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Correntes subinerciais na Plataforma Continental interna entre Peruíbe e São Sebastião: observações / Subdital Inner-Shelf currents between Peruíbe and São Sebastião: Observations

Mazzini, Piero Luigi Fernandes 06 August 2009 (has links)
A região costeira do Estado de São Paulo, entre Peruíbe (24o24\'30\'\'S, 46o54\'00\'\'W) e São Sebastião (23o50\'30\'\'S, 45o40\'00\'\'W) faz parte da Plataforma Continental Sudeste do Brasil (PCSE). A região possui grande importância econômica e social devido ao turismo, indústria de óleo e gás, e ao porto de Santos, o maior do país. Correntes sobre a plataforma continental interna (PCI) dessa região foram pouco estudadas antes do projeto ECOSAN. Durante o ECOSAN, dados de correntes foram obtidos por aproximadamente 10 meses (2005-2006), através de 4 fundeios: 3 localizados na PCI, próximo à isóbata de 20 m: em frente à Peruíbe (P20) (24o24\'30\'\'S, 46o54\'00\'\'W), em frente à Santos (S20) (24o03\'30\'\'S, 46o17\'30\'\'W), e próximo à ilha Montão de Trigo (M20) (23o50\'\'30\'S, 45o40\'\'00\'W); e 1 localizado na plataforma continental média (PCM), próximo à isóbata de 100 m, em frente à Santos (S100) (25o05\'00\'\'S, 45o42\'00\'\'W). Medições de ventos foram feitas durante o mesmo período através de 2 bóias meteorológicas, localizadas junto à P20 e M20, e na Lage de Santos (L30) (24o19\'48\'\'S, 46o11\'20,4\'\'W). Os dados foram analisados no domínio do tempo e da freqüência para estudar as características das correntes bem como a importância relativa das forçantes da circulação, principalmente: tensão de cisalhamento do vento, gradientes de pressão baroclínicos e troca de momentum entre a Corrente do Brasil (CB) e as águas mais internas da plataforma continental. Resultados mostraram que as componentes de corrente paralelas à topografia foram as mais energéticas, sendo aparentemente geostróficas. Correntes forçadas pelo vento na PCI foram observadas em P20 durante o verão e em M20. Já em S20, o vento não foi capaz de suplantar os efeitos baroclínicos causados pela descarga fluvial do sistema estuarino de Santos. Em períodos de ventos fracos M20 é forçada por efeitos baroclínicos, aparentemente sofrendo também influência do sistema estuarino de Santos. Em P20 durante o inverno foi constatada a presença de forçantes baroclínicas, sendo estas atribuídas às águas provenientes do sul, com influência do Rio da Prata, as quais possivelmente influenciam também a dinâmica da PCM. Durante o período amostrado não foi verificado nenhuma inuência direta da Corrente do Brasil sobre a PCM, e tampouco sobre a PCI, demonstrando que essas regiões possuem dinâmica distinta da plataforma continental externa. A circulação na plataforma continental estudada não é homogênea, apresentando um sistema complexo de uxos e contra-uxos, havendo uma tendência das correntes sobre a PCM e a PCI apresentarem sentidos opostos. Há também tendência das correntes na PCI apresentarem sentido predominante para NE sobretudo entre Santos e São Sebastião, enquanto que na PCM a direção predominante é para SW. / The São Paulo State coastal region located between the cities of Peruíbe (242430S, 465400W) and São Sebastião (235030S, 454000W) is part of the SouthBrazil Bight. This region has great economic and social importance due to the tourism, oil and gas industries and the presence of the largest Brazilian port (Santos). Currents at the regions inner-shelf were poorly sampled before the eld work of the ECOSAN project. During ECOSAN, current meter data was obtained for nearly 10 months (2005-2006), from 4 moorings: 3 deployed in the inner-shelf, near the 20 m isobath: in front of Peruíbe (P20) (242430S, 465400W), in front of Santos (S20) (240330S, 461730W) and near Montão de Trigo Island (M20) (235030S, 454000W); and 1 deployed at the mid-shelf, near the 100 m isobath, in front of Santos (S100) (25 0500S, 45 4200W). Wind time series were measured at the same period, at the two inner shelf moorings, P20 and M20, by a surface met-buoy, and at the Lage de Santos (L30) (241948S, 46 1120,4W). Current and wind data were analyzed in time and frequency domains for describing currents characteristics and comparing the relative importance of the forcing mechanisms for the inner-shelf circulation, mainly: wind-stress, baroclinic pressure gradients and Brazil Current momentum exchanges. Results showed that alongshelf current components were the most energetic and nearly geostrophic. Wind driven currents on the inner-shelf were observed on P20 during summer time and on M20, however on S20 the wind wasnt capable of overcoming baroclinic eects caused by river discharge from the Santos estuarine system. Over weak wind periods M20 was forced by baroclinic eects, apparently also inuenced by Santos estuarine system. Baroclinic forcing was observed on P20 during winter time, being atributed to waters from the south, under the inuence of the Plata River, possibly inuencing the mid-shelf as well. During the whole period there was no presence of Brazil Current eddies or meanders, showing that neither inner-shelf nor mid-shelf are inuenced by the outer-shelf dynamics. The continental shelf circulation is not homogeneous, with a complex pattern of uxes and counter-uxes, where currents have tendency to ow on opposite directions between mid and inner-shelf. There is also a tendency for currents on the inner-shelf to ow towards NE, speccialy between Santos and São Sebastião, and towards SW on the mid-shelf.
