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Eficácia dos exercícios de adaptação do reflexo vestíbulo-ocular no tratamento da vertigem aguda / Efficacy of vestibulo-ocular reflex exercises in the treatment of acute vertigo

Venosa, Alessandra Ramos 03 August 2005 (has links)
Introdução: Desde sua primeira descrição na década de 40 o espectro de aplicação da reabilitação vestibular vem crescendo, tornando-se opção de tratamento em disfunções vestibulares periféricas, incluindo as uni e bilaterais, e em doenças do sistema nervoso central. O presente estudo avalia a eficácia de exercícios que estimulam a adaptação do reflexo vestíbulo-ocular em indivíduos com quadro agudo de vertigem. Métodos: neste estudo clínico prospectivo foram avaliados indivíduos aleatoriamente alocados em um grupo de estudo, que realizou exercícios para adaptação do reflexo vestíbulo-ocular, e em um grupo controle, que realizou exercícios placebo. Os critérios de inclusão foram história de pelo menos um episódio de vertigem nos últimos cinco dias, idade acima de 18 anos, e alteração em pelo menos dois dos testes objetivos de equilíbrio (teste de Romberg, teste de Fukuda e \"head-shaking\" nistagmo) e/ou presença de nistagmo espontâneo. Os pacientes de ambos os grupos foram orientados a utilizar dimenidrato na dose máxima de 150 mg ao dia, divididas em três doses, podendo auto-regular a dose conforme a intensidade dos sintomas apresentados. Foram excluídos indivíduos que tivessem utilizado medicação com ação no sistema vestibular nos últimos sete dias, com presença de alterações sugestivas de doença do sistema nervoso central, diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna ou de fístula perilinfática. Os pacientes foram avaliados, no início do estudo e em três visitas subseqüentes, realizadas nos períodos de três a cinco dias, sete a dez dias e dezoito a vinte e um dias após o início da pesquisa. Em todas as visitas a avaliação foi realizada por meio de notas atribuídas à intensidade dos sintomas (escala analógica visual), quantidade de medicação utilizada e resultados dos testes de equilíbrio. Resultados: Foram analisados 87 xxxv indivíduos, 45 no grupo de estudo e 42 no grupo controle. Na avaliação inicial os grupos eram semelhantes do ponto de vista estatístico em relação ao sexo e idade dos pacientes, tempo decorrido entre o início dos sintomas e a primeira avaliação, intensidade dos sintomas e achados de exame físico. O grupo de estudos apresentou intensidade de sintomas inferior ao grupo controle nas segunda e terceira avaliações; na quarta e última avaliação ambos os grupos apresentaram sintomatologia semelhante. A quantidade de medicação utilizada pelos pacientes do grupo de estudos foi inferior à utilizada pelo grupo controle em todos as avaliações realizadas. Não houve diferença entre os grupos em relação ao desaparecimento do nistagmo espontâneo exceto na terceira avaliação. A proporção de pacientes com teste de Romberg alterado foi menor no grupo de estudo quando comparada ao grupo controle nas segunda (tendência à significância estatística) e terceira avaliações, não havendo diferença entre os grupos na última avaliação. Nos testes de Fukuda e de \"head-shaking\" nistagmo não houve diferença entre os grupos em relação à proporção de testes alterados nas primeira e segunda avaliações, entretanto nas terceira e quarta avaliações o grupo de estudos teve menor proporção de testes alterados. Conclusões: O grupo submetido aos exercícios para adaptação do reflexo vestíbulo-ocular obteve melhora clínica mais rápida, fez uso de quantidade menor de dimenidrato e apresentou normalização dos testes clínicos de equilíbrio mais precocemente quando comparado ao grupo controle / Introduction: Since its first description in 1940 decade, the spectrum of use of vestibular rehabilitation has broadened and nowadays comprises unilateral, bilateral and even central vestibular disorders. The objective of this study is to evaluate the effect of exercises for adaptation of the vestibuloocular reflex in patients with acute vertigo. METHODS: Study design: prospective randomized trial, patients blinded to assignment groups. The study population had the following characteristics: = 18 years of age, at least one episode of vertigo in the last five days, negative results in at least two objective vestibular tests and/or presence of spontaneous nystagmus. The exclusion criteria were: use of any medication interfering with the vestibular system in the past seven days, clinical history or physical findings indicative of central nervous system disorders, clinical diagnosis of benign paroxysmal positional vertigo or perilymphatic fistula. Patients were randomly allocated to the intervention and placebo