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Da realidade à verdade: a crítica de Martin Heidegger a fundamentação metafísica da verdade proposicional / From reality to truth: Heidegger critics to the metaphysical grounding of propositional truthPaulo Cesar Gil Ferreira Júnior 03 March 2009 (has links)
Esta dissertação possui como tema central a investigação da tese de Martin Heidegger a respeito do caráter derivado da verdade proposicional com relação ao que é por ele concebido como o fenômeno originário da verdade. A interrogação sobre um horizonte mais originário da noção de verdade advém da convicção de Heidegger com respeito à negligência dos autores da tradição filosófica quanto à necessidade de uma fundamentação ontológica para a verdade proposicional. A raiz metafísica da verdade proposicional se encontraria no pressuposto aristotélico da substância (ou)si/a) como categoria fundamental do ser dos entes em geral. Heidegger, portanto, procurará desconstruir a noção de uma realidade constante e auto-subsistente como o fundamento ontológico da concepção hegemônica de verdade. A substancialidade do ser, até então, uma evidência inquestionável, passa agora a ser articulada pelo ser humano social e historicamente situado. Isso quer dizer que, de alguma forma, a concepção do ser como substância, ou presença constante, precisa ter sido estabelecida pelo ser humano e incorporada na história da filosofia de modo a se tornar a fundamentação metafísica da verdade. Todavia, Heidegger adverte que o estabelecimento da ontologia da substancialidade não é o resultado de uma simples escolha teórica humana. Ao contrário, essa fundamentação teórica estaria condicionada pelo próprio modo de ser do humano enquanto existente no mundo. / This dissertation holds as a central theme the investigation of Martin Heideggers thesis with respect to the derivative character of propositional truth in relation to what is considered by him as the originary phenomenon of truth. The interrogation about a more originary horizon of the notion of truth arises from Heideggers certitude in respect to the negligence of the authors of philosophical tradition towards the necessity of an ontological grounding to propositional truth. The metaphysical roots of propositional truth would be in the Aristotelian presumption of substance (ou)si/a) as fundamental category of the being of entities in general. Therefore, Heidegger will try to deconstruct the notion of a constant and self-subsistent reality as an ontological ground to the hegemonic conception of truth. The substantiality of being, till then, unquestionable evidence, is now articulated by the historically situated human being. It means that, somehow, the conception of being as substance, or constant presence, should have been established by human beings and incorporated in the history of philosophy in such a way that it became a metaphysical grounding of truth. Nevertheless, Heidegger warns that the establishing of the ontology of substantiality is not the result of a simple theoretical human choice. On the contrary, this theoretical grounding would be conditioned by the very mode of being of humans as existents in the world.
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Da realidade à verdade: a crítica de Martin Heidegger a fundamentação metafísica da verdade proposicional / From reality to truth: Heidegger critics to the metaphysical grounding of propositional truthPaulo Cesar Gil Ferreira Júnior 03 March 2009 (has links)
Esta dissertação possui como tema central a investigação da tese de Martin Heidegger a respeito do caráter derivado da verdade proposicional com relação ao que é por ele concebido como o fenômeno originário da verdade. A interrogação sobre um horizonte mais originário da noção de verdade advém da convicção de Heidegger com respeito à negligência dos autores da tradição filosófica quanto à necessidade de uma fundamentação ontológica para a verdade proposicional. A raiz metafísica da verdade proposicional se encontraria no pressuposto aristotélico da substância (ou)si/a) como categoria fundamental do ser dos entes em geral. Heidegger, portanto, procurará desconstruir a noção de uma realidade constante e auto-subsistente como o fundamento ontológico da concepção hegemônica de verdade. A substancialidade do ser, até então, uma evidência inquestionável, passa agora a ser articulada pelo ser humano social e historicamente situado. Isso quer dizer que, de alguma forma, a concepção do ser como substância, ou presença constante, precisa ter sido estabelecida pelo ser humano e incorporada na história da filosofia de modo a se tornar a fundamentação metafísica da verdade. Todavia, Heidegger adverte que o estabelecimento da ontologia da substancialidade não é o resultado de uma simples escolha teórica humana. Ao contrário, essa fundamentação teórica estaria condicionada pelo próprio modo de ser do humano enquanto existente no mundo. / This dissertation holds as a central theme the investigation of Martin Heideggers thesis with respect to the derivative character of propositional truth in relation to what is considered by him as the originary phenomenon of truth. The interrogation about a more originary horizon of the notion of truth arises from Heideggers certitude in respect to the negligence of the authors of philosophical tradition towards the necessity of an ontological grounding to propositional truth. The metaphysical roots of propositional truth would be in the Aristotelian presumption of substance (ou)si/a) as fundamental category of the being of entities in general. Therefore, Heidegger will try to deconstruct the notion of a constant and self-subsistent reality as an ontological ground to the hegemonic conception of truth. The substantiality of being, till then, unquestionable evidence, is now articulated by the historically situated human being. It means that, somehow, the conception of being as substance, or constant presence, should have been established by human beings and incorporated in the history of philosophy in such a way that it became a metaphysical grounding of truth. Nevertheless, Heidegger warns that the establishing of the ontology of substantiality is not the result of a simple theoretical human choice. On the contrary, this theoretical grounding would be conditioned by the very mode of being of humans as existents in the world.
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