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Correntes subinerciais na Plataforma Continental interna entre Peruíbe e São Sebastião: observações / Subdital Inner-Shelf currents between Peruíbe and São Sebastião: Observations

Piero Luigi Fernandes Mazzini 06 August 2009 (has links)
A região costeira do Estado de São Paulo, entre Peruíbe (24o24\'30\'\'S, 46o54\'00\'\'W) e São Sebastião (23o50\'30\'\'S, 45o40\'00\'\'W) faz parte da Plataforma Continental Sudeste do Brasil (PCSE). A região possui grande importância econômica e social devido ao turismo, indústria de óleo e gás, e ao porto de Santos, o maior do país. Correntes sobre a plataforma continental interna (PCI) dessa região foram pouco estudadas antes do projeto ECOSAN. Durante o ECOSAN, dados de correntes foram obtidos por aproximadamente 10 meses (2005-2006), através de 4 fundeios: 3 localizados na PCI, próximo à isóbata de 20 m: em frente à Peruíbe (P20) (24o24\'30\'\'S, 46o54\'00\'\'W), em frente à Santos (S20) (24o03\'30\'\'S, 46o17\'30\'\'W), e próximo à ilha Montão de Trigo (M20) (23o50\'\'30\'S, 45o40\'\'00\'W); e 1 localizado na plataforma continental média (PCM), próximo à isóbata de 100 m, em frente à Santos (S100) (25o05\'00\'\'S, 45o42\'00\'\'W). Medições de ventos foram feitas durante o mesmo período através de 2 bóias meteorológicas, localizadas junto à P20 e M20, e na Lage de Santos (L30) (24o19\'48\'\'S, 46o11\'20,4\'\'W). Os dados foram analisados no domínio do tempo e da freqüência para estudar as características das correntes bem como a importância relativa das forçantes da circulação, principalmente: tensão de cisalhamento do vento, gradientes de pressão baroclínicos e troca de momentum entre a Corrente do Brasil (CB) e as águas mais internas da plataforma continental. Resultados mostraram que as componentes de corrente paralelas à topografia foram as mais energéticas, sendo aparentemente geostróficas. Correntes forçadas pelo vento na PCI foram observadas em P20 durante o verão e em M20. Já em S20, o vento não foi capaz de suplantar os efeitos baroclínicos causados pela descarga fluvial do sistema estuarino de Santos. Em períodos de ventos fracos M20 é forçada por efeitos baroclínicos, aparentemente sofrendo também influência do sistema estuarino de Santos. Em P20 durante o inverno foi constatada a presença de forçantes baroclínicas, sendo estas atribuídas às águas provenientes do sul, com influência do Rio da Prata, as quais possivelmente influenciam também a dinâmica da PCM. Durante o período amostrado não foi verificado nenhuma inuência direta da Corrente do Brasil sobre a PCM, e tampouco sobre a PCI, demonstrando que essas regiões possuem dinâmica distinta da plataforma continental externa. A circulação na plataforma continental estudada não é homogênea, apresentando um sistema complexo de uxos e contra-uxos, havendo uma tendência das correntes sobre a PCM e a PCI apresentarem sentidos opostos. Há também tendência das correntes na PCI apresentarem sentido predominante para NE sobretudo entre Santos e São Sebastião, enquanto que na PCM a direção predominante é para SW. / The São Paulo State coastal region located between the cities of Peruíbe (242430S, 465400W) and São Sebastião (235030S, 454000W) is part of the SouthBrazil Bight. This region has great economic and social importance due to the tourism, oil and gas industries and the presence of the largest Brazilian port (Santos). Currents at the regions inner-shelf were poorly sampled before the eld work of the ECOSAN project. During ECOSAN, current meter data was obtained for nearly 10 months (2005-2006), from 4 moorings: 3 deployed in the inner-shelf, near the 20 m isobath: in front of Peruíbe (P20) (242430S, 465400W), in front of Santos (S20) (240330S, 461730W) and near Montão de Trigo Island (M20) (235030S, 454000W); and 1 deployed at the mid-shelf, near the 100 m isobath, in front of Santos (S100) (25 0500S, 45 4200W). Wind time series were measured at the same period, at the two inner shelf moorings, P20 and M20, by a surface met-buoy, and at the Lage de Santos (L30) (241948S, 46 1120,4W). Current and wind data were analyzed in time and frequency domains for describing currents