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Esfingofilia e polinização por engano em Aspidosperma pyrifolium Mart., uma Apocynaceae arbórea endêmica de caatinga

QUEIROZ, Joel Araújo 18 February 2009 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-04-06T15:28:32Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf: 717853 bytes, checksum: 28a010a2540c0b05b3079ee58ef9b41a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-06T15:28:32Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação_Joel A Queiroz_PPGBV_2009.pdf: 717853 bytes, checksum: 28a010a2540c0b05b3079ee58ef9b41a (MD5) Previous issue date: 2009-02-18 / CNPQ / A Caatinga apresenta espécies vegetais com sistemas de polinização reconhecidamente diversificados, com recursos e tipos florais especializados e com freqüências de síndromes semelhantes a ambientes mais úmidos. Aspidosperma pyrifolium é uma arbórea endêmica de Caatinga, regionalmente, utilizada como fonte de madeira, sendo indicada na restauração florestal de áreas degradadas do semi-árido. Neste estudo, as seguintes questões, relacionadas à biologia floral e reprodutiva de A. pyrifolium, foram propostas - (1) quem são os visitantes florais e os polinizadores efetivos? (2) há recurso floral para os polinizadores? (3) há dependência de vetor biótico de pólen na formação de frutos? (4) como ocorre o processo de polinização? (5) como é o sistema reprodutivo? As observações de campo foram realizadas no período de abril/2007 a dezembro/2008, em populações naturais ocorrentes na RPPN Fazenda Almas (7°28'45"S e 36°54'18"W), Paraíba, Brasil. Aspidosperma pyrifolium apresentou floração anual, restrita ao período de seca (novembro-fevereiro), sendo os indivíduos caracterizados pela produção massiva de flores. As flores, cujos atributos estão relacionados as síndromes de esfingofilia e fanelofilia, apresentam corola hipocrateriforme, a qual é formada de cinco lobos esbranquiçados e um tubo floral esverdeado e curto, que pode ser acessado pela estreita fauce pentagonal. O início de antese é crepuscular, estando as flores abertas às 18:00hs. Há emissão de odor nos lobos da corola, principalmente, na primeira noite de antese. As anteras agrupam-se numa estrutura em formato de cone no interior do tubo floral, estando deiscentes já nos botões em préantese, sendo o pólen apresentados no interior do cone de anteras, permitindo assim, uma deposição eficiente destes na probóscide dos visitantes. A cabeça do estilete está envolvida na dupla função de produção de substância pegajosa e de estigma, não participando, porém, do mecanismo de apresentação secundária de pólen. As flores de A. pyrifolium são desprovidas de néctar, sendo a polinização realizada por engano. Lepidópteros noturnos (Sphingidae) são os polinizadores de A. pyrifolium. A reduzida freqüência de visitas de polinizadores, o mecanismo de polinização por engano, que pode desestimular visitas freqüentes, e o comportamento dos noctuídeos, que promovem o fluxo de pólen entre as flores do mesmo indivíduo, resultam na baixa produção de frutos em A. pyrifolium. / Caatinga presents vegetable species with undeniably diverse pollination systems, with specialized floral types and resources, besides the frequence syndromes similary to more humid enviroments. Aspidosperma pyrifolium is an endemic tree from Caatinga, it is regionally, used as a source of wood, it is indicated to reforestation in degraded areas in the semi-árido. In this study, the following questions, related to the reproductive and floral biology of the A. pyrifolium, were proposed – (1) who are its floral visitors and its effective pollinators? (2) Is there floral resource to the pollinators? (3) Does the formation of fruit depend on a biotic vector of pollen? (4) How does its process of pollination(5) How does its reproductive system? The research was carried out in the natural populations from RPPN Fazenda Almas (7028’45’’S and 36054’18’’W), Paraíba, Brazil. Aspidosperma pyrifolium have presented an annual flowering period, restricted to the dry season (November-February), its individuals are characterized by the massive production of flowers. The flowers, which presents attributes related to the sphingophily and phanelophily syndromes, presenting an salveforme corolla, that is formed by five pale segments and a short greenish floral tube, that can be entered through its narrow pentagonal throat. The beginning of its lifespan is crepuscular, its flowers bloom at 18:00hs. The segments of its corolla give off a sweet-smelling odour, mainly, at its very first night of life. The anthers form cone-shaped structure into the floral tube, becoming unfolded in the buds in pre-lifespan, the pollen is presented into the cone of anthers, making possible an effective deposition of pollen on the visitor’s tongue. The style head has the bouble function of producing a sticky substance and stigma, however, it does not take part in secondary presentation of pollen mechanism. Aspidosperma pyrifolium don’t produce nectar, so its pollination is a deceptive. Nocturnal lepidopterous (Sphingidae) are the pollinators of the Aspidosperma pyrifolium. The few number of visits of pollinators; the deceptive pollination mechanism, that can discourage frequent visits; and the nocturnal’s behaviour, which promotes the pollen flow between flowers in the same individual, causing loss of pollen, resulted in low rate of fruit production in A. pyrifolium.

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