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Geocronologia e isotopia do magmatismo paleozoico na zona de diablillos, borda oriental da Puna austral (NW da argentina): evolução crustal do orógeno paleozoico inferior na margem ocidental de GondwanaOrtiz Yañez, Agustín 07 April 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-01T12:39:09Z
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2016_AgustínOrtizYañez.pdf: 2913737 bytes, checksum: 436239ef4efa190ae8557e8579451b0e (MD5) / Para melhorar o entendimento da evolução crustal do Orógeno do Paleozoico Inferior no Noroeste argentino, são apresentamos novos dados U–Pb e isótopos de Hf combinados em zircão das facies de monzogranito, granodiorito e diorito do Complexo Intrusivo Diablillos, Faixa Magmatica Oriental, Puna na margem Suloriental de Gondwana. Idades meias ponderadas 206Pb/238U de 517±3 Ma para as facies monzogranito e 515±6 Ma para e diorito e uma idade concordante de 521±4 Ma para as facies de granodiorito foram obtidas durante este trabalho. Foi definida uma idade de emprazamento para o Complexo Intrusivo de Diablillos entre 540 e 490 Ma; com um máximo na atividade magmática aos ~515-520 Ma. As análises de geoquímica indicaram que tanto as fácies de monzogranito e granodiorito são de natureza peraluminosoa e as fácies de diorito são de natureza metaluminosa. Além disso, junto com os valores iniciais de 87Sr/86Sr entre 0.70446 a 0.71278, valores de ɛNd(t) entre +2 e -4 em rocha total, e valores ɛHf(t) em zircão entre + 2.0 e -2.0 indicam que as amostras analisadas representam magmas contaminados, mesmo as fácies de diorito. Os dados de ɛHf(t) em zircão – os primeiros apresentados neste Complexo e na Puna Sul – e os dados de ɛNd(t) em rocha total indicam que as rochas do Complexo Intrusivo Diablillos derivaram de uma interação entre uma fonte crustal dominante Mesoporterozoica e magmas juvenis, com idades modelo TDM entre ~1.2 - 1.5 Ga, que foi retrabalhada durante o Palezoico Inferior. As semelhanças nas fontes dos magmas e as idades U-Pb em zircão apresentadas nesta contribuição e em diferentes estudos tanto na Puna Norte e Sul, permitiram sugerir que a Faixa Magmática Oriental na Puna foi um evento de larga duração, suportando o modelo para o embasamento dos Andes Centrais, definindo uma evolução em uma faixa móvel. Neste contexto, os ciclos Pampeanos e Famatinianos não puderam ser individualizados e poderiam formar parte de um único evento desde os ~600 até os 400 Ma. ________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / To better comprehend the crustal evolution of the Lower Paleozoic Orogen at the Southwestern Gondwana margin, we present new combined U–Pb and Hf isotope analyses on zircon by LA-MCICP- MS from monzogranite, granodiorite and diorite facies of the Diablillos Intrusive Complex, Eastern Magmatic Belt, Southern Puna. We display 206Pb/238U concordant weighted average ages of 517±3 Ma and 515±6 Ma for the monzogranite and diorite facies of the complex respectively, and a concordant age of 521±4 Ma for the granodiorite facies. These ages permit to constrain the magmatic activity climax in the Diablillos Complex around ~515-520 Ma. Major and trace element data, initial 87Sr/86Sr values varying from 0.70446 to 0.71278, positive and negative ɛNd(t) values between +2.5 and -4, as well as ɛHf(t) for zircon data between + 3 and -3 indicate that the analyzed samples represent contaminated magmas. The ɛHf(t) and the ɛNd(t) values for this complex specify that the rocks from the Diablillos Intrusive Complex are derived from an interaction of a dominant Mesoproterozoic crustal source and juvenile mantle-derived magmas, with a TDM model age range of ~1.2 - 1.5 Ga, that were reworked during lower Paleozoic times. The combined data obtained in this contribution allow us to suggest that the Eastern Magmatic Belt in the Puna represents a longlived magmatic event. Supporting the model for the evolution of the Central Andean basement involving the formation of a mobile belt, whereby the Pampean and Famatinian cycles do not represent distinct events but comprise a single, non-differentiable event from Neoproterozoic to Lower Palezoic times.