characteristics and comparing the relative importance of the forcing mechanisms for the inner-shelf circulation, mainly: wind-stress, baroclinic pressure gradients and Brazil Current momentum exchanges. Results showed that alongshelf current components were the most energetic and nearly geostrophic. Wind driven currents on the inner-shelf were observed on P20 during summer time and on M20, however on S20 the wind wasnt capable of overcoming baroclinic eects caused by river discharge from the Santos estuarine system. Over weak wind periods M20 was forced by baroclinic eects, apparently also inuenced by Santos estuarine system. Baroclinic forcing was observed on P20 during winter time, being atributed to waters from the south, under the inuence of the Plata River, possibly inuencing the mid-shelf as well. During the whole period there was no presence of Brazil Current eddies or meanders, showing that neither inner-shelf nor mid-shelf are inuenced by the outer-shelf dynamics. The continental shelf circulation is not homogeneous, with a complex pattern of uxes and counter-uxes, where currents have tendency to ow on opposite directions between mid and inner-shelf. There is also a tendency for currents on the inner-shelf to ow towards NE, speccialy between Santos and São Sebastião, and towards SW on the mid-shelf.
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Sedimentologia e batimetria da plataforma interna adjacente a ilha de Itamaracá - PE

Lopes de Mélo Almeida, Thiago 31 January 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:03:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo3346_1.pdf: 5458764 bytes, checksum: 32e1ac968cee87a8a6d19a35f2b13478 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho teve como objetivo a caracterização dos sedimentos da Plataforma Interna Adjacente a Ilha de Itamaracá PE. A área de estudo é limitada ao sul pelo Canal de Santa Cruz e a Norte pela Barra de Catuama. O levantamento sedimentológico foi distribuído em perfis paralelos a linha de costa, com pontos, preestabelecidos e posicionado através do sistema de GPS. A amostragem foi feita com uso de draga cilíndrica do tipo Van Veen. As amostras foram analisadas no Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha LGGM com a metodologia adotada pelo mesmo. O passo seguinte fez uso do software SYSGRAN para a classificação do sedimento segundo parâmetros estatísticos e granulométricos. Com os resultados adquiridos foram obtidos os seguintes mapas da área, nos parâmetros: DIÂMETRO MÉDIO; GRAU DE SELECIONAMENTO DOS GRÃOS; FÁCIES TEXTURAL; E DE CARBONATO. Os mapas revelaram a distribuição textural dos sedimentos na plataforma, a interpretação desses, juntamente com dados batimétricos previamente disponíveis, trouxeram maior entendimento sobre a hidrodinâmica atuante, bem como a influência do Canal de Santa Cruz e do Rio Jaguaribe na dispersão e seleção dos sedimentos na área. A Plataforma Interna Adjacente a Ilha revelou-se principalmente de domínio textural arenoso, sobretudo no setor norte e sul da área de estudo, e a textura cascalhosa, apresentou, predomínio do setor central da área, aparecendo em forma de mosaico. As maiores concentrações de sedimentos carbonáticos estão relacionadas com os recifes existentes na área e a menor concentração diretamente relacionada à foz do Rio Jaguaribe e a desembocadura sul e norte do Canal de Santa Cruz
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Bioclastos de organismos terrestres e marinhos na praia e plataforma interna do Rio Grande do Sul : natureza, distribuição, origem e significado geológico

Buchmann, Francisco Sekiguchi de Carvalho e January 2002 (has links)
