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O bem e o self: um estudo sobre a ontologia temporalizada da moral de Charles Taylor a partir do problema da motivação / The good and the self: a study about Charles Taylor's temporalized ontology of moralTaís Silva Pereira 28 February 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação de mestrado parte da defesa da motivação moral como matéria filosófica a despeito dos impasses que ela mesma suscita através da pergunta o que nos leva a ser, agir e pensar de um determinado modo e não de outro? tendo em vista as discussões contemporâneas em filosofia moral e política. Se por um lado os debates acerca do multiculturalismo, dos direitos humanos, do nacionalismo e mesmo em nossa própria conduta cotidiana, nos abrem para a diversidade dos motivos e formas de vida a eles atrelada, por outro lado, cada vez mais tal problema perde força em nossas investigações. Com efeito, a teoria de Charles Taylor não apenas parece ser apropriada ao tema da motivação, como igualmente o toma a partir de uma abordagem filosófica diferente. Tal abordagem consiste, e é o que será defendido ao longo do trabalho, em uma ontologia temporalizada da moral marcada pelo próprio conflito na articulação de bens. Isso significa que as motivações têm de envolver considerações ontológicas acerca do homem, do mundo e da sua relação com o mundo, através da relação entre o bem e o self. Uma relação que não se esgota em um sujeito e/ou comunidade que detém valores específicos, mas que considera o bem como conceito imprescindível para um self que compartilha uma realidade moral com outros selves. Self este que é um avaliador forte, pois em seus pensamentos, ações e decisões ele sempre está hierarquizando bens, os quais não são arbitrários, mas constituem um pano de fundo publicável na articulação de conceitos morais. Assim, há, nesta dissertação, uma defesa em prol de uma diferenciação entre a noção de bem tal como Taylor entende em seus escritos e o que é geralmente tomado como valor (subjetivo) nas discussões em ética e política contemporâneas, possibilitando, então, uma nova forma de interpretar o realismo moral desse autor, além da dicotomia justo x bem. / The present master dissertation starts with the defense of moral motivation as a philosophical matter despite the impasses that it suscitates with the question what makes us be, act and think in a determined way and not in another? in view of contemporary discussions in moral and political philosophy. If in one hand the debates about multiculturalism, Human Rights, nationalism, and even in our own everyday conduct, open us to diversity of motives and ways of life linked to them. On the other hand, such problem looses strength in our investigations more and more. In fact, Charles Taylors theory not only seems appropriate to the motivations topic but also he has a different approach. Such approach and what will be defended along this work, consists in the temporalized ontology of moral which is marked by the conflict in the articulation of goods. This means that the motivations must involve ontological considerations about the man, the world, and through the relationship between the good and the self. A relationship that goes beyond a subject and/or community that has specific values, considers, however, the good as an indispensable concept for a self which shares with other selves a moral reality. This self is a strong evaluator because in his thoughts, actions and decisions he is always ranking goods, which are not arbitrary. They constitute, however, a public background in articulation with moral concepts. In this dissertation there is a defense for the differentiation between the notion of good such as Taylor understands it in his papers and what is generally understood as a (subjective) value in the discussion of the contemporary ethics and politics, enabling a new way of interpreting Taylors moral realism beyond the dichotomy justice x good.
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O bem e o self: um estudo sobre a ontologia temporalizada da moral de Charles Taylor a partir do problema da motivação / The good and the self: a study about Charles Taylor's temporalized ontology of moralTaís Silva Pereira 28 February 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação de mestrado parte da defesa da motivação moral como matéria filosófica a despeito dos impasses que ela mesma suscita através da pergunta o que nos leva a ser, agir e pensar de um determinado modo e não de outro? tendo em vista as discussões contemporâneas em filosofia moral e política. Se por um lado os debates acerca do multiculturalismo, dos direitos humanos, do nacionalismo e mesmo em nossa própria conduta cotidiana, nos abrem para a diversidade dos motivos e formas de vida a eles atrelada, por outro lado, cada vez mais tal problema perde força em nossas investigações. Com efeito, a teoria de Charles Taylor não apenas parece ser apropriada ao tema da motivação, como igualmente o toma a partir de uma abordagem filosófica diferente. Tal abordagem consiste, e é o que será defendido ao longo do trabalho, em uma ontologia temporalizada da moral marcada pelo próprio conflito na articulação de bens. Isso significa que as motivações têm de envolver considerações ontológicas acerca do homem, do mundo e da sua relação com o mundo, através da relação entre o bem e o self. Uma relação que não se esgota em um sujeito e/ou comunidade que detém valores específicos, mas que considera o bem como conceito imprescindível para um self que compartilha uma realidade moral com outros selves. Self este que é um avaliador forte, pois em seus pensamentos, ações e decisões ele sempre está hierarquizando bens, os quais não são arbitrários, mas constituem um pano de fundo publicável na articulação de conceitos morais. Assim, há, nesta dissertação, uma defesa em prol de uma diferenciação entre a noção de bem tal como Taylor entende em seus escritos e o que é geralmente tomado como valor (subjetivo) nas discussões em ética e política contemporâneas, possibilitando, então, uma nova forma de interpretar o realismo moral desse autor, além da dicotomia justo x bem. / The present master dissertation starts with the defense of moral motivation as a philosophical matter despite the impasses that it suscitates with the question what makes us be, act and think in a determined way and not in another? in view of contemporary discussions in moral and political philosophy. If in one hand the debates about multiculturalism, Human Rights, nationalism, and even in our own everyday conduct, open us to diversity of motives and ways of life linked to them. On the other hand, such problem looses strength in our investigations more and more. In fact, Charles Taylors theory not only seems appropriate to the motivations topic but also he has a different approach. Such approach and what will be defended along this work, consists in the temporalized ontology of moral which is marked by the conflict in the articulation of goods. This means that the motivations must involve ontological considerations about the man, the world, and through the relationship between the good and the self. A relationship that goes beyond a subject and/or community that has specific values, considers, however, the good as an indispensable concept for a self which shares with other selves a moral reality. This self is a strong evaluator because in his thoughts, actions and decisions he is always ranking goods, which are not arbitrary. They constitute, however, a public background in articulation with moral concepts. In this dissertation there is a defense for the differentiation between the notion of good such as Taylor understands it in his papers and what is generally understood as a (subjective) value in the discussion of the contemporary ethics and politics, enabling a new way of interpreting Taylors moral realism beyond the dichotomy justice x good.
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