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O ESTADO ATUAL DO LEGADO DE BENJAMIN LIBET, SUA COERÃNCIA E SEU IMPACTO NA FILOSOFIA DA MENTE E NO ESTUDO DO LIVRE ARBÃTRIOFrancisco HÃlio Cavalcante FÃlix 29 July 2014 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Analisou-se o legado de Benjamin Libet e o estado atual de seus achados. Os trabalhos de Libet sobre neurofisiologia do ato voluntÃrio provocaram uma intensa discussÃo no campo da filosofia da mente em geral e do livre arbÃtrio em particular. As evidÃncias de seus principais estudos sÃo de que o processo cerebral responsÃvel pelo ato tido como voluntÃrio inicia-se de modo prÃ-consciente. O inÃcio desse processo neural seria definido pelo aparecimento do potencial de prontidÃo em registros eletroencefalogrÃficos. Isso desafia a noÃÃo comum de que o sujeito pode escolher, de modo consciente e livre, sobre o como e quando agir. O cientista defende a ideia de que a possibilidade de se vetar conscientemente o ato que se iniciou inconscientemente pode garantir o exercÃcio do livre arbÃtrio. O indivÃduo teria cerca de 200 milissegundos para usar esse poder de veto antes da concretizaÃÃo da respectiva aÃÃo enquanto tal. Libet procurou elaborar uma teoria filosÃfica de interaÃÃo mente-corpo para compor com seus achados empÃricos o que entendia ser a configuraÃÃo do agir humano e do livre arbÃtrio. As reaÃÃes a esses trabalhos foram considerÃveis. Trata-se de exemplo significativo de interseÃÃo estreita entre o conhecimento filosÃfico e o conhecimento cientÃfico, onde hà tanto a possibilidade de enriquecimento quanto de mal entendidos. Um levantamento do trabalho de Libet e um apanhado dos principais comentadores de suas reflexÃes mostram que a discussÃo foi muito rica e que ainda continua bastante intensa em nossos dias. Os novos mÃtodos de registro de atividade cerebral e as recentes replicaÃÃes do modelo experimental libetiano enfatizam a importÃncia de sua obra. O exame conceitual mais rigoroso e sofisticado de seus achados e de suas anÃlises se mostrou enriquecedor. Algumas de suas conclusÃes estÃo fortalecidas com o tempo, apesar de certos pontos de suas ilaÃÃes se mostrarem mais frÃgeis. Pode-se considerar seu legado como referencial inescapÃvel para qualquer um que se debruce sobre a questÃo do livre arbÃtrio. / Benjamin Libetâs legacy and the current status of his findings were analysed. Libetsâ works on neurophisiology of voluntary act prompted a huge discussion on philosophy of mind in general and specifically on free will. The evidence from his main studies shows that the brain process that is responsible for the so called voluntary act begins preconsciously. The beginning of this neural process would be defined as the appearance of a readiness potential in eletroencephalographics recordings. This defies the common notion that a person can counsciously and freely choose how and when to act. The scientist holds the idea of consciously vetoing the act that has unconsciously begun and thus enable the exercise of free will. One would have about 200 milliseconds to use this veto power before the concrete onset of the respective action. Libet has tried to figure out a philosophic mind-brain interaction theory to compound with his empiric findings and so to shape what he understood as a human action and free will characterization. The reactions to these works were substantial. It seems to be a noticeable example of close interaction between philosophic and scientific knowledge, with a prospect of both enrichment and misunderstandings. A comprehensive review of Libetâs work and the main thinkers who commented on it shows that the discussion was quite rich and still has a great ammount at the present days. New methods of assessing brain activities and the recent replications of Libetâs experimental model emphasize the importance of his work. Some of his conclusions are now strengthened, in spite of the weakening of other points in his argumentations. His legacy can be ultimately regarded as an unavoidable reference to every person who investigates the free will issue.
