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Determinação da expressão da Ciclina G no câncer do reto / Determination of Cyclin G expression in rectal cancerPerez, Rodrigo Oliva 15 December 2006 (has links)
Introdução: A identificação de mecanismos genéticos envolvidos no processo de carcinogênese do câncer colorretal levou ao surgimento de novas estratégias terapêuticas como a terapia gênica. Através do bloqueio ou estímulo de determinados alvos genéticos ou moleculares seria possível interromper o ciclo celular de células transformadas. Uma das estratégias sugeridas foi a utilização de seqüências anti-sense do gene da ciclina G que revelou resultados iniciais clínicos e experimentais promissores em diversas neoplasias, inclusive na colorretal. Assim seria esperado que a expressão da ciclina G estivesse freqüentemente alterada de maneira seletiva nas células do câncer colorretal quando comparado às células normais. Por estas razões, decidiu-se estudar a expressão da ciclina G em pacientes com câncer do reto. Métodos: Dados clínicos, epidemiológicos, anátomo-patológicos e de sobrevivência de 36 pacientes com câncer do reto foram obtidos e correlacionados com os resultados de expressão imunohistoquímica da ciclina G. O tecido neoplásico e normal distante da lesão primária foram submetidos a reação imunohistoquímica com anticorpo monoclonal anti-ciclina G e quantificados através de três métodos: (1) quantitativo, obtido a partir da contagem de células determinando a razão entre o número de células positivas e o número total de células contadas em 10 campos; (2) semi-quantitativo (cruzes), obtido a partir da pontuação em sistema de cruzes conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante; (3) semi-quantitativo (escore), obtido a partir da pontuação em sistema de escore (alto ou baixo) conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante. O estudo estatístico incluiu teste T de student, Qui-quadrado, exato de Fisher, teste t pareado, Wilcoxon, log-rank e curva ROC sendo considerados significativos quando o valor de p<0,05. Resultados: A expressão da ciclina G foi positiva em 76,5±30% da células contadas, com média de 3,2±1,1 cruzes e escore alto em 32 pacientes no tecido tumoral. No tecido normal dos pacientes a positividade foi de 42,2±27,4%, com média de 1,9±1,1 cruzes e escore alto em 16 casos. Quando comparados os tecidos tumoral e normal de cada paciente, o resultado tumor>normal foi obtido em 28 (77,8%) pacientes (quantitativa), 27 (75%) pacientes (semi-quantitativa/cruzes) e 18 (50%) pacientes (semi-quantitativa/escore). A diferença de expressão entre tecido tumoral e tecido normal maior que 10% apresentou correlação com ausência de metástases sistêmicas enquanto que a diferença maior que 38% apresentou correlação com a ausência de metástases linfonodais (área da curva 0,69 nos dois casos). Houve correlação entre o resultado tumor>normal e a ausência de metástases linfonodais quando o método de quantificação foi semi-quantitativo (cruzes e escore;p=0,02 e 0,04). Não houve correlação entre o resultado tumor>normal e as demais características. Não houve influência do resultado tumor>normal nas curvas de sobrevivência (3 anos). Conclusões: A expressão da ciclina G é maior no tecido neoplásico do câncer colorretal quando comparada ao tecido normal. Apesar disso, a expressão da ciclina G é raramente nula no tecido normal. A expressão de ciclina G tumor>normal esteve associada a ausência de metástases linfonodais quando mensurada através de métodos semi-quantitativos. Apesar disso, a expressão alterada da ciclina G não tem influência sobre sobrevivência precoce em pacientes com câncer do reto. / Introduction: Identification of genetic mechanisms involved in colorectal cancer carcinogenesis led to the development of new treatment strategies such as gene therapy. The aim of this strategy is to interrupt cell-cycle of transformed malignant cells by blocking or stimulating specific gene expression. Utilization of cyclin G antisense constructs has been suggested with clinical and experimental promising results in various neoplasias, including colorectal cancer. In this setting, one would expect that cyclin G would be selectively overexpressed in colorectal cancer cells as opposed to normal tissue. For this reason, we decided to study cyclin G expression in patients with rectal cancer. Methods: Clinical, epidemiological, pathological and survival data from 36 patients with rectal cancer was collected and correlated with Cyclin G immunohistochemical expression. Neoplastic and non-adjacent normal tissue were stained with monoclonal anti-Cyclin G antibody and quantified according to 3 different