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O papel da emergência de ondas foliculares na sincronização da estimulação ovariana para fertilização in vitro / Ovarian stimulation protocols synchronized with follicular wave emergence for in vitro fertilizationPaulo Homem de Mello Bianchi 01 October 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A estimulação ovariana, parte fundamental dos tratamentos de fertilização in vitro, baseia-se no conhecimento da fisiologia deste órgão. Recentemente um novo modelo de foliculogênese, a teoria das ondas foliculares, foi descrito em humanos. A sincronização do início da estimulação com o surgimento de uma onda folicular melhora o desempenho dos tratamentos em animais. Os protocolos de estimulação ovariana para fertilização in vitro humana não são sincronizados com o início de uma onda folicular. O presente estudo tem como objetivos avaliar duas estratégias de controle da emergência de uma onda folicular (aspiração do folículo dominante e indução da ovulação mediada pelo hCG) e descrever a estimulação ovariana sincronizada com o início de uma onda. MÉTODOS: Participaram deste estudo controlado pacientes com indicação de fertilização in vitro (fatores tubário e/ou masculino de infertilidade), randomizadas em três grupos: controle, \"hCG\" e \"aspiração\". No grupo controle (n=6), a aplicação do FSH recombinante (150UI/d) teve início no terceiro dia do ciclo menstrual, seguindo o protocolo flexível do antagonista do GnRH. Nos grupos experimentais foram realizadas ultrassonografias transvaginais seriadas até a identificação de um folículo dominante >= 15mm. Neste momento, no grupo \"hCG\" (n=5) foi aplicada dose de 250ug de hCG recombinante e, após dois dias , retomado o seguimento ultrassonográfico seriado. No grupo \"aspiração\" (n=5) o folículo dominante e os subordinados > 10mm foram aspirados e o seguimento ultrassonográfico seriado foi retomado após um dia depois. Quando foi detectada o aumento do número de folículos < 10mm, caracterizando a emergência de uma onda folicular, iniciou-se a estimulação ovariana nos grupos experimentais seguindo o mesmo protocolo do grupo controle. Os embriões produzidos foram criopreservados para transferência posterior devido a assincronia endometrial. RESULTADOS: As duas intervenções resultaram na emergência de ondas foliculares em todas as mulheres, um dia após a aspiração do folículo dominante e dois dias após a aplicação do hCG. A dose total de gonadotrofinas utilizada, o tempo de estimulação, a variação dos níveis séricos de estradiol, a variação do número de folículos pequenos, médios e grandes durante o tratamento, o número de oócitos obtidos, a taxa de fertilização e o número de embriões de morfologia adequada e inadequada foram semelhantes nos três grupos. A velocidade de crescimento do maior folículo foi menor nos grupos experimentais até o 5o dia do estímulo, aumentando a partir daí. Os níveis séricos de progesterona foram maiores nos grupos experimentais a partir do quinto dia do estímulo até o final do tratamento. Não houve influência mecânica da presença do corpo lúteo na dinâmica folicular e nos desempenho laboratorial dos oócitos ipsilaterais. Oito pacientes realizaram transferências embrionárias e três apresentaram resultado positivo do betahCG, todas dos grupos experimentais. CONCLUSÕES: As intervenções propostas são capazes de desencadear a emergência de uma onda folicular, permitindo a sincronização do estímulo ovariano com a emergência de uma onda. O estímulo ovariano sincronizado com a emergência de uma onda folicular resultou na produção de embriões viáveis / INTRODUCTION: Ovarian stimulation, an important step of in vitro fertilization treatments, relies on the understanding of ovarian physiology. Recently, a new model of human folliculogenesis has been suggested, based on waves of coordinated follicular development. In animal studies, it has been shown that ovarian stimulation synchronized with the emergence of a follicular wave results in better treatment outcomes. Ovarian stimulation protocols for in vitro fertilization in humans are not synchronized with wave emergence. Therefore, the objectives of this study were to investigate two strategies to control a follicular wave emergence (aspiration of the dominant follicle and hCG mediated ovulation induction) and to describe the effects of synchronizing the beginning of stimulation with the start of a follicular wave. METHODS: Women with