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Livre-arbÃtrio: um debate filosÃfico e neurocientÃfico / Free will: a philosophical and neuroscientific debateMaria Andreia Ferreira 19 December 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Sabemos que o problema do livre-arbÃtrio à tratado, pelo menos, desde Epiteto. A liberdade de escolha que âjulgamosâ possuir à algo que supomos ser inerente à natureza humana. AlÃm disso, parece que sà poderemos ser pessoalmente responsÃveis por nossos atos se os realizarmos livremente. Acreditamos que ser responsÃveis por nossas aÃÃes e escolhas à o que nos torna diferentes dos outros animais. No entanto, apesar de todas essas nossas intuiÃÃes, nÃo sà algumas correntes filosÃficas defendem que nÃo somos livres, mas tambÃm a ciÃncia parece nos dizer que somos sistemas ou mÃquinas determinÃsticas. Os resultados de vÃrios experimentos neurocientÃficos tÃm sugerido que nÃo escolhemos conscientemente fazer o que fazemos. E, posto que a noÃÃo de livre-arbÃtrio tem como prÃ-requisito bÃsico a noÃÃo de consciÃncia, entÃo parece que hà um conflito entre nossas intuiÃÃes cotidianas e as conclusÃes cientÃficas e filosÃficas. O objetivo central desta dissertaÃÃo serÃ, nÃo somente analisar a coerÃncia conceitual das diversas teses sobre o livre-arbÃtrio que surgiram na GrÃcia clÃssica e nos estudos neurocientÃficos atuais, mas tambÃm mostrar que as explicaÃÃes que tentam conectar os fenÃmenos subjetivos e objetivos relativos ao problema nos levaram, ao menos, atà o presente momento, a uma lacuna explicativa. Isto Ã, uma lacuna na explicaÃÃo sobre como podemos conectar nossas intuiÃÃes subjetivas sobre como somos os autores de nossas aÃÃes e as explicaÃÃes objetivas sobre como nosso corpo executa tais aÃÃes.
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SocializaÃÃo: fronteira entre a sociologia e a neurociÃncia / Socialization:the interface between sociology and neuroscienceGeraldo Pedro da Costa Filho 17 June 2016 (has links)
nÃo hà / A presente tese estuda a possÃvel interface entre a sociologia e a biologia evolutiva (representada pela neurociÃncia). Com esse objetivo, fizemos a reconstituiÃÃo das afinidades entre as Ãreas desde o nascimento de ambas, no sÃculo XIX, com Durkheim e Darwin, atà o aparecimento da sociobiologia e da neurociÃncia, cujo fio condutor foi a relaÃÃo entre a seleÃÃo natural e cultural adaptativa e a evoluÃÃo do cÃrebro. Em primeiro lugar, procuramos responder as questÃes principais de pesquisa sobre a intersecÃÃo entre as Ãreas e sobre a relaÃÃo entre o processo de socializaÃÃo e o de exuberÃncia sinÃptica do cÃrebro humano. Em segundo lugar, procuramos identificar a expressÃo empÃrica destes processos entre os adolescentes/jovens que estÃo concluindo o ensino fundamental. Finalmente, avaliamos como o conceito de socializaÃÃo està sendo trabalhado no ensino mÃdio, apÃs o retorno da obrigatoriedade do ensino de sociologia em 2008, levando em consideraÃÃo que o pÃblico desse nÃvel de ensino està vivendo intensa reestruturaÃÃo cerebral que o prepara para a vida adulta. A sustentaÃÃo teÃrica da tese se fundamentou em autores que nas Ãreas respectivas buscaram a convergÃncia entre as ciÃncias, dentre os quais: Richard Dawkins e a teoria dos âmemesâ como replicadores culturais, que embasou o que denominamos seleÃÃo cultural adaptativa; e Edgar Morin e a teoria da âjunÃÃo epistemolÃgicaâ entre as ciÃncias sociais e as disciplinas derivadas da biologia evolutiva. / This thesis studies the possible interface between sociology and evolutionary biology (represented by neuroscience). To this end, we made the reconstitution of the affinities between areas since the birth of both the nineteenth century, with Durkheim and Darwin until the appearance of sociobiology and neuroscience, whose leitmotif was the relationship between natural selection and adaptive cultural selection and brain evolution. First, we seek to answer key research questions about the intersection between areas and the relationship between the process of socialization and the synaptic exuberance of the human brain. Second, we seek to identify the empirical expression of these processes among adolescents/young people are completing primary school. Finally, we evaluate how the concept of socialization is being worked on in high school, after the return of compulsory sociology study in 2008, taking into account the public this level of education is experiencing intense brain restructuring that prepares you for adulthood. The theoretical support of the thesis was based on authors who in their areas sought convergence of sciences, among them: Richard Dawkins and the theory of "memes" as cultural replicators, that based what we call adaptive cultural selection; and Edgar Morin and the theory of "epistemological junction" between the social sciences and the disciplines derived from evolutionary biology.
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