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Taxonomia, paleoecologia e bioestratigrafia de ostracodes da formação Riachuelo, Bacia de Sergipe-Alagoas, nordeste do BrasilAntonietto, Lucas Silveira 28 April 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2015. / A bacia de Sergipe-Alagoas, localizada na região Nordeste do Brasil, tem sido alvo de diversos trabalhos em estratigrafia, geoquímica e paleontologia. A Formação Riachuelo, do Aptiano superior-Cenomaniano inferior, corresponde aos primeiros estágios de invasão do proto-oceano Atlântico Sul nesta bacia. A presente revisão da taxonomia de 39 espécies de
ostracodes da formação levou à descrição de um novo gênero – Gabonorygma – quatro
espécies novas – Praebythoceratina deltalata, Gabonorygma sergipana, Reticulocosta edrianae e Brachycythere smithsoniana. Esta revisão também permitiu a expansão das interpretações paleozoogeográficas e bioestratigráficas atuais sobre a formação, correlacionando-a aos demais ambientes tropicais atlânticos do fim do Eocretáceo. Um novo gênero, Gabonorygma, também é aqui proposto. O estudo taxonômico do Gênero Aracajuia
Krömmelbein, 1967 comparado a Amphicytherura Butler & Jones, 1957 e Sondagella Dingle, 1969, bem como de sua espécie tipo, Aracajuia benderi Krömmelbein, 1967, levou a uma detalhada revisão da paleozoogeografia e estratigrafia daquele gênero. Aracajuia foi comum em ambientes marinhos subtropicais, onde teve origem, a tropicais, principalmente em Gondwana, durante o Eocretáceo, onde atingiu sua máxima diversidade no Albiano, ao longo
das atuais África, América do Sul e Ásia (Oriente Médio). Novas inferências também são feitas quando comparadas a Província Brasil-África Ocidental Central, onde se insere a presente bacia, às demais regiões ao longo do proto-oceano Atlântico no Eocretáceo. Houve intercâmbio faunístico considerável entre aquela província e regiões no norte de Megatétis a partir do Eoalbiano. Também foram observados influxos limitados ao longo da cordilheira de Walvis, divisa entre os domínios Austral e central do proto-oceano Atlântico Sul. Estes movimentos se deram em ambos os sentidos, tanto de sul para norte (Albiano) quanto em direção contrária (Eocenomaniano). A presença de espécies de Brachycytherinae na Província
Brasil-África Ocidental Central, logo no Aptiano, representa uma nova origem geográfica para esta subfamília, e ao mesmo tempo ajuda a explicar a presença do mesmo tanto em regiões austrais e no norte de Megatétis durante o Albiano. O arcabouço estratigráfico baseado em ostracodes do Albiano da bacia também foi reavaliado, e uma série de mudanças
nomenclaturais e de zoneamento foi proposta: a Zona OSE-1, bem como as subzonas OSE-1.1, OSE-1.3 e OSE-1.4 tiveram seus nomes alterados, tanto para espécie guia quanto para codificação (respectivamente, MSA-0, MSA-0.1, MSA-0.3 e MSA-0.4); as duas últimas também foram alteradas em sua extensão e definição do contato. A Subzona OSE-1.2 teve seu
estratótipo definido, limite inferior modificada (Albiano inferior para Aptiano superior) e código alterado para MSA-0.2, enquanto OSE-1.5 foi apenas renomeada MSA-0.5. Uma nova zona diferencial superior, Aracajuia antiqua (MSA-1), posicionada no Albiano mais superior, foi criada a partir da revisão taxonômica da espécie guia da Subzona OSE-1.6. / The Sergipe-Alagoas basin, located in northeastern Brazil, has been subject of several studies in stratigraphy, geochemistry and paleontology. The Riachuelo Formation, upper Aptian-lower Cenomanian, corresponds to the first stages of the southern proto-Atlantic ocean invasion in that basin. The present taxonomic review of 39 ostracods species of the formation led to the description of a new genus – Gabonorygma – and four new species – Praebythoceratina deltalata, Gabonorygma sergipana, Reticulocosta edrianae and Brachycythere smithsoniana. This review also heped to expand the current paleozoogeographic and biostratigraphic interpretations of the formation, correlating it to the
other Atlantic tropical environments from the end of the Early Cretaceous. A new genus, Gabonorygma, is also herein proposed. The taxonomic study of the genus Aracajuia Krömmelbein 1967 compared to Amphicytherura Butler & Jones, 1957 and Sondagella Dingle, 1969, as well as its type species, Aracajuia benderi Krömmelbein, 1967 led to a detailed review of that genus’ paleozoogeography and stratigraphy. Aracajuia was common in
