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Paleohistologia dos fósseis de crocodilomorfos das regiões de Jales e Fernandópolis-SP, Formação Adamantinaa, Grupo Bauru, Cretáceo SuperiorRicart, Roberto de Souza Dias 27 April 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-07-27T14:59:44Z
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Previous issue date: 2017-08-31 / A diversidade de Crocodylomorpha no Brasil durante o Neocretáceo era muito grande, em especial no Grupo Bauru, localizado na porção central do país. Os três táxons utilizados nesse estudo são provenientes da Formação Adamantina, oeste do Estado de São Paulo, de rochas do Grupo Bauru. A Formação Adamantina é caracterizada por arenitos avermelhados, lamitos e conglomerados e suas rochas são interpretadas como depósitos essencialmente fluviais. Todos os crocodilomorfos estudados são Notosuchia, que possuem entre suas características adaptações para uma vida terrestre e apresentam grande diversidade ecológica, com alguns membros carnívoros e outros provavelmente onívoros. Um método para se entender melhor a biologia de organismos extintos e suas interações ecológicas é a análise histológica de seus fósseis, com estudos das seções delgadas de seus ossos e dentes. Com seções dos ossos é possível verificar o padrão de crescimento, estimar tempo de vida e ganho de massa anual. Já com seções de dentes é possível verificar tempo de formação do dente e espessura do esmalte. Até o momento não existem publicações que utilizem dessa técnica em crocodilomorfos além dos Neosuchia. Os três grupos de Notosuchia selecionados para esse trabalho foram: Baurusuchidae (adulto e juvenil), Sphagesauridae e Mariliasuchus. As seções de dentes mostraram que o tempo de formação entre os grupos varia proporcionalmente com o tamanho do dente e os esmaltes mais espessos estão associados aos grupos de dieta considerada herbívora (Sphagesauridae e Mariliasuchus). As seções de ossos apresentaram padrões de crescimento semelhante à dos crocodilos atuais. Em relação ao ganho de massa, o exemplar de Mariliasuchus apresentou um ganho de massa expressivo, com um ciclo de incremento equivalendo a até 90% da massa corporal e os Baurusuchidae adultos apresentaram um incremento médio de 25%, enquanto o juvenil, 42%. Por fim, foi possível inferir a idade em anos de um Baurusuchidae adulto, com valores variando de um mínimo de 8 anos (modelo Monomolecular) e um máximo de 15 (modelo Linear). / The diversity of Crocodylomorpha in Brazil during the Late Cretaceous was very large, especially in the Bauru Group, located in the central portion of the country. The three taxa used in this study came from the Adamantina Formation, Bauru Group, west of the State of São Paulo. The Adamantina Formation is characterized by reddish sandstones, mudstones, and conglomerates and their rocks are interpreted as essentially fluvial deposits. All the crocodylomorphs studied here are Notosuchia, which have among their characteristics adaptations to a terrestrial life and present great ecological diversity, with some carnivorous members and probably herbivore ones. One method to better understand the biology of extinct organisms and their ecological interactions is the histological analysis of their fossils, with studies of the thin sections of their bones and teeth. By using these thin sections, it is possible to estimate the pattern of growth, the age of the specimen at death, and annual mass gain. With sections of teeth, it is possible to estimate tooth formation time and enamel thickness. To date, there were no studies that used this technique with crocodylomorphs other than Neosuchia. The three groups of Notosuchia selected for this work were: Baurusuchidae (adult and juvenile), Sphagesauridae, and Mariliasuchus. The sections of teeth showed that the formation time between the groups varies accordingly to the size of the tooth. The thicker enamels are associated with the herbivorous diet groups (Sphagesauridae and Mariliasuchus). The sections of bones showed growth patterns similar to those of extant crocodiles. Regarding the mass gain, Mariliasuchus presented an expressive mass gain, with an incremental cycle equivalent to up to 90% of the body mass and the adult Baurusuchidae showed an average increment of 25% per year, while the juvenile increased in 42%. Finally, it was possible to infer the age in years of an adult Baurusuchidae, which varied from a minimum of 8 years (Monomolecular model) and a maximum of 15 (Linear model).
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