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Análise dos distúrbios hormonais na hemorragia subaracnóidea, por ruptura de aneurisma intracranianoMOURA, José Carlos de January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / OBJETIVO: Já é conhecido que nos traumatismos cranioencefálicos graves ocorre
hipopituitarismo. Alguns estudos avaliam que essas alterações também ocorrem na
hemorragia subaracnóidea por ruptura de aneurisma cerebral. Este estudo tem por
objetivo avaliar as alterações hormonais ocorridas em 21 pacientes, com hemorragia
subaracnóidea e correlacionar tais alterações com a gravidade da hemorragia,
analisada pela escala de Hunt & Hess, com os achados tomográficos de acordo com
a escala de Fisher, com localização dos aneurismas e com a presença de
vasoespasmo cerebral. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foi realizado um estudo
prospectivo com delineamento de série de casos em 21 pacientes, com hemorragia
subaracnóidea por ruptura de aneurisma cerebral, em um período não superior a 30
dias após o evento. Foram dosados os hormônios T3, T4, TSH, T4 livre, FSH, LH,
prolactina, estradiol, testosterona, GH e cortisol. Em todos os pacientes, foi realizado
teste de estímulo de tolerância à insulina (ITT), para se estudar as reservas de GH e
cortisol. Os resultados foram comparados com os valores de referência de cada
teste, confirmados pelas dosagens de hormônios, em 12 voluntários sadios (grupo
controle). Esses resultados foram correlacionados com a avaliação clínica, tendo
como base a escala de Hunt & Hess, tomografia cerebral computadorizada ,
angiografia cerebral e presença ou não de vasoespasmo. Foi realizada uma análise
multivariada com estratificação. RESULTADOS: Foram encontradas alterações
hormonais com as seguintes características: cortisol alterado em 52,58% dos
pacientes, GH em 42,85%, TSH em 28,57% , T3 em 23,80%, T4 livre, LH e
prolactina em 9,52%, FSH e T4 em 4,76 % da casuística. Em quatro indivíduos do
gênero masculino foi dosada a testosterona, revelando-se alterada em três deles
(75%). Verificamos, também, uma maior tendência a alterações nos pacientes mais
graves, com Hunt & Hess ≥ 3, com achados tomográficos na escala de Fisher ≥ 2,
presença de vasoespasmo e localização dos aneurismas na artéria comunicante
anterior. CONCLUSÃO: Esta pesquisa revela a existência de alterações hormonais
do eixo hipotálamo-hipofisário nas hemorragias subaracnóideas por ruptura de
aneurisma intracraniano, justificando o estudo do perfil hormonal em todos os
pacientes com essa patologia
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