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Potencial de usos das espécies que compõem cercas vivas na comunidade rural de Pitanga, no município de Abreu e Lima, Pernambucode Sá Costa Lima, Marina 31 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / As cercas vivas, práticas agroflorestais designadas para delimitar e proteger as
propriedades, destacam-se como um traço característico no cenário rural de muitos países,
constituindo um valioso componente de conectividade de paisagens e conservação da flora
local. Raras são as pesquisas a respeito do uso de cercas vivas por comunidades brasileiras e
não se dispõe de estudos para toda a zona do Litoral-Mata Nordestino. Analisou-se a riqueza
de espécies que compõem as cercas vivas, usos locais e contribuições para um aproveitamento
sustentável da flora local do assentamento Pitanga, no município de Abreu e Lima, Litoral-
Mata Norte de Pernambuco. A pesquisa de campo foi realizada entre março de 2006 e maio
de 2007, por meio de entrevistas semi-estruturadas aplicadas em parcelas do assentamento
Pitanga. Complementando as informações in situ, foi adotada a observação direta, check-list e
a técnica de turnê-guiada. Exsicatas representativas do material estudado estão depositadas no
herbário UFP (Universidade Federal de Pernambuco). Parâmetros etnobotânicos quantitativos
foram aplicados, enfocando aspectos do conhecimento e uso das plantas: diversidade e
equitabilidade de uso, de espécie total e do informante; consenso de uso; valor de uso; e valor
de importância. Os 50 entrevistados mencionaram 338 plantas úteis, das quais 31 espécies são
utilizadas para cercas vivas, distribuídas em 26 gêneros de 16 famílias, sobressaindo-se
Euphorbiaceae e Fabaceae. A composição das plantas citadas para cercas vivas são
predominantemente heterogêneas, apresentando uma diversidade de espécies. Metade dessas
espécies é cultivada e as demais são obtidas no fragmento de Floresta Atlântica adjacente.
Verificaram-se três arranjos de cercas no assentamento: cerca morta, cerca viva e cerca mista.
A diversidade total de espécies foi baixa, com um valor correspondente de equitabilidade baixo, indicando que o conhecimento do uso de plantas para cercas vivas não é homogêneo no
assentamento local. Além de indicadas para cercas vivas, estas plantas são empregadas em
oito outras categorias de uso destacando-se construção, combustível, tecnologia e alimento de
animal silvestre. Considerando-se a versatilidade de uso, sobressairam-se Eschewellera ovata
(Cambers) Miers, Dialium guianense (Aubl.) Sandwith e Eucalyptus sp. As espécies que
obtiveram uma maior concordância de usos e uma ampla distribuição desse conhecimento
entre os informantes foram Bowdichia virgilioides Kunth., E. ovata, Pithecellobium
cochliacarpum (Gomes) J.F. Macbr., Manilkara sp. e Mimosa caesalpiniifolia Benth., as três
primeiras apontadas como preferenciais e as três últimas consideradas ameaçadas de extinção
global. Recomenda-se uma ênfase no uso dessas espécies nas cercas vivas de acordo com a
função desejada, pois além de proteger a propriedade podem servir a múltiplos propósitos
utilitários e ecológicos, contribuindo para um manejo sustentável com a diminuição de
extração e melhor conservação da flora local
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