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Bioecologia de ácaros (Acari) associados à cultura da soja (Glycine max (L.) Merril) (Fabaceae) na região noroeste do estado do Rio Grande do SulReichert, Marliza Beatris 05 April 2013 (has links)
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license_rdf: 22392 bytes, checksum: da4b2e8e72d470a5e1afe4c26352b4ac (MD5) / A soja é a cultura que mais cresceu nos últimos anos, sendo ela importante economicamente para o Brasil e para o Rio Grande do Sul. A soja está sujeita ao ataque de diferentes espécies de herbívoros que podem se transformar em pragas. As pragas da soja podem causar perdas significativas no rendimento da cultura e, por isso, necessitam ser controladas. Este estudo avaliou a acarofauna associada à cultura da soja na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul nos municípios de Mato Queimado e Três de Maio. As avaliações foram realizadas em soja convencional, em soja transgênica com irrigação e sem irrigação e com tratamentos fitossanitários diferenciados e em plantas de borda. As atividades de campo foram realizadas na safra 2011/2012. As coletas foram realizadas quinzenalmente onde a cada coleta eram escolhidas vinte plantas de soja, das quais foram retiradas três folhas/planta, totalizando 60 folhas/área. As folhas foram coletadas nas regiões basal, mediana e apical da planta. A cada coleta de folhas de soja também foram coletadas cinco espécies de plantas de borda. As folhas de soja e as plantas de borda foram individualizadas em sacos plásticos, guardadas sob- refrigeração até serem processadas. Os ácaros foram retirados de ambas as faces das folhas e montados em lâminas para a identificação. Foi encontrado na soja um total de 18.100 ácaros pertencentes a cinco famílias, nove gêneros e 12 espécies distintas, além dos ácaros da Subordem Oribatida. A área de soja transgênica com irrigação e aplicação de inseticida apresentou a maior riqueza e abundância, com 10 espécies e um total de 8.329 ácaros, seguida pela área com soja transgênica sem irrigação, com aplicação de inseticida com nove espécies e 4.901 ácaros. Menor riqueza foi observada na área transgênica sem irrigação e sem aplicação de inseticida com cinco espécies. A área com menor abundância foi a de soja convencional sem aplicação de inseticida com 1.091 ácaros. Phytoseiidae apresentou maior riqueza, com cinco espécies, seguida de Tetranychidae, com quatro espécies, Iolinidae, Stigmaeidae e Tarsonemidae. Dentre os ácaros fitófagos mais frequentes e abundantes na soja, destacaram-se Tetranychus urticae Koch, Mononychellus planki McGregor e Tetranychus spp. Os ácaros predadores mais abundantes foram Neoseiulus idaeus Denmark & Muma, Pseudopronematus sp., Neoseiulus californicus McGregor e Neoseiulus anonymus Chant & Baker respectivamente. Neoseiulus idaeus também foi à espécie mais frequente. Nas plantas de borda foram encontrados um total de 576 ácaros, sendo N. idaeus e Agistemus sp. os ácaros predadores mais abundantes.
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Voláteis induzidos por herbivoria em plantas de mandioca e atratividade a ácaros (Acari: Tetranychidae: Phytoseiidae)Bezerra, Ranna Heidy Santos 21 February 2017 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Under natural conditions, plants release volatile organic compounds (VOCs) that can differ either qualitative or quantitatively from those induced by herbivory. Induced VOCs are specific, varying with the attacked plant species, with the herbivore, and the developmental stages and conditions from both species. Induced VOCs mediate important ecological interactions. They can attract predators and parasitoids, repel herbivores and mediate communication between neighboring plants and different parts of the same plant. Cassava (Manihot esculenta) is a native plant from Brazil cultivated in all regions, but mainly in the northeast region. It has an important role in animal and human feeding, manufacturing of industrial products and the creation of jobs and income. Several studies have been conducted to identify the volatile compounds induced by herbivory and observe their influence in the behavior of herbivores and their natural enemies, however, to date little is known about the VOCs emissions of cassava plants and their role in arthropod-plant interactions. This study aimed at identifying the volatiles induced by herbivory from the herbivorous mites Mononychellus tanjoa, Tetranychus urticae and T. gloveri in cassava plants, and how these herbivorous mites and the predatory mite Neoseiulus idaeus respond to induced