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Mulheres negras idosas: a invisibilidade da violência doméstica / Elderly black women: the invisibility of domestic violenceOliveira, Ilka Custódio de 28 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-28 / The differences experienced by social classes throughout the life cycle draw different
old ages. It is not a homogeneous process, rich and poor do not experience it the
same way. Aging is a social problem to the working class which, possessing only its
labour force, when old, loses the usage value to the capital and is tackled, once
again by the social depreciation and poverty, becoming more sociably invisible as it
gets older. Aging carries the social inequalities experienced throughout life. The
black population, due to racism and its ramifications, has a life with more disadvantages
than the white population; aging is a harder experience to the black population.
Women live longer than men do, but if we were to add to the group of social inequalities
fostered by racism gender inequalities, black women aging is even more
challenging. The comprehension of linking between aging, racism and gender can be
made from domestic violence, understood as a violation of human rights, which derives
from a social organization, which favours male to the detriment of female. The
empirical research was performed in a judgement of Domestic and Familiar Violence
against women in the Court of Justice of São Paulo, having as analysed material the
psychosocial expertise carried out with elderly women, in the period from January
2014 to November 2015. The sample was composed of 11 elderlies, from which 4
were black and 7 were white. The analysis has evinced that psychosocial expertise
are tools that have elucidated the magnitude of the domestic violence situation in
which these elderly were inserted into and that they experienced unseeing social
practices, which imprisoned them in the domestic violence circuit, not allowing aging
to be lived with dignity / As diferenças vivenciadas pelas classes sociais ao longo do ciclo de vida desenham
diferentes velhices. Não é um processo homogêneo, já que ricos e pobres não o vivenciam
da mesma forma. O envelhecimento é um problema social para a classe
trabalhadora, que, possuidora apenas da sua força de trabalho, quando envelhece,
perde o valor de uso para o capital e é acometida, mais uma vez, pela depreciação
social e pobreza, tornando-se mais invisível socialmente conforme vai envelhecendo.
O envelhecimento carrega consigo as desigualdades sociais vivenciadas ao longo
da vida. A população negra, devido ao racismo e seus desdobramentos, tem uma
vida com mais desvantagens que a população branca, o envelhecimento é uma experiência
mais difícil para a população negra. As mulheres vivem mais que os homens,
mas, se ao conjunto de desigualdades sociais fomentadas pelo racismo se
somarem as desigualdades de gênero, o envelhecimento da mulher negra é ainda
mais desafiador. A compreensão da vinculação entre envelhecimento, racismo e gênero
pode ser feita a partir da violência doméstica, entendida como uma violação
dos direitos humanos que deriva de uma organização social que privilegia o masculino
em detrimento do feminino. A pesquisa empírica foi realizada numa Vara de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça de São Paulo,
tendo como material analisado as perícias psicossociais realizadas com mulheres
idosas no período de janeiro de 2014 a novembro de 2015. A amostra foi composta
de 11 idosas, das quais 4 eram negras e 7 brancas. A análise evidenciou que as perícias
psicossociais foram ferramentas que elucidaram a magnitude da situação de
violência doméstica na qual essas idosas estavam inseridas e que elas vivenciavam
práticas sociais invisibilizadoras, que as aprisionavam no circuito da violência doméstica,
não permitindo que o envelhecimento fosse vivido com dignidade
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Pertencimento étnico-racial e ensino de História.Andrade, Paulo Sérgio de 27 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-27 / Financiadora de Estudos e Projetos / This research is related to the influence of Teaching of History to build the
sense of embrace their ethnic-racial roots and the relation between blacks and whites. It has
participated in this research four former black students of an Affirmative Action project who
took place in the city of Sao Carlos, state of Sao Paulo, which aimed to prepare students to
College admission exams. This research was performed and guided by the following
research inquiry: Does the teaching of History contribute to the affirmation/denial to the
ethnic-racial feeling of poor black students in the college admission courses?
The study takes off from the observations made by the researcher in charge
for the subjects of History and Geography in this project. He aimed to verify whether the
teaching of History interferes in the self esteem and identity of afro-descendants students,
leading them to the feeling of denying their own ethnic racial roots, which is fabricated in the
society. Systematic talks with two former female students and two male students were
conducted involved in the Affirmative action project that was developed in the period of
2002 and 2003, sponsored by Fundação Ford and attached to Department of Physics of
USP, campus Sao Carlos Sao Paulo, aiming to facilitate the access and permanence of
poor black students at the public university. It also aimed to strike back situations of
prejudice, discrimination and racism such ideas reinforced by ideologies still present along
the years in Brazil.
