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O grupo de teatro Malayerba e a poética da diferença: um exercício de liberdade no coletivoToral, Consuelo Maldonado January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Este estudo analisa o processo de criação De uma suave cor branca (2009) do Grupo de Teatro Malayerba do Equador desde a perspectiva da sua trajetória artística. Neste sentido, este trabalho considera suas criações como parte da tendência artística denominada Teatro de Grupo e pondera a Poética da Diferença como própria das criações desta forma de agrupação no teatro contemporâneo. Para refletir sobre a Poética da Diferença usaremos as reflexões de Luigi Pareyson (1997) sobre poética enquanto programa de arte, ou seja, como conjunto de normas e modos operativos. Estes grupos, nos seus processos criativos, buscam maximizar as potencialidades dos artistas envolvidos e não pretendem unificar, mas preservar as diferenças. Por um lado, apresentam uma tendência para a dilatação da função do ator, desenvolvendo a noção de ator-criador. E, por outro, privilegiam procedimentos polifônicos através do diálogo e confronto como matriz da criação, questionando assim a noção de coletivo enquanto entidade homogênea. Neste sentido, se trata de um acordo tenso e precário, uma constante fricção de individualidades necessária para as criações e a sobrevivência do grupo. Por tanto, neste estudo a poética da diferença transforma-se numa categoria operativa, junta, costura, inventa, revisita, e serve para refletir sobre os procedimentos de criação, a pesquisa técnica e a forma de se relacionar no coletivo. Assim, os processos de montagem do Grupo Malayerba, desde a perspectiva da Poética da Diferença, apresentam uma forma particular de criação coletiva fundamentada em duas atitudes criativas: o estado de estranhamento e o sim. A primeira é uma atitude que está intimamente ligada a uma forma que o artista tem de perceber a vida e a arte e se perceber como artista/ser humano. Ou seja, encontramos um ator convidado a estranhar sua realidade propriamente dita e se questionar como indivíduo e criador. Considerando os estudos de Carl Gustav Jung (2008), esta atitude caracteriza a esta atitude caracterizaatécnica do ator do Grupo Malayerbacomo "processo de individuação" e este caminho de auto-conhecimento é provocador de uma resposta estética. A atitude do "sim " é definida como uma escuta atenta para todas as propostas, transformando-as em potenciais criações. O "sim"constróio o ambiente necessário para que os atores se desvendem no prazer do jogo, do simulacro.E, justamente, nesta forma de se relacionar, os integrantes do grupo construíram durante o processo de criação De uma suave cor branca, um exercício de liberdade no coletivo. / Salvador
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