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O pol?tico nas imagens de A miss?o de Heiner M?ller e O homem que era uma f?brica de Augusto Boal

Lima, H?lio J?nior Rocha de 04 March 2016 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2016-08-25T20:14:43Z No. of bitstreams: 1 HelioJuniorRochaDeLima_TESE.pdf: 4510135 bytes, checksum: fe3feef163c89e8e3ca10f20a2893f5f (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2016-08-25T21:05:22Z (GMT) No. of bitstreams: 1 HelioJuniorRochaDeLima_TESE.pdf: 4510135 bytes, checksum: fe3feef163c89e8e3ca10f20a2893f5f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-25T21:05:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 HelioJuniorRochaDeLima_TESE.pdf: 4510135 bytes, checksum: fe3feef163c89e8e3ca10f20a2893f5f (MD5) Previous issue date: 2016-03-04 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / Augusto Boal (Brasil) e Heine M?ller (Alemanha) s?o teatr?logos do s?culo XX que viveram em pa?ses e contextos evidentemente distintos. Contudo, com a crise do teatro burgu?s e das condi??es de legitimidade do regime de produ??o deste teatro, ambos apresentam pontos de contato em suas linhas e vetores teatrais que, diante da question?vel universalidade da dramatiza??o, levam ? concep??o de um teatro m?ltiplo e perturbador da ordem do sens?vel. Os processos de encena??o contempor?nea exigem uma ultrapassagem do sentido do pol?tico, desviando do jogo de representa??es sociais, para dar lugar ao trabalho desconstrutor de imagens como cis?o entre a palavra e o representado, entre o leg?vel e o vis?vel. Em face do exposto, as escritas c?nicas e, por isso mesmo, liter?rias desses autores, lugares de singulariza??o - n?o sem paradoxos - capazes de mobilizar manifesta??es e impasses quanto ?s imagens que organizam ou desorganizam os textos dram?ticos, trazem para a contemporaneidade tens?es que levam o pr?prio teatro tanto a se interpelar, quanto, em sua for?a plural, a encontrar passagens para o novo. Trazer ? superf?cie aspectos pol?ticos nas imagens dos textos dram?ticos, considerando-os na sua inscri??o liter?ria: ?A miss?o: lembran?as de uma revolu??o?, de Heiner M?ller, e ?O homem que era uma f?brica?, de Augusto Boal, faz-se um desafio, uma vez que as imagens pretendidas s?o aquelas com formas ou materialidades ainda n?o vis?veis na cena, poder?amos dizer, em estado virtual. Como imagens pensantes, elas acontecem no plano de iman?ncia da linguagem (Deleuze e Guattari). Sendo o ?pol?tico? uma perturba??o no sens?vel, contr?rio ? pol?tica (Ranci?re), a dramaturgia se abala em multiplicidades, deslocando e desnaturalizando as fun??es de autor/dramaturgo e leitor/ator, teatro/literatura. Dramaturgia simult?nea, imagem, fragmento e colagem mostram-se como procedimentos art?sticos e liter?rios criativos que se encontram apropriados seja na teoria do teatro do oprimido (Boal), seja no teatro p?s-dram?tico (Hans-ThiesLehmann), embora, ao confront?-las, elas sobressaiam em desentendimentos: a primeira coincide com a l?gica da identidade e a segunda, esta se desarticule, movida pela di?fora, contesta??o, ou desacordo. Tais rela??es - n?o aprior?sticas- sucedem-se enquanto acontecimento da leitura ou da leitura como acontecimento em que o pol?tico nas imagens d?-se, antes, nas lacunas e obscuridades, acenando para o que est? al?m do sentido, da cena do gesto e da palavra. O leitor n?o para para atribuir sentido, interroga-se diante das metamorfoses e formas obliquas de acontecimentos insuspeitos que comp?em o pol?tico estabelecendo o agenciamento coletivo da enuncia??o. Neste caso, o texto de Boal e o texto de M?ller inscrevem-se na produ??o de uma literatura menor, ou de um teatro menor, o que os qualifica como agentes de devires revolucion?rios, agitando, atrav?s da pol?tica nas imagens, e irrompendo contra o problema do poder nas artes. / Augusto Boal (Brasil) y Heiner M?ller (Alemania) son dramaturgos del siglo XX que vivieron en pa?ses y contextos evidentemente distintos. Sin embargo, con la crisis del teatro burgu?s y de las condiciones de legitimidad del r?gimen de producci?n de este teatro, ambos presentan puntos de contacto en sus l?neas y vectores teatrales que, frente a la universalidad cuestionable de la dramatizaci?n, llevan a la concepci?n de un teatro m?ltiple y perturbador del orden de lo sensible. Los procesos de escenificaci?n contempor?nea exige un adelantamiento del sentido pol?tico, desviando del juego de representaciones sociales, para dar lugar al trabajo deconstructor de im?genes como cisi?n entre la palabra y lo representado, entre lo legible y lo visible. Frente al expuesto, las escritas esc?nicas y, por eso, literarias de estos autores, sitios de singularizaci?n ? no con ausencia de paradojas ? capaces de movilizar manifestaciones e impases cuanto a las im?genes que ordenan o desordenan los textos dram?ticos, traen para la contemporaneidad tensiones que llevan al teatro mismo, tanto a interpelarse como, en su fuerza plural, a encontrar pasajes para el nuevo. Llevar a la superficie aspectos pol?ticos en las im?genes de los textos dram?ticos, consider?ndolos en su inscripci?n literaria: ?La misi?n: recuerdos de una revoluci?n?, de Heiner M?ller, y de ?El hombre que era una f?brica?, de Augusto Boal, se hace un desaf?o, una vez que las im?genes pretendidas son aquellas con formas o materialidades todav?a no visibles en la escena, podr?amos decir, en estado virtual. Como im?genes pensantes, ellas suceden en el plan de inmanencia del lenguaje (Deleuze y Guattari). Siendo lo ?pol?tico? una perturbaci?n en lo sensible, contrario a la pol?tica (Ranci?re), la dramaturgia se abala en multiplicidades, desplazando y desnaturalizando las funciones de autor/dramaturgo y lector/actor, teatro/literatura. Dramaturgia simult?nea, imagen, fragmento y colaje se muestran como procedimientos art?sticos y literarios creativos que se encuentran apropiados sea en la teor?a del teatro del oprimido (Boal), sea en el teatro pos-dram?tico (Hans-ThiesLehmann), a pesar de que, al confrontarlas, sobresal?an en desentendimientos: la primera coincide con la l?gica de la identidad y la segunda, esta se desarticula, movida por la di?fora, contestaci?n, o desacuerdo. Tales relaciones ? no aprior?sticas ? se suceden en cuanto acontecimiento de la lectura o de la literatura como acontecimiento en que lo pol?tico en las im?genes se da, antes, en las lagunas y obscuridades, aludiendo a lo que est? m?s all? de lo sentido, de la escena del gesto y de la palabra. El lector no se para para atribuir sentido, se interroga frente a las metamorfosis y formas oblicuas de acontecimientos insospechables que componen lo pol?tico estableciendo la gesti?n colectiva de la enunciaci?n. En este caso, el texto de Boal y el texto de M?ller se inscriben en la producci?n de una literatura menor, o de un teatro menor, o que los califica como agentes de devenires revolucionarios, agitando, a trav?s de la pol?tica en las im?genes, e irrumpiendo contra el problema del poder en las artes.

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