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Detecção de reatividade divergente pelo teste de labirinto e sua implicação em indicadores fisiológicos e musculares de estresse em suínos sob diferentes manejos pré-abate / Detection of reactivity divergent by maze test and its implication in physiological indicators and muscle of stress in pigs under different handling pre-slaughter

Flávia Rafaela Santos Silva 04 February 2010 (has links)
Numerosos estudos tem demonstrado a relação entre medidas comportamentais e fisiológicas de estresse em suínos no abate e subseqüente efeitos na qualidade de carne. Uma maneira de estudar esta relação é através de testes comportamentais. O teste Y maze (labirinto em Y) é usado especialmente para determinar relação de aversão frente a diferentes procedimentos de manejo. O objetivo do trabalho foi verificar a eficácia do teste do labirinto em Y na detecção de diferenças comportamentais que permitam categorizar suínos híbridos em grupos de alta e baixa reatividade, e a relação desta com parâmetros fisiológicos e musculares. No ensaio 1 foram verificados dois tipos de labirinto, que diferenciavam-se quanto ao estímulo sonoro, aversivo ou não aversivo, na extremidade final de um dos braços laterais do Y. Quarenta suínos híbrido, F1-Landrace (LD) X Large White (LW), 40 fêmeas, com média de 160 dias de idade e peso médio de 94,1 kg de peso vivo, foram submetidos individualmente ao primeiro teste do labirinto em Y por 3 minutos, em uma área que constava de um corredor principal com 110 cm x 80 cm x 220 cm ( altura x largura x comprimento), e os braços laterais com 110 cm x 80 cm x 180 cm, sem contato visual com o exterior. O experimento identificou as seguintes variáveis como significativas para categorização em dois grupos de reatividade divergente: número de vezes que o animal entra em cada braço (NEB); tempo de permanência no braço principal (TPBP); tempo inicial no braço principal (TIBP); tempo total de permanência em cada braço (TTPB). Não houve efeito de tipo de estímulo sonoro para categorização de reatividade. No segundo experimento, utilizando apenas o estímulo sonoro aversivo, 132 suínos híbridos (LD X LW), sendo 66 machos e 66 fêmeas, foram submetidos ao teste do labirinto Y para obtenção de um subgrupo apresentando reatividade divergente, levando em conta as variáveis de classificação de reatividade definidos no ensaio 1. Quarenta e oito animais (24 fêmeas e 24 machos) foram identificados como animais de alta (AR) ou baixa reatividade (BR) e submetidos a dois manejos no período pré-abate, um tranqüilo (T) e outro estressante (E). Não houve diferença de reatividade entre gêneros (machos e fêmeas). Animais AR e BR apresentaram valores similares (P>0,05) para atividade de creatina quinase plasmática (1193,4 U/L± 218 e 1539,9 U/L±218), lactato plasmático ( 3,91 mmol/L± 0,20 e 4,00 mmol/L± 0,20) e glicogênio muscular 3 e 24 horas após abate (0,12 mg/g ± 0,02, 0,04 mg/g ± 0,01 e 0,08 mg/g±0,02, 0,04±0,01) respectivamente. A reatividade não alterou (P>0,05) a temperatura superficial do animal (AR: 32,9 oC ± 0,46, BR: 32,9 oC ± 0,45), enquanto o manejo E resultou em temperatura superficial de 33,9 oC± 0,45, que superou(P<0,05) o valor de 31,9 o C ± 0,46 observado nos animais do manejo T. Embora os testes tenham apontado para a possibilidade de categorização de reatividade pelo labirinto Y, as medidas fisiológicas examinadas não foram influenciadas pela reatividade divergente, mesmo em situações pré-abate diferenciadas. O manejo pré-abate também não influenciou os resultados das variáveis fisiológicas, exceto para temperatura superficial, que aponta para diferenças na atividade dos animais. / Numerous studies have demonstrated the relationship between behavioral and physiological measures of stress in pigs at slaughter and subsequent effects on meat quality. One way to study this relationship is through behavioral tests. The test Y maze is used especially to determine the relationship of aversion front the different procedures for handling. The objective of this study was to test the effectiveness of Y-maze to detect behavioral differences that allow categorizing crossbred pigs in groups of high and low reactivity, and the relationship between physiological parameters and muscle. In trial I, two types of maze were verified, which were distinguished as the sound stimulus, aversive or not aversive, at the end of one of the side arms Y. Forty pigs crossbreed, F1-Landrace (LD) X Large White (LW), 40 females, with an average of 160 days of age and averaging 94.1 kg body weight were submitted individually to the first test of the Y maze for 3 minutes in an area that consisted of a mean arm with 110 cm x 80 cm x 220 cm (height x width x length), and side arms with 110 cm x 80 cm x 180 cm, without visual contact with the outside. The experiment considered the variables as significant to categorization in two groups of divergent reactivity: number of times the animal enters into each arm (NEA); time of main arm (TMA); time in initial main arm (TIMA) and total time of stay in each arm (TTSA). Had no effect of type sound stimulus to reactivity categorization. The second experiment, used only aversive sound stimulus, 132 hybrid pigs (LD x LW), with 66 males and 66 females, were submitted to Y maze test to obtain a subgroup presenting divergent reactivity, considering the classification variables of reactivity defined in trial 1. Forty eight animals (24 females and 24 males) were identified as animals with high (HR) or low reactivity (LR) and submitted to two handling in pre-slaugther, a tranquil (T) and other stressful (S). There was no difference of reactivity between genders (male and female). HR and LR animals had similar (P> 0.05) for activity of plasma creatine kinase (1193.4 U / L ± 218 and 1539.9 U / L ± 218), lactate ( 3,91 mmol/L± 0,20 e 4,00 mmol/L± 0,21) and muscle glycogen 3 and 24 hours after slaughter (0,12 mg/g ± 0,02, 0,04 mg/g ± 0,01 e 0,08 mg/g±0,02, 0,04±0,01), respectively. Reactivity did not changed (P>0,05) the surface temperature of the animals (HR: 32,9 oC ± 0,46, LR: 32,9 oC ± 0,45), while the handling S resulted in surface temperature of 33,9 oC± 0,45, which exceeded (P<0,05) value of 31,9 o C ± 0,46 observed in the animals of handling T. Although tests have pointed to the possibility of categorizing reactivity by Y maze, the physiological measures examined were not influenced by divergent reactivity, even in pre-slaughter differentiated situations. The pre-slaugther handling did not influence the results of physiological variables, except for surface temperature, pointing to differences in the activity of the animals.
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Detecção de reatividade divergente pelo teste de labirinto e sua implicação em indicadores fisiológicos e musculares de estresse em suínos sob diferentes manejos pré-abate / Detection of reactivity divergent by maze test and its implication in physiological indicators and muscle of stress in pigs under different handling pre-slaughter

Silva, Flávia Rafaela Santos 04 February 2010 (has links)
Numerosos estudos tem demonstrado a relação entre medidas comportamentais e fisiológicas de estresse em suínos no abate e subseqüente efeitos na qualidade de carne. Uma maneira de estudar esta relação é através de testes comportamentais. O teste Y maze (labirinto em Y) é usado especialmente para determinar relação de aversão frente a diferentes procedimentos de manejo. O objetivo do trabalho foi verificar a eficácia do teste do labirinto em Y na detecção de diferenças comportamentais que permitam categorizar suínos híbridos em grupos de alta e baixa reatividade, e a relação desta com parâmetros fisiológicos e musculares. No ensaio 1 foram verificados dois tipos de labirinto, que diferenciavam-se quanto ao estímulo sonoro, aversivo ou não aversivo, na extremidade final de um dos braços laterais do Y. Quarenta suínos híbrido, F1-Landrace (LD) X Large White (LW), 40 fêmeas, com média de 160 dias de idade e peso médio de 94,1 kg de peso vivo, foram submetidos individualmente ao primeiro teste do labirinto em Y por 3 minutos, em uma área que constava de um corredor principal com 110 cm x 80 cm x 220 cm ( altura x largura x comprimento), e os braços laterais com 110 cm x 80 cm x 180 cm, sem contato visual com o exterior. O experimento identificou as seguintes variáveis como significativas para categorização em dois grupos de reatividade divergente: número de vezes que o animal entra em cada braço (NEB); tempo de permanência no braço principal (TPBP); tempo inicial no braço principal (TIBP); tempo total de permanência em cada braço (TTPB). Não houve efeito de tipo de estímulo sonoro para categorização de reatividade. No segundo experimento, utilizando apenas o estímulo sonoro aversivo, 132 suínos híbridos (LD X LW), sendo 66 machos e 66 fêmeas, foram submetidos ao teste do labirinto Y para obtenção