VOCs blends. Twenty three compounds (monoterpenes, sesqueterpenes, aldehyde, alcohol, esters, oxime, phenylpropanoid and indole) were identified in the headspace of healthy and mite-damaged cassava plants. Herbivore-damaged plants released novel compounds that weren’t emitted by the healthy plants. Significant difference were found in the emission of methyl salicylate by M. tanajoa and T. gloveri infested plants, and (Z)-3-hexen-1-ol infested with T. urticae, when compared to healthy plants. The compounds (Z)-β-ocimene, 2-methyl propanol oxime, 2-methyl butanoloxime, indole, methyl anthranilate and (E)-nerolidol were only induced by herbivory from T. urticae, and may be involved in the attraction of N. idaeus, since the predator with experience in cassava significantly preferred plants infested with T. urticae compared to healthy plants. Tetranychus gloveri with cassava experience preferred healthy cassava plants compared to clean air, demonstrating that the plant produces volatiles that are attractive to herbivores. It can be concluded that after the herbivory cassava plants emit VOCs that differ qualitatively and quantitatively from those released by healthy plants and the total amount emitted increases with the density of mites in the plant. Despite the emission of VOCs known to attract predatory mites by plants infested with M. tanajoa and T. gloveri, N. idaeus
did not prefer infested plants, suggesting that the level of induction was not sufficient or these herbivorous mites are not attractive to the predator. / As plantas constantemente liberam um conjunto de compostos orgânicos voláteis (COVs) para a atmosfera que pode diferir qualitativa e quantitativamente dos voláteis que são liberados quando são atacadas por herbívoros. A composição desses voláteis é específica, variando de acordo com a espécie de planta e do herbívoro, e com os estágios de desenvolvimento e condições dessas espécies. Os COVs são importantes na mediação de interações específicas, podendo atrair predadores e parasitoides, repelir herbívoros e mediar a comunicação entre plantas vizinhas e diferentes partes de uma mesma planta. A mandioca, Manihot esculenta, é uma planta nativa do Brasil, sendo cultivada em todas as regiões, destacando-se a região Nordeste, com importante papel na alimentação humana e animal, como matéria-prima para produtos industriais e geração de emprego e renda. Diversos estudos têm sido realizados com o objetivo de identificar os COVs induzidos por herbivoria e observar a sua influência no comportamento dos herbívoros e seus inimigos naturais, porém pouco se sabe sobre as emissões de COVs das plantas de mandioca e seu papel nas interações artrópodes-plantas. No presente estudo buscou-se identificar os voláteis induzidos pela herbivoria dos ácaros Mononychellus tanajoa, Tetranychus urticae e T. gloveri em plantas de mandioca, e como esses ácaros herbívoros e o ácaro predador Neoseiulus idaeus respondem aos conjuntos de COVs induzidos. Foram identificados 23 compostos (monoterpenos, sesquiterpenos, aldeídos, álcool, oximas, éster, indole e fenilpropanoide) liberados pelas plantas de mandioca sadias e submetidas à herbivoria. Plantas com herbivoria emitiram novos compostos que não foram liberados pelas plantas sadias. Foi encontrada diferença significativa na emissão de salicilato de metila pelas plantas com herbivoria de M. tanajoa e T. gloveri, e (Z)-3-hexen-1-ol pelas plantas com herbivoria de T. urticae, quando comparadas com as plantas sadias. Os compostos (Z)-β-ocimeno, 2-metil propanol oxima, 2-metil butanol oxima, indole, metil anthranilate e (E)-nerolidol foram induzidos apenas pela herbivoria de T. urticae e podem estar envolvidos na atração de N. idaeus, uma vez que o predador com experiência em mandioca preferiu significativamente as plantas infestadas com T. urticae em comparação às plantas sadias. Tetranychus gloveri com experiência em mandioca preferiu plantas de mandioca sadias em comparação ao ar limpo, demonstrando que a planta produz voláteis atraentes para os herbívoros. Pode-se concluir que após a herbivoria plantas de mandioca emitem COVs que diferem qualitativa e quantitativamente daqueles liberados pelas plantas sadias e a quantidade total emitida aumenta com a densidade de ácaros na planta.
Apesar da emissão de COVs conhecidos por atraírem ácaros predadores pelas plantas infestadas com M. tanajoa e T. gloveri, N. idaeus não preferiu as plantas infestadas, sugerindo que o nível de indução não foi suficiente ou esses ácaros herbívoros não são atraentes para o predador.
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