Fácies marinhas e costeiras associadas a eventos transgressivos-regressivos quaternários ocorrem na Planície Costeira do Rio Grande do Sul e na plataforma continental adjacente. Enquanto as fácies expostas na planície costeira apresentam uma composição essencialmente siliciclástica, as fácies submersas, hoje aflorantes na antepraia e plataforma interna, apresentam, muitas vezes, uma composição carbonática. Formada por coquinas e arenitos de praia fortemente cimentados, estas fácies destacam-se do fundo oceânico como altos topográficos submersos. Os altos topográficos da antepraia têm atuado como fonte de boa parte dos sedimentos e bioclastos de origem marinha encontrados nas praias da área de estudo. Os bioclastos carbonáticos que ocorrem nestes locais caracterizam uma Associação Heterozoa, ou seja, são formados por carbonatos de águas frias, característicos de médias latitudes, e são representados principalmente por moluscos, equinodermos irregulares, anelídeos, crustáceos decápodos, restos esqueletais de peixes ósseos e cartilaginosos, cetáceos, tartarugas e aves semelhantes à fauna atual. Além destes bioclastos de origem marinha, as praias estudadas apresentam a ocorrência de fragmentos orgânicos provenientes de afloramentos continentais fossilíferos, contendo abundantes restos esqueletais de mamíferos terrestres gigantes extintos, das ordens Edentada, Notoungulada, Litopterna, Proboscidea, Artiodactila, Perissodactila, Carnívora e Rodentia. A concentração dos bioclastos na praia resultada da ação direta dos processos hidrodinâmicos que atuam na região de estudo (ondas de tempestade, deriva litorânea, correntes, etc). A variação no tamanho médio dos bioclastos encontrados ao longo da linha de costa está relacionada ao limite da ação das ondas de tempestades sobre o fundo oceânico, o qual é controlado principalmente pela profundidade. Os afloramentos-fonte submersos podem ser divididos em holocênicos e pleistocênicos. A tafonomia dos bioclastos pleistocênicos permite argumentar que após o penúltimo máximo transgressivo que resultou na formação do sistema deposicional Laguna-Barreira III (aproximadamente 120 ka) parte dos depósitos lagunares permaneceram emersos e não estiveram sob a ação marinha (barrancas do arroio Chuí, com a megafauna preservada in situ), enquanto que parte dos depósitos lagunares esteve sob ação direta do ambiente praial. Em diversas feições submersas observam-se coquinas contendo fósseis de mamíferos terrestres, indicando o retrabalhamento dos sedimentos lagunares em ambiente praial. As coquinas que apresentam moluscos pouco arredondados e de maior granulometria são aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 1. Como conseqüência da última regressão pleistocênica (iniciada após o máximo transgressivo de 120 ka) estas coquinas ficaram submetidas a uma exposição subaérea. Este fato possibilitou a dissolução diferenciada dos componentes carbonáticos existentes nos depósitos (coquinas e arenitos) e sua recristalização (calcita espática) em ambientes saturados em água doce. A Transgressão Pós-Glacial (iniciada em torno de 18 ka) foi responsável pelo retrabalhamento dos arenitos e coquinas, recristalizando mais uma vez os elementos carbonáticos. Devido ao seu grau de consolidação estes depósitos resistiram à erosão associada à elaboração da superfície de ravinamento e encontram-se atualmente expostos na antepraia e, mesmo, na linha de praia atual. Pelo menos há 8 ka houve novamente um período favorável à precipitação de carbonato de cálcio, ocorrendo a litificação de rochas sedimentares em uma linha de praia numa cota batimétrica inferior a atual. Neste intervalo de tempo formaram-se as coquinas e arenitos não recristalizados, apresentando fragmentos de moluscos muito fragmentados e arredondados e de menor granulometria, aqui definidas, informalmente, como Coquinas do Tipo 2. A interpretação da tafonomia dos bioclastos de idade holocênica sugere pelo menos duas fácies deposicionais: (a) Fósseis articulados numa matriz areno-síltica, preenchidos por silte e argila, interpretados como originalmente depositados em regime transgressivo no ambiente Mesolitoral (foreshore) para Infralitoral superior (upper shoreface), com baixa ação de ondas. (b) Fragmentos de carapaças e quelas isoladas encontradas numa coquina fortemente cimentada por calcita espática, por vezes recristalizada, interpretados como concentrados na Zona de Arrebentação por ondas de tempestades. A dinâmica costeira atual retrabalha novamente os sedimentos inconsolidados enquanto as rochas sedimentares consolidadas (formadas pelas Coquinas Tipo 1 e 2) resistem parcialmente à erosão e constituem os altos topográficos submersos (parcéis) descritos neste trabalho.
