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Ancestralidade em Salvador - BAMachado, Taisa Manuela Bonfim January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / Os ameríndios, africanos e europeus foram identificados como principais formadores da
população brasileira e conseqüentemente da população de Salvador. A população brasileira
considerada a mais heterogênea do mundo é resultado de 500 anos de miscigenação. Contudo
a distribuição dos grupos étnicos ancestrais ao longo do território brasileiro não ocorreu de
forma homogênea, diferindo significativamente a depender da região geográfica. Além disso,
houve um forte direcionamento entre os casamentos, sendo mais freqüentes as uniões entre
homens europeus e mulheres ameríndias e africanas. Dados do IBGE 2000 mostram que em
Salvador o percentual de afrodescendentes, por autodenominação é de 79,8%. Para
estimarmos a contribuição dos grupos ancestrais nesta população foram analisados 1.286
indivíduos, provenientes da população de Salvador, para os alelos específicos de população
AT3-I/D, APO, SB19.3, PV92, FYnull, LPL, CKMM, GC e CYP3A4 que apresentam alto
diferencial de freqüência entre os grupos ancestrais. Para estimar a origem africana dos
indivíduos também foi avaliada a presença de sobrenome de conotação religiosa. Foram
identificados 287 sobrenomes nesta população A freqüência de sobrenomes de conotação
religiosa foi de 54,9% na população de Salvador e avaliando as regiões presentes no estudo
observamos uma relação inversa entre a classe sócio-econômica e a presença deste tipo de
sobrenome. Estes dados foram confirmados por uma maior ancestralidade genômica africana
(53,1%) entre indivíduos que apresentam sobrenomes de conotação religiosa. A miscigenação
da população de Salvador foi confirmada pela diferença das freqüências desta população com
as ancestrais. Assim como pela estimativa de mistura populacional, com contribuição africana
de 49,2%; 36,3% européia e 14,5% ameríndia e também pelas análises de heterozigose média
(0,397) e estrutura populacional. Foi calculada a estatística F (0,005) que demonstrou que as
regiões da cidade de Salvador são diferentes, porém em pequenas proporções. Ao
compararmos a estimativa da contribuição africana do IBGE, 2000, por autodenominação
com os dados de sobrenome e moleculares deste trabalho concluímos que a autodenominação
é um critério impreciso na avaliação da contribuição parental dentro desta população. Este
tipo de trabalho pode auxiliar estudos de associação entre fatores de saúde com a
heterogeneidade ancestral para melhoria e/ou implantação de programas de saúde pública que
considerem a composição parental desta população. / Native American, Africans and Europeans are the major founder populations of Brazil
and of Salvador city. Brazilian population is considered as the most heterogeneous in the
world, resulting from 5 centuries of miscegenation. However, ethnic ancestral groups were
not distributed equally in the different Brazilian regions. In addition, a strong bias occurred
originated by more frequent unions among European men and Amerindians and Africans
women. Results from IBGE 2000 show that in Salvador the percent of selfclassification
afrodescending, is 79.8 %. To estimate the contribution of ancestral groups in these
populations we analyzed some population specific alleles: AT3-I/D, APO, SB19.3, PV92,
FYnull, LPL, CKMM, GC and CYP3A4 from 1,286 subjects of Salvador that presents large
frequency differential among ancestry groups. To estimate the African origin of the subjects
we also analyzed the religious connotation surnames. We identified 287 surnames in these
populations. In Salvador population, the frequency of religious connotation surnames was 54.
9% and we observed an inverse relation between socioeconomic status and the presence of
this type of surname. These data were confirmed for a major African genomic ancestry (53.
1%) between individuals that present religious connotation surname. The miscegenation of
Salvador was confirmed by the frequencies differences in this population with the ancestry,
such as the population admixture esteemed, with African contribution of 49.2%; 36.3%
European and 14.5% Amerindian and also by heterozygosis mediam analyses (0,397) and
populational structure. F statistic (0,005) was calculated and showed differences between
regions in the city, but in little proportions, confirming the admixture estimated in these
regions. When we compared IBGE- 2000 African contribution esteemed, by
autodenomination, with the surnames and molecular data of this work we concluded that
autodenomination is an inaccurate criterion to evaluate the parental contribution into this
population. This kind of work can support association studies among health factors with
ancestry heterogeneity to improve and/or to implement public health programs that consider
the parental composition of this population.
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