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Do silêncio à vitalidade sociocultural dos Chiquitano do Portal do Encantado - Mato Grosso, Brasil / From silence to sociocultural vitality of de Chiquitano of Portal Portal do Encantado – Mato Grosso, Brazil / Del silencio a la vitalidade sociocultural em los Chiquitano del Portal do Encantado - Mato Grosso, BrasilCintra, Ema Marta Dunck 26 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-26 / How can an ethnic identity that has been wiped out, numbed, silenced by colonization process
be identified? In the case of the Chiquitano in the Portal do Encantado-MT, who had positioned
themselves as indigenous people to have the right to remain in their territory, the first
strategy was to trigger the mother tongue which had taken refuge in the memory of their
elders. Thus, the focus of this thesis is to present how, through “memory bilingualism” , this
people could trigger an interactive process of resistance, cultural and political positioning of
identity assertion. An identity that those who remembered (the elders) were able to
reconstruct, given the common unitary point (belonging) of representation and impulsion to
the experience of traditional knowledge. This knowledge, inherited from a common past,
provoked/articulated/triggered a fight in view of the hegemony imposed by the settlers and
their ways of homogenization of knowledge, culture and life. Hence, based on the results of
this study, which entangles decolonial authors and authors who treat the language as
discourse, it is possible to state that the Chiquitano, when triggered the mother tongue which
was stored in their memory, could reach the dwelling for their being and gradually establish a
decolonial process, identifying their identity and their place of belonging. That’s because,
collectively, they acted and promoted the interaction of different generations of people.
Through reflection, they found themselves, creating themselves and their “new” world. By
demanding their own school, they produced science. Giving value to the ancestral knowledge,
they defined the curriculum and pedagogic practices. In this way, they recorded their culture,
which was dormant in the language memory. They produced an authorial and coping
pedagogy. The valorization of their knowledge and their being created the possibilities for
fighting the dominant power. Memory bilingualism was the guiding basis for the training of
teachers and their pedagogic practices, as well as for the assertion of an identity. Everything
together, provided the resurgence of a “being more” (FREIRE, 2014) and led the sociocultural
vitalization of the Chiquitano do Brasil in the Portal de Encantado-MT. / Cómo marcar una identidad étnica apagada, dormida, silenciada a causa del proceso
colonizador? En el caso de los Chiquitano del Portal do Encantado-MT, que necesitaron
posicionarse como indígenas para tener el derecho de permanecer en su territorio, la primera
estrategia fue accionar la lengua materna que estaba refugiada en la memoria de los
ancianos. Es de eso que trata esta tesis, al presentar cómo, a través del “bilingüismo de
memoria” ese pueblo consiguió desarrollar un proceso interactivo de resistencia,
posicionamiento cultural y político de afirmación de la identidad. Esta, por su vez, se dio a
través de los ancianos que recordaban la lengua dado el punto de unidad (pertenencia) común
de representación y de impulsión para la vivencia de los saberes tradicionales. Esos saberes,
heredados de un pasado común, provocaron/articularon/accionaron una lucha en contra de la
hegemonía impuesta por el colonizador y sus formas de homogenización del conocimiento, de
la cultura y de la vida, De esta manera, con base en los resultados de este estudio, que articula autores decoloniales y autores que tratan de la lengua como discurso, es posible
afirmar que los Chiquitano, al accionar la lengua materna que estaba guardada en su
memoria, lograron llegar a la morada de su ser y paulatinamente establecer un proceso
decolonial, demarcando su identidad y su lugar de pertenencia. Eso porque, colectivamente,
actuaron y promovieron la interacción de las diferentes generaciones del pueblo.
Reflexionando, fueron reencontrándose, constituyéndose a sí mismos y a su “nuevo” mundo.
Con la solicitud de una escuela propia para ellos, produjeron ciencia. Valorando el
conocimiento ancestral, definieron el currículo y las prácticas pedagógicas. Registraron, así, su
cultura, que estaba dormida en la memoria de la lengua. Produjeron una pedagogía autoral y
de enfrentamiento. La valoración de su saber y de su ser creó las posibilidades de lucha frente
al poder dominante. El bilingüismo de memoria fue la base orientadora para la formación de
los profesores y de sus prácticas pedagógicas, así como para la formación de una identidad.
Todo eso, en conjunto, propició el resurgimiento de un “ser más” (FREIRE, 2014) y provocó la
vitalización sociocultural de los Chiquitano de Brasil en el Portal do Encantado- MT. / Como marcar uma identidade étnica apagada, adormecida, silenciada em virtude do processo colonizador? No caso dos Chiquitano do Portal do Encantado-MT, que tiveram de se posicionar como indígenas para terem o direito de permanecer em seu território, a primeira estratégia foi acionar a língua materna que estava refugiada na memória dos mais velhos. E é disso que esta tese trata, ao apresentar como, por meio do “bilinguismo de memória” , esse povo conseguiu desencadear um processo interativo de resistência, posicionamento cultural e político de afirmação da identidade. Identidade essa que os lembradores (anciãos) puderam
reconstituir, dado o ponto unitário (pertencimento) comum de representação e de impulsão
para a vivência dos saberes tradicionais. Esses saberes, herdados de um passado comum,
provocaram/articularam/acionaram uma luta em face da hegemonia imposta pelo colonizador
e suas formas de homogeneização do conhecimento, da cultura e da vida. Assim, com base
nos resultados deste estudo, que enreda autores decoloniais e autores que tratam a língua
como discurso, é possível afirmar que os Chiquitano, ao acionarem a língua materna que
estava guardada em sua memória, puderam chegar à morada do seu ser e gradativamente
estabelecer um processo decolonial, demarcando sua identidade e seu lugar de
pertencimento. Isso porque, coletivamente, agiram e promoveram a interação das diferentes
gerações do povo. Refletindo, foram se reencontrando, constituindo-se a si mesmos e o seu
“novo” mundo. Ao demandarem uma escola própria para eles, produziram ciência.
Valorizando o conhecimento ancestral, definiram o currículo e as práticas pedagógicas.
Registraram, assim, a sua cultura, que estava adormecida na memória da língua. Produziram
uma pedagogia autoral e de enfrentamento. A valorização do seu saber e do seu ser criou as
possibilidades de luta diante do poder dominante. O bilinguismo de memória foi a base
orientadora para a formação dos professores e para a fundamentação de suas práticas
pedagógicas, assim como para a afirmação de uma identidade. Tudo isso, associado,
propiciou o ressurgimento de um “ser mais” (FREIRE, 2014) e provocou a vitalização
sociocultural dos Chiquitano do Brasil no Portal de Encantado-MT.
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