indications of in vitro fertilization due to tubal and/or male fator infertility were invited to participate in this controlled trial. Participants were randomized to the following groups: control, \"hCG\" and \"aspiration\". Patients on the control group (n=6) were submitted to the flexible GnRH antagonist protocol starting recombinant FSH administration (150 IU/d) on the third day of the menstrual cycle. Women on the experimental groups underwent serial transvaginal sonography until a dominant follicle >= 15 mm was identified. In the \"hCG\" group (n=5) 250ug of recombinant hCG was administered; serial transvaginal sonography was resumed two days later. In the \"aspiration\" group (n=5) the dominant and subordinated follicles larger than 10mm were aspirated; serial transvaginal sonography was resumed one day later. When a follicular wave emergence was detected (increase in the number of follicles < 10mm), patients were submitted to an ovarian stimulation protocol similar to the control group. Embryos were cryopreserved for future transfer due to endometrial asynchrony. RESULTS: A follicular wave emerged one day after the dominant follicle aspiration or two days after the administration of recombinant hCG in all women. Total dose of gonadotropins administered, stimulation length, variation of serum estradiol during stimulation, variation in the number of small, medium and large follicles during stimulation, number of oocytes harvested, fertilization rates and the number of embryos with adequate and inadequate morphology were similar in the three groups. The largest follicle growth rate was inferior for women in both experimental groups until day 5 of stimulation, increasing thereafter. Serum progesterone levels were superior in both experimental groups between the 5th day and the end of stimulation. The presence of the corpus luteum did not influence mechanically the follicular dynamics nor the laboratory performance of the ipsilateral oocytes. Eight patients have already been submitted to embryo transfers; three had a positive betahCG test, all from the experimental groups. CONCLUSIONS: Both interventions are able to induce a follicular wave emergence allowing the synchronization of ovarian stimulation. The synchronized ovarian stimulation resulted in the production of viable embryos
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O papel da emergência de ondas foliculares na sincronização da estimulação ovariana para fertilização in vitro / Ovarian stimulation protocols synchronized with follicular wave emergence for in vitro fertilizationBianchi, Paulo Homem de Mello 01 October 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A estimulação ovariana, parte fundamental dos tratamentos de fertilização in vitro, baseia-se no conhecimento da fisiologia deste órgão. Recentemente um novo modelo de foliculogênese, a teoria das ondas foliculares, foi descrito em humanos. A sincronização do início da estimulação com o surgimento de uma onda folicular melhora o desempenho dos tratamentos em animais. Os protocolos de estimulação ovariana para fertilização in vitro humana não são sincronizados com o início de uma onda folicular. O presente estudo tem como objetivos avaliar duas estratégias de controle da emergência de uma onda folicular (aspiração do folículo dominante e indução da ovulação mediada pelo hCG) e descrever a estimulação ovariana sincronizada com o início de uma onda. MÉTODOS: Participaram deste estudo controlado pacientes com indicação de fertilização in vitro (fatores tubário e/ou masculino de infertilidade), randomizadas em três grupos: controle, \"hCG\" e \"aspiração\". No grupo controle (n=6), a aplicação do FSH recombinante (150UI/d) teve início no terceiro dia do ciclo menstrual, seguindo o protocolo flexível do antagonista do GnRH. Nos grupos experimentais foram realizadas ultrassonografias transvaginais seriadas até a identificação de um folículo dominante >= 15mm. Neste momento, no grupo \"hCG\" (n=5) foi aplicada dose de 250ug de hCG recombinante e, após dois dias , retomado o seguimento ultrassonográfico seriado. No grupo \"aspiração\" (n=5) o folículo dominante e os subordinados > 10mm foram aspirados e o seguimento ultrassonográfico seriado foi retomado após um dia depois. Quando foi detectada o aumento do número de folículos < 10mm, caracterizando a emergência de uma onda folicular, iniciou-se a estimulação ovariana nos grupos experimentais seguindo o mesmo protocolo do grupo