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Evidências geológicas de mudanças climáticas (greenhouse-icehouse) na Antártica Ocidental durante a passagem Eoceno-Oligoceno / Geological evidences of a climatic change (greenhouse-icehouse) of Western Antarctica during the Eocene-Oligocene transitionCanile, Fernanda Maciel 05 October 2010 (has links)
Durante o Eoceno e o Oligoceno (55 a 23 Ma) a Terra esteve sujeita a período de grandes mudanças climáticas. Registros geológicos, reforçados por modelos climáticos, indicam que o clima global durante esse período passou de estágio praticamente livre de calotas polares para situacao climática próxima a que hoje podemos encontrar na Antártica. Grande parte desses registros são indiretos, retirados de sedimentos de fundo marinho ou de material fóssil. Evidência terrestre clara da variação climática (greenhouse-icehouse) para o Eoceno-Oligoceno pode ser encontrada em Wesele Cove, ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental. Tais evidências correspondem a uma sucessão de cerca de 60m com pelo menos 13 derrames de lava basáltica, de alguns metros de espessura cada, sobreposta, em contato erosivo, por diamictito e arenito. A sucessão basáltica é correlacionada com a Formação Mazurek Point/Hennequin, datada radiometricamente como do Eoceno, e o diamictito e arenito correspondem ao Membro Krakowiak Glacier da Formação Polonez Cove, datada, paleontológica e radiométricamente como pertencente ao Oligoceno inferior. Cada camada de basalto toleítico exibe uma zona inferior, mais espessa (1 a poucos metros), de rocha fresca, que é seguida transicionalmente por uma zona de alteração, variando de alguns decímetros a 1-1,5 m de espessura. O pacote de basalto está inclinado 25º para leste, provavelmente por tectonismo. A sucessão foi recentemente exposta devido ao rápido recuo da atual geleira Wyspianski. A evidência inicial de campo sugere que a sucessão representa um registro geológico de variação paleoclimática de condições mais amenas para condições glaciais, que pode ser correlacionada com a mudança do ótimo climático do final do Eoceno (greenhouse) para as condições de icehouse do Oligoceno, registradas na curva de paleotemperatura cenozóica estabelecida pela determinação de 18O em carapaças de foraminíferos. Este estudo teve como foco central a análise estratigráfica e geoquímica da ocorrência, a fim de interpretar a sucessão de eventos paleoclimáticos documentados no afloramento e analisá-los, no contexto da história paleoclimática da Antártica. Os dados obtidos mostraram que a transição de zonas não alteradas para alteradas observada em cada derrame de basalto pode de fato ser atribuídas à ação moderada de processos intempéricos no topo de cada derrame. Eles também demonstram uma origem glacial, em parte subglacial com contribuição marinha, dos diamictitos sobrepostos, que apresentam feições, tais como, clastos de litologias e tamanhos variados, facetados e estriados, clastos tipo bullet shaped, clastos partidos por congelamento, estrias intraformacionais e fósseis marinhos encontrados na matriz do diamictito. As condições climáticas amenas responsáveis pelo intemperismo do basalto durou até o surgimento do último horizonte de lava, seguida por movimentação tectônica que inclinou o pacote. Esses eventos indicam condições paleoclimáticas menos rigorosas relativamente longas durante o Eoceno, precedendo o estabelecimento do manto de gelo oligocênico nesta parte da Antártica. / During the Eocene and Oligocene (55 23 Ma) the Earth was undergoing a period of great climatic changes. Geological records, reinforced by climate models indicate that global climate during this period went from a stage in which the Earth was virtually free of polar ice caps to a stage close to what we find today in Antarctica. Most of these records are indirect, taken from the deep-sea cores or fossil material. Clear terrestrial evidence of climate change (greenhouse-icehouse) for the Eocene-Oligocene transition is found in Wesele Cove, King George Island, West Antarctica. This evidence includes a succession of at least thirteen, few meters thick, basaltic lava flows overlain disconformably by diamictite and sandstone. The basaltic section is correlated with the Mazurek Point/Hennequin Formation, radiometric dated as Eocene, and the diamictite and sandstone correspond to the Krakowiak Glacier Member of the Polonez Cove Formation, dated as Early Oligocene, on paleontological and radiometric basis. Each tholeiitic basalt layer exhibits a lower, thicker (1 to few meters) fresh zone, transitionally followed up by a zone of saprolith, varying from decimeters to 1-1.5 m in thickness. The entire basalt package of around 60 m, is tilted 25º to the east. The succession has been recently exposed due to fast retreat of the present Wyspianski Glacier. The initial field evidence suggests that