de um subgrupo apresentando reatividade divergente, levando em conta as variáveis de classificação de reatividade definidos no ensaio 1. Quarenta e oito animais (24 fêmeas e 24 machos) foram identificados como animais de alta (AR) ou baixa reatividade (BR) e submetidos a dois manejos no período pré-abate, um tranqüilo (T) e outro estressante (E). Não houve diferença de reatividade entre gêneros (machos e fêmeas). Animais AR e BR apresentaram valores similares (P>0,05) para atividade de creatina quinase plasmática (1193,4 U/L± 218 e 1539,9 U/L±218), lactato plasmático ( 3,91 mmol/L± 0,20 e 4,00 mmol/L± 0,20) e glicogênio muscular 3 e 24 horas após abate (0,12 mg/g ± 0,02, 0,04 mg/g ± 0,01 e 0,08 mg/g±0,02, 0,04±0,01) respectivamente. A reatividade não alterou (P>0,05) a temperatura superficial do animal (AR: 32,9 oC ± 0,46, BR: 32,9 oC ± 0,45), enquanto o manejo E resultou em temperatura superficial de 33,9 oC± 0,45, que superou(P<0,05) o valor de 31,9 o C ± 0,46 observado nos animais do manejo T. Embora os testes tenham apontado para a possibilidade de categorização de reatividade pelo labirinto Y, as medidas fisiológicas examinadas não foram influenciadas pela reatividade divergente, mesmo em situações pré-abate diferenciadas. O manejo pré-abate também não influenciou os resultados das variáveis fisiológicas, exceto para temperatura superficial, que aponta para diferenças na atividade dos animais. / Numerous studies have demonstrated the relationship between behavioral and physiological measures of stress in pigs at slaughter and subsequent effects on meat quality. One way to study this relationship is through behavioral tests. The test Y maze is used especially to determine the relationship of aversion front the different procedures for handling. The objective of this study was to test the effectiveness of Y-maze to detect behavioral differences that allow categorizing crossbred pigs in groups of high and low reactivity, and the relationship between physiological parameters and muscle. In trial I, two types of maze were verified, which were distinguished as the sound stimulus, aversive or not aversive, at the end of one of the side arms Y. Forty pigs crossbreed, F1-Landrace (LD) X Large White (LW), 40 females, with an average of 160 days of age and averaging 94.1 kg body weight were submitted individually to the first test of the Y maze for 3 minutes in an area that consisted of a mean arm with 110 cm x 80 cm x 220 cm (height x width x length), and side arms with 110 cm x 80 cm x 180 cm, without visual contact with the outside. The experiment considered the variables as significant to categorization in two groups of divergent reactivity: number of times the animal enters into each arm (NEA); time of main arm (TMA); time in initial main arm (TIMA) and total time of stay in each arm (TTSA). Had no effect of type sound stimulus to reactivity categorization. The second experiment, used only aversive sound stimulus, 132 hybrid pigs (LD x LW), with 66 males and 66 females, were submitted to Y maze test to obtain a subgroup presenting divergent reactivity, considering the classification variables of reactivity defined in trial 1. Forty eight animals (24 females and 24 males) were identified as animals with high (HR) or low reactivity (LR) and submitted to two handling in pre-slaugther, a tranquil (T) and other stressful (S). There was no difference of reactivity between genders (male and female). HR and LR animals had similar (P> 0.05) for activity of plasma creatine kinase (1193.4 U / L ± 218 and 1539.9 U / L ± 218), lactate ( 3,91 mmol/L± 0,20 e 4,00 mmol/L± 0,21) and muscle glycogen 3 and 24 hours after slaughter (0,12 mg/g ± 0,02, 0,04 mg/g ± 0,01 e 0,08 mg/g±0,02, 0,04±0,01), respectively. Reactivity did not changed (P>0,05) the surface temperature of the animals (HR: 32,9 oC ± 0,46, LR: 32,9 oC ± 0,45), while the handling S resulted in surface temperature of 33,9 oC± 0,45, which exceeded (P<0,05) value of 31,9 o C ± 0,46 observed in the animals of handling T. Although tests have pointed to the possibility of categorizing reactivity by Y maze, the physiological measures examined were not influenced by divergent reactivity, even in pre-slaughter differentiated situations. The pre-slaugther handling did not influence the results of physiological variables, except for surface temperature, pointing to differences in the activity of the animals.

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