controle. Os embriões produzidos foram criopreservados para transferência posterior devido a assincronia endometrial. RESULTADOS: As duas intervenções resultaram na emergência de ondas foliculares em todas as mulheres, um dia após a aspiração do folículo dominante e dois dias após a aplicação do hCG. A dose total de gonadotrofinas utilizada, o tempo de estimulação, a variação dos níveis séricos de estradiol, a variação do número de folículos pequenos, médios e grandes durante o tratamento, o número de oócitos obtidos, a taxa de fertilização e o número de embriões de morfologia adequada e inadequada foram semelhantes nos três grupos. A velocidade de crescimento do maior folículo foi menor nos grupos experimentais até o 5o dia do estímulo, aumentando a partir daí. Os níveis séricos de progesterona foram maiores nos grupos experimentais a partir do quinto dia do estímulo até o final do tratamento. Não houve influência mecânica da presença do corpo lúteo na dinâmica folicular e nos desempenho laboratorial dos oócitos ipsilaterais. Oito pacientes realizaram transferências embrionárias e três apresentaram resultado positivo do betahCG, todas dos grupos experimentais. CONCLUSÕES: As intervenções propostas são capazes de desencadear a emergência de uma onda folicular, permitindo a sincronização do estímulo ovariano com a emergência de uma onda. O estímulo ovariano sincronizado com a emergência de uma onda folicular resultou na produção de embriões viáveis / INTRODUCTION: Ovarian stimulation, an important step of in vitro fertilization treatments, relies on the understanding of ovarian physiology. Recently, a new model of human folliculogenesis has been suggested, based on waves of coordinated follicular development. In animal studies, it has been shown that ovarian stimulation synchronized with the emergence of a follicular wave results in better treatment outcomes. Ovarian stimulation protocols for in vitro fertilization in humans are not synchronized with wave emergence. Therefore, the objectives of this study were to investigate two strategies to control a follicular wave emergence (aspiration of the dominant follicle and hCG mediated ovulation induction) and to describe the effects of synchronizing the beginning of stimulation with the start of a follicular wave. METHODS: Women with indications of in vitro fertilization due to tubal and/or male fator infertility were invited to participate in this controlled trial. Participants were randomized to the following groups: control, \"hCG\" and \"aspiration\". Patients on the control group (n=6) were submitted to the flexible GnRH antagonist protocol starting recombinant FSH administration (150 IU/d) on the third day of the menstrual cycle. Women on the experimental groups underwent serial transvaginal sonography until a dominant follicle >= 15 mm was identified. In the \"hCG\" group (n=5) 250ug of recombinant hCG was administered; serial transvaginal sonography was resumed two days later. In the \"aspiration\" group (n=5) the dominant and subordinated follicles larger than 10mm were aspirated; serial transvaginal sonography was resumed one day later. When a follicular wave emergence was detected (increase in the number of follicles < 10mm), patients were submitted to an ovarian stimulation protocol similar to the control group. Embryos were cryopreserved for future transfer due to endometrial asynchrony. RESULTS: A follicular wave emerged one day after the dominant follicle aspiration or two days after the administration of recombinant hCG in all women. Total dose of gonadotropins administered, stimulation length, variation of serum estradiol during stimulation, variation in the number of small, medium and large follicles during stimulation, number of oocytes harvested, fertilization rates and the number of embryos with adequate and inadequate morphology were similar in the three groups. The largest follicle growth rate was inferior for women in both experimental groups until day 5 of stimulation, increasing thereafter. Serum progesterone levels were superior in both experimental groups between the 5th day and the end of stimulation. The presence of the corpus luteum did not influence mechanically the follicular dynamics nor the laboratory performance of the ipsilateral oocytes. Eight patients have already been submitted to embryo transfers; three had a positive betahCG test, all from the experimental groups. CONCLUSIONS: Both interventions are able to induce a follicular wave emergence allowing the synchronization of ovarian stimulation. The synchronized ovarian stimulation resulted in the production of viable embryos