the succession represents the geological record of paleoclimatic variation from mild to glacial conditions, that could correlate with the change from the late Eocene optimum climatic (greenhouse) to icehouse conditions in the Oligocene, as recorded on the Cenozoic paleotemperature curve established by 18O determinations on calcareous foram tests. This study had focus on the stratigraphy and geochemistry analysis of the occurrence, in order to interpret the succession of palaeoclimatic events documented in outcrop and analyze them in the context of paleoclimatic history of Antarctica. Data obtained consistently showed that the supposed transition from unaltered to altered zones observed in each basalt layer may in fact be assigned to the moderated action of weathering processes on top of each flow. They also demonstrate a glacial, in partly subglacial with marine contribution, origin for the overlying diamictites, which has features such clasts of diverse lithologies and sizes, faceted and striated clasts, bullet shaped clasts, clasts broken by freezing and thaw, intraformational striae and marine fossils found in the matrix of the diamictite. The mild paleoclimatic conditions responsible for weathering of the basalt lasted until the emplacement of the highest lava horizon, followed by tectonic movement that tilted the package. These events indicate a relatively long paleoclimatic mild conditions during the Eocene, preceding the establishment and displacement of the Oligocene ice-sheet in this part of Antarctica.
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Evidências geológicas de mudanças climáticas (greenhouse-icehouse) na Antártica Ocidental durante a passagem Eoceno-Oligoceno / Geological evidences of a climatic change (greenhouse-icehouse) of Western Antarctica during the Eocene-Oligocene transitionFernanda Maciel Canile 05 October 2010 (has links)
Durante o Eoceno e o Oligoceno (55 a 23 Ma) a Terra esteve sujeita a período de grandes mudanças climáticas. Registros geológicos, reforçados por modelos climáticos, indicam que o clima global durante esse período passou de estágio praticamente livre de calotas polares para situacao climática próxima a que hoje podemos encontrar na Antártica. Grande parte desses registros são indiretos, retirados de sedimentos de fundo marinho ou de material fóssil. Evidência terrestre clara da variação climática (greenhouse-icehouse) para o Eoceno-Oligoceno pode ser encontrada em Wesele Cove, ilha Rei Jorge, Antártica Ocidental. Tais evidências correspondem a uma sucessão de cerca de 60m com pelo menos 13 derrames de lava basáltica, de alguns metros de espessura cada, sobreposta, em contato erosivo, por diamictito e arenito. A sucessão basáltica é correlacionada com a Formação Mazurek Point/Hennequin, datada radiometricamente como do Eoceno, e o diamictito e arenito correspondem ao Membro Krakowiak Glacier da Formação Polonez Cove, datada, paleontológica e radiométricamente como pertencente ao Oligoceno inferior. Cada camada de basalto toleítico exibe uma zona inferior, mais espessa (1 a poucos metros), de rocha fresca, que é seguida transicionalmente por uma zona de alteração, variando de alguns decímetros a 1-1,5 m de espessura. O pacote de basalto está inclinado 25º para leste, provavelmente por tectonismo. A sucessão foi recentemente exposta devido ao rápido recuo da atual geleira Wyspianski. A evidência inicial de campo sugere que a sucessão representa um registro geológico de variação paleoclimática de condições mais amenas para condições glaciais, que pode ser correlacionada com a mudança do ótimo climático do final do Eoceno (greenhouse) para as condições de icehouse do Oligoceno, registradas na curva de paleotemperatura cenozóica estabelecida pela determinação de 18O em carapaças de foraminíferos. Este estudo teve como foco central a análise estratigráfica e geoquímica da ocorrência, a fim de interpretar a sucessão de eventos paleoclimáticos documentados no afloramento e analisá-los, no contexto da história paleoclimática da Antártica. Os dados obtidos mostraram que a transição de zonas não alteradas para alteradas observada em cada derrame de basalto pode de fato ser atribuídas à ação moderada de processos intempéricos no topo de cada derrame. Eles também demonstram uma origem glacial, em parte subglacial com contribuição marinha, dos diamictitos sobrepostos, que apresentam feições, tais como, clastos de litologias e tamanhos variados, facetados e estriados, clastos tipo bullet shaped, clastos partidos por congelamento, estrias intraformacionais e fósseis marinhos encontrados na matriz do diamictito. As condições climáticas amenas responsáveis pelo intemperismo do basalto durou até o surgimento do último horizonte de lava, seguida por movimentação tectônica que inclinou o pacote. Esses eventos indicam condições paleoclimáticas menos rigorosas relativamente