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Liderança política e autoridade paterna : Psicologia masculinidade na construção das personalidades de Vargas e Perón

Botton, Fernando Bagiotto January 2017 (has links)
Orientador : Profª Drª Ana Paula Vosne Martins / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa: Curitiba, 10/02/2017 / Inclui referências : f. 293-304 / Linnha de pesquisa : "Intersubjetividade e pluralidade : Reflexão e Sentimento na História" / Resumo: Esta tese busca compreender alguns meios pelos quais os saberes-psi e os discursos de gênero foram articulados à (macro)política na primeira metade do século XX. Esse dispositivo discursivo buscava sustentar o poder presidencial enquanto manifestação da vontade individual e pujante de um homem a dominar os instintos da massa coletiva, classificada pelas hierarquias dicotômicas de gênero como feminina em oposição e inferioridade à liderança masculina. Assim, pesquisamos algumas das principais vias pelas quais tal discursividade psicopolítica foi prontamente recebida, reinterpretada e readaptada no Brasil e na Argentina para justificar a liderança dos presidentes Getúlio Dorneles Vargas e Juan Domingo Perón, então considerados superiores e singulares graças aos viris traços psicofísicos abrangidos pelo conjunto de suas personalidades. Nesse mesmo intuito foi fundamental compreender as maneiras com que os biógrafos apelaram a diversas leituras políticas sobre a ideia de autoridade buscando somar à fórmula da liderança masculina dos presidentes as antigas teorias das artes de governar fundadas num poder pastoral em que o líder era visto não como um tirano, mas como bondoso pastor a conduzir seu rebanho. Nesse sentido foram ensejados vínculos amorosos e ativos entre a massa e o líder, por meio de uma autoridade que articula metaforicamente as figuras do presidente com as de Cristo, do general e do pai de família. Isso permitiu as apropriações, recepções e reformulações dos populares que embasaram e justificaram sua escrita missivística aos presidentes por meio dos mesmos argumentos psicológicos, políticos e de gênero que sustentavam seus poderes de liderança e autoridade. Palavras Chave: Liderança, Autoridade, Personalidade, Masculinidade, Política / Resumen: Esa tesis pretende comprender algunas formas por las cuales los saberes-psi y los discursos de género fueran articulados a la (macro)política en la primera mitad del siglo XX. Ese dispositivo discursivo buscaba sostener el poder presidencial como manifestación de la voluntad individual y pujante de un hombre a dominar los instintos de la masa colectiva, clasificada por las jerarquías dicotómicas de género como femenina, en oposición e inferioridad al liderazgo masculino. Así, investigamos algunas de las principales vías por las cuales tal discursividad psicopolítica fue prontamente recibida, reinterpretada y readaptada en Brasil y Argentina para justificar el liderazgo de los presidentes Getúlio Dorneles Vargas y Juan Domingo Perón, considerados superiores y singulares a merced de los viriles rasgos psicofísicos involucrados por la extensión de sus personalidades. En eso mismo intuito fue fundamental comprender las maneras por las cuales los biógrafos recurriran a diversas lecturas políticas acerca de la idea de autoridad objetivando adicionar a la fórmula del liderazgo masculino de los presidentes las antiguas teorías de las artes de gobernar basadas en un poder pastoral en que el líder era percatado no como tirano, pero como bondadoso pastor a conducir su rebaño. En tal sentido fueron motivados vínculos amorosos y activos entre la masa y el líder, por medio de una autoridad que articula metafóricamente las imágenes del presidente con las de Cristo, del general y del padre de familia. Eso permitió las apropiaciones, recepciones y reformulaciones del pueblo que basó y justificó sus correspondencias a los presidentes por medio de los mismos argumentos psicológicos, políticos y de género que sostenían sus poderes de liderazgo y autoridad. Palabras Clave: Liderazgo, Autoridad, Personalidad, Masculinidad, Política

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