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Foramin?feros como ferramenta de estudo na geologia ambiental do estu?rio do Rio Potengi e da plataforma interna, RN, Brasil

Farias, Cristiane Le?o Cordeiro de 16 November 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-07-25T19:35:28Z No. of bitstreams: 1 CristianeLeaoCordeiroDeFarias_DISSERT.pdf: 6033643 bytes, checksum: 958aa1ad7170e354d48b68819bbeaf94 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-07-28T23:04:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CristianeLeaoCordeiroDeFarias_DISSERT.pdf: 6033643 bytes, checksum: 958aa1ad7170e354d48b68819bbeaf94 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-28T23:04:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CristianeLeaoCordeiroDeFarias_DISSERT.pdf: 6033643 bytes, checksum: 958aa1ad7170e354d48b68819bbeaf94 (MD5) Previous issue date: 2015-11-16 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq) / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / Os estu?rios tem grande import?ncia como abrigo e ber??rio natural de animais marinhos, prov?m peixes para o homem,sustenta a cadeia alimentar, controla as a??es erosivas e alagamentos, atua nosistema de filtragem natural da polui??o e purifica??o do ar. O Rio Potengi temsido afetado por diversos fatores antr?picos ao longo dos anos, com v?riosdesastres ambientais que mataram peixes, aves e outros animais. Para analisar asitua??o recente do estu?rio do Rio Potengi, foram coletadas 42 amostras, 18 emOutubro/2011 ao longo do Rio Potengi e sua foz, e 24 em Janeiro/2012, inclu?mosa plataforma interna. An?lises univariadas (?ndices ecol?gicos) e multivariadas(PCA, MDS, CLUSTER e BIOENV) foramaplicadas ? matriz dos dados biol?gicos de foramin?feros e abi?ticos (CaCO3,salinidade, profundidade, temperatura e granulometria). Os resultados mostram a domin?ncia deforamin?feros oportunistas A. tepida,B. striatula, Q. patagonica e Q. milettiespecialmente nas regi?es pr?ximas ?s fazendas de carcinicultura e ao esgoto doCanal do Baldo em ambientes de granulometria fina, e Q. lamarckiana indicadora da penetra??o da cunha salina e ambientesde alta hidrodin?mica associada a sedimentos de areia grossa a muito fina. A presen?a de esp?cies caracter?sticasmarinhas H. boueana, E. discoidale, P. atlanticum, T. earlandie T. gramen na Foz do Rio Potengi ena plataforma interna indicam ambientes de altas salinidades. A ocorr?ncia dealgumas esp?cies tolerantes ? baixa salinidade como T. inflata e T. squamatano Canal do Rio Potengi sugerem que provavelmente devem ter sido transportadosdo manguezal pr?ximo ? foz do Rio Potengi para as regi?es de plataformainterna, sugerindo que o contribuinte fluvial ? capaz de exportar organismos de?gua doce preferivelmente em dire??o sul do que em dire??o norte. / The Potengi River estuary has been affected by various anthropogenic factors over the years, as periodic dredging, industrial and domestic waste, traffic and other factors, causing various environmental disasters, including the notorious ecological accident in July 2007, which covered the municipalities of S?o Gon?alo do Amarante, Maca?ba and Natal. Foraminifera serve as viable study tools in these environments; they are able to identify ecologically stressed environments, pointing out hydrographic changes and depositional environments in estuaries. The necessity to check the differences in environmental gradients in places anthropically impacted in Potengi River and adjacent inner shelf through species of foraminifera, and, the responses of these organisms to physical, chemical and geological factors is to provide baseline in the diagnosis of environments. The results show the dominance of opportunistic Ammonia tepida, Bolivina striatula, Quinqueloculina patagonica and Q. miletti especially in regions close to shrimp farms and Baldo Channel sewage in fine grain environments; and Q. lamarckiana indicates penetration of the saline waters in Potengi River. The occurrence of low-salinity tolerant foraminiferal species typical of mangrove environments as Trochammina inflata and T. squamata in Potengi River Channel suggest they probably could have been transported from mangrove area near the Potengi river mouth to the inner shelf regions. These findings suggest Potengi River is able to export mixohaline and mangrove organisms to inner shelf. Two distinct environments were observed, the outermost area is more influenced by marine influence and the innermost area is less influenced. Calcareous and agglutinated species dominate Potengi River, while mouth and inner shelf areas are dominated by calcareous, agglutinated and porcelaneous species, which are typical of highly saline and hydrodynamic environments and the contributive factors that controls foraminiferal distribution were balance of marine and freshwater currents, grain size, availability of CaCO3 and organic matter.
