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Aspectos diagnósticos, epidemiológicos, microbiológicos e moleculares de Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas na rede pública e particular de Juiz de Fora, MGSouza, Daniele Maria Knupp de 25 April 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-04-25 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Vaginose Bacteriana (VB) é uma síndrome polimicrobiana, caracterizada pelo desequilíbrio da microbiota vaginal, associada à substituição da população bacteriana vaginal predominantemente aeróbia (Lactobacillus spp.) por uma população anaeróbia (principalmente Gardnerella vaginalis), gerando descarga vaginal anormal em mulheres em idade reprodutiva. O objetivo desse trabalho foi a avaliação de aspectos fisiológicos e moleculares de G. vaginalis em pacientes com e sem VB, atendidas na rede pública (SUS) e privada de Juiz de Fora/MG, além da determinação do perfil de susceptibilidade a antimicrobianos. Amostras de secreção vaginal foram coletadas e processadas para isolamento seletivo, conforme descrito na literatura. G. vaginalis foi identificada presuntivamente pela β-hemólise ou hemólise difusa e os testes da oxidase e catalase. A identidade bacteriana foi confirmada por reação de POR. O gene codificador para a vaginolisina (vly) foi detectado por PCR. O perfil de susceptibilidade a drogas antimicrobianas foi determinado pelo método da diluição em ágar, de acordo as recomendações do CLSI para microrganismos anaeróbios. A genotipagem foi realizada por AP-PCR. De 89 pacientes, G. vaginalis foi isolada de 42 por cultivo em meio de cultura, sendo 35 com VB, 02 com quadro intermediário e 05 saudáveis. Em 47 pacientes não foi possível realizar o isolamento de G. vaginalis por método de cultivo, sendo a reação de PCR positiva para 26 destas pacientes. Para classificar as pacientes em sintomáticas e saudáveis, foi realizado o escore de Nugent, Todos os 204 isolados de G. vaginalis submetidos à reação de PCR tiveram sua identidade confirmada, e destes, em 96,5% foi detectado o gene vly. Quanto ao perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos, alta sensibilidade a ampicilina/sulbactam, clindamicina e cloranfenicol foi observada, e alta resistência foi observada a ampicilina, metronidazol, secnidazol e tinidazol. A cultura positiva de G. vaginalis, per se, não garante o diagnóstico de VB, já que os microrganismos fazem parte da microbiota residente. Não foi possível correlacionar a detecção do gene vly como marcador para determinação de linhagens patogênicas. A resistência bacteriana frente aos antimicrobianos mais utilizados na clínica corroboram outros estudos, e alertam para os riscos da terapia empírica rotineira. A técnica de genotipagem utilizada não permitiu o agrupamento de G. vaginalis, de acordo com sua origem de isolamento, sugerindo, assim, uma heterogeneidade populacional. Essa observação sustenta-se pelo não agrupamento bacteriano também em função da tipagem pelo perfil de susceptibilidade a antimicrobianos, embora outras técnicas de genotipagem não tenham sido utilizadas. Além disso, ainda não são descritos oligonucleotídeos iniciadores específicos para genotipagem de G. vaginalis por AP-PCR. Espera-se que esses resultados possam servir de base para suscitar discussões relacionadas ao tratamento empírico da vaginose bacteriana, considerando-se limitações na disponibilidade de diagnóstico ou mesmo terapia antimicrobiana. / Bacterial vaginosis (BV) is a polymicrobial syndrome characterized by an imbalance in the vaginal microbiota associated with the replacement of the vaginal bacterial population predominantly aerobic (Lactobacillus spp.) by an anaerobic population (especially Gardnerella vaginalis) leading to abnormal vaginal discharge in women of reproductive age. The aim of this study was to evaluate physiological and molecular aspects of G. vaginalis in patients with and without BV, treated at public (SUS) and private services in Juiz de Fora/MG, in addition to determining the antimicrobial susceptibility patterns. Vaginal secretion samples were collected and processed for selective isolation, as described in the literature. G. vaginalis was presumptively identified by 13-hemolysis or diffuse hemolysis and oxidase and catalase negative tests. The bacterial identity was confirmed by PCR. The encoding gene for vaginolisin (vly) was detected by PCR. Antimicrobial susceptibility patterns were determined by agar dilution method, according to CLSI guidelines for anaerobic microorganisms. Genotyping was performed by AP-PCR. Out of 89 patients, G. vaginalis was isolated from 42 by cultivation in culture medium, 35 of which with VB, 02 with intermediate clinical and 05 healthy. In 47 patients it was not possible to perform the isolation of G. vaginalis by cultivation method, with a positive PCR result for 26 of these patients. To classify patients in symptomatic and healthy, Nugent score was performed. All 204 isolates of G. vaginalis subjected to PCR reaction had its identity confirmed and, of these, vly gene was detected in 96.5%. Regarding antimicrobial susceptibility patterns, high sensitivity to ampicillin/sulbactam, clindamycin and chloramphenicol was observed, and high resistance was observed to ampicillin, metronidazole, secnidazole and tinidazole. The positive culture of G. vaginalis, per se, does not ensure the diagnosis of BV, as the microorganism may be considered resident microbiota. It was not possible to correlate vly gene detection as a marker for determination of pathogenic strains. Bacterial resistance against antimicrobial drugs commonly used in clinical corroborate with others studies, and warn to the risks of empiric therapy routine. The genotyping technique used did not allow G. vaginalis grouping, according to their source of isolation, suggesting, therefore, a heterogeneous population. This observation is sustained by the impossibility of grouping using the bacterial typing by antimicrobial susceptibility profile too, although other genotyping techniques have not been used. In addition, specific primers for genotyping G. vaginalis by AP-PCR have not been described yet. It is expected that these results can serve as basis for raising discussions related to empiric treatment of bacterial vaginosis, considering limitations in the availability of diagnostic or antimicrobial therapy.
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