subtropical, where it originated, marine environments to tropical, especially in Gondwana during the Early Cretaceous, where it reached its maximum diversity in the Albian, along the current Africa, South America and Asia (Middle East) continents. New inferences are also
made when comparing the Brazil-Central West Africa Province, which includes this basin, to other regions along the proto-Atlantic Ocean in the Early Cretaceous. There was considerable faunal exchange between that province and regions in northern Megatethys, starting in the
Early Albian. Limited inflows were also observed along the Walvis ridge, which separates austral from central areas of the Southern proto-Atlantic Ocean. These migrations took place in both directions, both from south to north (Albian) and in the opposite direction (Early Cenomanian). The presence of Brachycytherinae species in Brazil-Central West Africa Province, already in the Aptian, sets a new geographical origin for this subfamily, while helping to explain their presence in both southern and northern regions of Megatethys during the Albian. The stratigraphic framework based on ostracods of the Albian of the basin was also reassessed, and some nomenclatural changes and new zones were proposed: the OSE-1
Zone and the OSE-1.1, OSE-1.3 and OSE- 1.4 sub-zones had their names changed, both their guide species and codification (MSA-0, MSA-0.1, MSA-0.3 and MSA-0.4, respectively); the last two were also altered in its extent and contact definition. The OSE-1.2 Subzone had its
code changed for MSA-0.2; also, a stratotype was stablished for it, and its lower limit repositioned in time (from early Albian to upper Aptian). The OSE-1.5 Subzone was solely renamed MSA-0.5. A new latest occurrence interval zone, Aracajuia antiqua (MSA-1), from the uppermost Albian interval, was created after taxonomic review of the OSE-1.6 Subzone guide species.
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(Paleo)zoogeografia dos ostracodes holocênicos das regiões leste e nordeste da plataforma continental brasileiraMachado, Cláudia Pinto January 2008 (has links)
Os estudos com ostracodes recentes e sub-recentes da plataforma continental do Brasil têmse concentrado, até o momento, principalmente nas plataformas equatorial e sul/sudeste. A região leste/nordeste, localizada entre estas duas áreas, aqui considerada como a área entre o Cabo de São Roque (RN) e Cabo Frio (RJ), não foi devidamente estudada, apresentando diversas lacunas do ponto de vista taxonômico e zoogeográfico. Visando suprir esta carência, o presente trabalho tem por objetivo o estudo da taxonomia dos ostracodes das plataformas leste e nordeste do Brasil, buscando a integração destas informações à compreensão da sua origem e distribuição zoogeográfica. O material de estudo incluiu 102 amostras sedimentológicas, coletadas por amostradores tipo Phipps ou Van Veen, provenientes do projeto REMAC (Reconhecimento Global da Margem Continental), tratos 4 e 7, em profundidades que variaram de 12 a 110 m. Os ostracodes recuperados das amostras foram acondicionados em lâminas de células múltiplas através das técnicas usuais para a preparação e o estudo de carapaças e valvas de ostracodes. Foram reconhecidas 128 espécies não se descartando a possibilidade de espécies novas. A área de estudo é caracterizada por possuir 34% de espécies típicas de águas temperadas, 42% de águas quentes e 5% de espécies euritérmicas. As 19% restantes não puderam ser avaliadas por apresentarem baixa ocorrência. A comparação da distribuição da fauna de águas temperadas com a de águas quentes permitiu a identificação plena dos limites da zona de transição proposta por Coimbra & Ornellas (1989) e modificada por Coimbra et al. (1995). O levantamento total da fauna da porção setentrional da plataforma continental brasileira (entre o Cabo Orange e Cabo Frio) reconheceu 213 espécies, sendo 32% endêmicas. A análise da distribuição da ostracofauna permitiu o reconhecimento de cinco padrões de distribuição da fauna, todos aparentemente limitados por fatores ambientais. Baseado no grau de endemismo, na