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O sistema fluvio-estuarino da Baía de Sepetiba preservado na estratigrafia rasa da plataforma continental interna adjacente (RJ) / Preserved fluvio-estuarine system in the inner shelf shallow stratigraphy off Sepetiba Bay (RJ)

Yasmin Lima Friederichs 16 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A análise de dados de reflexão sísmica monocanal boomer (Hz ~ 700-4,000; penetração ~ 70 ms) adquiridos na plataforma continental interna-média (até ~ 50-60 m de profundidade) ao largo do sistema estuarino baía de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, revelou a ocorrência de uma sucessão sedimentar preservada 15-20 m, sismicamente interpretada como representando ambientes fluvio-estuarinos para marinhos rasos. Estas séries são sotopostas à inconformidade regional mais superior reconhecida na escala de plataforma, chamada superfície S3. Esta superfície é erodida por numerosas incisões fluviais, que sugerem processos erosivos associados à prolongada exposição subaérea da plataforma continental durante o estágio isotópico marinho 2 (MIS 2), globalmente datada em ~ 20 ka A.P.. A preservação de tais unidades de corte e preenchimento estuarinho presumíveis Pleistoceno Superior-Holoceno na plataforma interna-média (até ~ 30 km da costa) evidencia pela primeira vez na área a existência de um paleo sistema fluvial bastante desenvolvido e processos dominantes de denudação na bacia hidrográfica a montante que atualmente alimenta a baía de Sepetiba. Bem como que, uma série de elementos arquiteturais sísmicos dentro desta sucessão estuarina, como canais de maré retrogradantes, registram a evolução do paleo sistema estuarino de um sistema aberto à um sistema parcialmente protegido durante a transgressão Holocênica. A formação e erosão de uma sucessão de ilhas barreira isoladas e canais de maré durante a transgressão persistiu até o desenvolvimento de uma superfície estratigráfica superior na área, interpretada como a superfície de máxima inundação (MFS) no registro estratigráfico. A ilha barreira atual (restinga da Marambaia) prograda sobre a MFS como uma feição deposição regressiva, apontando para uma idade mais jovem do que cerca de ~ 5 ka A. P., idade da transgressão máxima na área, de acordo com a literatura disponível. / The analysis of boomer monochannel seismic reflection data (~700-4.000 Hz; ~70 ms penetration) acquired on the inner-mid shelf (up to ~50-60 m depth) offshore Sepetiba bay estuarine system, Rio de Janeiro State, Brazil, revealed the occurrence of a 15-20 m preserved sedimentary succession, seismically interpreted as representing fluvio-estuarine to shallow marine environments. These series overly the most upper regional unconformity recognized at shelf scale, named surface S3. This surface is eroded by numerous fluvial incisions, which suggest erosive processes associated to prolonged subaerial exposure of the continental shelf during marine isotopic stage 2 (MIS2), globally dated at ~20 ky B.P.. Preservation of such presumable Upper Pleistocene-Holocene cut-and-fill estuarine units on the inner-mid shelf (up to ~30km away from the coast) evidence for the first time in the area the existence of a rather developed paleo river system and dominant denudation processes in the upstream catchment basin that presently nourishes Sepetiba bay. As well as that, a series of seismic architectural elements within this estuarine succession, such as retrogressive tidal channels, record the evolution of the paleo estuarine system from an open to a partially-protected system during the Holocene transgression. The formation and erosion of a succession of isolated barrier islands and tidal channels during transgression persisted until the development of an upper stratigraphic surface in the area, interpreted as the maximum flooding surface (MFS) in the stratigraphic record. The present day barrier island (restinga da Marambaia) progrades over the MFS as a regressive depositional feature, pointing to an age younger than about ~5 ky B. P., dating of the maximum transgression in the area, according to the available literature.
