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O sistema nacional de inovação da China em transição : a dinâmica de atuação do estado na indução das inovações nativas - Zizhu Chuangxin

Silva, Ricardo Muniz Muccillo da January 2017 (has links)
O mundo volta suas atenções para o fenômeno de crescimento econômico observado na China nas últimas décadas. Neste contexto, a literatura contemporânea destaca as iniciativas do governo chinês para transformar o país em uma potência voltada para a geração de inovações tecnológicas. Essa trajetória diferenciada começa a ser determinada, de forma mais contundente, a partir da abertura econômica promovida sob liderança de Deng Xiaoping em 1978 e possui em seus sucessores a continuidade deste projeto estratégico. Assim, sustenta-se a ideia de que exista um projeto estratégico, idealizado pelo Estado chinês, que busca promover a capacidade de gerar inovações tecnológicas como um dos meios para a resolução dos principais entraves ao crescimento do país, tais como: a manutenção da alta produtividade; a diminuição da deterioração na distribuição de renda; a redução dos impactos do crescimento em termos de poluição ambiental; a criação de fontes de energia sustentáveis e renováveis, das quais o país possui enorme carência; aproximação do país da fronteira tecnológica global. Para além disso, o desenvolvimento da capacidade de gerar inovações é fundamental para garantir o crescimento sustentável da renda e evitar a armadilha da renda média, facilitando a transição do país do status de renda média para a alta. Presume-se, assim, que o esforço em promover as inovações faça parte de uma escolha estratégica adotada pelo Estado que busca, através da melhoria técnica, a solução para os enormes desafios expostos anteriormente. Inspirado pelos pontos de convergência das perspectivas neo-schumpeteriana e institucionalista, esta tese se propõe a avaliar a intencionalidade do Estado na criação de instituições voltadas para a promoção das inovações nativas na China, denominadas de “Zizhu Chuangxin”. Mais especificamente, quer se demonstrar a dinâmica de atuação do Estado no sistema nacional de inovações do país. Com base na análise das instituições criadas, extintas ou modificadas, expressas na forma física (criação de institutos, organismos, ministérios, etc.) ou representadas por leis, hábitos, costumes, padrões de comportamento e crenças, quer se sugerir uma periodização histórica das políticas e das intenções do Estado na promoção das inovações tecnológicas como forma de diminuir os obstáculos estruturais na continuidade do processo de desenvolvimento econômico da China. Diante do exposto, a principal hipótese de pesquisa é a de que, conforme amadurecem as capacidades internas nacionais de aquisição, da assimilação e do aperfeiçoamento de tecnologias existentes na fronteira do conhecimento, os canais de atuação do Estado chinês na indução das inovações têm-se alterado ao longo do tempo em resposta às demandas estratégicas constituídas pelo avanço econômico do país. Essa situação demostra que o processo de melhoria das condições tecnológicas da China não é um processo espontâneo guiado pelas forças de mercado, mas sim, liderado em grande parte, por ações executadas pelo Estado chinês na intenção de criar um ambiente institucional favorável à inovação. / The world turns its attention to the phenomenon of economic growth observed in China in recent decades. In this context, the contemporary literature highlights the initiatives of the Chinese government to transform the country into a Great Power aimed at generating technological innovations. This differentiated trajectory begins to be determined, more incisively, from the economic opening that was taking place under the leadership of Deng Xiaoping in 1978 and has in its successors the continuity of this strategic project. Thus, the idea that there is a strategic project is maintained, the one idealized by the Chinese State, which seeks to promote the capacity to generate technological innovations as one of the means to solve the main obstacles to the country's growth, such as: productivity; the decrease of the deterioration in the distribution of income; reducing the environmental impacts of growth; the creation of sustainable and renewable energy sources, of which the country has an enormous deficiency; bringing the country closer to the global technological frontier. Beyond that, developing the ability to generate innovation is critical to ensuring sustainable income growth and avoiding the middle income trap, facilitating the country's transition from middle to high income status. It is presumed, therefore, that the effort to promote innovation is part of a strategic choice adopted by the State that seeks, through technical improvement, the solution to the enormous challenges presented above. Inspired by the points of convergence of the neo-Schumpeterian and institutionalist perspectives, this thesis proposes to evaluate the intentionality of the State in the creation of institutions aimed at promoting native innovations in China, called "Zizhu Chuangxin". More specifically, the thesis wants to demonstrate the dynamics of State action in the country's national innovation system. Based on the analysis of the created, extinct or modified institutions, expressed in the physical form (creation of institutes, agencies, ministries, etc.) or represented by laws, habits, customs, behavior patterns and beliefs, the work suggests a historical periodization of policies and State intentions in promoting technological innovations as a way to reduce structural obstacles in the continuity of China's economic development process. In view of the above, the main research hypothesis argues that, as national domestic capacities for acquiring, assimilating and improving of existing technologies at the knowledge frontier mature, the Chinese State's channels used to induce innovations have changed over time in response to the strategic demands made by the country's economic progress. This situation demonstrates that the process of improving China's technological conditions is not a spontaneous process driven by market forces but rather led, in large part, by actions intentionally carried out by the Chinese State to create a favorable institutional environment for innovation.