longas durante o Eoceno, precedendo o estabelecimento do manto de gelo oligocênico nesta parte da Antártica. / During the Eocene and Oligocene (55 23 Ma) the Earth was undergoing a period of great climatic changes. Geological records, reinforced by climate models indicate that global climate during this period went from a stage in which the Earth was virtually free of polar ice caps to a stage close to what we find today in Antarctica. Most of these records are indirect, taken from the deep-sea cores or fossil material. Clear terrestrial evidence of climate change (greenhouse-icehouse) for the Eocene-Oligocene transition is found in Wesele Cove, King George Island, West Antarctica. This evidence includes a succession of at least thirteen, few meters thick, basaltic lava flows overlain disconformably by diamictite and sandstone. The basaltic section is correlated with the Mazurek Point/Hennequin Formation, radiometric dated as Eocene, and the diamictite and sandstone correspond to the Krakowiak Glacier Member of the Polonez Cove Formation, dated as Early Oligocene, on paleontological and radiometric basis. Each tholeiitic basalt layer exhibits a lower, thicker (1 to few meters) fresh zone, transitionally followed up by a zone of saprolith, varying from decimeters to 1-1.5 m in thickness. The entire basalt package of around 60 m, is tilted 25º to the east. The succession has been recently exposed due to fast retreat of the present Wyspianski Glacier. The initial field evidence suggests that the succession represents the geological record of paleoclimatic variation from mild to glacial conditions, that could correlate with the change from the late Eocene optimum climatic (greenhouse) to icehouse conditions in the Oligocene, as recorded on the Cenozoic paleotemperature curve established by 18O determinations on calcareous foram tests. This study had focus on the stratigraphy and geochemistry analysis of the occurrence, in order to interpret the succession of palaeoclimatic events documented in outcrop and analyze them in the context of paleoclimatic history of Antarctica. Data obtained consistently showed that the supposed transition from unaltered to altered zones observed in each basalt layer may in fact be assigned to the moderated action of weathering processes on top of each flow. They also demonstrate a glacial, in partly subglacial with marine contribution, origin for the overlying diamictites, which has features such clasts of diverse lithologies and sizes, faceted and striated clasts, bullet shaped clasts, clasts broken by freezing and thaw, intraformational striae and marine fossils found in the matrix of the diamictite. The mild paleoclimatic conditions responsible for weathering of the basalt lasted until the emplacement of the highest lava horizon, followed by tectonic movement that tilted the package. These events indicate a relatively long paleoclimatic mild conditions during the Eocene, preceding the establishment and displacement of the Oligocene ice-sheet in this part of Antarctica.
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Response of Phytoplankton to Climatic Changes during the Eocene-Oligocene Transition at the North Atlantic ODP Site 612 / Fytoplanktons respons till klimatförändringar under Eocen-Oligocen övergången vid Nordatlanten ODP Site 612Rivero Cuesta, Lucía January 2015 (has links)
The development of modern glacial climates occurred during the Eocene-Oligocene transition (34 to 35.5 Ma) when a decrease of atmospheric CO2 led to a global temperature fall. The ocean was deeply affected, both in the surface and the deep-sea, suffering a strong reorganization including currents and phytoplankton distribution. Spanning that time, 35 samples from the North Atlantic Ocean Drilling Program Site 612 have been analyzed by counting coccoliths abundance in different size groups (< 4 µm, 4 to 8 µm and > 8 µm) and silica fragments abundance. Absolute coccoliths abundance were estimated with two different methods, the “drop” technique and microbeads calibration. In addition, a fragmentation index was calculated to assess the preservational state of the samples. The results obtained fit in the global picture of a decrease in phytoplankton abundance across theEocene-Oligocene boundary, although coccolith and silica fragments abundances show slight different patterns. Absolute abundances estimates showed a large difference between the “drop” and the microbeads methods. The temperature at which samples are dried seems to affect microbeads distribution, leading to an underestimation at temperatures higher than 60º C. In future work the current dataset will be updated with additional calibration and replicate counts to confirm that the “drop” estimates are the more valid results. As the fragmentation index was fairly constant in all samples, no major differences in nannofossil preservation were