methods: (1) quantitative, obtained from cell count and determined by the ratio between positive counted cells and total number of counted cells observed in 10 microscopic fields; (2) semi-quantitative (crosses), obtained from a scoring system that takes into account both quantity and intensity of most strongly stained areas; (3) semi-quantitative (score), obtained from a scoring system that takes into account both quantity and intensity of most strongly stained areas. Statistical analysis included ROC curves, student\'s T, Chi-square, Fisher\'s exact, log rank, Wilcoxon, and paired t test. Significant differences were considered for p<0.05. Results: In tumor-tissue, positive Cyclin G expression was observed in 76.5±30% of counted cells, with a mean number of 3.2±1.1 crosses and high expression score in 32 patients (89%). In normal tissue, positive cyclin G expression was observed in 42.2±27.4% of counted cells, with a mean of 1.9±1.1 crossed and high expression score in 16 patients. When comparing tumor and normal tissue within each patient, a result of tumor>normal cyclin G expression was observed in 28 (77.8%) patients (quantitative method), 27 (75%) patients (semi-quantitative crosses) and 18(50%) patients (semi-quantitative score). A difference of cyclin G expression between tumor and normal tissue greater than 10% was associated with the absence of metastatic disease. A difference of cyclin G expression between tumor and normal tissue greater than 38% was associated with the absence of lymph node metastases (ROC curve area of 0.69 in both cases). There was significant association between cyclin G expression tumor>normal result and the absence of lymph node metastases when using semi-quantitative quantification methods (p=0.02 for crosses; p=0.04 for score). There was no association between cyclin G expression and other patient\'s characteristics or survival. Conclusion: Cyclin G expression is greater in tumor tissue when compared to normal tissue in patients with rectal cancer. However, cyclin G expression in normal tissue is rarely absent. Tumor>normal cyclin G expression is significantly associated with absence of lymph node metastases when quantified using semiquantitative methods. However, cyclin G expression had no influence in short-term survival.
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Determinação da expressão da Ciclina G no câncer do reto / Determination of Cyclin G expression in rectal cancerRodrigo Oliva Perez 15 December 2006 (has links)
Introdução: A identificação de mecanismos genéticos envolvidos no processo de carcinogênese do câncer colorretal levou ao surgimento de novas estratégias terapêuticas como a terapia gênica. Através do bloqueio ou estímulo de determinados alvos genéticos ou moleculares seria possível interromper o ciclo celular de células transformadas. Uma das estratégias sugeridas foi a utilização de seqüências anti-sense do gene da ciclina G que revelou resultados iniciais clínicos e experimentais promissores em diversas neoplasias, inclusive na colorretal. Assim seria esperado que a expressão da ciclina G estivesse freqüentemente alterada de maneira seletiva nas células do câncer colorretal quando comparado às células normais. Por estas razões, decidiu-se estudar a expressão da ciclina G em pacientes com câncer do reto. Métodos: Dados clínicos, epidemiológicos, anátomo-patológicos e de sobrevivência de 36 pacientes com câncer do reto foram obtidos e correlacionados com os resultados de expressão imunohistoquímica da ciclina G. O tecido neoplásico e normal distante da lesão primária foram submetidos a reação imunohistoquímica com anticorpo monoclonal anti-ciclina G e quantificados através de três métodos: (1) quantitativo, obtido a partir da contagem de células determinando a razão entre o número de células positivas e o número total de células contadas em 10 campos; (2) semi-quantitativo (cruzes), obtido a partir da pontuação em sistema de cruzes conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante; (3) semi-quantitativo (escore), obtido a partir da pontuação em sistema de escore (alto ou baixo) conforme a intensidade e quantidade de células positivas em áreas de maior impregnação do corante. O estudo estatístico incluiu teste T de student, Qui-quadrado, exato de Fisher, teste t pareado, Wilcoxon, log-rank e curva ROC sendo considerados significativos quando o valor de p<0,05. Resultados: A expressão da ciclina G foi positiva em 76,5±30% da células contadas, com média de 3,2±1,1 cruzes e escore alto em 32 pacientes no tecido tumoral. No tecido normal dos pacientes a positividade foi de 42,2±27,4%, com média de 1,9±1,1 cruzes e escore alto em 16 