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O Brasil na era do conhecimento : políticas de ciência e tecnologia e desenvolvimento sustentado

Corrêa, Maíra Baumgarten January 2003 (has links)
Esse trabalho tem por objetivo analisar as políticas de ciência e tecnologia, na última década do século XX, no Brasil. Buscou-se, especificamente, verificar potencialidades e limites dessas políticas para a construção de condições de sustentabilidade e para melhorar a posição relativa do país no cenário internacional, caracterizado por economia mundializada, e baseada, nos países centrais, em conhecimento intensivo. Visando identificar impactos das formas de gestão e de fomento de ciência e tecnologia sobre o desenvolvimento e a consolidação da base científica e tecnológica brasileira, na década de 1990, investigou-se a relação entre Estado, sociedade e coletividades científicas, expressa em políticas públicas, pelas quais o Estado, com o apoio parcial da coletividade científica, institui a “excelência” como o centro da re-organização do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, tomando-a como condição essencial para a obtenção dos níveis de competitividade exigidos para a inserção do País na nova ordem econômica mundial. A investigação foi efetuada a partir da análise, por um lado, das macroestruturas sociais representadas pelo Estado (políticas públicas, agências do Estado) e o Mercado, estruturas essas que afetam e conectam as microssituações; e, por outro lado, sua relação com os microprocessos que envolvem a ação dos atores presentes no setor de ciência e tecnologia e seu papel na manutenção ou transformação das estruturas sociais. O conceito inclusivo de coletividades científicas, no qual as relações macro e microssociais são contempladas demonstrou-se profícuo para a investigação das políticas de ciência e tecnologia no Brasil, notadamente no que se refere à sua peculiaridade, expressa na inclusão dos cientistas como atores privilegiados na formulação e gestão das mesmas. O estudo conclui que as novas formas de gestão de ciência e tecnologia, no Brasil, que deixam de investir na ampliação horizontal da base de pesquisa e no apoio à emergência de grupos, com capacidade de encontrar soluções para problemas econômicos e sociais, nas diferentes regiões do país (que apresenta dimensões continentais), podem levar a um agravamento das dificuldades para o rompimento do círculo que mantém o país como periférico, com relação aos centros dinamizadores de conhecimento e, também, reduzir suas chances de um desenvolvimento sustentável, apesar do discurso e, mesmo, de políticas explícitas em ciência e tecnologia, direcionadas para esse tipo de desenvolvimento. / This paper aims at an analysis of the last decade of the twentieth century’s Brazilian policies on science and technology. Specifically, the author tried to verify potentials and limitations of these policies in the construction of conditions for sustainability and improvement of the country’s relative position in an international scene which is characterized by a global economy and, in the central countries, on intensive knowledge. Aiming at identifying the impact of management structures and promotion of science and technology on the development and the consolidation of the Brazilian technological and scientific foundations in the decade of 1990, the paper scrutinizes the relationship between State, society and scientific communities, as expressed in public policies, for which the State, with the partial support of the scientific collective, institutes "excellence" as the center of the reorganization of the Brazilian scientific and technological development, taking it as an essential condition for the attainment of the demanded levels of competitiveness for the insertion of the country in the new world-wide economic order. The investigation was carried out from the analysis, on one hand, of the social macrostructures represented by the State (public policies, State agencies) and the Market, with structures that affect and connect the micro-situations; and on the other hand, their relationship with the micro-processes that involve the action of the actors present in the science and technology sector and their role in maintaining or transforming social structures. The inclusive concept of scientific collectives, which contemplates macro and micro-social relationships, has asserted itself as a fertile terrain for the inquiry into science and technology policies in Brazil, specifically in relation to its peculiarity, which is expressed by the inclusion of the scientists as privileged actors in the creation and management of policies of science and technology. The study concludes that the new forms of management in science and technology in Brazil fail to invest in the horizontal expansion of the bases for research as well as failing to support emergent groups, which are capable of finding solutions for economic and social problems in the different regions of a country as large as Brazil. This failure can make it very difficult to disrupt the circle that keeps the country peripheral with relation to the driving centres of knowledge. Moreover, it reduces the possibilities of a sustainable development, in spite of the official discourse and even the implementation, by the State, of explicit policies in science and technology, intended for this type of development.
