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Infecção urinária por Escherichia coli resistente a ciprofloxacino em pacientes com câncer ginecológicoAraujo, Fernanda Miranda de 03 April 2017 (has links)
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Araujo, Fernanda Miranda de [Dissertação, 2011].pdf: 1770084 bytes, checksum: 02dc9fe25e679414ba90c97935473f41 (MD5) / Objetivo. Descrever a prevalência de resistência a ciprofloxacino e analisar as variáveis
potencialmente associadas a esta resistência em amostras de Escherichia coli isoladas de
pacientes com câncer ginecológico e infecção do trato urinário (ITU). Métodos. Trata-se de
uma série de casos de pacientes com ITU por E. coli assistidas no Hospital do Câncer II do
Instituto Nacional do Câncer (INCA/HCII) de março de 2009 a fevereiro de 2010. Os casos
foram detectados através de vigilância microbiológica no laboratório de bacteriologia clínica
do INCA/HCII. As análises microbiológicas foram realizadas conforme recomendado pelo
Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os dados clínicos e epidemiológicos
foram coletados através de revisão de prontuários. Para a avaliação das variáveis
potencialmente associadas à resistência a ciprofloxacino foi feita análise multivariada por
regressão logística. Resultados. Entre os 275 casos de ITU por E. coli em pacientes com
câncer ginecológico incluídas no estudo, a prevalência de resistência das amostras a
ciprofloxacino foi 31%. A prevalência de resistência das amostras a outros antimicrobianos
como cefazolina, ceftazidima, fosfomicina, gentamicina e nitrofurantoína aumentou
significativamente (p≤0,05) ao longo do período. Não foi detectada resistência a amicacina e
carbapenemas. Duas amostras foram produtoras de b-lactamases de espectro ampliado
(ESBL). As variáveis independentemente associadas à resistência a ciprofloxacino entre as
amostras de E. coli foram: presença de nefrostomia (OR: 4,83; IC95%: 1,15-20,23; p: 0,031),
internação (OR: 4,00; IC95%: 1,35-11,85; p: 0,012) e uso de fluoroquinolona (OR: 3,02;
IC95%: 1,28-7,91; p: 0,015) nos 3 meses anteriores ao episódio de ITU. Conclusão. A
resistência ao ciprofloxacino foi elevada. Os fatores de risco para esta resistência foram
aqueles relacionados à manipulação de vias urinárias, sugerindo a possibilidade de
transmissão cruzada de amostras resistentes a ciprofloxacino, e o uso prévio de
fluoroquinolonas / Objective. To describe the prevalence of resistance to ciprofloxacin and analyze variables
potentially associated with this resistance in samples of Escherichia coli isolated from
patients with gynecological cancer and urinary tract infection (UTI). Methods. A case-series
was conducted between March 2009 and February 2010 at the Cancer Hospital II part of the
National Cancer Institute (INCA/HCII) with patients aged over 18 years with gynecological
cancer presenting UTI caused by E. coli. Cases were detected through microbiological
surveillance in the laboratory of clinical bacteriology in INCA/HCII. Microbiological
analyses were performed as recommended by Clinical and Laboratory Standards Institute
(CLSI). Clinical and epidemiological data were collected through charts review. For the
evaluation of variables potentially associated with resistance to ciprofloxacin the multivariate
analysis were performed by logistic regression. Results. Among 275 cases of UTI caused by
E. coli in patients with gynecological cancer included in the study, the prevalence of samples
resistant to ciprofloxacin was 31%. The prevalence of samples resistant to other
antimicrobials such as cefazolin, ceftazidima, fosfomycin, gentamicin and nitrofurantoína
increased significantly (p≤0,05) during the period. It was not detected resistance to amikacin
and carbapenems. Two samples were producers of extended spectrum b-lactamase (ESBL).
The variables independently associated with resistance to ciprofloxacin between samples of E.
coli were: undergone nephrostomy (OR: 4.83; IC95%: 1.15-20.23; p: 0.031), hospitalization
(OR: 4.00; IC95%: 1.35-11.85; p: 0.012) and use of fluoroquinolone (OR: 3.02; IC95%: 1.28-
7.91; p: 0.015) in the 3 months preceding the episode of UTI. Conclusion. Resistance to
ciprofloxacin was high. Risk factors for this resistance were those related to urinary tract
manipulation suggesting the possibility of cross transmission of samples resistant to
ciprofloxacin, and previous use of fluoroquinolones
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