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A poesia de Jose Paulo PaesSandmann, Marcelo Correa 28 August 2012 (has links)
Resumo: O presente estudo aborda o desenvolvimento da obra poética do escritor brasileiro José Paulo Paes desde a sua estréia, no ano de 1947, até momento mais recente, especificamente o ano de 1986, data da publicação de Um por todos, reunião de toda a sua poesia publicada em livro até então. São ao todo 8 os trabalhos aí contidos: O aluno (1947 ), Cúmplices (1951), Novas cartas chilenas (1953), Epigramas (1958), Anatomias (1967), Meia palavra (1973), Resíduo (1980) e Calendário perplexo (1983). Num primeiro capítulo, é traçado um panorama da poesia brasileira nos seus principais momentos desde o Modernismo de 22 até a década de 80. A seguir, num segundo capítulo, o estudo foca com detalhe cada um dos livros de Paes contidos na citada reunião, tendo-se sempre como pano de fundo o contexto poético e histórico-cultural contemporâneo à data de publicação desses trabalhos fornecidos pelo "panorama". Ao final, em capítulo conclusivo, procura-se articular de maneira mais orgânica os desenvolvimentos temáticos e formais da poesia de Paes ao longo do tempo e destacar as características mais especificamente definidoras dessa poesia. A obra de Paes acaba por revelar-se uma obra que se vai construindo ao longo do tempo numa operação de estreito diálogo com as poéticas dominantes que lhe são contemporâneas. A conquista de uma voz pessoal é projeto que permeia sempre esse diálogo: é em meio ao contato com outras vozes que Paes vai definindo a sua. No seu momento mais maduro, o poeta se mostra herdeiro das vertentes mais polêmicas e combativas do Modernismo inicial, em sintonia agora com as solicitações de engajamento crítico, de caráter acentuadamente político-social de início, mas também mais amplamente cultural a seguir, a que se revela sensível a poesia brasileira a partir dos anos 50, e atento às experimentações da vanguarda, subordinando certas conquistas destas ao pendor combativo de sua poesia. Sátira, humor, ironia, um certo travo amargo, concisão epigramática, enxugamento das formas, intenção intertextual e metalingüística são os ingredientes fundamentais da sua dicção mais madura e pessoal.
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