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O sistema nacional de inovação da China em transição : a dinâmica de atuação do estado na indução das inovações nativas - Zizhu Chuangxin

Silva, Ricardo Muniz Muccillo da January 2017 (has links)
O mundo volta suas atenções para o fenômeno de crescimento econômico observado na China nas últimas décadas. Neste contexto, a literatura contemporânea destaca as iniciativas do governo chinês para transformar o país em uma potência voltada para a geração de inovações tecnológicas. Essa trajetória diferenciada começa a ser determinada, de forma mais contundente, a partir da abertura econômica promovida sob liderança de Deng Xiaoping em 1978 e possui em seus sucessores a continuidade deste projeto estratégico. Assim, sustenta-se a ideia de que exista um projeto estratégico, idealizado pelo Estado chinês, que busca promover a capacidade de gerar inovações tecnológicas como um dos meios para a resolução dos principais entraves ao crescimento do país, tais como: a manutenção da alta produtividade; a diminuição da deterioração na distribuição de renda; a redução dos impactos do crescimento em termos de poluição ambiental; a criação de fontes de energia sustentáveis e renováveis, das quais o país possui enorme carência; aproximação do país da fronteira tecnológica global. Para além disso, o desenvolvimento da capacidade de gerar inovações é fundamental para garantir o crescimento sustentável da renda e evitar a armadilha da renda média, facilitando a transição do país do status de renda média para a alta. Presume-se, assim, que o esforço em promover as inovações faça parte de uma escolha estratégica adotada pelo Estado que busca, através da melhoria técnica, a solução para os enormes desafios expostos anteriormente. Inspirado pelos pontos de convergência das perspectivas neo-schumpeteriana e institucionalista, esta tese se propõe a avaliar a intencionalidade do Estado na criação de instituições voltadas para a promoção das inovações nativas na China, denominadas de “Zizhu Chuangxin”. Mais especificamente, quer se demonstrar a dinâmica de atuação do Estado no sistema nacional de inovações do país. Com base na análise das instituições criadas, extintas ou modificadas, expressas na forma física (criação de institutos, organismos, ministérios, etc.) ou representadas por leis, hábitos, costumes, padrões de comportamento e crenças, quer se sugerir uma periodização histórica das políticas e das intenções do Estado na promoção das inovações tecnológicas como forma de diminuir os obstáculos estruturais na continuidade do processo de desenvolvimento econômico da China. Diante do exposto, a principal hipótese de pesquisa é a de que, conforme amadurecem as capacidades internas nacionais de aquisição, da assimilação e do aperfeiçoamento de tecnologias existentes na fronteira do conhecimento, os canais de atuação do Estado chinês na indução das inovações têm-se alterado ao longo do tempo em resposta às demandas estratégicas constituídas pelo avanço econômico do país. Essa situação demostra que o processo de melhoria das condições tecnológicas da China não é um processo espontâneo guiado pelas forças de mercado, mas sim, liderado em grande parte, por ações executadas pelo Estado chinês na intenção de criar um ambiente institucional favorável à inovação. / The world turns its attention to the phenomenon of economic growth observed in China in recent decades. In this context, the contemporary literature highlights the initiatives of the Chinese government to transform the country into a Great Power aimed at generating technological innovations. This differentiated trajectory begins to be determined, more incisively, from the economic opening that was taking place under the leadership of Deng Xiaoping in 1978 and has in its successors the continuity of this strategic project. Thus, the idea that there is a strategic project is maintained, the one idealized by the Chinese State, which seeks to promote the capacity to generate technological innovations as one of the means to solve the main obstacles to the country's growth, such as: productivity; the decrease of the deterioration in the distribution of income; reducing the environmental impacts of growth; the creation of sustainable and renewable energy sources, of which the country has an enormous deficiency; bringing the country closer to the global technological frontier. Beyond that, developing the ability to generate innovation is critical to ensuring sustainable income