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A subida de clíticos em português = um estudo sobre a variedade europeia dos séculos XVI a XX / Portuguese clitic climbing : a study on the european variety from th sixteenth to the twentieth centuryAndrade, Aroldo Leal de 16 August 2018 (has links)
Orientador: Charlotte M. Chambelland Galves / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Lunguagem / Made available in DSpace on 2018-08-16T02:59:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: A tese aborda a ocorrência da subida de clíticos na história do português europeu dos séculos XVI ao XX, aliada a uma caracterização formal condizente com os dados observados. O fenômeno consiste na manifestação de um clítico pronominal dependente de um predicado não-finito junto a um verbo regente, normalmente finito, em contexto de predicado complexo. Adota-se a separação entre os conceitos de posição e de colocação de clítico, o primeiro resultante da sintaxe, e o segundo manipulado pela morfologia. Para a descrição do fenômeno, mais de 4.000 dados obtidos em corpora do português europeu moderno e do português clássico foram separados em termos de duas construções com características sintático-semânticas distintas: a "reestruturação" e a "união de orações", uma em que o verbo regente é auxiliar ou semi-auxiliar; outra, um predicado causativo. Defendemos que o complemento infinitivo apresenta um caráter defectivo em ambos os tipos de predicados complexos, pois só tem a projeção da categoria vP, sendo portanto transparente para sofrer a operação de concordância com traços não-interpretáveis em categorias funcionais do domínio superior da sentença, de acordo com os pressupostos do Programa Minimalista. Crucialmente, a subida de clíticos se manifesta mediante a presença de um traço associado a uma categoria da camada flexional cujo efeito semântico é de pressuposição do referente do clítico, não obstante o valor intensional do domínio infinitivo ao qual o pronominal está vinculado. Tal caracterização formal é compatível com os resultados da pesquisa sobre a variação na ocorrência da subida, que recebem uma abordagem unificada a partir da conexão da subida de clíticos com a estrutura informacional: o clítico alçado retoma um elemento saliente no discurso, e assume a função de tópico secundário na sentença. Postula-se que a alteração no padrão de marcação do fenômeno é um reflexo da forma como a sintaxe organiza a informação. Portanto, a não marcação da subida até o século XVII é um reflexo do alto uso de tópicos marcados sintaticamente e de sujeitos nulos, utilizados como estratégia para efetivar a continuidade de tópicos discursivos. A mudança para um padrão não-marcado do fenômeno se manifesta primeiramente de forma gradual a partir do século XVI devido à instabilidade no uso de construções informacionalmente marcadas, expressas sintaticamente em termos do movimento para uma posição de proeminência no início da sentença. A essa alteração no uso é atribuído um papel na alteração dos Dados Linguísticos Primários, que gera uma mudança sintática em torno do ano 1700, identificada como a perda do parâmetro V2. / Abstract: The dissertation addresses the occurrence of clitic climbing in the history of European Portuguese from the sixteenth to the twentieth century, combined with a formal characterization consistent with the observed data. The phenomenon consists of the manifestation of a dependent clitic pronoun on a non-finite predicate together with a governing verb, usually finite, in the context of a complex predicate. We adopt the separation between the concepts of clitic position and clitic placement, the first resulting from syntax, and the second handled by morphology. In order to describe the phenomenon, more than 4,000 tokens from corpora of Modern European Portuguese and Classical Portuguese were separated in terms of two constructions with distinct syntactic and semantic characteristics: "restructuring" and "clause union". In the former the governing verb is an auxiliary or semi-auxiliary; in the latter, a causative predicate. We claim that the infinitival complement has a defective character in both types of complex predicates, once it projects only up to vP; therefore, it is transparent to suffer Agree with non-interpretable features in functional categories of the higher domain of the sentence, according to the assumptions of the Minimalist Program. Crucially, clitic climbing is manifested by the presence of a feature associated with a category of the inflectional layer whose semantic effect is the pressuposition of the clitic referent, regardless of the intensional value of the infinitival domain to which the pronoun is linked. This formal characterization is consistent with the results of research on the variation in the occurrence of climbing which receive a unified approach from the connection between clitic climbing and information structure: the climbed clitic incorporates a salient element in discourse and functions as a secondary topic in the sentence. We postulate that the change in the markedness pattern of the phenomenon is a reflection of how syntax organizes information. Therefore, the nonmarked nature of climbing until the seventeenth century is a reflection of the strong use of syntactically marked topics and null subjects, which serve to obtain continuity of discourse topics. The change to a non-marked pattern of the phenomenon is manifested gradually from the sixteenth century due to instability in the use of informationally marked constructions syntactically expressed as the movement to a prominent position in the beginning of the sentence. Such a change in use is deemed responsible for a change in the Primary Linguistic Data, which causes a syntactic change identified as the loss of the V2 parameter around the year 1700. / Doutorado / Linguística Histórica / Doutor em Linguística
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Aspectos da historia gramatical do portugues : interpolação, negação e mudança / Aspects of portuguese historical grammar : interpolation, negation and changeNamiuti, Cristiane 25 February 2008 (has links)