inferred. Coccoliths abundance drops are thought to be triggered by global temperature fall, general decrease of atmospheric CO2, changes in oceanic circulation, pulses of nutrients or a combination of those. / Under tidsspannet som täcker övergången mellan eocen och oligocen, för ungefär 35.5 till 34 miljoner år sedan, genomgick jordens klimat en stor förändring. Under eocen hade vår planet ett varmare klimat och var i ett så kallat ”greenhouse state”. Mot slutet av denna period och i början av oligocen skiftade emellertid klimatet till en kallare regim, ett så kallat ”icehouse state”. Under detta tillstånd minskade andelen koldioxid i atmosfären vilket medförde att den globala temperaturen minskade. Vidare påverkades också havet och speciellt de fytoplankton som levde där, då de påverkas av temperatur och inflödet av näringsämnen. Fytoplankton står för en betydande del av jordens pågående fotosyntes samt är basen av den organiska matkedjan. Syftet med denna undersökning är att studera förekomsten av coccoliter, små kalcitplattor som produceras av en typ av nannoplankton som kallas coccolitoforider. Coccoliter från en djuphavskärna härstammande från norra Atlanten har därför samlats in och för-ändringen av mängden fytoplankton över nämnda tidsspann mätts. Vidare har också bitar av kisel från andra växtplankton räknats. Resultatet av denna studie var att båda grupperna var rikligare under den sista delen av eocen men mängden sjönk snabbt i början av oligocen. Det finns inte tillräckligt med information för att reda ut orsakerna av detta, men det är troligt att minskningen i temperatur och CO2-tillgängligheten för fotosyntesen är viktiga faktorer.
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Petrografia e estratigrafia química de rochas carbonáticas do terciário da Bacia de Campos: Membro Siri / Petrography and Chemostratigraphy of Campos Basin terciary carbonates: Siri MemberPablo Simões Martins 29 June 2008 (has links)
Cinco poços, localizados na porção centro-sul da Bacia de Campos, que atravessaram os carbonatos do Membro Siri, foram utilizados objetivando a realização de um estudo petrográfico/microfaciológico e quimioestratigráfico nestes calcários. Foram identificas sete microfácies, constituídas basicamente por algas coralináceas, macroforaminíferos e cracas, que abrangem um conjunto de sistemas deposicionais que vai desde um a laguna rasa de circulação aberta até um forereef/margin reef abaixo da base de onda, passando por bioconstruções que formam um complexo de bancos algálicos na borda da plataforma. As condições iniciais destas rochas foram alteradas, em maior ou menor grau, devido à diagênese, notadamente, em ambiente meteórico freático. A cimentação foi o principal processo responsável pela diminuição da porosidade nestes carbonatos. Por outro lado, o processo de dissolução promoveu um alargamento dos poros, melhorando as características do reservatório. Quimioestratigrafia baseada em elementos químicos maiores e traços possibilitou a subdivisão dos carbonatos do Membro Siri em três unidades químicas e oito subunidades. Paralelamente a correlação de eventos isotópicos de dO18 e dC13 identificados no poço E, com eventos globais, sugere idade neo-oligocênica a eomiocênica para estes calcários. Finalmente, o entendimento da sucessão dos estratos carbonáticos dentro dos conceitos da estratigrafia de seqüências evidenciou que os tratos de sistemas podem ser relacionados com as variações observadas nos perfis geoquímicos e nas assembléias fossilíferas observadas na rocha. / Five wells have crossed carbonates of the Siri Member in the south of Campos Basin. They have been used objectifying the accomplishment of a petrographic/microfacies and chemostratigraphic study in these calcareous rocks. This work allowed to identify seven microfacies, constituted basically of coralline algae, larger foraminifera and barnacles, which enclose a set of depositional systems since a shallow lagoon of open circulation until a forereef/reef margin below wave base, passing for organics build up that form a complex of algalic banks in the edge of the platform. The rocks previously deposited have been modified by diagenesis, mainly, in a marine phreatic diagenetic environment. Cementation has been the main process responsible for lost of porosity in these carbonates. On anothe r hand, solution has improved the reservoir porosity. A chemostratigraphic study using major e trace chemical elements made possible the recognition of three chemical units and eight subunits in Siri Member. By correlating dO18 and dC13 isotopic events, identified in well E, with global events, a Late Oligocene Early Miocene age is suggested for Siri limestone. The stratigraphic sequences have showed that system tracts can be relationed with specific fossi liferous assemblages and with chemical variations observed in geochemical profiles.