growth and avoiding the middle income trap, facilitating the country's transition from middle to high income status. It is presumed, therefore, that the effort to promote innovation is part of a strategic choice adopted by the State that seeks, through technical improvement, the solution to the enormous challenges presented above. Inspired by the points of convergence of the neo-Schumpeterian and institutionalist perspectives, this thesis proposes to evaluate the intentionality of the State in the creation of institutions aimed at promoting native innovations in China, called "Zizhu Chuangxin". More specifically, the thesis wants to demonstrate the dynamics of State action in the country's national innovation system. Based on the analysis of the created, extinct or modified institutions, expressed in the physical form (creation of institutes, agencies, ministries, etc.) or represented by laws, habits, customs, behavior patterns and beliefs, the work suggests a historical periodization of policies and State intentions in promoting technological innovations as a way to reduce structural obstacles in the continuity of China's economic development process. In view of the above, the main research hypothesis argues that, as national domestic capacities for acquiring, assimilating and improving of existing technologies at the knowledge frontier mature, the Chinese State's channels used to induce innovations have changed over time in response to the strategic demands made by the country's economic progress. This situation demonstrates that the process of improving China's technological conditions is not a spontaneous process driven by market forces but rather led, in large part, by actions intentionally carried out by the Chinese State to create a favorable institutional environment for innovation.
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O Brasil na era do conhecimento : políticas de ciência e tecnologia e desenvolvimento sustentado

Corrêa, Maíra Baumgarten January 2003 (has links)
Esse trabalho tem por objetivo analisar as políticas de ciência e tecnologia, na última década do século XX, no Brasil. Buscou-se, especificamente, verificar potencialidades e limites dessas políticas para a construção de condições de sustentabilidade e para melhorar a posição relativa do país no cenário internacional, caracterizado por economia mundializada, e baseada, nos países centrais, em conhecimento intensivo. Visando identificar impactos das formas de gestão e de fomento de ciência e tecnologia sobre o desenvolvimento e a consolidação da base científica e tecnológica brasileira, na década de 1990, investigou-se a relação entre Estado, sociedade e coletividades científicas, expressa em políticas públicas, pelas quais o Estado, com o apoio parcial da coletividade científica, institui a “excelência” como o centro da re-organização do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, tomando-a como condição essencial para a obtenção dos níveis de competitividade exigidos para a inserção do País na nova ordem econômica mundial. A investigação foi efetuada a partir da análise, por um lado, das macroestruturas sociais representadas pelo Estado (políticas públicas, agências do Estado) e o Mercado, estruturas essas que afetam e conectam as microssituações; e, por outro lado, sua relação com os microprocessos que envolvem a ação dos atores presentes no setor de ciência e tecnologia e seu papel na manutenção ou transformação das estruturas sociais. O conceito inclusivo de coletividades científicas, no qual as relações macro e microssociais são contempladas demonstrou-se profícuo para a investigação das políticas de ciência e tecnologia no Brasil, notadamente no que se refere à sua peculiaridade, expressa na inclusão dos cientistas como atores privilegiados na formulação e gestão das mesmas. O estudo conclui que as novas formas de gestão de ciência e tecnologia, no Brasil, que deixam de investir na ampliação horizontal da base de pesquisa e no apoio à emergência de grupos, com capacidade de encontrar soluções para problemas econômicos e sociais, nas diferentes regiões do país (que apresenta dimensões continentais), podem levar a um agravamento das dificuldades para o rompimento do círculo que mantém o país como periférico, com relação aos centros dinamizadores de conhecimento e, também, reduzir suas chances de um desenvolvimento sustentável, apesar do discurso e, mesmo, de políticas explícitas em ciência e tecnologia, direcionadas para esse tipo de desenvolvimento. / This