Spelling suggestions: "subject:"poison wasps"" "subject:"toison wasps""
1 |
AÃÃo tripanocida de um mastoparano de Polybia paulista e seu possÃvel mecanismo de aÃÃo / Trypanocidal action: A mastoparan isolated from Polybia paulista and its possible mechanism actionJuliana Freire Chagas Vinhote 18 June 2015 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / A doenÃa de Chagas, considerada uma doenÃa negligenciada, à uma infecÃÃo parasitÃria causada pelo Trypanosoma cruzi e endÃmica em diversos paÃses. No Brasil, apenas o Benzonidazol à usado para o tratamento da doenÃa. Nesse contexto, o potencial terapÃutico das toxinas vem cada vez mais conquistando espaÃo e despertando grandes interesses da comunidade cientÃfica. Os venenos de invertebrados tÃm apresentado grande interesse como fonte de substÃncias bioativas. Os mastoparanos, a classe mais amplamente descrita de peptÃdeos isolados a partir da peÃonha de vespas, ja evidenciaram diferentes atividades biolÃgicas. Assim, os peptÃdeos isolados tÃm despertado interesse cientÃfico como fonte de modelos moleculares para o possÃvel desenvolvimento de novas terapias farmacolÃgicas. Este estudo investigou o efeito do peptideo mastoparano (MP) isolado do veneno da vespa Polybia paulista sobre cepa Y de Trypanosoma cruzi e seu possÃvel mecanismo de aÃÃo. Formas epimastigotas de T. cruzi foram cultivadas, tratadas com diferentes concentraÃÃes de MP e incubadas durante 24, 48 e 72 horas. Formas tripomastigotas de T. cruzi obtidas atravÃs de infecÃÃo de cÃlulas LLCMK2 foram subcultivadas, tratadas com diferentes concentraÃÃes de MP e incubadas durante 24 horas. Para investigar a participaÃÃo das espÃcies reativas de oxigÃnio (ERO) no efeito citotÃxico do mastoparano sobre formas epimastigotas de T.cruzi, placas foram incubadas com a CI50 de 24h de MP e a anÃlise da emissÃo de fluorescÃncia foi realizada em citometria de fluxo apÃs adiÃÃo de DCF. O efeito de mastoparano sobre o potencial de membrana mitocontrial das formas epimastigotas foi realizado pelo ensaio com rodamina 123. A citotoxicidade foi avaliada sobre celulas Raw 264.7 e a viabilidade dos macrÃfagos foi determinada utilizando o ensaio com MTT. No estudo de Docking molecular, obteve-se inicialmente a estrutura tridimensional do mastoparano a partir da sequÃncia primÃria em programa especÃfico. ApÃs anÃlise dos sÃtios de ligaÃÃo entre peptÃdeo e enzima TcGAPDH, a estrutura cristalogrÃfica do complexo TcGAPDH-chalepina foi utilizada para comparaÃÃo. O mastoparano inibiu o crescimento das formas epimastigotas de T. cruzi, apresentando uma CI50 de 102 Âg/mL, 53,95 Âg/mL e 58,51 Âg/mL para 24, 48 e 72 horas de incubaÃÃo respectivamente. Na anÃlise da produÃÃo de espÃcies reativas houve um aumento significativo na intensidade relativa de fluorescÃncia, quando comparado ao grupo controle. O peptideo alterou o potencial da membrana mitocondrial do parasita. Para as formas tripomastigotas a CI50 foi 8,83 Âg/mL apÃs 24h de incubaÃÃo. A citotoxidade do mastoparano avaliada em macrÃfagos nÃo induziu morte celular significativa nas diferentes concentraÃÃes estudadas. No estudo de docking, foi evidenciado o acoplamento do mastoparano na TcGAPDH, demonstrando os diferentes sÃtios de ligaÃÃo dos resÃduos de aminoÃcidos do centro ativo da enzima e comparando a semelhanÃa na posiÃÃo ocupada pela molÃcula chalepina na TcGAPDH. Conclui-se que o mastoparano apresentou atividade tripanocida envolvendo a participaÃÃo do estresse oxidativo e alteraÃÃo do potencial de membrana sem apresentar citotÃxica em cÃlulas de macrÃfagos e parece inibir a TcGAPDH de T. cruzi. Portanto, o mastoparano se destaca como importante molÃcula bioativa contra os parasitas.
|
Page generated in 0.0507 seconds