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Petrografia e estratigrafia química de rochas carbonáticas do terciário da Bacia de Campos: Membro Siri / Petrography and Chemostratigraphy of Campos Basin terciary carbonates: Siri MemberPablo Simões Martins 29 June 2008 (has links)
Cinco poços, localizados na porção centro-sul da Bacia de Campos, que atravessaram os carbonatos do Membro Siri, foram utilizados objetivando a realização de um estudo petrográfico/microfaciológico e quimioestratigráfico nestes calcários. Foram identificas sete microfácies, constituídas basicamente por algas coralináceas, macroforaminíferos e cracas, que abrangem um conjunto de sistemas deposicionais que vai desde um a laguna rasa de circulação aberta até um forereef/margin reef abaixo da base de onda, passando por bioconstruções que formam um complexo de bancos algálicos na borda da plataforma. As condições iniciais destas rochas foram alteradas, em maior ou menor grau, devido à diagênese, notadamente, em ambiente meteórico freático. A cimentação foi o principal processo responsável pela diminuição da porosidade nestes carbonatos. Por outro lado, o processo de dissolução promoveu um alargamento dos poros, melhorando as características do reservatório. Quimioestratigrafia baseada em elementos químicos maiores e traços possibilitou a subdivisão dos carbonatos do Membro Siri em três unidades químicas e oito subunidades. Paralelamente a correlação de eventos isotópicos de dO18 e dC13 identificados no poço E, com eventos globais, sugere idade neo-oligocênica a eomiocênica para estes calcários. Finalmente, o entendimento da sucessão dos estratos carbonáticos dentro dos conceitos da estratigrafia de seqüências evidenciou que os tratos de sistemas podem ser relacionados com as variações observadas nos perfis geoquímicos e nas assembléias fossilíferas observadas na rocha. / Five wells have crossed carbonates of the Siri Member in the south of Campos Basin. They have been used objectifying the accomplishment of a petrographic/microfacies and chemostratigraphic study in these calcareous rocks. This work allowed to identify seven microfacies, constituted basically of coralline algae, larger foraminifera and barnacles, which enclose a set of depositional systems since a shallow lagoon of open circulation until a forereef/reef margin below wave base, passing for organics build up that form a complex of algalic banks in the edge of the platform. The rocks previously deposited have been modified by diagenesis, mainly, in a marine phreatic diagenetic environment. Cementation has been the main process responsible for lost of porosity in these carbonates. On anothe r hand, solution has improved the reservoir porosity. A chemostratigraphic study using major e trace chemical elements made possible the recognition of three chemical units and eight subunits in Siri Member. By correlating dO18 and dC13 isotopic events, identified in well E, with global events, a Late Oligocene Early Miocene age is suggested for Siri limestone. The stratigraphic sequences have showed that system tracts can be relationed with specific fossi liferous assemblages and with chemical variations observed in geochemical profiles.
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Paleoambiente, paleogeografia e isótopos de carbono e oxigênio de depósitos carbonáticos miocenos da Plataforma Bragantina, Nordeste do estado do Pará, BrasilAMORIM, Kamilla Borges 16 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-16 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A transição Oligoceno-Mioceno, que representa o início do Neógeno, foi marcada por eventos globais de variação do nível do mar, que promoveu uma das maiores transgressões marinhas do planeta. No Brasil depósitos associados a essa transgressão são observados na costa equatorial norte, com significativas exposições na porção leste da Plataforma Bragantina, norte do Pará. Esse registro consiste em depósitos carbonátcos e siliciclásticos da Formação Pirabas, que correspondem a porção onshore de uma plataforma carbonática rasa. Estudos estratigráficos possibilitaram a divisão da Plataforma Pirabas em plataforma interna e interna/intermediária. A plataforma interna é constituída por depósitos de tidal flats e laguna (rasa e profunda). Os tidal flats são caracterizados por dolomudstone com terrígeno, dolomudstone peloidal, boundstone com laminação microbial, ritmito bioturbado e argilito maciço. A laguna rasa é caracterizada por wackestone/packstone laminado e calcimudstone bioturbado e a laguna profunda é constituída por dolowackestone, floatstone maciço com briozoário e wackestone maciço com equinodermos. A plataforma interna/intermediária é composta por depósitos de tidal