paper aims at an analysis of the last decade of the twentieth century’s Brazilian policies on science and technology. Specifically, the author tried to verify potentials and limitations of these policies in the construction of conditions for sustainability and improvement of the country’s relative position in an international scene which is characterized by a global economy and, in the central countries, on intensive knowledge. Aiming at identifying the impact of management structures and promotion of science and technology on the development and the consolidation of the Brazilian technological and scientific foundations in the decade of 1990, the paper scrutinizes the relationship between State, society and scientific communities, as expressed in public policies, for which the State, with the partial support of the scientific collective, institutes "excellence" as the center of the reorganization of the Brazilian scientific and technological development, taking it as an essential condition for the attainment of the demanded levels of competitiveness for the insertion of the country in the new world-wide economic order. The investigation was carried out from the analysis, on one hand, of the social macrostructures represented by the State (public policies, State agencies) and the Market, with structures that affect and connect the micro-situations; and on the other hand, their relationship with the micro-processes that involve the action of the actors present in the science and technology sector and their role in maintaining or transforming social structures. The inclusive concept of scientific collectives, which contemplates macro and micro-social relationships, has asserted itself as a fertile terrain for the inquiry into science and technology policies in Brazil, specifically in relation to its peculiarity, which is expressed by the inclusion of the scientists as privileged actors in the creation and management of policies of science and technology. The study concludes that the new forms of management in science and technology in Brazil fail to invest in the horizontal expansion of the bases for research as well as failing to support emergent groups, which are capable of finding solutions for economic and social problems in the different regions of a country as large as Brazil. This failure can make it very difficult to disrupt the circle that keeps the country peripheral with relation to the driving centres of knowledge. Moreover, it reduces the possibilities of a sustainable development, in spite of the official discourse and even the implementation, by the State, of explicit policies in science and technology, intended for this type of development.
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O sistema nacional de inovação da China em transição : a dinâmica de atuação do estado na indução das inovações nativas - Zizhu Chuangxin

Silva, Ricardo Muniz Muccillo da January 2017 (has links)
O mundo volta suas atenções para o fenômeno de crescimento econômico observado na China nas últimas décadas. Neste contexto, a literatura contemporânea destaca as iniciativas do governo chinês para transformar o país em uma potência voltada para a geração de inovações tecnológicas. Essa trajetória diferenciada começa a ser determinada, de forma mais contundente, a partir da abertura econômica promovida sob liderança de Deng Xiaoping em 1978 e possui em seus sucessores a continuidade deste projeto estratégico. Assim, sustenta-se a ideia de que exista um projeto estratégico, idealizado pelo Estado chinês, que busca promover a capacidade de gerar inovações tecnológicas como um dos meios para a resolução dos principais entraves ao crescimento do país, tais como: a manutenção da alta produtividade; a diminuição da deterioração na distribuição de renda; a redução dos impactos do crescimento em termos de poluição ambiental; a criação de fontes de energia sustentáveis e renováveis, das quais o país possui enorme carência; aproximação do país da fronteira tecnológica global. Para além disso, o desenvolvimento da capacidade de gerar inovações é fundamental para garantir o crescimento sustentável da renda e evitar a armadilha da renda média, facilitando a transição do país do status de renda média para a alta. Presume-se, assim, que o esforço em promover as inovações faça parte de uma escolha estratégica adotada pelo Estado que busca, através da melhoria técnica, a solução para os enormes desafios expostos anteriormente. Inspirado pelos pontos de convergência