. A tentativa de controle do conhecimento limita o entendimento das contradições e complexidades da realidade social, resultando em atitudes que geram o distanciamento do jovem e causando sofrimento para o profissional. As empresas e ONGs empresariais incorporam o discurso socialista destituindo-lhe a história, limitando-o a uma franquia de conceitos. Assim a crítica se uniformiza, torna-se homogênea perdendo-se entre a falácia e as ações institucionais
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