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Normopatia na formação do analistaSaleme, Maria Helena 14 July 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-07-14 / Este trabalho procurou desenvolver idéias sobre as dificuldades da clínica psicanalítica, vinculadas especialmente à formação do analista.
A indagação que justifica a realização desta pesquisa se deve a um fato que vejo repetir-se no decorrer do processo de formação dos analistas: estes perdem freqüentemente sua potência criativa, sua espontaneidade e sua alegria, o que acaba por inviabilizar o trabalho clínico ao invés de constituir as condições de sua possibilidade.
O estudo baseou-se por um lado em textos sobre a história dos primórdios do movimento psicanalítico, e por outro na experiência adquirida pela autora por meio de seu trabalho de clínica psicanalítica, bem como de sua transmissão.
A criação das sociedades de psicanálise, desde seu início, associou a função de transmissão e de reconhecimento da capacidade dos novos analistas à responsabilidade de distinguir analistas confiáveis dos não confiáveis (selvagens). A formação do psicanalista tem uma especificidade, em tudo diferente do ensino acadêmico, na qual incompatibilizam-se essas duas funções: transmitir e julgar. A exigência e, paradoxalmente, sua impossibilidade conduzem à criação de analistas formatados, produzindo uma espécie de estandardização, que no texto denomino Normopatia do psicanalista. É esta patologia da formação que me interessa investigar
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Janus petrificado: autoridade, alteridade e estados normopáticosGilberto Lucio da Silva 16 January 2015 (has links)
A emergência em cada indivíduo de seu lugar enquanto sujeito exige a interação com um outro que também se reconheça na dualidade, na incompletude que permite estabelecer uma relação de alteridade. As formas de adoecimento psíquico caracterizadas como normopatia parecem se proteger do outro excessivamente intrusivo pelo cultivo da renegação da própria existência, vivendo o paradoxo de ser/produzir um semi-sujeito. Paralisados em eterna vigilância de seu espaço interno, esses sujeitos apresentam um grau diminuto de elaboração mental que se articula com um déficit da experiência subjetiva, de modo semelhante a outros distúrbios psíquicos frequentes na contemporaneidade: fuga da derivação para o somático, atuações perversas e pânico. Como objetivos desta pesquisa teórica procuramos descrever e problematizar o conceito de normopatia, suas aproximações e afastamentos de outras modalidades psicopatológicas, notadamente a neurose obsessiva e a perversão, bem como dos distúrbios do pânico e psicossomáticos. E, concomitantemente, caracterizar o manejo feito pelo analista/terapeuta no tratamento desses casos clínicos, com destaque para o aporte enriquecedor proporcionado pela psicanálise. Um objetivo secundário, mas essencial para a compreensão da importância que esse perfil psicopatológico assume na contemporaneidade, se expressa na busca de circunscrever o contexto social onde o sintoma normopático faz sentido, contexto que inclui o próprio fazer psicanalítico como produto e produtor de seu estatuto psicopatológico. Sobretudo, constata-se que este modo de relação (supressão da experiência subjetiva) revela um valor oculto, típico da modernidade, que preconiza a independência total do indivíduo diante do mundo social vivido. O trajeto metodológico incluiu a identificação e interpretação dos conceitos, a utilização de fragmentos clínicos para ilustrar aspectos do tema em estudo, a descrição da alteração nos processos civilizatórios e seu rebatimento nos grupamentos familiares, e a realização de comentário teórico a partir das contribuições e retomadas da obra freudiana nas diversas abordagens sobre o tema.
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Janus petrificado: autoridade, alteridade e estados normopáticosSilva, Gilberto Lucio da 16 January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-01-16 / The emergence in each individual of his place as a subject requires the interaction with another person that is also recognized in duality, in incompleteness that allows us to establish a relation of otherness. The types of psychic illnesses characterized as normopathy seem to protect the other excessively intrusive by the cultivation of denial of their existence, living the paradox of be/produce a semi-subject. Paralyzed in eternal vigilance of its internal space, these subjects present a minor degree of mental elaboration that articulates with a deficit in the subjective experience, similarly to other mental disorders frequent in contemporary: leak of lead for the somatic, performances perverse and panic. As this study theoretical we describe and problematize the concept of normopathy, their approaches and departures from other psychopathological modalities, notably the obsessive neurosis and perversion, as well as the disorders of panic and psychosomatic. And, concomitantly, characterize the clinical management done by the analyst/therapist in the treatment of clinical cases, with emphasis on the enriching contribution provided by psychoanalysis. A secondary objective, but essential for the understanding of the importance that this psychopathological profile assumes the contemporary, is expressed in the search to circumscribe the social context where the symptom normopático makes sense, a context that includes the own make psychoanalysis as a product and producer of their psychopathological status. In particular, it is noted that this mode of relation (deletion of subjective experience) reveals a hidden value, typical of modernity, which advocates the full independence of the individual in the social world lived. The methodological path included the identification and interpretation of the concepts, the use of clinical fragments to illustrate aspects of the topic under study, a description of the change in civilizing processes and its folding in family groupings, and the implementation of theoretical comment from contributions and resumed of Freud's work in the different approaches on the theme. / A emergência em cada indivíduo de seu lugar enquanto sujeito exige a interação com um outro que também se reconheça na dualidade, na incompletude que permite estabelecer uma relação de alteridade. As formas de adoecimento psíquico caracterizadas como normopatia parecem se proteger do outro excessivamente intrusivo pelo cultivo da renegação da própria existência, vivendo o paradoxo de ser/produzir um semi-sujeito. Paralisados em eterna vigilância de seu espaço interno, esses sujeitos apresentam um grau diminuto de elaboração mental que se articula com um déficit da experiência subjetiva, de modo semelhante a outros distúrbios psíquicos frequentes na contemporaneidade: fuga da derivação para o somático, atuações perversas e pânico. Como objetivos desta pesquisa teórica procuramos descrever e problematizar o conceito de normopatia, suas aproximações e afastamentos de outras modalidades psicopatológicas, notadamente a neurose obsessiva e a perversão, bem como dos distúrbios do pânico e psicossomáticos. E, concomitantemente, caracterizar o manejo feito pelo analista/terapeuta no tratamento desses casos clínicos, com destaque para o aporte enriquecedor proporcionado pela psicanálise. Um objetivo secundário, mas essencial para a compreensão da importância que esse perfil psicopatológico assume na contemporaneidade, se expressa na busca de circunscrever o contexto social onde o sintoma normopático faz sentido, contexto que inclui o próprio fazer psicanalítico como produto e produtor de seu estatuto psicopatológico. Sobretudo, constata-se que este modo de relação (supressão da experiência subjetiva) revela um valor oculto, típico da modernidade, que preconiza a independência total do indivíduo diante do mundo social vivido. O trajeto metodológico incluiu a identificação e interpretação dos conceitos, a utilização de fragmentos clínicos para ilustrar aspectos do tema em estudo, a descrição da alteração nos processos civilizatórios e seu rebatimento nos grupamentos familiares, e a realização de comentário teórico a partir das contribuições e retomadas da obra freudiana nas diversas abordagens sobre o tema.
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