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« Droite » et « gauche » dans les discours d’un événement électoral. Une étude sémantique et contrastive des presses brésilienne et française : les élections présidentielles de 2002 au Brésil et de 2007 en France / “Right” and “left” in the discourse of an electoral event. A semantic and comparative study of the Brazilian and French presses / “Direita” e “esquerda” nos discursos de um acontecimento eleitoral. Um estudo semântico e comparativo das imprensas brasileira e francesa : as eleições presidenciais de 2002 no Brasil e de 2007 na FrançaRibeiro, Michele Pordeus 28 January 2015 (has links)
Ce travail a pour objectif d’étudier les liens entre événement, discours et culture à partir de l’analyse de discours de presse rassemblés autour de deux moments discursifs : l’élection présidentielle de 2002 au Brésil, dans O Estado de S. Paulo, et l’élection présidentielle de 2007 en France, dans Le Monde. On s’interroge à la fois sur le rôle du discours et sur celui de la culture dans la configuration d’un événement électoral par les médias. Les élections ont été abordées sous l’angle de la conflictualité et à partir d’une analyse lexico-sémantique des mots du clivage, « droite », « gauche », « direita » et « esquerda », censés renvoyer au conflit politique. L’étude se déploie en deux parties : la première partie est consacrée à l’histoire des mots du clivage et à l’étude des représentations qui y sont associées dans les dictionnaires ; la seconde partie porte sur le fonctionnement des mots en cotexte, dans les corpus de presse : on s’appuie sur l’idée que l’environnement lexico-syntaxique donne à voir les rapports entre le sujet et le monde et qu’il est déterminant dans la constitution du sens. Les mots du clivage sont ainsi étudiés dans des structures syntaxiques précises (dans des constructions locatives, agentives et qualifiantes), ce qui permet de mettre en évidence différents points de vue sur les mots. L’analyse met enfin au jour des régularités et des divergences dans l’emploi des mots selon les journaux, ce qui témoigne d’un partage transculturel de pratiques et de représentations, mais aussi de la présence de spécificités « culturelles ». / This thesis aims to study the relations among event, discourse and culture through the analysis of selected press discourses from two discursive moments: the 2002 presidential election in Brazil, in O Estado de S. Paulo, and the presidential election of 2007 in France, in Le Monde. The research investigates the role of the discourse, as well as the culture in the construction of an electoral event in the media. From the conflictual character of the presidential elections, we propose a lexical-semantic analysis of the opposition’s words, “droite”, “gauche”, “direita” and “esquerda”, which refer to the political conflict. The analysis is divided into two main parts: first, these words are studied by a historical bias and through the representations present in dictionaries; in the second part, it proceeds to an analysis of its lexical-syntactic environment: we defend the thesis that the co-text reflects the relation between the subject and the world, which is crucial to the construction of the meaning. The opposition’s words are analyzed by the complex syntactic structures (in locative, agentive and qualifying constructions), which enables to see different points of view about them. The analysis finally reveals regularities and differences between the newspapers, which leads us to consider the presence not only of practices and transnational representations, as well as “cultural” specificities. / Este trabalho tem por objetivo estudar as relações entre acontecimento, discurso e cultura por intermédio da análise de discursos de imprensa selecionados a partir de dois momentos discursivos: a eleição presidencial de 2002 no Brasil, em O Estado de S. Paulo, e a eleição presidencial de 2007 na França, em Le Monde. A pesquisa investiga o papel do discurso, bem como o da cultura na construção de um acontecimento eleitoral pela mídia. Partindo do caráter conflituoso das eleições presidenciais, propomos uma análise léxico-semântica das palavras da oposição, “direita”, “esquerda”, “droite” e “gauche”, que fazem referência ao conflito político. A análise divide-se em duas partes principais: na primeira, essas palavras são estudadas por um viés histórico e através das representações presentes nos dicionários; na segunda parte, procede-se a uma análise do seu ambiente léxico-sintático: defendemos a tese de que o cotexto reflete as relações entre o sujeito e o mundo, sendo ele determinante para a construção do sentido. As palavras da oposição são analisadas por meio de estruturas sintáticas complexas (em construções locativas, agentivas e qualificantes), o que permite evidenciar pontos de vista diferentes em relação a elas. A análise revela enfim regularidades e divergências entre os jornais, o que nos leva a considerar a presença, não só de práticas e de representações transnacionais, como também de especificidades “culturais”.
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