Orientador: Charlotte Marie Chambelland Galves / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-11T00:29:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Esta tese tem como objetivo central a investigação do fenômeno da interpolação em textos de autores portugueses nascidos entre os séculos 15 e 19, que compõem o Corpus Anotado do Português Histórico ¿ Tycho Brahe. As reflexões, bem como a metodologia de classificação e a análise de dados têm como pano de fundo o quadro teórico de Princípios e Parâmetros da Gramática Gerativa (cf. Chomsky, 1995). Na comparação com o mesmo fenômeno no português antigo, observei que a interpolação da negação se estende a novos contextos: encontrei o 'não¿ interpolado em orações raízes sem que algum operador proclisador introduzisse a oração e em orações infinitivas que não contextualizavam a próclise categórica. As primeiras ocorrências de interpolação da negação nestes novos contextos foram encontradas em textos do século 15, e são freqüentes nos séculos 16 e 17 (português clássico, de acordo com a periodização tradicional). Atestamos que a interpolação dos constituintes do VP desaparece dos textos no século 16, no mesmo período encontramos um padrão proclítico nas orações raízes 'XP-verbo¿ (remeto a Galves, Britto e Paixão de Sousa 2005). Também notamos que a não adjacência entre o complementizador e o pronome clítico se torna mais comum neste mesmo período. Argumento que a preferência pela próclise verbal nas orações matrizes nos séculos 16 e 17 está relacionada com a perda da interpolação de XPs. E, proponho que os novos contextos de interpolação da negação são derivados deste padrão proclítico nas orações raízes. Mais tarde, quando a ênclise se torna a regra nas orações raízes 'XP-verbo¿ a interpolação da negação neste contexto desaparece. Assim, os resultados evidenciam um estado gramatical intermediário entre o português antigo (séculos 13 e 14) e o português europeu moderno (a partir do século 18). Denominado de português médio por Galves (2004). Adotamos a proposta de Martins (1994) da existência de um Sintagma funcional de polaridade na estrutura da oração ¿ _P ¿ situado entre CP e IP. E propomos que a gramática do português antigo teria um pronome clítico capaz de se hospedar no núcleo mais alto da estrutura frasal (C°). A gramática intermediária terá resultado da perda da propriedade de subida do clítico para este núcleo, mantendo-se em _°. Na gramática moderna o clítico não sobe além de I°. Quanto à variação na colocação pronominal átona encontrada nos domínios negativos, em todas as épocas, mas, sobretudo no português médio e no português europeu moderno, defendo a hipótese de que esta está relacionada com o caráter de núcleo funcional e de clítico do operador de negação 'NÃO¿. Sendo o operador de negação sentencial a instanciação negativa do núcleo _° em português, a incorporação de _-Neg° ao verbo é obrigatória. E, como os clíticos pronominais obedecem a restrições de domínio morfo-fonológico, derivamos as três gramáticas no quadro teórico da Morfologia Distribuída por melhor capturar processos como a inversão prosódica, e a incorporação do 'não¿ ao verbo / Abstract: In this Dissertation I present and discuss the phenomenon of interpolation in texts of Portuguese authors born from the 15th to the 19th Century, drawn from the Annotated Corpus of Historical Portuguese - Tycho Brahe. The theory Principles and Parameters of Generative Grammar is the analysis¿ background (cf. Chomsky, 1995). In comparison with the same phenomenon in Old Portuguese, we can see
that the interpolation of negation extends to new contexts: we find ¿não¿ interpolated in root clauses without any proclitic operator before the clitic as well as in non-finite contexts in which proclisis is not categorical. The first occurrences appearing in those new contexts are found in texts written at the end of the 15th Century and they are frequent in the texts of the 16th and 17th Centuries (Classical Portuguese, according to traditional periodization). I show that the interpolation of VP constituents disappeared from the texts from the 16th Century on. At the same time we find a strong proclitic pattern in root neutral clauses 'XP-verb¿ (see Galves, Britto and Paixão de Sousa 2005). We can also see that the non adjacency of the complementizer and the clitic became more common at the same period. I argue that the proclitic pattern found in matrix clauses during the 16th and the 17th Century is correlated with the loss of XP¿s interpolation. The new contexts of neg-interpolation derive from this proclitic pattern in root clauses. Later, when enclisis becomes the rule, this kind of neg-interpolation is lost. Therefore, these results evidence an intermediate state of grammar in the history of Portuguese, between Old Portuguese (13th and 14th Centuries) and Modern Portuguese (18th Century on). Galves (2004) called it Middle Portuguese. Following Martins (1994), I assume the existence of a polarity functional category in clause¿ structure - called _P - located between CP and IP. And, I hypothesize that Old Portuguese grammar has a clitic that it can move to Cº, while Middle Portuguese grammar has a clitic that it can not move to C° head, it needs to stop in _° head. In Modern European Portuguese, the clitic can¿t move above I°. About the variation in the position of pronominal clitics in negative sentences on diachronical Portuguese texts, especially on Middle and Modern Portuguese, I defend the hypothesis that it can be explained by the clitic nature of the negative operator. Being the negative operator the realization of the negative polarity of _°, the incorporation of _-Neg° and verb is obligatory. And, since pronominal clitics obey morpho-phonological restrictions, I explain the three grammars into Distribute Morphology theory to get better the prosodic invertion processes and the incorporation / Doutorado / Linguistica / Doutor em Linguística
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