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Produção de embriões e fisiologia ovariana em vacas nelore sob diferentes níveis nutricionais / Embryo production and ovarian physiology in cows under different levels nutritional nelloreSurjus, Ricardo da Silva 28 February 2013 (has links)
A nutrição está intimamente relacionada com a reprodução nos animais e ainda há muito a se estudar sobre essa inter-relação, principalmente porque ainda há muita controvérsia na literatura sobre este tema. Por exemplo, alguns estudos sugerem ser benéfico o uso do \"flushing\" nutricional na produção de embriões em ruminantes. Entretanto, a maioria dos trabalhos mostra resultados negativos da alta ingestão de matéria seca (IMS). Dessa forma, existe a necessidade em se avançar nos estudos comparando a fisiologia reprodutiva e produção de embriões em fêmeas sob diferentes níveis nutricionais. Foram utilizadas 33 vacas Nelores não lactantes recebendo um dos quatro tratamentos a seguir: Os grupos Mantença (M), Restrição (0,7M) e Alta IMS (1,5M) receberam a mesma dieta padrão variando a quantidade oferecida. O grupo Alta ingestão de energia (E), recebeu uma dieta com alto teor de amido, com a mesma energia do grupo 1,5M, porém, com a mesma IMS do grupo M. Todas as vacas passaram por todos os tratamentos, em um modelo crossover. Estes animais tiveram o ciclo estral sincronizado e acompanhamento ovariano diário, por meio de ultrassonografia até confirmação da ovulação. Posteriormente, nos dias 7 e 10 do ciclo estral foi avaliado o volume do corpo lúteo (CL). Concentrações circulantes de hormônios esteróides (progesterona [P4] e estradiol [E2]) foram mensuradas em dias estratégicos. Os animais foram submetidos à aspiração intrafolicular (OPU) por volta do dia 12 do ciclo estral e dois dias após a OPU, os animais foram superestimulados e avaliou-se a resposta superovulatória e a qualidade embrionária entre os grupos, assim como a taxa de prenhez de 273 receptoras após transferência em tempo fixo dos embriões vitrificados. As análises foram realizadas de acordo com o Proc GLIMMIX do SAS, com nível de significância de P < 0,05. Os resultados estão apresentados na forma de média dos quadrados mínimos ± erro padrão. Este estudo englobou duas áreas principais: fisiologia e concentrações hormonais (Experimento 1) e produção in vivo de embriões (Experimento 2). Apesar de, no Experimento 1, terem sido avaliadas 33 vacas nas quatro repetições, totalizando 132 sincronizações, houve apenas 75 ovulações, as quais foram consideradas para as análises subsequentes. A taxa de ovulação não variou entre os tratamentos (~57%). O folículo ovulatório foi maior conforme a IMS aumentou para a dieta padrão nos grupos 1,5M, M, 0,7M (14,4 ± 0,3a vs 12,8 ± 0,3b vs 12,0 ± 0,3c nos grupos 1,5M, M e 0,7M, respectivamente). Apesar disso, o E2 circulante não diferiu entre os grupos. O volume do CL no Dia 7 do ciclo estral foi semelhante entre os grupos, todavia o grupo 1,5M apresentou menor concentração de P4 circulante (2,4 ± 0,2 ng/mL) em relação aos grupos M e 0,7M (2,9 ± 0,2 vs 3,0 ± 0,3 ng/mL, respectivamente). No Experimento 2, a concentração de insulina plasmática foi maior no grupo E (8,7 ± 0,86 ?UI/mL) comparado com os grupos 0,7M (4,6 ± 0,87) e M (5,3 ± 0,85), não diferindo do grupo 1,5M (6,6 ± 0,9). Houve maior resposta superovulatória (CL) nas doadoras que receberam a dieta padrão, 0,7M (13,0 ± 1,3a); M (14,2 ± 1,2ª) e 1,5M (13,9 ± 1,2ª) comparado às alimentadas com alta energia (9,7 ± 1,2b), devido à correlação negativa entre resposta superovulatória e insulina (r = -0,32). Apesar disso, não houve diferença entre os grupos para o número total de ovócitos/embriões colhidos (~6 estruturas), embriões viáveis (~3 embriões), ou congeláveis (~2,7 embriões). Independente de tratamento, a insulina circulante ao início da superovulação, apresentou correlação negativa com o número de embriões viáveis (r = -0,22). A prenhez aos 23 e 53 dias após a transferência dos embriões não diferiu entre os tratamentos, entretanto, a insulina circulante das doadoras teve correlação negativa com a prenhez das receptoras aos 60 dias de gestação (r = -0,16). Em conclusão, diferentes níveis de IMS alteraram o tamanho das estruturas ovarianas e/ou as concentrações circulantes de hormônios esteróides. Apesar