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O estado de alienação e o processo de des-alienação do espírito na natureza: uma investigação sobre a imanência do espírito e da ideia na filosofia da natureza de Hegel / The state of alienation and the process of un-alienation of spirit in nature: an investigation upon the imanence of spirit and idea in Hegel's philosophy of natureHelena Wergles Ramos 15 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O principal objetivo do presente trabalho consiste em demonstrar que, segundo a Lógica, a Filosofia do Espírito e a Estética de Hegel, os âmbitos da natureza e do espírito, tal como descritos pelo autor, não podem ser concebidos como âmbitos isolados entre si, mas devem ser tidos antes como domínios interligados por dois importantes fundamentos conceituais, a saber: em primeiro lugar, Hegel concebe tanto o espírito quanto a natureza como modos de manifestação da Ideia Absoluta; em segundo lugar, Hegel define a natureza como o espírito alienado de si. Sendo assim, investigaremos em que consiste tal estado de alienação e o modo como o mesmo se torna evidente em meio às considerações do autor sobre a natureza, bem como o modo pelo qual tal alienação é, por assim dizer, superada pelo próprio espírito imanente à natureza, superação esta que o conduz ao reino da consciência. Entretanto, é importante ter em mente desde já que a suspensão deste estado de alienação não ocorre de forma repentina: ao contrário, a assim chamada des-alienação do espírito se dá por meio de um processo gradual, onde a essência espiritual da natureza se torna mais manifesta à medida que o auto-movimento torna-se perceptível como algo imanente aos seres naturais, tendo como ápice de sua manifestação a natureza orgânica. Nesta forma de existência natural, a alma ― termo cunhado a partir do termo latino anima, a fonte de animação dos organismos em geral ― lhes empresta a vitalidade que lhes é própria, vitalidade esta que, como veremos, consiste na forma de expressão mais elevada da presença do espírito na natureza. / This dissertation aims at demonstrating that, according to Hegels Logic, Philosophy of Spirit and Aesthetics, the domains of nature and spirit cannot be conceived as two completely isolated domains, but rather as domains which are intimately connected by two important conceptual grounds, namely, the fact that Hegel conceives both nature and spirit as two modes of manifestation of the Absolute Idea and the fact that Hegel defines nature as the spirit existing as alienated from itself. In this way, we shall analyze such state of alienation, in order to clarify exactly what it is and how it expresses itself among the authors descriptions of the natural realm; besides, we shall also investigate how such alienation is, so to speak, overcome by the spirit lying within the essence of nature, which leads to the rise of consciousness. However, according to Hegel, the overcoming of such state of alienation is not something that happens instantly: on the contrary, it consists in a gradual process, in which the immanent spiritual essence of nature unfolds itself and becomes more clearly manifested as the property of self-movement begins to be acknowledged as something inherent to the natural beings, organic nature being the apex of spirits manifestation within nature. In the realm of organic nature, the soul a term that is related to the Latin word anima, the source of animation of organisms in general grants them the vitality which characterizes them as living beings; as we shall see, this vitality is the most elevated way of the spirits manifestation within nature.
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O estado de alienação e o processo de des-alienação do espírito na natureza: uma investigação sobre a imanência do espírito e da ideia na filosofia da natureza de Hegel / The state of alienation and the process of un-alienation of spirit in nature: an investigation upon the imanence of spirit and idea in Hegel's philosophy of natureHelena Wergles Ramos 15 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O principal objetivo do presente trabalho consiste em demonstrar que, segundo a Lógica, a Filosofia do Espírito e a Estética de Hegel, os âmbitos da natureza e do espírito, tal como descritos pelo autor, não podem ser concebidos como âmbitos isolados entre si, mas devem ser tidos antes como domínios interligados por dois importantes fundamentos conceituais, a saber: em primeiro lugar, Hegel concebe tanto o espírito quanto a natureza como modos de manifestação da Ideia Absoluta; em segundo lugar, Hegel define a natureza como o espírito alienado de si. Sendo assim, investigaremos em que consiste tal estado de alienação e o modo como o mesmo se torna evidente em meio às considerações do autor sobre a natureza, bem como o modo pelo qual tal alienação é, por assim dizer, superada pelo próprio espírito imanente à natureza, superação esta que o conduz ao reino da consciência. Entretanto, é importante ter em mente desde já que a suspensão deste estado de alienação não ocorre de forma repentina: ao contrário, a assim chamada des-alienação do espírito se dá por meio de um processo gradual, onde a essência espiritual da natureza se torna mais manifesta à medida que o auto-movimento torna-se perceptível como algo imanente aos seres naturais, tendo como ápice de sua manifestação a natureza orgânica. Nesta forma de existência natural, a alma ― termo cunhado a partir do termo latino anima, a fonte de animação dos organismos em geral ― lhes empresta a vitalidade que lhes é própria, vitalidade esta que, como veremos, consiste na forma de expressão mais elevada da presença do espírito na natureza. / This dissertation aims at demonstrating that, according to Hegels Logic, Philosophy of Spirit and Aesthetics, the domains of nature and spirit cannot be conceived as two completely isolated domains, but rather as domains which are intimately connected by two important conceptual grounds, namely, the fact that Hegel conceives both nature and spirit as two modes of manifestation of the Absolute Idea and the fact that Hegel defines nature as the spirit existing as alienated from itself. In this way, we shall analyze such state of alienation, in order to clarify exactly what it is and how it expresses itself among the authors descriptions of the natural realm; besides, we shall also investigate how such alienation is, so to speak, overcome by the spirit lying within the essence of nature, which leads to the rise of consciousness. However, according to Hegel, the overcoming of such state of alienation is not something that happens instantly: on the contrary, it consists in a gradual process, in which the immanent spiritual essence of nature unfolds itself and becomes more clearly manifested as the property of self-movement begins to be acknowledged as something inherent to the natural beings, organic nature being the apex of spirits manifestation within nature. In the realm of organic nature, the soul a term that is related to the Latin word anima, the source of animation of organisms in general grants them the vitality which characterizes them as living beings; as we shall see, this vitality is the most elevated way of the spirits manifestation within nature.
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