distribuição da fauna e nas características ambientais da área de estudo, foi proposta uma nova província zoogeográfica, a Província Brasileira, cujo limite sul está em torno das latitudes 15º/16ºS. O limite norte continua em aberto devido à inexistência de trabalhos para Ostracoda na região situada entre a Guiana Francesa e Guiana. Os representantes fósseis da Província Brasileira contam com espécies que ocorrem desde o Terciário. A ostracofauna não endêmica provavelmente teve seu sucesso de dispersão facilitado pelas variações eustáticas que ocorreram ao longo do Neógeno e Quaternário. A presença de massas d’água mais quentes é a característica que melhor explica a distribuição atual dos ostracodes marinhos rasos da porção setentrional da plataforma continental brasileira. / The studies concerning Recent and Sub-Recent ostracodes from the Brazilian continental shelf have been so far devoted mainly to the Equatorial and to the South/Southeast shelves. The region between these two shelves, consisting of the area between Cabo de São Roque (RN) and Cabo Frio (RJ), has not been appropriately studied and displays several gaps in Ostracoda taxonomy and zoogeography. In order to improve these deficiencies, the present study approaches the taxonomy of ostracodes form the East and the Northeast Brazilian shelves, aiming at the understanding of its origin and zoogeographical distribution. The 102 samples on which this study is based on were collected by Phillips and Van Veen grabs samplers from Remac Project (legs 4 and 7), at depths that vary from 12 m to 110 m. One hundred twenty-eigth species have been identified, some of which may be new. 34% of the species found in the study area are typical of temperate water, 42% of warm water and 5% are eurythermal. The remaining 13% of the species could not be evaluated due to insufficient occurrence. The comparison of the distribution of the temperate water fauna with the warm water fauna allowed the full identification of the limits of the transition area proposed by Coimbra & Ornellas (1989) and modified by Coimbra et al. (1995). The complete review of the fauna of the northern portion of the Brazilian Continental Shelf from Cabo Orange (AM) to Cabo Frio (RJ) recognized 213 species, 32% of which are endemic. The analysis of the distribution of the ostracode fauna allowed the identification of five distribution patterns, all of which are apparently limited by ambiental factors. A new zoogeographical province (the Brazilian Province) has been proposed. Its southern limit is located in the 15º/16º S latitude. The northern limit remains indeterminate, due to the inexistence of ostracode studies in the region from French Guyana to Guyana. Fossil representatives for the Brazilian Province display specimens that are as old as the Tertiary. The non-endemic ostracode fauna probably has its dispersion success rendered easier by the sea-level fluctuations that occurred in the Neogene and Quaternary. The presence of warmer water masses is the factor that more appropriately explains the present distribution of shallow marine ostracodes in the northern portion of the Brazilian continental shelf.
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(Paleo)zoogeografia dos ostracodes holocênicos das regiões leste e nordeste da plataforma continental brasileiraMachado, Cláudia Pinto January 2008 (has links)
Os estudos com ostracodes recentes e sub-recentes da plataforma continental do Brasil têmse concentrado, até o momento, principalmente nas plataformas equatorial e sul/sudeste. A região leste/nordeste, localizada entre estas duas áreas, aqui considerada como a área entre o Cabo de São Roque (RN) e Cabo Frio (RJ), não foi devidamente estudada, apresentando diversas lacunas do ponto de vista taxonômico e zoogeográfico. Visando suprir esta carência, o presente trabalho tem por objetivo o estudo da taxonomia dos ostracodes das plataformas leste e nordeste do Brasil, buscando a integração destas informações à compreensão da sua origem e distribuição zoogeográfica. O material de estudo incluiu 102 amostras sedimentológicas, coletadas por amostradores tipo Phipps ou Van Veen, provenientes do projeto REMAC (Reconhecimento Global da Margem Continental), tratos 4 e 7, em profundidades que