inlets e barreiras bioclásticas/front shoal. O tidal flats é constituído por wackestone/packstone com briozoário, packstone com briozoário e grainstone com foraminíferos e algas vermelhas que apresentam estratificações cruzadas de baixo ângulo. As barreiras bioclásticas/front shoal são compostas por bafflestone com briozoário, wackestone/packstone com Marginopora sp. e terrígenos, packstone/grainstone com foraminíferos e rudstone com bivalve. A plataforma apresenta rico conteúdo fossilífero, composto principalmente por fósseis de briozoários, equinodermos, bivalves, gastrópodes, foraminíferos bentônicos e planctônicos, algas verdes e vermelhas, ostracodes, fragmentos de corais, traços fósseis de Gyrolithes, Thalassinóides e Sinusichnus, estes últimos traços fósseis de crustáceos decápodes. Na plataforma interna a diversidade faunística é menor com predomínio de briozoários, foraminíferos planctônicos, ostracodes e traços fósseis, enquanto que na zona de plataforma interna/intermediária a diversidade faunística é maior, e constituída em grande parte por fósseis bentônicos de foraminíferos, briozoários, bivalves e gastrópodes. A plataforma mostra uma variação no conteúdo mineralógico, com a quantidade de calcita diretamente relacionada a períodos de expansão da plataforma interna/intermediária com maior precipitação carbonática. Por outro lado, as proporções de dolomita, quartzo, gipsita e pirita estão diretamente associadas a períodos de progradação da plataforma interna, relacionada a maior taxa de evaporação e influxos continentais. As variações faciológicas, fossilíferas e mineralógicas mostram que a deposição da Formação Pirabas foi diretamente associada a variações do nível do mar, que proporcionou intensas mudanças na linha de costa, registrada em ciclos de raseamento ascendentes de alta frequência, que nas porções basais da sucessão mostram-se predominantemente retrogradantes, enquanto que nas porções superiores são mais progradantes. O arcabouço quimiostratigráfico da Formação Pirabas foi construído a partir de isótopos de carbono (δ13Ccarb) e oxigênio (δ18Ocarb), elementos terras raras e traços. As razões isotópicas de carbono refletem assinatura isotópica primária e os valores de δ13Ccarb variam em função de cada ambiente deposicional. As razões de δ18Ocarb apresentam um padrão dispersivo e os valores mostram influenciados diagenética.. Os ETR’s mostram um padrão homogêneo, com concentrações enriquecidas em ETR’s leves e depleção nos ETR’s pesados. A concentração dos elementos traços (Fe, Sr e Mn) está dentro dos valores esperados para rochas carbonáticas com influência mínima da diagênese no conteúdo geoquímico. As tendências e excursões da curva de δ13Ccarb coincidem com as variações observadas nos ciclos deposicionais de raseamento ascendente da Formação Pirabas. Os intervalos relacionados ao aumento do nível do mar são marcados por razões de δ13Ccarb próximas a 0‰, já as os intervalos dos ciclos relacionados a queda do nível do mar são marcadas por anomalias negativas de δ13Ccarb. A correlação entre as curvas de δ13C da Formação Pirabas e global não mostrar estreita covariância, no entanto é possível sugerir que os valores de δ13C obtidos da sucessão estudada refletem, mesmo que minimamente, as excursões isotópicas globais observadas no período interglacial do Eomioceno ao Mesomioceno. A curva de variação do nível do mar da Formação Pirabas apresenta intervalos semelhantes à curva de eustática global de curta duração. No entanto, a maior frequência dessas variações do nível do mar, observadas na curva eustática da sucessão estudada, indica uma provável interferência de fatores tectônicos locais na sedimentação. Trabalhos anteriores sugeriram que o colapso da plataforma carbonática na região da Plataforma Bragantina foi influenciado desenvolvimento pelo influxo siliciclástico do Proto-cone do rio Amazonas durante o Mesomioceno. A análise comparativa dos dados estratigráficos das bacias e plataformas localizadas ao longo da porção leste da zona costeira da Amazônia sugere que aumento progressivo da sedimentação siliciclástica, observada no topo da Formação Pirabas está relacionada com a progradação da Formação Barreiras, em resposta tectônica transpressiva/transtensiva do Eo/Mesomioceno, devido reativações de falhas geradas no último evento de subsidência térmica na costa brasileira durante a formação do Atlântico Sul. / The onset of the Neogene is market by the Oligocene-Miocene transition characterized by sea level global variations that triggered one of the major marine transgressions in the Earth. In Brazil, deposits related to this event are recorded in north equatorial coast with meaningful exposures in eastern Bragantina Platform, north of Pará State. These