das perspectivas neo-schumpeteriana e institucionalista, esta tese se propõe a avaliar a intencionalidade do Estado na criação de instituições voltadas para a promoção das inovações nativas na China, denominadas de “Zizhu Chuangxin”. Mais especificamente, quer se demonstrar a dinâmica de atuação do Estado no sistema nacional de inovações do país. Com base na análise das instituições criadas, extintas ou modificadas, expressas na forma física (criação de institutos, organismos, ministérios, etc.) ou representadas por leis, hábitos, costumes, padrões de comportamento e crenças, quer se sugerir uma periodização histórica das políticas e das intenções do Estado na promoção das inovações tecnológicas como forma de diminuir os obstáculos estruturais na continuidade do processo de desenvolvimento econômico da China. Diante do exposto, a principal hipótese de pesquisa é a de que, conforme amadurecem as capacidades internas nacionais de aquisição, da assimilação e do aperfeiçoamento de tecnologias existentes na fronteira do conhecimento, os canais de atuação do Estado chinês na indução das inovações têm-se alterado ao longo do tempo em resposta às demandas estratégicas constituídas pelo avanço econômico do país. Essa situação demostra que o processo de melhoria das condições tecnológicas da China não é um processo espontâneo guiado pelas forças de mercado, mas sim, liderado em grande parte, por ações executadas pelo Estado chinês na intenção de criar um ambiente institucional favorável à inovação. / The world turns its attention to the phenomenon of economic growth observed in China in recent decades. In this context, the contemporary literature highlights the initiatives of the Chinese government to transform the country into a Great Power aimed at generating technological innovations. This differentiated trajectory begins to be determined, more incisively, from the economic opening that was taking place under the leadership of Deng Xiaoping in 1978 and has in its successors the continuity of this strategic project. Thus, the idea that there is a strategic project is maintained, the one idealized by the Chinese State, which seeks to promote the capacity to generate technological innovations as one of the means to solve the main obstacles to the country's growth, such as: productivity; the decrease of the deterioration in the distribution of income; reducing the environmental impacts of growth; the creation of sustainable and renewable energy sources, of which the country has an enormous deficiency; bringing the country closer to the global technological frontier. Beyond that, developing the ability to generate innovation is critical to ensuring sustainable income growth and avoiding the middle income trap, facilitating the country's transition from middle to high income status. It is presumed, therefore, that the effort to promote innovation is part of a strategic choice adopted by the State that seeks, through technical improvement, the solution to the enormous challenges presented above. Inspired by the points of convergence of the neo-Schumpeterian and institutionalist perspectives, this thesis proposes to evaluate the intentionality of the State in the creation of institutions aimed at promoting native innovations in China, called "Zizhu Chuangxin". More specifically, the thesis wants to demonstrate the dynamics of State action in the country's national innovation system. Based on the analysis of the created, extinct or modified institutions, expressed in the physical form (creation of institutes, agencies, ministries, etc.) or represented by laws, habits, customs, behavior patterns and beliefs, the work suggests a historical periodization of policies and State intentions in promoting technological innovations as a way to reduce structural obstacles in the continuity of China's economic development process. In view of the above, the main research hypothesis argues that, as national domestic capacities for acquiring, assimilating and improving of existing technologies at the knowledge frontier mature, the Chinese State's channels used to induce innovations have changed over time in response to the strategic demands made by the country's economic progress. This situation demonstrates that the process of improving China's technological conditions is not a spontaneous process driven by market forces but rather led, in large part, by actions intentionally carried out by the Chinese State to create a favorable institutional environment for innovation.