variaram de 12 a 110 m. Os ostracodes recuperados das amostras foram acondicionados em lâminas de células múltiplas através das técnicas usuais para a preparação e o estudo de carapaças e valvas de ostracodes. Foram reconhecidas 128 espécies não se descartando a possibilidade de espécies novas. A área de estudo é caracterizada por possuir 34% de espécies típicas de águas temperadas, 42% de águas quentes e 5% de espécies euritérmicas. As 19% restantes não puderam ser avaliadas por apresentarem baixa ocorrência. A comparação da distribuição da fauna de águas temperadas com a de águas quentes permitiu a identificação plena dos limites da zona de transição proposta por Coimbra & Ornellas (1989) e modificada por Coimbra et al. (1995). O levantamento total da fauna da porção setentrional da plataforma continental brasileira (entre o Cabo Orange e Cabo Frio) reconheceu 213 espécies, sendo 32% endêmicas. A análise da distribuição da ostracofauna permitiu o reconhecimento de cinco padrões de distribuição da fauna, todos aparentemente limitados por fatores ambientais. Baseado no grau de endemismo, na distribuição da fauna e nas características ambientais da área de estudo, foi proposta uma nova província zoogeográfica, a Província Brasileira, cujo limite sul está em torno das latitudes 15º/16ºS. O limite norte continua em aberto devido à inexistência de trabalhos para Ostracoda na região situada entre a Guiana Francesa e Guiana. Os representantes fósseis da Província Brasileira contam com espécies que ocorrem desde o Terciário. A ostracofauna não endêmica provavelmente teve seu sucesso de dispersão facilitado pelas variações eustáticas que ocorreram ao longo do Neógeno e Quaternário. A presença de massas d’água mais quentes é a característica que melhor explica a distribuição atual dos ostracodes marinhos rasos da porção setentrional da plataforma continental brasileira. / The studies concerning Recent and Sub-Recent ostracodes from the Brazilian continental shelf have been so far devoted mainly to the Equatorial and to the South/Southeast shelves. The region between these two shelves, consisting of the area between Cabo de São Roque (RN) and Cabo Frio (RJ), has not been appropriately studied and displays several gaps in Ostracoda taxonomy and zoogeography. In order to improve these deficiencies, the present study approaches the taxonomy of ostracodes form the East and the Northeast Brazilian shelves, aiming at the understanding of its origin and zoogeographical distribution. The 102 samples on which this study is based on were collected by Phillips and Van Veen grabs samplers from Remac Project (legs 4 and 7), at depths that vary from 12 m to 110 m. One hundred twenty-eigth species have been identified, some of which may be new. 34% of the species found in the study area are typical of temperate water, 42% of warm water and 5% are eurythermal. The remaining 13% of the species could not be evaluated due to insufficient occurrence. The comparison of the distribution of the temperate water fauna with the warm water fauna allowed the full identification of the limits of the transition area proposed by Coimbra & Ornellas (1989) and modified by Coimbra et al. (1995). The complete review of the fauna of the northern portion of the Brazilian Continental Shelf from Cabo Orange (AM) to Cabo Frio (RJ) recognized 213 species, 32% of which are endemic. The analysis of the distribution of the ostracode fauna allowed the identification of five distribution patterns, all of which are apparently limited by ambiental factors. A new zoogeographical province (the Brazilian Province) has been proposed. Its southern limit is located in the 15º/16º S latitude. The northern limit remains indeterminate, due to the inexistence of ostracode studies in the region from French Guyana to Guyana. Fossil representatives for the Brazilian Province display specimens that are as old as the Tertiary. The non-endemic ostracode fauna probably has its dispersion success rendered easier by the sea-level fluctuations that occurred in the Neogene and Quaternary. The presence of warmer water masses is the factor that more appropriately explains the present distribution of shallow marine ostracodes in the northern portion of the Brazilian continental shelf.