disso, houve um efeito muito discreto de dieta na resposta superovulatória e qualidade embrionária das vacas. Independente de tratamento, alta insulina circulante das doadoras foi associada a menor resposta superovulatória, número de embriões viáveis e prenhez das receptoras aos 60 dias de gestação. / Nutrition is closely related to reproduction and there is still much to learn about this relationship, mainly because there is so much controversy in the literature on this topic. For example, some studies propose beneficial use of nutritional \"flushing\" on embryo production in ruminants. However, most studies show negative results of high dry matter intake (DMI). Thus, there is a need to advance in studies comparing reproductive physiology and embryo production in females under different nutritional levels. A total of 33 non-lactating Nelore cows received one of the following treatments: Groups maintenance (M), Restriction (0.7M) and High DMI (1.5M) received the same standard diet with variations in the amount offered. The group High intake of energy (E) received a diet with high starch content, but the same amount of energy as group 1.5M, however, with the same DMI as Group M. All cows underwent all treatments in a crossover model. These animals had their estrus synchronized and ovarian dynamics was monitored daily by ultrasound until confirmation of ovulation. Subsequently, on days 7 and 10 of the estrous cycle the volume of the corpus luteum (CL) was estimated. Circulating concentrations of steroid hormones (progesterone [P4] and estradiol [E2]) were measured in strategic days. The cows underwent intrafollicular aspiration (OPU) on day 12 of the estrous cycle, and two days after OPU, the cows ovaries were supererstimulated. The superovulatory response and embryo quality was compared among groups, as well as pregnancy rate of 273 recipients after receiving fixed-time transfer of vitrified embryos. Analyses were performed according to the Proc GLIMMIX of SAS, with a significance level of P < 0.05. Results are presented as least squares means ± standard error. This study included two main areas: physiology and hormone concentrations (Experiment 1) and in vivo embryo production and pregnancy rate (Experiment 2). Although, in Experiment 1, 33 cows were evaluated in four repetitions, totaling 132 synchronizations, there were only 75 ovulations, which were considered for subsequent analyzes. The ovulation rate did not vary between treatments (~57%). The size of the ovulatory follicle incresed as the DMI of the standard diet increased (14.4 ± 0.3a vs 12.8 ± 0.3b vs 12.0 ± 0.3c for groups 1.5 M, M and 0.7M, respectively). Nevertheless, the circulating E2 did not differ between groups. The volume of the CL on Day 7 of the estrous cycle increased as the DMI of the standard diet increased, but the 1.5M group had lower circulating concentrations of P4 (2.4 ± 0.2 ng/mL) than groups M and 0.7M (2.9 ± 0.2 and 3.0 ± 0.3 ng/mL, respectively). In Experiment 2, plasma insulin concentration was higher in the E group (8.7 ± 0.86 ?IU/mL) compared with groups 0.7 M (4.6 ± 0.87) and M (5.3 ± 0.85) not differing from group 1.5M (6.6 ± 0.9). There was a higher superovulatory response (CL) in donors receiving the standard diet [0.7M (13.0 ± 1.3), M (14.2 ± 1.2) and 1.5M (13.9 ± 1.2)] compared with those fed high energy (9.7 ± 1.2 CL) due to the negative correlation between superovulatory response and circulating insulin (r = - 0.32). Nevertheless, there was no difference between groups for the total number of oocytes/embryos collected (~6 structures), viable embryos (~3 embryos), or freezable (~2.7 embryos). Regardless of treatment, circulating insulin at the beginning of superovulation, was negatively correlated with the number of viable embryos (r = -0.22). Pregnancies at 23 and 53 days after embryo transfer did not differ between treatments, however, circulating insulin of the donor cows had a negative correlation with pregnancy of recipients at 60 days of gestation (r = -0.16). In conclusion, different levels of DMI changed the size of ovarian structures and/or the concentrations of circulating steroid hormones. Nevertheless, there was a very minor effect of diet on superovulatory response and embryo quality in cows. Regardless of treatment, high circulating insulin of the donors was associated with lower superovulatory response, lower number of viable embryos and less pregnancies of recipients at 60 days of gestation.