casos. Quando comparados os tecidos tumoral e normal de cada paciente, o resultado tumor>normal foi obtido em 28 (77,8%) pacientes (quantitativa), 27 (75%) pacientes (semi-quantitativa/cruzes) e 18 (50%) pacientes (semi-quantitativa/escore). A diferença de expressão entre tecido tumoral e tecido normal maior que 10% apresentou correlação com ausência de metástases sistêmicas enquanto que a diferença maior que 38% apresentou correlação com a ausência de metástases linfonodais (área da curva 0,69 nos dois casos). Houve correlação entre o resultado tumor>normal e a ausência de metástases linfonodais quando o método de quantificação foi semi-quantitativo (cruzes e escore;p=0,02 e 0,04). Não houve correlação entre o resultado tumor>normal e as demais características. Não houve influência do resultado tumor>normal nas curvas de sobrevivência (3 anos). Conclusões: A expressão da ciclina G é maior no tecido neoplásico do câncer colorretal quando comparada ao tecido normal. Apesar disso, a expressão da ciclina G é raramente nula no tecido normal. A expressão de ciclina G tumor>normal esteve associada a ausência de metástases linfonodais quando mensurada através de métodos semi-quantitativos. Apesar disso, a expressão alterada da ciclina G não tem influência sobre sobrevivência precoce em pacientes com câncer do reto. / Introduction: Identification of genetic mechanisms involved in colorectal cancer carcinogenesis led to the development of new treatment strategies such as gene therapy. The aim of this strategy is to interrupt cell-cycle of transformed malignant cells by blocking or stimulating specific gene expression. Utilization of cyclin G antisense constructs has been suggested with clinical and experimental promising results in various neoplasias, including colorectal cancer. In this setting, one would expect that cyclin G would be selectively overexpressed in colorectal cancer cells as opposed to normal tissue. For this reason, we decided to study cyclin G expression in patients with rectal cancer. Methods: Clinical, epidemiological, pathological and survival data from 36 patients with rectal cancer was collected and correlated with Cyclin G immunohistochemical expression. Neoplastic and non-adjacent normal tissue were stained with monoclonal anti-Cyclin G antibody and quantified according to 3 different methods: (1) quantitative, obtained from cell count and determined by the ratio between positive counted cells and total number of counted cells observed in 10 microscopic fields; (2) semi-quantitative (crosses), obtained from a scoring system that takes into account both quantity and intensity of most strongly stained areas; (3) semi-quantitative (score), obtained from a scoring system that takes into account both quantity and intensity of most strongly stained areas. Statistical analysis included ROC curves, student\'s T, Chi-square, Fisher\'s exact, log rank, Wilcoxon, and paired t test. Significant differences were considered for p<0.05. Results: In tumor-tissue, positive Cyclin G expression was observed in 76.5±30% of counted cells, with a mean number of 3.2±1.1 crosses and high expression score in 32 patients (89%). In normal tissue, positive cyclin G expression was observed in 42.2±27.4% of counted cells, with a mean of 1.9±1.1 crossed and high expression score in 16 patients. When comparing tumor and normal tissue within each patient, a result of tumor>normal cyclin G expression was observed in 28 (77.8%) patients (quantitative method), 27 (75%) patients (semi-quantitative crosses) and 18(50%) patients (semi-quantitative score). A difference of cyclin G expression between tumor and normal tissue greater than 10% was associated with the absence of metastatic disease. A difference of cyclin G expression between tumor and normal tissue greater than 38% was associated with the absence of lymph node metastases (ROC curve area of 0.69 in both cases). There was significant association between cyclin G expression tumor>normal result and the absence of lymph node metastases when using semi-quantitative quantification methods (p=0.02 for crosses; p=0.04 for score). There was no association between cyclin G expression and other patient\'s characteristics or survival. Conclusion: Cyclin G expression is greater in tumor tissue when compared to normal tissue in patients with rectal cancer. However, cyclin G expression in normal tissue is rarely absent. Tumor>normal cyclin G expression is significantly associated with absence of lymph node metastases when quantified using semiquantitative methods. However, cyclin G expression had no influence in short-term survival.
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