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Formulações de C. S. Peirce para conceitos-chave do século XIX: o instante e a evoluçãoSchettini, Mônica Bernardo 03 June 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-06-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / In the nineteenth century the industrial uprising and demographic
blowing were born, also bearing the first technical means of communication,
like the telegraph and photography. Allied to the first printer machines, these
means of communication were responsible for the rush in of journalism as also
the appearing of the mass medium. At the same time, a revolution arose in the
means of transport, that resulted from arose of the steam engine. Meanwhile,
great breakages appeared in the artistic and literary world, changing abruptly the
old inherited rules from the past. After all, it s a century plenty in great
transformations, certainly done in order to follow the conceptual ones. What are
the most paradigmatic concepts of these transformations? How Charles Sanders
Peirce, certainly the best American thinker by that time, has reacted to them,
while creating his own general signs theory, in a remarkable foreseeing the
growing proliferation of the signs that would be the twentieth century landmark.
These are the central questions of this research.
The preliminary studies about history of the ideas during the twentieth
century, bring us to the hypothesis that two of the main conceptual tendencies
uprising in this century, to increase the value of the instant as a new moment of
the time and the theory of evolutionism, have found in Pierces philosophy
innovative formulations, whose can supply us the assistance for reading the
cultural structures the means of mass communication put on the surface.
Thus, the main purpose of this research was to bring the reflection about
the likeliness between the Peirce s concept of firstness and the instant concept,
as so to make an analysis of the dialog developed between Peirce and the
evolutionist thinking, which doesn t remains to the limits of biology, but reach
far into in all social extensions: the economics, politics and also the cultural
ones.
Concerning the fact this is an imminent theoretical search, the method
adopted by us was based upon in bibliography research, in the methodological
conceptual arrangements and argumentation techniques proper to use in this
kind of search.
In respect to the subject about instant in the nineteenth century, was
assumed as a starting point the Leo Charney s study - Into an Instant: the
cinema and the modernity philosophy . This paper brings us an adequate
knowledge in respect to prize the instant that emerges in an esthetical field of
activity in that period, as a way to rescue a possibility sensorial reply face the
transitory and the excess stimuli that appears from modern environment.
The conception of firstness developed by Peirce was submitted to an
analysis, based upon author s written itself and from contributions based on
some commentators, mainly Santaella and Rosensohn. The comparative study
between primarily and instant, has show to us both may be known as ruptures to
an excess of stimulus provided by modernity, the overwhelming population
increase and by modifications of the communication environment, due to the
uprising of new means of mass communication and the increase of the subsisted
ones.
The exam of the aforementioned correspondence was followed by the
analysis and interpretation regarding to the Peirce s reflections about
evolutionism, in great expansion during the nineteenth century, owing to
implications from Darwinism.
We have examined the theories established by Peirce, in order to explain
the evolutive process, which itself, into the Peirce s perspective not only the live
beings but also the nations, institutions and ideas were submitted. The author s
writes and those from some of the contemporary ones like Ernest Mayr and
Stephen Jay Gould, were the main theory sources from this part of this study / O século XIX viu nascer a produção industrial de bens materiais e a
explosão demográfica. Trouxe também à luz os primeiros meios técnicos de
comunicação, o telégrafo e a fotografia. Aliados às máquinas impressoras, esses
meios foram responsáveis pela explosão do jornal e pelo advento da
comunicação de massa. Ao mesmo tempo, revolucionaram-se os meios de
transporte acionados pela máquina a vapor. Enquanto isso, surgiam grandes
rupturas no mundo da arte e da literatura, subvertendo as regras de
representação herdadas do passado. Enfim, trata-se de um século de grandes
transformações que se fizeram certamente acompanhar por transformações
conceituais. Quais os conceitos mais paradigmáticos dessas transformações?
Como Charles Sanders Peirce, sem dúvida, o maior pensador norte-americano
do período, reagiu a elas, enquanto criava a sua teoria geral dos signos, numa
remarcável antecipação da proliferação crescente de signos que seria a tônica do
século XX? Essas são as perguntas centrais propostas por esta pesquisa.
Os estudos preliminares sobre a história das idéias do século XIX nos
levaram à hipótese de que duas das principais correntes conceituais que
emergiram nesse século, a valorização do instante como nova instância do
tempo e o evolucionismo encontraram na filosofia de Peirce formulações
inovadoras que podem nos fornecer subsídios para a leitura das formações
culturais que os meios de comunicação de massa trouxeram à tona.
Assim sendo, o objetivo desta pesquisa foi trazer à reflexão a
semelhança entre a concepção peirceana de primeiridade e o conceito de
instante, assim como analisar o diálogo que Peirce desenvolve com o
pensamento evolucionista que não se circunscreve aos limites da biologia, mas
penetra também em todas as dimensões do social: o econômico, o político e o
cultural.
Por se tratar de uma pesquisa eminentemente teórica, a metodologia
adotada respaldou-se na pesquisa bibliográfica, na sistematização dos conceitos
e nas técnicas de argumentação que cabem a esse tipo de pesquisa.
Para o tema do instante no século XIX foi tomado como ponto de partida
o estudo de Leo Charney - Num instante: o cinema e a filosofia da
modernidade . Este trabalho nos fez compreender a valorização do instante que
emerge no campo da estética no período oitocentista como uma forma de
resgatar a possibilidade de resposta sensorial diante da transitoriedade e do
excesso de estímulos do ambiente moderno. A concepção de primeiridade
desenvolvida por Peirce foi analisada, a partir dos escritos do próprio autor e
das contribuições de alguns de seus comentaristas, principalmente Santaella e
Rosensohn. O estudo comparativo entre a primeiridade e o instante revelou-nos
que ambos podem ser interpretados como rupturas ao excesso de estímulos da
modernidade, engendrados pela explosão demográfica e pela transformação do
ambiente comunicacional em função do surgimento de novos meios de
comunicação de massa e da expansão dos já existentes.
O exame do paralelismo acima exposto foi seguido pela análise e
interpretação das reflexões de Peirce sobre o evolucionismo em franca expansão
no século XIX, devido às implicações advindas da teoria Darwiniana.
Examinamos as teorizações que Peirce estabelece para explicar o processo
evolutivo, ao qual, em sua perspectiva, não somente os seres vivos, mas também
os Estados, instituições, linguagens e idéias estariam submetidos. Os escritos do
autor e de alguns dos principais evolucionistas contemporâneos, especialmente
Ernest Mayr e Stephen Jay Gould, foram as principais fontes teóricas desta parte
da tese
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