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Produção de embriões e fisiologia ovariana em vacas nelore sob diferentes níveis nutricionais / Embryo production and ovarian physiology in cows under different levels nutritional nelloreRicardo da Silva Surjus 28 February 2013 (has links)
A nutrição está intimamente relacionada com a reprodução nos animais e ainda há muito a se estudar sobre essa inter-relação, principalmente porque ainda há muita controvérsia na literatura sobre este tema. Por exemplo, alguns estudos sugerem ser benéfico o uso do \"flushing\" nutricional na produção de embriões em ruminantes. Entretanto, a maioria dos trabalhos mostra resultados negativos da alta ingestão de matéria seca (IMS). Dessa forma, existe a necessidade em se avançar nos estudos comparando a fisiologia reprodutiva e produção de embriões em fêmeas sob diferentes níveis nutricionais. Foram utilizadas 33 vacas Nelores não lactantes recebendo um dos quatro tratamentos a seguir: Os grupos Mantença (M), Restrição (0,7M) e Alta IMS (1,5M) receberam a mesma dieta padrão variando a quantidade oferecida. O grupo Alta ingestão de energia (E), recebeu uma dieta com alto teor de amido, com a mesma energia do grupo 1,5M, porém, com a mesma IMS do grupo M. Todas as vacas passaram por todos os tratamentos, em um modelo crossover. Estes animais tiveram o ciclo estral sincronizado e acompanhamento ovariano diário, por meio de ultrassonografia até confirmação da ovulação. Posteriormente, nos dias 7 e 10 do ciclo estral foi avaliado o volume do corpo lúteo (CL). Concentrações circulantes de hormônios esteróides (progesterona [P4] e estradiol [E2]) foram mensuradas em dias estratégicos. Os animais foram submetidos à aspiração intrafolicular (OPU) por volta do dia 12 do ciclo estral e dois dias após a OPU, os animais foram superestimulados e avaliou-se a resposta superovulatória e a qualidade embrionária entre os grupos, assim como a taxa de prenhez de 273 receptoras após transferência em tempo fixo dos embriões vitrificados. As análises foram realizadas de acordo com o Proc GLIMMIX do SAS, com nível de significância de P < 0,05. Os resultados estão apresentados na forma de média dos quadrados mínimos ± erro padrão. Este estudo englobou duas áreas principais: fisiologia e concentrações hormonais (Experimento 1) e produção in vivo de embriões (Experimento 2). Apesar de, no Experimento 1, terem sido avaliadas 33 vacas nas quatro repetições, totalizando 132 sincronizações, houve apenas 75 ovulações, as quais foram consideradas para as análises subsequentes. A taxa de ovulação não variou entre os tratamentos (~57%). O folículo ovulatório foi maior conforme a IMS aumentou para a dieta padrão nos grupos 1,5M, M, 0,7M (14,4 ± 0,3a vs 12,8 ± 0,3b vs 12,0 ± 0,3c nos grupos 1,5M, M e 0,7M, respectivamente). Apesar disso, o E2 circulante não diferiu entre os grupos. O volume do CL no Dia 7 do ciclo estral foi semelhante entre os grupos, todavia o grupo 1,5M apresentou menor concentração de P4 circulante (2,4 ± 0,2 ng/mL) em relação aos grupos M e 0,7M (2,9 ± 0,2 vs 3,0 ± 0,3 ng/mL, respectivamente). No Experimento 2, a concentração de insulina plasmática foi maior no grupo E (8,7 ± 0,86 ?UI/mL) comparado com os grupos 0,7M (4,6 ± 0,87) e M (5,3 ± 0,85), não diferindo do grupo 1,5M (6,6 ± 0,9). Houve maior resposta superovulatória (CL) nas doadoras que receberam a dieta padrão, 0,7M (13,0 ± 1,3a); M (14,2 ± 1,2ª) e 1,5M (13,9 ± 1,2ª) comparado às alimentadas com alta energia (9,7 ± 1,2b), devido à correlação negativa entre resposta superovulatória e insulina (r = -0,32). Apesar disso, não houve diferença entre os grupos para o número total de ovócitos/embriões colhidos (~6 estruturas), embriões viáveis (~3 embriões), ou congeláveis (~2,7 embriões). Independente de tratamento, a insulina circulante ao início da superovulação, apresentou correlação negativa com o número de embriões viáveis (r = -0,22). A prenhez aos 23 e 53 dias após a transferência dos embriões não diferiu entre os tratamentos, entretanto, a insulina circulante das doadoras teve correlação negativa com a prenhez das receptoras aos 60 dias de gestação (r = -0,16). Em conclusão, diferentes níveis de IMS alteraram o tamanho das estruturas ovarianas e/ou as concentrações circulantes de hormônios esteróides. Apesar disso, houve um efeito muito discreto de dieta na resposta superovulatória e qualidade embrionária das