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O Brasil na era do conhecimento : políticas de ciência e tecnologia e desenvolvimento sustentado

Corrêa, Maíra Baumgarten January 2003 (has links)
Esse trabalho tem por objetivo analisar as políticas de ciência e tecnologia, na última década do século XX, no Brasil. Buscou-se, especificamente, verificar potencialidades e limites dessas políticas para a construção de condições de sustentabilidade e para melhorar a posição relativa do país no cenário internacional, caracterizado por economia mundializada, e baseada, nos países centrais, em conhecimento intensivo. Visando identificar impactos das formas de gestão e de fomento de ciência e tecnologia sobre o desenvolvimento e a consolidação da base científica e tecnológica brasileira, na década de 1990, investigou-se a relação entre Estado, sociedade e coletividades científicas, expressa em políticas públicas, pelas quais o Estado, com o apoio parcial da coletividade científica, institui a “excelência” como o centro da re-organização do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, tomando-a como condição essencial para a obtenção dos níveis de competitividade exigidos para a inserção do País na nova ordem econômica mundial. A investigação foi efetuada a partir da análise, por um lado, das macroestruturas sociais representadas pelo Estado (políticas públicas, agências do Estado) e o Mercado, estruturas essas que afetam e conectam as microssituações; e, por outro lado, sua relação com os microprocessos que envolvem a ação dos atores presentes no setor de ciência e tecnologia e seu papel na manutenção ou transformação das estruturas sociais. O conceito inclusivo de coletividades científicas, no qual as relações macro e microssociais são contempladas demonstrou-se profícuo para a investigação das políticas de ciência e tecnologia no Brasil, notadamente no que se refere à sua peculiaridade, expressa na inclusão dos cientistas como atores privilegiados na formulação e gestão das mesmas. O estudo conclui que as novas formas de gestão de ciência e tecnologia, no Brasil, que deixam de investir na ampliação horizontal da base de pesquisa e no apoio à emergência de grupos, com capacidade de encontrar soluções para problemas econômicos e sociais, nas diferentes regiões do país (que apresenta dimensões continentais), podem levar a um agravamento das dificuldades para o rompimento do círculo que mantém o país como periférico, com relação aos centros dinamizadores de conhecimento e, também, reduzir suas chances de um desenvolvimento sustentável, apesar do discurso e, mesmo, de políticas explícitas em ciência e tecnologia, direcionadas para esse tipo de desenvolvimento. / This paper aims at an analysis of the last decade of the twentieth century’s Brazilian policies on science and technology. Specifically, the author tried to verify potentials and limitations of these policies in the construction of conditions for sustainability and improvement of the country’s relative position in an international scene which is characterized by a global economy and, in the central countries, on intensive knowledge. Aiming at identifying the impact of management structures and promotion of science and technology on the development and the consolidation of the Brazilian technological and scientific foundations in the decade of 1990, the paper scrutinizes the relationship between State, society and scientific communities, as expressed in public policies, for which the State, with the partial support of the scientific collective, institutes "excellence" as the center of the reorganization of the Brazilian scientific and technological development, taking it as an essential condition for the attainment of the demanded levels of competitiveness for the insertion of the country in the new world-wide economic order. The investigation was carried out from the analysis, on one hand, of the social macrostructures represented by the State (public policies, State agencies) and the Market, with structures that affect and connect the micro-situations; and on the other hand, their relationship with the micro-processes that involve the action of the actors present in the science and technology sector and their role in maintaining or transforming social structures. The inclusive concept of scientific collectives, which contemplates macro and micro-social relationships, has asserted itself as a fertile terrain for the inquiry into science and technology policies in Brazil, specifically in relation to its peculiarity, which is expressed by the inclusion of the scientists as privileged actors in the creation and management of policies of science and technology. The study concludes that the new forms of management in science and technology in Brazil fail to invest in the horizontal expansion of the bases for research as well as failing to support emergent groups, which are capable of finding solutions for economic and social problems in the different regions of a country as large as Brazil. This failure can make it very difficult to disrupt the circle that keeps the country peripheral with relation to the driving centres of knowledge. Moreover, it reduces the possibilities of a sustainable development, in spite of the official discourse and even the implementation, by the State, of explicit policies in science and technology, intended for this type of development.