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(Paleo)zoogeografia dos ostracodes holocênicos das regiões leste e nordeste da plataforma continental brasileiraMachado, Cláudia Pinto January 2008 (has links)
Os estudos com ostracodes recentes e sub-recentes da plataforma continental do Brasil têmse concentrado, até o momento, principalmente nas plataformas equatorial e sul/sudeste. A região leste/nordeste, localizada entre estas duas áreas, aqui considerada como a área entre o Cabo de São Roque (RN) e Cabo Frio (RJ), não foi devidamente estudada, apresentando diversas lacunas do ponto de vista taxonômico e zoogeográfico. Visando suprir esta carência, o presente trabalho tem por objetivo o estudo da taxonomia dos ostracodes das plataformas leste e nordeste do Brasil, buscando a integração destas informações à compreensão da sua origem e distribuição zoogeográfica. O material de estudo incluiu 102 amostras sedimentológicas, coletadas por amostradores tipo Phipps ou Van Veen, provenientes do projeto REMAC (Reconhecimento Global da Margem Continental), tratos 4 e 7, em profundidades que variaram de 12 a 110 m. Os ostracodes recuperados das amostras foram acondicionados em lâminas de células múltiplas através das técnicas usuais para a preparação e o estudo de carapaças e valvas de ostracodes. Foram reconhecidas 128 espécies não se descartando a possibilidade de espécies novas. A área de estudo é caracterizada por possuir 34% de espécies típicas de águas temperadas, 42% de águas quentes e 5% de espécies euritérmicas. As 19% restantes não puderam ser avaliadas por apresentarem baixa ocorrência. A comparação da distribuição da fauna de águas temperadas com a de águas quentes permitiu a identificação plena dos limites da zona de transição proposta por Coimbra & Ornellas (1989) e modificada por Coimbra et al. (1995). O levantamento total da fauna da porção setentrional da plataforma continental brasileira (entre o Cabo Orange e Cabo Frio) reconheceu 213 espécies, sendo 32% endêmicas. A análise da distribuição da ostracofauna permitiu o reconhecimento de cinco padrões de distribuição da fauna, todos aparentemente limitados por fatores ambientais. Baseado no grau de endemismo, na distribuição da fauna e nas características ambientais da área de estudo, foi proposta uma nova província zoogeográfica, a Província Brasileira, cujo limite sul está em torno das latitudes 15º/16ºS. O limite norte continua em aberto devido à inexistência de trabalhos para Ostracoda na região situada entre a Guiana Francesa e Guiana. Os representantes fósseis da Província Brasileira contam com espécies que ocorrem desde o Terciário. A ostracofauna não endêmica provavelmente teve seu sucesso de dispersão facilitado pelas variações eustáticas que ocorreram ao longo do Neógeno e Quaternário. A presença de massas d’água mais quentes é a característica que melhor explica a distribuição atual dos ostracodes marinhos rasos da porção setentrional da plataforma continental brasileira. / The studies concerning Recent and Sub-Recent ostracodes from the Brazilian continental shelf have been so far devoted mainly to the Equatorial and to the South/Southeast shelves. The region between these two shelves, consisting of the area between Cabo de São Roque (RN) and Cabo Frio (RJ), has not been appropriately studied and displays several gaps in Ostracoda taxonomy and zoogeography. In order to improve these deficiencies, the present study approaches the taxonomy of ostracodes form the East and the Northeast Brazilian shelves, aiming at the understanding of its origin and zoogeographical distribution. The 102 samples on which this study is based on were collected by Phillips and Van Veen grabs samplers from Remac Project (legs 4 and 7), at depths that vary from 12 m to 110 m. One hundred twenty-eigth species have been identified, some of which may be new. 34% of the species found in the study area are typical of temperate water, 42% of warm water and 5% are eurythermal. The remaining 13% of the species could not be evaluated due to insufficient occurrence. The comparison of the distribution of the temperate water fauna with the warm water fauna allowed the full identification of the limits of the transition area proposed by Coimbra & Ornellas (1989) and modified by Coimbra et al. (1995). The complete review of the fauna of the northern portion of the Brazilian Continental Shelf from Cabo Orange (AM) to Cabo Frio (RJ) recognized 213 species, 32% of which are endemic. The analysis of the distribution of the ostracode fauna allowed the identification of five distribution patterns, all of which are apparently limited by ambiental factors. A new zoogeographical province (the Brazilian Province) has been proposed. Its southern limit is located in the 15º/16º S latitude. The northern limit remains indeterminate, due to the inexistence of ostracode studies in the region from French Guyana to Guyana. Fossil representatives for the Brazilian Province display specimens that are as old as the Tertiary. The non-endemic ostracode fauna probably has its dispersion success rendered easier by the sea-level fluctuations that occurred in the Neogene and Quaternary. The presence of warmer water masses is the factor that more appropriately explains the present distribution of shallow marine ostracodes in the northern portion of the Brazilian continental shelf.
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