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O mal em crÃnica da casa assassinada: uma anÃlise da Personagem Nina na literatura e no cinemaAila Maria Leite Sampaio 00 December 2017 (has links)
nÃo hà / Nas obras de LÃcio Cardoso, a mulher se sobressai como uma personagem de forÃa
recorrente, que, nÃo raro, aparece associada ao mal e à destruiÃÃo, muitas vezes hostilizada e
julgada, como se fosse a causadora de todos os problemas dos que a cercam. A protagonista
do romance CrÃnica da Casa Assassinada (1959), por exemplo, Ã delineada como uma
mulher que transgride o papel de esposa e mÃe, assumindo posturas que levam os outros
personagens a associÃ-la ao mal. Em 1971, o cineasta Paulo CÃsar Saraceni roteirizou e
adaptou essa obra para o cinema, trazendo a lume o filme Casa assassinada, consolidando a
parceria entre a literatura e o cinema. O objetivo desta tese à investigar como essa adaptaÃÃo
dialoga com o texto de partida, analisando se hà influÃncia da poÃtica de LÃcio Cardoso na de
Saraceni, como se manifesta, no filme, o modelo ambivalente da mulher julgada mÃ; se essa
maldade se confirma pela necessidade de autodefesa ou decorre da interpretaÃÃo dos outros,
que nÃo entendem as diferenÃas individuais e culturais; se as estratÃgias utilizadas pelo diretor
trazem implicaÃÃes significativas para o reposicionamento da obra de partida no cÃnone
literÃrio brasileiro ou para a adesÃo do leitor, levando em consideraÃÃo estudos anteriores
como os de Lamego (2013), Penha Cardoso (2011; 2012; 2013; 2015); Carelli (1988), ROSA
E SILVA (2009) entre outros. Para tal, faremos uma anÃlise das situaÃÃes em que a
personagem (CANDIDO, 1968) se destaca como mÃ, para, seguidamente, procedermos a
anÃlise dela da traduÃÃo fÃlmica, tendo como base teÃrica a concepÃÃo de adaptaÃÃo fÃlmica
como um tipo de reescritura, de Andrà Lefevere (2007); leva-se em conta, pois, que o texto
adaptado (MCFARLANE, 2006) nÃo à uma cÃpia do original, mas um novo texto. Assim,
entendemos o processo como um dialogismo intertextual, considerando que todas as formas
de texto sÃo intersecÃÃes de outros textos (STAM, 2003; 2006); (HUTCHEON, 2011). Os
resultados da anÃlise mostram que a maldade que se atribui a Nina, no romance, nÃo pode ser
vista como essencial, mas decorre da interpretaÃÃo de seus atos pelo olhar dos outros que,
tendo motivaÃÃes individuais e formaÃÃo diferentes, nÃo compreendem a sua cosmovisÃo;
com o apagamento dessas vozes narrativas (FRIEDMAN, 2002) que assim a percebem, na
obra fÃlmica, a personagem ganha mais espaÃo de subjetivaÃÃo e o discurso sobre o mal
atribuÃdo a ela à suavizado, imprimindo na adaptaÃÃo marcas da poÃtica do diretor.
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A Releitura de O LeÃo, a Feiticeira e o Guarda-Roupa no Cinema / Re-reading The Lion, the Witch and the Wardrobe in the CinemaNicolai Henrique Dianim Brion 28 June 2013 (has links)
nÃo hà / O LeÃo, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (1950), de C. S. Lewis, à uma tÃpica narrativa de fantasia. Assim, apresenta caracterÃsticas de forma e conteÃdo que tÃm sido tradicionalmente empregadas pelo gÃnero, entre elas o apelo a uma atmosfera medieval. A histÃria foi adaptada para o cinema de Hollywood em 2005 por Andrew Adamson, com tÃtulo homÃnimo. O objetivo principal desta dissertaÃÃo à discutir as estratÃgias utilizadas pelo diretor para produzir um blockbuster de aÃÃo no formato da clÃssica narrativa hollywoodiana, explorando os elementos fantÃsticos e medievais da obra. Parte-se da ideia de que a adaptaÃÃo, embora oriunda de um texto que ocupa um espaÃo perifÃrico no sistema literÃrio britÃnico, consegue se destacar no sistema cinematogrÃfico de Hollywood. A pesquisa tem carÃter descritivo, com abordagem qualitativa, que consiste na leitura da obra literÃria e do filme para analisar como a fantasia e o medievalismo sÃo configurados nessas narrativas. A anÃlise levou-nos a concluir que a adaptaÃÃo foi capaz de ressignificar os elementos da obra literÃria responsÃveis por sua marginalizaÃÃo. Como base teÃrica, apoia-se nos princÃpios dos estudos descritivos de traduÃÃo, sobretudo no conceito de reescritura, de Lefevere (2007), e nos pressupostos da teoria dos polissistemas, de Even-Zohar (1990). Os referenciais teÃricos ainda incluem Todorov (2010, 2006) e Propp (2006), para caracterizar a obra como uma narrativa de fantasia; Cecire (2009) e Hobsbawm (1997), para abordar a questÃo do medievalismo; Compagnon (1999) e Wellek e Warren (2003), para discutir o cÃnone literÃrio; e Bordwell (1985), para delimitar as propriedades do padrÃo narrativo clÃssico de Hollywood. / The Lion, the Witch and the Wardrobe (1950), by C. S. Lewis, is a typical fantasy narrative. Thus, its form and contents are shaped by characteristics which have traditionally marked the genre, such as the appeal to a medieval atmosphere. The story was adapted to the Hollywood cinema by Andrew Adamson in 2005 keeping the same title. The main goal of this dissertation is to discuss the strategies employed by the director to produce an action blockbuster in the format of the classical Hollywood narrative through the exploration of the fantastic and medieval elements of the novel. It starts from the idea that the film adaptation, although it comes from a text which occupies a peripheral position in the British literary system, manages to stand out in the Hollywood cinematographic system. This research is descriptive and has a qualitative approach, which consists of the reading of both the novel and the film to analyse how fantasy and medievalism are configured in these narratives. The analysis led us to conclude that the adaptation was able to resignify the elements of the novel which are responsible for its marginalization. The theoretical bases for this work are the principles of the descriptive translation studies, especially the concept of rewriting, by Lefevere (2007), and the premises of the polysystem theory, by Even-Zohar (1990). Theoretical references still include Todorov (2010, 2006) and Propp (2006), to characterize the novel as a fantasy narrative; Cecire (2009) and Hobsbawm (1997), to approach the matter of medievalism; Compagnon (1999) and Wellek and Warren (2003), to discuss the literary canon; and Bordwell (1985), to delimitate the properties of the classical Hollywood narration pattern.
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