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O fenômeno da inovação no Brasil : uma abordagem sociológica / The innovation phenomenon in Brazil : a sociological approach

Furlan Junior, Tildo José, 1990- 27 August 2018 (has links)
Orientador: Rafael de Brito Dias / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-27T09:58:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FurlanJunior_TildoJose_M.pdf: 1453673 bytes, checksum: e1e3578ebb0e487d21ae35c62305e1ef (MD5) Previous issue date: 2015 / Resumo: O objetivo deste trabalho é mostrar que a Política Científica, Tecnológica e de Inovação (PCT&I) brasileira tem sido formulada a partir das expectativas e crenças de seus formuladores sobre o papel que a inovação tecnológica deve desempenhar no conjunto da economia e da sociedade. Dominada a partir de meados dos anos 1990 pelo discurso inovacionista ou pró-inovação, as ações da PCT&I tem se concentrado, desde então, em torno da promoção da inovação tecnológica. Uma análise rápida dos indicadores sobre os níveis de inovação na economia brasileira disponíveis na Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) permite compreender, todavia, que apesar da insistência na manutenção das diretrizes desta política pública os esforços não têm surtido o efeito desejado. Diante disso, se coloca a seguinte questão: como é construída a narrativa em torno da figura da inovação tecnológica enquanto objetivo central da PCT&I brasileira a partir de meados dos anos 1990? Para respondê-la este trabalho recorre ao instrumental analítico das concepções ou meta-teorias performativas e ao conceito de imaginário sociotécnico, que permitem mostrar como o arcabouço teórico da Economia da Inovação, berço das ideias presentes no discurso inovacionista, é capaz de prescrever, mais do que descrever, o padrão de atuação da PCT&I brasileira no recorte temporal indicado. Buscando abordar esses temas, esta Dissertação é divida em três capítulos. O primeiro apresenta duas partes: a primeira delas busca discutir a emergência do discurso pró-inovação na PCT&I brasileira a partir da segunda metade da década de 1990 e define três afirmações categóricas ("máximas") que expressam a visão inovacionista; a segunda parte resgata as principais ações, planos, medidas, diretrizes e leis a fim de mostrar como as ideias inovacionistas são materializadas nessa política pública. O segundo capítulo recupera os principais autores e teorias do arcabouço da Economia da Inovação a fim de mostrar como suas ideias estão contidas nas "máximas" do discurso político inovacionista. O terceiro capítulo apresenta a abordagem meta-performativa e o conceito de imaginário sociotécnico e propõe uma adaptação desses referenciais para analisar o contexto da PCT&I no Brasil. Os resultados desse esforço corroboram o argumento de que o arcabouço teórico da Economia da Inovação tem performado a PCT&I brasileira a partir de meados dos anos 1990 / Abstract: This work seeks to show how public policy on Science, Technology and Innovation (STI) in Brazil has been formulated based on the expectation and beliefs of its policy makers about the role that technological innovation should play in the economy and society. From the second half of the 1990s the actions taken by the Brazilian STI public policy has been focused on the promotion of technological innovation and its political discourse has been dominated by so-called innovationist or pro-innovation speech. A brief review of Brazilian innovation indicators, available on the Technological Innovation Survey (PINTEC) developed by Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), leads us to the understanding that despite the persistence on maintaining the same guidelines for this public policy, their efforts has not produced the desired effect. The discussion above raises the following question: how is build the narrative that sets the technological innovation as a central goal of Brazilian STI public policy from the mid-1990s? To answer this question, this work uses analytical tools provided by performative meta-theories and by the concept of sociotechnical imaginaries, which allow us to show how the theoretical framework of Innovation Economy, cradle of ideas sustained by pro-innovation speech, is able to prescribe more than describe the conduction of Brazilian STI public policy in the period indicated. Seeking to address these issues, this Dissertation is divided into three chapters. The first has two parts: the first one discusses the emergence of pro-innovation speech in the Brazilian STI public policy from the second half of the 1990s and defines three categorical statements ("maximum") which express innovationist vision; the second part recovers the main actions, plans, measures, guidelines and laws in order to show how innovative ideas are materialized in this public policy. The second chapter recovers the main authors and theories of Innovation Economy to show how their ideas are contained in the "maximum" of innovative policy discourse. The third chapter presents the meta-performative approach and the concept of socio-technical imaginaries and suggests an adaptation of these frameworks to analyze the context of STI public policy in Brazil. The results of these efforts support the argument that the theoretical framework of the Innovation Economy has performed Brazilian STI public policy from the mid-1990s / Mestrado / Politica Cientifica e Tecnologica / Mestre em Política Científica e Tecnológica

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