vacas. Independente de tratamento, alta insulina circulante das doadoras foi associada a menor resposta superovulatória, número de embriões viáveis e prenhez das receptoras aos 60 dias de gestação. / Nutrition is closely related to reproduction and there is still much to learn about this relationship, mainly because there is so much controversy in the literature on this topic. For example, some studies propose beneficial use of nutritional \"flushing\" on embryo production in ruminants. However, most studies show negative results of high dry matter intake (DMI). Thus, there is a need to advance in studies comparing reproductive physiology and embryo production in females under different nutritional levels. A total of 33 non-lactating Nelore cows received one of the following treatments: Groups maintenance (M), Restriction (0.7M) and High DMI (1.5M) received the same standard diet with variations in the amount offered. The group High intake of energy (E) received a diet with high starch content, but the same amount of energy as group 1.5M, however, with the same DMI as Group M. All cows underwent all treatments in a crossover model. These animals had their estrus synchronized and ovarian dynamics was monitored daily by ultrasound until confirmation of ovulation. Subsequently, on days 7 and 10 of the estrous cycle the volume of the corpus luteum (CL) was estimated. Circulating concentrations of steroid hormones (progesterone [P4] and estradiol [E2]) were measured in strategic days. The cows underwent intrafollicular aspiration (OPU) on day 12 of the estrous cycle, and two days after OPU, the cows ovaries were supererstimulated. The superovulatory response and embryo quality was compared among groups, as well as pregnancy rate of 273 recipients after receiving fixed-time transfer of vitrified embryos. Analyses were performed according to the Proc GLIMMIX of SAS, with a significance level of P < 0.05. Results are presented as least squares means ± standard error. This study included two main areas: physiology and hormone concentrations (Experiment 1) and in vivo embryo production and pregnancy rate (Experiment 2). Although, in Experiment 1, 33 cows were evaluated in four repetitions, totaling 132 synchronizations, there were only 75 ovulations, which were considered for subsequent analyzes. The ovulation rate did not vary between treatments (~57%). The size of the ovulatory follicle incresed as the DMI of the standard diet increased (14.4 ± 0.3a vs 12.8 ± 0.3b vs 12.0 ± 0.3c for groups 1.5 M, M and 0.7M, respectively). Nevertheless, the circulating E2 did not differ between groups. The volume of the CL on Day 7 of the estrous cycle increased as the DMI of the standard diet increased, but the 1.5M group had lower circulating concentrations of P4 (2.4 ± 0.2 ng/mL) than groups M and 0.7M (2.9 ± 0.2 and 3.0 ± 0.3 ng/mL, respectively). In Experiment 2, plasma insulin concentration was higher in the E group (8.7 ± 0.86 ?IU/mL) compared with groups 0.7 M (4.6 ± 0.87) and M (5.3 ± 0.85) not differing from group 1.5M (6.6 ± 0.9). There was a higher superovulatory response (CL) in donors receiving the standard diet [0.7M (13.0 ± 1.3), M (14.2 ± 1.2) and 1.5M (13.9 ± 1.2)] compared with those fed high energy (9.7 ± 1.2 CL) due to the negative correlation between superovulatory response and circulating insulin (r = - 0.32). Nevertheless, there was no difference between groups for the total number of oocytes/embryos collected (~6 structures), viable embryos (~3 embryos), or freezable (~2.7 embryos). Regardless of treatment, circulating insulin at the beginning of superovulation, was negatively correlated with the number of viable embryos (r = -0.22). Pregnancies at 23 and 53 days after embryo transfer did not differ between treatments, however, circulating insulin of the donor cows had a negative correlation with pregnancy of recipients at 60 days of gestation (r = -0.16). In conclusion, different levels of DMI changed the size of ovarian structures and/or the concentrations of circulating steroid hormones. Nevertheless, there was a very minor effect of diet on superovulatory response and embryo quality in cows. Regardless of treatment, high circulating insulin of the donors was associated with lower superovulatory response, lower number of viable embryos and less pregnancies of recipients at 60 days of gestation.
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