The findings showed that the integration of the researched students favored
them to embrace the feeling of ethnic and racial roots to what they were alike, when they
identify themselves as afro-descendants. These students dealt with racist attitudes and
discriminations in their routine. However, they got their self esteem and identity favored by
the time they recognized themselves as culture makers and active agents in the scenery of
the Brazilian history. / Esta pesquisa está relacionada às influências do Ensino de História na
construção do pertencimento étnico-racial e nas relações entre negros e brancos. Teve
como participantes quatro ex-alunos afro-descendentes de um projeto de Ação Afirmativa,
realizado na cidade de São Carlos-SP, que visava preparar estudantes para o exame
vestibular. Esta pesquisa foi realizada, orientando-se pela seguinte questão de pesquisa: O
ensino de História contribui para afirmação/negação ao pertencimento racial de estudantes
negros e carentes em cursinho pré-vestibular?
O estudo parte de observações feitas pelo pesquisador, responsável pelas
disciplinas de História e Geografia nesse projeto. E teve por objetivos de verificar se o
Ensino de História interfere na auto-estima e identidade de alunos afro-descendentes,
levando-os a não aceitação de seu pertencimento étnico-racial, o que é reproduzido na
sociedade. Realizou-se conversas sistemáticas com duas ex-alunas e dois ex-alunos,
estudantes do projeto de ação afirmativa, que se desenvolveu no período entre 2002 e
2003, com recursos da Fundação Ford, vinculado ao Departamento de Física da USP,
campus São Carlos - São Paulo, com o objetivo de facilitar o acesso e permanência de
alunos negros e carentes na Universidade Pública, e de rebater situações de preconceitos,
discriminações e racismo fortalecidos por ideologias que se fazem presente ao longo do
fazer histórico brasileiro.
Constatou-se que com a integração dos jovens ao projeto em pauta, houve
favorecimento para que estes assumissem o pertencimento étnico-racial com o qual se
identificavam, sentindo-se fortificados quando identificaram-se como negros. Passaram a
rebater atitudes racistas, discriminatórias sofridas no cotidiano, tiveram ainda o
favorecimento da auto-estima, identidade, a partir do momento que se reconheceram
fazedores de culturas e agentes ativos no fazer da História, da História brasileira.
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Processos educativos da Capoeira Angola e construção do pertencimento étnico-racialNogueira, Simone Gibran 24 October 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-10-24 / The research question is: How and under what circumstances, Capoeira Angola´s teachings and learnings contribute to the construction of ethnic-racial belonging in Black professionals with university education? It seeks to identify positive contributions of Capoeira Angola for the construction of the ethnic-racial identity and the overcoming of difficulties in being a professional in an environment mostly white, adverse and hostile to Blacks, such as the university. Theoretical references of the research were based in literature in the field of Education and Psychology, such as: Black Psychology and African Psychology. In order to collect the data two Black angoleiros that made university were visited and detailed conversations was done. Well as, it was made a Circle of Conversations that count on with two mestres and three professores-mestrandos of Capoeira Angola, which contributed to a more collective understanding of how the ethnic-racial belonging can be built inside a group that cultivates African traditions. The study was conducted with inspiration in Phenomenology and data were analyzed based on meanings expressed by the participants. The research shows that Be Black in Brazil is very difficult, but the practice of Capoeira Angola promotes both the psychological health and the strengthening of ethnic-racial belonging both in Blacks and in Non-Black. This happens because the Capoeira Angola educational processes are an anti-racist pedagogy, which encourage both the learning to live in diversity and the learning to fight to transform the society in a place more just, equalitarian and democratic. Thus, it is clear those Capoeira Angola knowledges and their own ways to transmit it, can strengthen the implementation of policies of Affirmative Action in Brazil. / A questão orientadora da pesquisa é: Como, e em que circunstâncias, os ensinamentos e os aprendizados da Capoeira Angola contribuem para a construção do pertencimento étnico-racial em profissionais negros com formação universitária? Busca assim, identificar contribuições da Capoeira Angola para a construção do pertencimento étnico-racial e para a superação de dificuldades em ambiente profissional majoritariamente branco, hostil e adverso aos negros(as), como o da universidade. As referências teóricas da pesquisa constituíram-se em base de literatura do campo da Educação e da Psicologia, neste caso: Black Psychology e African Psychology. A fim de coletar os dados foram realizadas visitas e conversas aprofundadas com dois angoleiros negros que cursaram universidade, bem como, foi realizada uma Roda de Conversa com a participação de dois mestres e três professores-mestrando de Capoeira Angola, que contribuíram para uma compreensão mais coletiva de como o pertencimento étnico-racial pode ser construído em meio a um grupo que cultiva tradições de raiz africana. A pesquisa foi realizada com postura inspirada na Fenomenologia e os dados foram analisados com base em significados expressos pelos participantes. A pesquisa mostra que ser negro no Brasil é muito difícil, mas a prática da Capoeira Angola promove tanto a saúde psicológica quanto o fortalecimento do pertencimento étnico-racial em negros e não-negros. Isto ocorre porque seus processos educativos se constituem em pedagogias anti-racistas, que favorecem tanto o aprendizado de conviver na diversidade quanto o aprendizado de lutar para transformar a sociedade num ambiente mais justo, igualitário e democrático. Deste modo, fica evidente que conhecimentos e formas de transmissão próprios da Capoeira Angola podem fortalecer, a implementação de políticas de Ações Afirmativas.
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