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Culturas juvenis numa escola pública de ensino médio: novos usos, novos cenários

Barcelos, Karla Vello Meyrelles 10 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T16:33:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Karla Vello Meyrelles Barcelos.pdf: 3811847 bytes, checksum: 226b709b94b22a4d386687dbcc18b087 (MD5) Previous issue date: 2008-12-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Juvenile culture is a concept that is part of a theoretical repertory of some anthropologists whose works have renewed the study about youth (Pampols, 1999; Martin-Barbero, 1999; Reguillo, 1999; Margullis & Urresti, 1999; Islas, 1999; Valenzuela, 1999). The research, which was accomplished during 2005 and 2007, deals with juvenile cultures and with a public high school located in Vila Pompeia, west area of the city of Sao Paulo. The aim of this research is to understand the uses that young students have been producing of a public state high school that was investigated in the context of relations and social interactions that reveal, inside the school, different juvenile manifestations. Investigating the uses (De Certeau, 1994) that young students produce of the public school where they study shows, in a certain way, an interest in what they have been able to create, fabricate from the way the school offers itself to their consumption e by the relations which are established with the actors that compose the scholar universe. As hypothesis, it is believed that the juvenile cultures that are spread give opportunity to new uses of the public high school. It means that juvenile manifestations inside the school cannot be explained in a brief way, just viewed as indiscipline, pathology or bad behavior expressions of the youth. From Woods (1987; 1991) and Geertz (1989) ethnographic perspectives, the symbolic and concrete games that compose the juvenile manifestations in their sociability rites were considered. The methodological procedures we used were field observations, records, conversations, interviews, questionnaires and dossiers accomplishment. Young students from the first, the second and the third year from different shifts, teachers, inspectors, counterwoman, cleaning agent, and director were interviewed. The results point out that juvenile cultures are important and constituent parts of social functions assumed by the school. It was possible to prove that the school organization, with principles, rules, and values which are historically built is able to express the interactions and relations established by the young students inside the school. We can say that it is from concrete conditions and symbolic operations which are built together that we have the juvenile cultures and the new uses of the investigated public school / Cultura Juvenil é um conceito que faz parte do repertório teórico de alguns antropólogos cujos trabalhos têm renovado o estudo sobre a juventude (Pampols, 1999; Martín-Barbero, 1999; Reguillo,1999; Margullis & Urresti, 1999; Islas,1999; Valenzuela, 1999). A pesquisa, realizada durante os anos de 2005 e 2007, trata das culturas juvenis e de uma escola pública de ensino médio, situada na Vila Pompéia, zona oeste da cidade de São Paulo. O objetivo desta pesquisa consistiu em compreender os usos que jovens alunos têm feito de uma escola pública estadual de ensino médio, que foi investigada no contexto das relações e interações sociais que, no interior da escola, revela diferentes manifestações juvenis. Investigar os usos (De Certeau, 1994) que os jovens alunos fazem da escola pública em que estudam é, de certa maneira, interessar-se pelo que eles têm sido capazes de criar, fabricar a partir do modo como a escola se oferece aos seus consumos e pelas relações estabelecidas com os atores que compõem o universo escolar. Como hipótese, acredita-se que as culturas juvenis que estão em circulação ensejam novos usos da escola pública de ensino médio. Isso significa dizer que as manifestações juvenis no interior da escola não podem ser explicadas de maneira resumida, vistas apenas como uma expressão de indisciplina, de patologias e desvios de conduta por parte dos jovens alunos. A partir da perspectiva etnográfica de Woods (1987; 1991) e de Geertz (1989), foi considerado o jogo simbólico e concreto que constitui as manifestações juvenis em seus diferentes ritos de sociabilidade. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: observações no campo, realização de registros, conversas e entrevistas, questionário, prontuários. Foram entrevistados jovens alunos do primeiro, segundo e terceiro ano dos diferentes turnos, professores, inspetores, cantineira, agente de limpeza e direção da escola. Os resultados apontam que as culturas juvenis são partes importantes e constituintes das funções sociais assumidas pela escola. Foi possível constatar que a organização escolar, por meio das normas, regras e valores constituídos historicamente são capazes de expressar as interações e relações estabelecidas pelos jovens alunos no interior da escola. Pode-se dizer que é a partir das condições concretas e de operações simbólicas conjuntamente construídas que temos as culturas juvenis e os novos usos da escola pública investigada

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