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O sistema fluvio-estuarino da Baía de Sepetiba preservado na estratigrafia rasa da plataforma continental interna adjacente (RJ) / Preserved fluvio-estuarine system in the inner shelf shallow stratigraphy off Sepetiba Bay (RJ)

Yasmin Lima Friederichs 16 July 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A análise de dados de reflexão sísmica monocanal boomer (Hz ~ 700-4,000; penetração ~ 70 ms) adquiridos na plataforma continental interna-média (até ~ 50-60 m de profundidade) ao largo do sistema estuarino baía de Sepetiba, no Estado do Rio de Janeiro, Brasil, revelou a ocorrência de uma sucessão sedimentar preservada 15-20 m, sismicamente interpretada como representando ambientes fluvio-estuarinos para marinhos rasos. Estas séries são sotopostas à inconformidade regional mais superior reconhecida na escala de plataforma, chamada superfície S3. Esta superfície é erodida por numerosas incisões fluviais, que sugerem processos erosivos associados à prolongada exposição subaérea da plataforma continental durante o estágio isotópico marinho 2 (MIS 2), globalmente datada em ~ 20 ka A.P.. A preservação de tais unidades de corte e preenchimento estuarinho presumíveis Pleistoceno Superior-Holoceno na plataforma interna-média (até ~ 30 km da costa) evidencia pela primeira vez na área a existência de um paleo sistema fluvial bastante desenvolvido e processos dominantes de denudação na bacia hidrográfica a montante que atualmente alimenta a baía de Sepetiba. Bem como que, uma série de elementos arquiteturais sísmicos dentro desta sucessão estuarina, como canais de maré retrogradantes, registram a evolução do paleo sistema estuarino de um sistema aberto à um sistema parcialmente protegido durante a transgressão Holocênica. A formação e erosão de uma sucessão de ilhas barreira isoladas e canais de maré durante a transgressão persistiu até o desenvolvimento de uma superfície estratigráfica superior na área, interpretada como a superfície de máxima inundação (MFS) no registro estratigráfico. A ilha barreira atual (restinga da Marambaia) prograda sobre a MFS como uma feição deposição regressiva, apontando para uma idade mais jovem do que cerca de ~ 5 ka A. P., idade da transgressão máxima na área, de acordo com a literatura disponível. / The analysis of boomer monochannel seismic reflection data (~700-4.000 Hz; ~70 ms penetration) acquired on the inner-mid shelf (up to ~50-60 m depth) offshore Sepetiba bay estuarine system, Rio de Janeiro State, Brazil, revealed the occurrence of a 15-20 m preserved sedimentary succession, seismically interpreted as representing fluvio-estuarine to shallow marine environments. These series overly the most upper regional unconformity recognized at shelf scale, named surface S3. This surface is eroded by numerous fluvial incisions, which suggest erosive processes associated to prolonged subaerial exposure of the continental shelf during marine isotopic stage 2 (MIS2), globally dated at ~20 ky B.P.. Preservation of such presumable Upper Pleistocene-Holocene cut-and-fill estuarine units on the inner-mid shelf (up to ~30km away from the coast) evidence for the first time in the area the existence of a rather developed paleo river system and dominant denudation processes in the upstream catchment basin that presently nourishes Sepetiba bay. As well as that, a series of seismic architectural elements within this estuarine succession, such as retrogressive tidal channels, record the evolution of the paleo estuarine system from an open to a partially-protected system during the Holocene transgression. The formation and erosion of a succession of isolated barrier islands and tidal channels during transgression persisted until the development of an upper stratigraphic surface in the area, interpreted as the maximum flooding surface (MFS) in the stratigraphic record. The present day barrier island (restinga da Marambaia) progrades over the MFS as a regressive depositional feature, pointing to an age younger than about ~5 ky B. P., dating of the maximum transgression in the area, according to the available literature.

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