controlled groups. Intervention group performed exercises for adaptation of the vestibulo-ocular reflex; control group performed placebo exercises. Both groups were instructed to use dimenhydrinate and self-adjust the dose according to the intensity of their symptoms (up to 150mg/day). Patients evaluated by the assessment of the intensity of symptoms, by analogue visual scale, neuro-otological examination (presence of spontaneous nystagmus, Romberg test, Fukuda test and head-shaking nystagmus) and need to use the medication. There were three appointments in the follow-up period: three to five days, seven to ten days and eighteen to twenty one days after the initial evaluation. Results: There were 87 patients eligible for the study, 45 in the intervention group and 42 in the control group. At the initial evaluation, there was no statistically significant difference between the intervention and control groups in terms of sex, age, interval from onset of symptoms to inclusion in the study, intensity xxxvii of symptoms and neuro-otological tests results. Intensity of symptoms: the mean of the patients\' analogue visual scale score was similar for the intervention and control groups at the initial evaluation. At the second and third evaluations the mean score of the intervention group was significantly smaller. At the fourth and final evaluation, the groups were similar again. In the intervention group the amount of medication used by patients was always smaller than in the control group. Presence of spontaneous nystagmus was similar in between the groups at all but the third evaluation. As to the Romberg test results, the proportion of patients with a positive test was smaller for the intervention group at the second and third evaluations (borderline significant for the second intervention). At the fourth and final evaluation, the groups were similar again. As to the Fukuda and headshaking nystagmus tests, results were similar, at the third and forth evaluations the intervention group performed better than the control group. Conclusions: Vestibular exercises for adaptation of the vestibulo-ocular reflex have beneficial effects on treatment of patients with acute vertigo. The intervention group recovered faster, used a reduced amount of medication and performed better on balance tests as compared to the control group
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Eficácia dos exercícios de adaptação do reflexo vestíbulo-ocular no tratamento da vertigem aguda / Efficacy of vestibulo-ocular reflex exercises in the treatment of acute vertigo

Alessandra Ramos Venosa 03 August 2005 (has links)
Introdução: Desde sua primeira descrição na década de 40 o espectro de aplicação da reabilitação vestibular vem crescendo, tornando-se opção de tratamento em disfunções vestibulares periféricas, incluindo as uni e bilaterais, e em doenças do sistema nervoso central. O presente estudo avalia a eficácia de exercícios que estimulam a adaptação do reflexo vestíbulo-ocular em indivíduos com quadro agudo de vertigem. Métodos: neste estudo clínico prospectivo foram avaliados indivíduos aleatoriamente alocados em um grupo de estudo, que realizou exercícios para adaptação do reflexo vestíbulo-ocular, e em um grupo controle, que realizou exercícios placebo. Os critérios de inclusão foram história de pelo menos um episódio de vertigem nos últimos cinco dias, idade acima de 18 anos, e alteração em pelo menos dois dos testes objetivos de equilíbrio (teste de Romberg, teste de Fukuda e \"head-shaking\" nistagmo) e/ou presença de nistagmo espontâneo. Os pacientes de ambos os grupos foram orientados a utilizar dimenidrato na dose máxima de 150 mg ao dia, divididas em três doses, podendo auto-regular a dose conforme a intensidade dos sintomas apresentados. Foram excluídos indivíduos que tivessem utilizado medicação com ação no sistema vestibular nos últimos sete dias, com presença de alterações sugestivas de doença do sistema nervoso central, diagnóstico de vertigem posicional paroxística benigna ou de fístula perilinfática. Os pacientes foram avaliados, no início do estudo e em três visitas subseqüentes, realizadas nos períodos de três a cinco dias, sete a dez dias e dezoito a vinte e um dias após o início da pesquisa. Em todas as visitas a avaliação foi realizada por meio de notas atribuídas à intensidade dos sintomas (escala analógica visual), quantidade de medicação utilizada e resultados dos testes de equilíbrio. Resultados: Foram analisados 87 xxxv indivíduos, 45 no grupo de estudo e 42 no grupo controle. Na avaliação inicial os grupos eram semelhantes do ponto de vista estatístico em relação ao sexo e idade dos pacientes, tempo decorrido entre o início dos sintomas e a primeira avaliação, intensidade