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Porque há luta, há ente: pólemos entre Platão e Heidegger / For there is fight, ther is being: pólemos between Plato and HeideggerGevehr, Thayla Magally 05 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation’s objective is to interpret the passage 433 d of The Republic. There, Plato affirms that Justice, virtue wich he investigates on the dialogue, rivals (pólemos) with the virtues of wisdom, temperance and bravery. So to understand what this ‘war’ means, we can find a path in Heidegger’s interpretation of Heráclito. Heidegger interprets pólemos as an originary fight, as an announcement of the difference between Being and beings. By saying that difference, by remaining together with the question of Being of being, Heraclitus was considered an original thinker. Unlike Heraclitus, Plato’s doctrine analyzed by Heidegger doesn’t give him a place among the original thinkers: he places Plato as the one who initiated metaphysics. That happens because, according to the german philosopher, Plato would have promoted a transformation on the essence of truth: the truth loses its unveiling character for a corresponding one. The origin of this transformation can be identified on “allegory of the cave”. Plato tells, on this myth, how the cave’s prisoner exceeds the scoupes of unveiling towards what is maximally present, the Idea. As narrated on the myth, the prisoner deals with the shadows, what is not constant in itself, and, after breaking free, he meets the Idea, what is properly being, the apparent. Knowing the Idea, the prisoner realize that the shadows are less real (less being) than it; realize that the Idea, the more constant, the more present, is the ground of all of the things in which he dealt with in the cave (the shadows). By saying that the ground is more present, Plato would have promoted an identification of the Being with the beings, losing sight, thus, of the difference. Even if we could bring the heideggerian interpretation of pólemos to conduct us on the reading and interpretation of the passage of the platonic dialogue, which is relative to Justice and to war between the virtues, we are prevented of silencing ourselves regarding his interpretation of Plato. Therefore, we evaluate it and suggest an alternative path to it, a path that sought from the relation between Justice, pólemos and Good (concepts presented in The Republic), aids to think Plato as an original philosopher. / O objetivo desta dissertação é interpretar a passagem 433 d da República; ali, Platão afirma que a Justiça, virtude que investiga no diálogo, rivaliza (e o termo de referência é pólemos) com as virtudes de sabedoria, temperança e coragem. Para que pudéssemos entender o que esta guerra significa, buscamos na interpretação heideggeriana de Heráclito um caminho. Heidegger interpreta pólemos como luta originária, anúncio da diferença entre ser e ente. Por dizer a diferença, por se manter junto da questão pelo ser dos entes, Heráclito foi considerado um pensador originário, por Heidegger. Diferentemente de Heráclito, a doutrina de Platão, vista por Heidegger, não tem lugar junto à dos pensadores originários; o pensador alemão o concebe como iniciador da metafísica. Platão teria promovido uma transformação na essência da verdade, que perderia seu caráter de desvelamento para assumir o de correspondência. A origem dessa transformação pode ser identificada na “alegoria da caverna”. Platão conta, nesse mito, como um prisioneiro ultrapassa os âmbitos de desvelamento rumo ao que é maximamente presente: a Ideia. O prisioneiro lida, de início, com as “sombras”, o que não é constante em si mesmo; depois de se libertar, conhece a Ideia, o que é propriamente ente, o “mais aparente”; compreende que as sombras são menos verdadeiras (menos entes) e que o mais constante, o mais presente, é fundamento de todas as “coisas” com as quais lidava na caverna (as sombras). Por dizer que o fundamento é o mais presente, Platão teria promovido uma identificação do ser com o ente simplesmente presente, perdendo de vista, assim, a diferença para co o ser. Para alem de meramente trazer a interpretação heideggeriana de pólemos para nos orientar na leitura e interpretação da passagem do diálogo platônico relativa à Justiça e à guerra entre as virtudes, ficamos impedidos de silenciar quanto à sua interpretação geral de Platão. Por isso, avaliamo-la e sugerimos um caminho alternativo, um caminho que buscou, a partir da relação entre Justiça, pólemos e Bem (conceitos presentes na República) subsídios para pensar Platão como filósofo “originário” (não “metafísico”) no sentido atribuído a esses termos por Heidegger. A intenção da presente dissertação é, pois, (1) interpretar o problema da rivalidade entre Justiça e demais virtudes, com base no termo-chave “pólemos”, e (2) com isso, a partir de Heidegger legitimar uma leitura diversa, e mesmo oposta, de Platão como pensador metafísico.
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