are composed by carbonate and siliciclastic deposits of the Pirabas Formation corresponding to onshore portion of a shallow carbonate platform. Stratigraphic studies allowed the Pirabas Platform division in inner platform and inner/middle platform. The inner platform is composed by tidal flats and lagoon (shallow and deep) deposits. The tidal flats are characterized by terrigenous dolomudstone, peloidal dolomudstone, boundstone with microbial mats, bioturbated rhythmites, and massive argillite. Shallow lagoon deposits are composed by laminated wackestone/packstone and bioturbated calcimudstone and the deep lagoon are constituted by dolowackstone, massive floatstone with bryozoan and massive wackestone with equinoderms. The inner/middle platform is composed by tidal inlets and bioclastic/front shoal barriers. Tidal flats deposits are constituted by wackestone/packstone with bryozoan, packstone with bryozoan and grainstone with foraminifers and red algae that display low-angle cross stratification. Bioclastic/front shoal barriers are constituted by bafflestone with bryozoan, wackestone/ packstone with Marginopora sp. and terrigenous, packstone/grainstone with foraminifers, and rudstone with bivalves. The platform displays a rich fossiliferous content composed by bryozoan, equinoderms, bivalves, gastropods, benthic and planktonic foraminifers, green and red algae, ostracods, coral fragments fossils; Gyrolithes, Thalassinoids, Sinusichnus trace fossils, this last one made by decapods crustaceous. In the inner platform the faunistic diversity is smaller dominated by bryozoan, planktonic foraminifers, ostracods, and trace fossils, while in the inner/middle platform zone this diversity is higher widely constituted by benthonic foraminifers fossils, bryozoans, bivalves and gastropods. The platform shows variations in the mineralogical content, where the calcite amount is directly related to exposition periods of the inner/middle platform with great carbonate precipitation. On the other hand, the dolomite, quartz, gypsum and pirite are related to progadation periods in the inner platform, with higher evaporation rates and continental influx. Faciological, fossiliferous and mineralogical variations displays that the Pirabas Formation was closely related to sea level variations leading to changes in shoreline recorded in high frequency shallow-upward cycles, with the cycles in the base of succession predominantly retrograditional while in the top are progradational. The chemostratigraphic framework from Pirabas Formation was made by carbon (δ13Ccarb) and oxygen (δ18Ocarb) isotopes, rare earth elements (ETR) and traces. Carbon isotopic ratios reflect a primary isotopic signature with variations of values related to each depositional environment. Oxygen isotopic ratios demonstrate a dispersive pattern related to diagenetic influence. The ETR’s show a homogeneous pattern with enriched concentrations in light ETR’s and heavy ETR’s depletion. Trace elements concentration (Fe, Sr and Mn) is within expected values to carbonate rocks with little influence of diagenesis in the geochemical content. The trend and δ13Ccarb excursion curve coincide with the variations observed in shallow-upward depositional cycles from Pirabas Formation. Intervals related to the sea level rise are marked by the δ13Ccarb ratios close to 0‰ while the intervals of the cycles with negative δ13Ccarb anomalies are linked to sea level falls. Correlations among δ13Ccarb curves from Pirabas Formation and global do not show close covariance, however we suggested that the δ13C purchased reflect, even minimally, the global isotopic excursions that marks the Eomiocene-Mesomiocene interglacial period. The sea level curve variation of Pirabas Formation display intervals similar to the short-term global eustatic curve. However, the bigger frequency of this sea level variations observed in Pirabas Formation probably indicates local tectonic factors interference in the sedimentation. Previous works suggested that the carbonate platform collapse in the Bragantina Platform region was influenced by the siliciclastic influx from Proto-cone of Amazonas River during the Mesomiocene. The comparative analysis of stratigraphic dates from basins and platforms along the coastal eastern portion in Amazon coastal zone suggests that the progressive increase of siliciclastic sedimentation, noted in the upper Pirabas Formation is related to the Barreira Formation progradation, as an answer to the transpressive/transtensive tectonic in Eo/ Mesomiocene due faults reactivations generated in the last thermal subsidence event in the Brazilian coast during the south Atlantic ocean formation.
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