dos sintomas e achados de exame físico. O grupo de estudos apresentou intensidade de sintomas inferior ao grupo controle nas segunda e terceira avaliações; na quarta e última avaliação ambos os grupos apresentaram sintomatologia semelhante. A quantidade de medicação utilizada pelos pacientes do grupo de estudos foi inferior à utilizada pelo grupo controle em todos as avaliações realizadas. Não houve diferença entre os grupos em relação ao desaparecimento do nistagmo espontâneo exceto na terceira avaliação. A proporção de pacientes com teste de Romberg alterado foi menor no grupo de estudo quando comparada ao grupo controle nas segunda (tendência à significância estatística) e terceira avaliações, não havendo diferença entre os grupos na última avaliação. Nos testes de Fukuda e de \"head-shaking\" nistagmo não houve diferença entre os grupos em relação à proporção de testes alterados nas primeira e segunda avaliações, entretanto nas terceira e quarta avaliações o grupo de estudos teve menor proporção de testes alterados. Conclusões: O grupo submetido aos exercícios para adaptação do reflexo vestíbulo-ocular obteve melhora clínica mais rápida, fez uso de quantidade menor de dimenidrato e apresentou normalização dos testes clínicos de equilíbrio mais precocemente quando comparado ao grupo controle / Introduction: Since its first description in 1940 decade, the spectrum of use of vestibular rehabilitation has broadened and nowadays comprises unilateral, bilateral and even central vestibular disorders. The objective of this study is to evaluate the effect of exercises for adaptation of the vestibuloocular reflex in patients with acute vertigo. METHODS: Study design: prospective randomized trial, patients blinded to assignment groups. The study population had the following characteristics: = 18 years of age, at least one episode of vertigo in the last five days, negative results in at least two objective vestibular tests and/or presence of spontaneous nystagmus. The exclusion criteria were: use of any medication interfering with the vestibular system in the past seven days, clinical history or physical findings indicative of central nervous system disorders, clinical diagnosis of benign paroxysmal positional vertigo or perilymphatic fistula. Patients were randomly allocated to the intervention and placebo controlled groups. Intervention group performed exercises for adaptation of the vestibulo-ocular reflex; control group performed placebo exercises. Both groups were instructed to use dimenhydrinate and self-adjust the dose according to the intensity of their symptoms (up to 150mg/day). Patients evaluated by the assessment of the intensity of symptoms, by analogue visual scale, neuro-otological examination (presence of spontaneous nystagmus, Romberg test, Fukuda test and head-shaking nystagmus) and need to use the medication. There were three appointments in the follow-up period: three to five days, seven to ten days and eighteen to twenty one days after the initial evaluation. Results: There were 87 patients eligible for the study, 45 in the intervention group and 42 in the control group. At the initial evaluation, there was no statistically significant difference between the intervention and control groups in terms of sex, age, interval from onset of symptoms to inclusion in the study, intensity xxxvii of symptoms and neuro-otological tests results. Intensity of symptoms: the mean of the patients\' analogue visual scale score was similar for the intervention and control groups at the initial evaluation. At the second and third evaluations the mean score of the intervention group was significantly smaller. At the fourth and final evaluation, the groups were similar again. In the intervention group the amount of medication used by patients was always smaller than in the control group. Presence of spontaneous nystagmus was similar in between the groups at all but the third evaluation. As to the Romberg test results, the proportion of patients with a positive test was smaller for the intervention group at the second and third evaluations (borderline significant for the second intervention). At the fourth and final evaluation, the groups were similar again. As to the Fukuda and headshaking nystagmus tests, results were similar, at the third and forth evaluations the intervention group performed better than the control group. Conclusions: Vestibular exercises for adaptation of the vestibulo-ocular reflex have beneficial effects on treatment of patients with acute vertigo. The intervention group recovered faster, used a reduced amount of medication and performed better on balance tests as compared to the control group

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