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Eu não sei falar direito, então eu erro a palavra: problematizando os desvios fonológicos no processo de alfabetização escolarStaudt, Letícia Bello 22 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-22 / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / A presente pesquisa traz reflexões acerca da incidência de desvios fonológicos na fala de crianças em processo de alfabetização e sua relação com a aquisição da escrita, mostrando a importância do estímulo à consciência fonológica para a superação das dificuldades fonológicas enfrentadas. O estudo foi desenvolvido em duas escolas públicas da região metropolitana de Porto Alegre. Foram acompanhados doze informantes, divididos em dois grupos: de acompanhamento e de intervenção. O grupo de acompanhamento, composto por quatro informantes com idades entre 8 e 11 anos, foi acompanhado durante um ano, porém, sem receber qualquer tipo de intervenção. O Grupo de intervenção, por sua vez, era composto por oito crianças, entre 6 e 8 anos. Para este grupo, foi desenvolvido um jogo de dados, intitulado Fonodado, que promovia o uso de fonemas e estruturas silábicas ausentes no inventário fonético das crianças, através de atividades que estimulavam a consciência fonológica e a escrita. As crianças participaram da atividade semanalmente, com sessões individuais de trinta minutos, por um período aproximado de dois meses Como resultado, observou-se na pós-testagem do grupo de intervenção efeitos positivos com relação ao desenvolvimento do nível de consciência fonológica testada pelo CONFIAS (MOOJEN et al., 2003), além da superação de todos ou parte dos desvios fonológicos observados na fala dos informantes.Da mesma forma, as crianças do grupo de intervenção demonstraram desenvolvimento da escrita, superando dificuldades de cunho fonológico na grafia de palavras. Em contrapartida, os indivíduos pertencentes ao grupo de acompanhamento mantiveram, em sua maioria, os desvios fonológicos observados no início do estudo, além de dificuldades na modalidade escrita da língua.A pesquisa procurou, ainda, refletir sobre o uso do termo desvio fonológico, trazendo considerações sobre as implicações do uso desse termo na identificação de crianças que apresentam tais características de fala, considerando-se aspectos relacionados à inclusão desses alunos no ambiente escolar. Dessa forma, propõem-se uma mudança no olhar frente ao desvio fonológico e sua implicação no desenvolvimento da criança, que depende, além de outros fatores, da atenção dispensada pelo educador às manifestações linguísticas de seus alunos e de uma diversificação na prática pedagógica, em busca de alternativas para a aprendizagem de todos. / This research presents reflections about the incidence of phonological disorders in children’s speech in the literacy process, and its relation to the acquisition of writing, showing the importance of the phonological awareness stimulation for overcoming the phonological difficulties. The study was developed in two public schools in the metropolitan area of Porto Alegre. It was followed twelve informants, divided into two groups: monitoring and intervention. The monitoring group, consisting on four respondents, aged between 8 and 11 years old, were followed for one year, but not receiving any kind of intervention. The intervention group, however, was made up of eight children, between 6 and 8 years old. For this group, it was developed a dice game, entitled Fonodado, which promoted the use of phonemes and missing syllabic structure in the children’s phonetic inventory through activities that encouraged phonological awareness and writing. Children participated in the activity weekly in individual sessions that lasted thirty minutes for about two months. As a result, it was observed positive effects in the post-testing of the intervention group regarding the development of phonological awareness level tested by CONFIAS, beyond overcoming all or part of the phonological disorders observed in the informants’ speech. Similarly, children in the intervention group showed development of writing, overcoming difficulties caused by phonological nature in the spelling of words. In contrast, individuals in the monitoring group remained almost all the phonological disorders observed at baseline, as well as difficulties in the written form of the language. The research also aimed to reflect on the use of the phonological disorder term, bringing considerations about the implications of using this term in the identification of children with such speech characteristics, considering aspects related to the inclusion of these students in the school environment. Thus, it proposes a change in the way the speech disorder is understood and in its implication toward the child’s development, which depends, among other factors, on the attention given by the educator to the students’ linguistic manifestations and on diversifying the teaching practice, searching for alternatives to the learning of all.
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